Psicopatologia Flashcards
Atenção Voluntária
Concentração ativa e intencional da consciência sob um objeto
Atenção Espontânea
Suscitada pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele objeto; geralmente está aumentada nos estados mentais em que o indivíduo tem pouco controle voluntário sobre sua atividade mental
Atenção Externa
Projetada para fora do mundo subjetivo do sujeito, voltada para o mundo exterior ou para o corpo, geralmente de natureza mais sensorial, utilizando os órgãos dos sentidos
Atenção interna
Voltada para os processos mentais do próprio indivíduo; mais reflexiva, introspectiva e meditativa
Atenção Focal
Se mantém concentrada sobre um campo determinado e restrito da consciência
Atenção Dispersa
Não se concentra em um campo determinado, espalhando-se de modo menos delimitado
Atenção - Tenacidade
Capacidade do indivíduo de fixar e manter sua atenção sobre determinado estímulo, em um tema de conversa ou em um campo de atenção
Atenção - Vigilância
Aspecto da atenção relacionado a mudança de foco, de um objeto para outro. Tais qualidades são com frequências antagônica
Hipoprosexia
Se verifica uma perda básica da capacidade de concentração; com fatigabilidade aumentada, o que dificulta a percepção dos estímulos ambientais e a compreensão; lembranças tornam-se mais difíceis e imprecisas; há dificuldade crescente em todas as atividades psíquicas complexas, como o pensar o raciocinar e a integração de informações.
Aprosexia
Total abolição da capacidade de atenção, por mais forte e variados que sejam os estímulos utilizados.
Hiperprosexia
Consiste em um estado da atenção exacerbada; há uma tendência incoercível a obstina-se, deter-se indefinidamente sobre certos objetos com surpreendente infatigabilidade.
Distraiblidade
Difere da distração; estado patológico que se exprime por instabilidade marcante e mobilidade acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para fixar-se ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo
Principais distúrbios neuropsiquiátricos e neuropsicológicos - Atenção
Transtorno cognitivo leve (TCL)
Demência de Alzheimer (DA)
Demência Vascular
Demência Fronto temporal
Demência associada à doença de Parkinso
Transtornos mentais e Alterações de atenção
Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)
Transtornos do humor (Depressão e Mania).
Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)
Esquizofrenia
Orientação Temporal
Necessita de uma adequada percepção do tempo e da sequência de intervalos temporais, de sua correspondente representação mental e do processamento mental da temporalidade]
Mais rapidamente prejudicada
Orientação Espacial
Capacidade de avaliar corretamente direção e distância, tanto para estímulos visuais como táteis
Alterações da orientação (8)
Desorientação por redução do nível de consciência (forma mais comum)
Desorientação por déficit de memória imediata e recente
Desorientação apática ou abúlica (ocorre por desinteresse profundo)
Desorientação delirante
Desorientação por déficit intelectual
Desorientação por dissociação, ou desorientação histérica
Desorientação por desagregação (comum na psicose
Desorientação quanto à própria idade (comum na esquizofrenia)
Sensopercepção - definição
Todas as informações do ambiente, necessárias à sobrevivência do indivíduo, chegam até o organismo por meio das sensações
Alteração quatitativa - Hiperestesia
As percepções encontram-se anormalmente aumentadas em sua intensidade ou duração (ocorre nas intoxicações por alucinógenos)
Alteração quatitativa - Hiperpatia
Sensação desagradável (geralmente de queimação dolorosa) produzida por um leve estímulo da pele (ocorre nas síndromes talâmicas)
Alteração quatitativa - Hipoestesia
O mundo circundante é percebido como mais escuro; as cores tornam-se mais pálidas e sem brilho; os alimentos não têm mais sabor; e os odores perdem sua intensidade (comum na depressão grave)
Disestesias táteis
Sensações anômalas, em geral dolorosas, desencadeadas por estímulos externos.
Alterações qualitativas - ilusões
Caracterizam-se pela percepção deformada, alterada, de um objeto real e presente. Há sempre um objeto externo real, gerador do processo de sensopercepção, mas tal percepção é deformada, adulterada, por fatores patológicos ou não
Alteração qualitativa - alucinações
Percepção clara e definida de um objeto (voz, ruído, imagem) sem a presença de objeto estimulante real
Alucinação verdadeira - Definição
Aquelas que tem todas as características de uma imagem perceptiva real (nitidez, corporeidade, projeção no espaço exterior, constância)
Alucinação auditiva - Tinnitus
Sensação subjetiva de ouvir ruídos (em um ou nos dois ouvidos), mais frequentemente zumbidos, mas também, eventualmente, burburinhos, cliques e estalidos
Alucinação audioverbal (complexa)
® Alucinações audioverbais em que as vozes comandam a ação ou comentam a ação e as atividades corriqueiras do paciente
Alucinações Schneiderianas
Alucinações audioverbais em que as vozes comandam a ação ou comentam a ação e as atividades corriqueiras do paciente
Sonorização do pensamento
Experimentada como vivência sensorial de ouvir o pensamento, no momento mesmo em que ele está sendo pensado (sonorização), ou de forma repetida, logo após ter sido pensado (como eco do pensamento)
Sonorização do próprio pensamento
Semelhante a uma alucinação auditiva audioverbal; o paciente reconhece claramente que está ouvindo os próprios pensamentos, escutando-os no exato momento em que pensa
Sonorização de pensamentos como vivência alucinatória-delirante
Experiência na qual o indivíduo ouve pensamentos que foram introduzidos em sua mente por alguém estranho, sendo agora ouvidos por ele
Publicação do pensamento
Paciente tem a nítida sensação de que as pessoas ouvem o que ele pensa no exato momento em que está pensando
Alucinações táteis
Nessas alucinações o paciente se sente espetados, choques ou insetos ou pequenos animais correndo sobre sua pele
Comum nas partes genitais
Delírio de infestação
O paciente sente pequenos animais ou insetos correndo sobre sua pele, já foi chamado de acarofobia ou parasitofobia
Alucinose
Fenômenos pelo qual o paciente percebe a experiência alucinatória como estranha a sua pesso.
Normalmente por uso de drogas ou questões médicas físicas
Memória - Definição
Capacidade de codificar, armazenar e evocar as experiências, impressões e buscar informações.
Memória psicológica
Memória psicológica
Atividade diferenciada do sistema nervoso, que permite ao indivíduo codificar, conservar e evocar, a qualquer momento, os dados aprendidos da experiência
Memória genética e epigenética
Abrange conteúdos de informações biológicas adquiridos ao longo da história filogenética da espécie e ao longo das vivências do indivíduo e de seus ancestrais, contidos no material biológico dos seres vivos
Fases da memória
Codificação ( Adquirir e codificar informações;processo inicial)
Armazenamento (Reter as informações de modo fidedigno)
Recuperação ou evocação (É a fase em que as informações são recuperadas para distintos fins)
Lembrança
Capacidade de acessar elementos no bando de memória de longo praz
Memória - Reconhecimento
Capacidade de identificar uma informação apresentada ao sujeito com informações já disponíveis na memória de longo prazo
Memória - Esquecimento
Impossibilidade de evocar e recordar
Quatro momentos temporais
Memória sensorial e deposíto sensorial
Memória imediata
Memória recente ou de curto prazo
Memória de longo prazo ou remota
Memória sensorial
Percepção, atenção e memória se sobrepõem. As memórias sensoriais apresentam muitos conteúdos, mas são muito breves; Ocorre a partir dos estímulos visuais (memória icônica) ou auditivos (memória ecoica)
Memória imediata ou de curtíssimo prazo ( de poucos segundos até 1 a 3 minutos)
§ capacidade de reter o material (palavras, números, imagens, etc.) imediatamente após ser percebido;
Memória de longo prazo ou remota (de dias, meses até muitos anos)
§ Função relacionada à transferência de informações para depósitos de longo prazo, tendo capacidade quase ilimitada
Memória explicita (declarativa)
Relacionada ao conhecimento consciente; tipo de memória adquirido e evocado com plena intervenção da consciência; inclui a memória autobiográfica; Pode ocorrer a partir de imagens visuais, palavras, conceitos ou eventos
Implícita (não declarativa)
Tipo de memória que adquirimos e utilizamos sem percebamos sem consciência: Pode incluir procedimentos, habilidades motoras e conhecimentos gerais ancorados em palavras, que adquirimos e utilizamos sem perceber
Memória de trabalho
Atividades em que o sujeito deve manter determinado ativo em sua mente, enquanto opera com ele
Memória episódica
Memória explicita, de médio e longo prazo, relacionada a eventos específicos da experiencia pessoal do indivíduo, ocorridos em determinado contexto
Memória de semântica
Referente ao aprendizado, à conservação e à utilização do arquivo geral de conceitos e conhecimentos do indivíduo (conhecimentos gerais sobre o mundo)
Compartilhado socialmente
Memória de procedimentos
Memória automática, não consciente
Relacionada a habilidades motoras e perceptuais mais ou menos complexas, habilidades visuoespaciais e habilidades automáticas relacionadas ao aprendizado de línguas
Normalmente é implícita
Alterações quantitativas- Hipermnésias
Podem ser representações de elementos mnêmicos que afluem rapidamente, numa tempestade de informações ou imagens com pouca clareza e precisão, nesses casos a aceleração é o mais do ritmo psíquico que uma alteração da memória
Alterações quantitativas - Hipomnésias (amnésias)
Perda da memória, seja da capacidade de fixar ou da capacidade de manter e evocar antigos conteúdos mnêmicos
Amnésia psicogências/dissociativas
Perda de elementos mnêmicos seletivos, os quais podem ter valor psicológico específico (simbólico, afetivo); pode surgir em sequência a um episódio de trauma emocional e/ou relacionada a fuga dissociativa
Amnésia orgânicas
A perda da memória é geralmente menos seletiva, em relação ao conteúdo emocional e/ou simbólico do material esquecido; Perde-se primeiro a capacidade de memorizar os fatos e eventos recentes, depois avança para os mais antigos
Amnésia anterógrada
O Indivíduo não consegue mais fixar elementos mnêmicos a partir do evento que lhe causou danos cerebral
Amnésia retrógrada (verificável na amnésia dissociativa)
O indivíduo perde a memória para fatos ocorridos antes do início do transtorno (ou trauma)
Paramnésias - Ilusões
Há o acrescimento de elementos falsos ao que realmente aconteceu. Se não for algo muito marcante e exagerado, é difícil de diferenciar da recordação normal.
Paramnésias -Alucinações mnêmicas
Criações imaginativas, dotadas de sensorialidade, marcadamente com a aparência de lembranças ou reminiscências que não correspondem a qualquer elemento mnêmico, a qualquer lembrança verdadeira;
Alterações do reconhecimento - Agnosias
Deficit de reconhecimento de estímulos sensoriais de objetos e fenômenos, que não podem ser explicados por um déficit sensorial elementar, por distúrbios da linguagem e da atenção ou por perdas cognitivas globais
Mais frequente em visuais e auditivas
Agnosias visuais
O paciente não consegue reconhecer, pela visão, determinados objetos enxergados; descreve eles, mas não consegue identificar o que é
Agnosias auditivas
Incapacidade de reconhecer sons (sem haver déficit auditivo), sejam não linguísticos (agnosia auditiva seletiva), sejam linguísticos (agnosia verbal)
Humor
É o tônus afetivo do indivíduo, o estado emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento (lente afetiva)
Emoção
Reações afetivas momentâneas, agudas, desencadeadas por estímulos significativos
Momentânea e fora do controle
Tem reação somática
Sentimentos
Estados e configurações afetivas estáveis
Afetos
Qualidade e o tônus emocional que acompanham uma ideia ou conceito
Paixões
Estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade psíquica como um todo, captando e dirigindo a atenção e o interesse do indivíduo em uma só direção
Valência positiva afetiva
Incluem respostas anímica e comportamentais positivas, motivação para aproximação, avaliação de recompensas, aprendizado positivo de recompensas ou de hábitos que liberem outros recursos psíquicos, como, por exemplo, recursos cognitivos
Valência negativa afetiva
ncluem respostas a situações aversivas (ameaça aguda ou medo), ameaça potencial ou ansiedade, resposta a ameaça constante, experiências de perda e não recompensa frustrante
Distimia
Alteração básica do humor, no sentido de inibição como no sentido da exaltação
Disforia
Distimia acompanhada de uma tonalidade afetiva desagradável, mal-humorado
Hipertimia
Humor patologicamente alterado no sentido da exaltação e da alegria
Hipotimia
Base afetiva de todo transtorno depressivo
Rebaixamento do afeto
Euforia/Alegria patológica
Humor morbidamente exagerado; predomina um estado de alegria intensa e desproporcional
Elação
Além da alegria patológica, há expansão do Eu, uma sensação subjetiva de grandeza e de poder; O Eu vai além dos seus limites, ganhando o mundo
Puerilidade
Caracteriza pelo aspecto infantil, simplório, regredido (Comum na esquizofrenia hebefrênica)
Estado de êxtase
Sensação de dissolução do Eu no todo, de compartilhamento íntimo do estado afetivo interior como o mundo exterior
Irritabilidade patológica
Hiper-reatividade desagradável, hostil e,enventualmente, agressiva a estímulos (mesmo leves) do meio exterior)
Ambitimia
Sentimenos opostos e concomitantes em relação ao mesmo objeto
Paratimia
Inadequação do sentimento ao estímulo. Reage com ódio ao estímulo agradável
Neotimia
Sentimento novo, nunca antes experimentado. Associado ao extâse realigioso
Labilidade afetiva
Pode ser caracterizada por mudanças frequentes e súbitas de sentimentos de forma inapropriada
Rigidez afetiva
Perda da capacidade de modular o afeto. Mantém algumas expressões emocionais, diferentemente do embotamento,porém há dificuldade na modulação à situações externas (transtorno do humor, esquizofrenia, demências)
4 Etapas do processo Volitivo
Intenção - Deliberação - Decisão - Execução
Fase intenção - Processo volitivo
Tendências básicas do indivíduo, suas inclinações e interesses. Presente os impulsos, desejos e temores incosncientes os quais exercem influência decisiva sobre o ato volitivo
Fase de deliberação - Processo Volitivo
Ponderação consciente, levando em conta tanto os motivos como os móveis implicados no ato volitivo. O indivíduo faz uma análise básica do que seria positivo ou negativo, favorável ou desfavorável, benefício ou maléfico em sua decisão
Fase de decisão - Processo volitivo
Momento culminante do processo volitivo, instante que demarca o começo da ação, no qual os móveis e os motivos vencidos dão lugar aos vencedores
Fase de execução - Processo volitivo
Etapa final do processo volitivo; os atos psicomotores simples e complexos, decorrentes da decisão, são postos em funcionamento a fim de realizar e consumar aquilo que mentalmente foi decidido e aprovado pelo indivíduo
Possíveis déficits nas Funções executivas
Perda ou diminuição da capacidade de planejamento e monitoração de ações e atos complexos
Diminuição da fluência verbal
Baixa flexibilidade cognitiva
Hipobulia
Diminuição ou até abolição da volição (vontade de nada); associada à apatia, à fadiga fácil e à dificuldade de decisão; comum na depressão grave
Ataraxia
Estado de indiferença volitiva e afetiva desejado e buscado ativamente pelo indivíduo (místico, filósofos, etc)
Definição de um ato impulsivo
Salto da fase de intenção para a fase de execução. Abole abruptamente as fases de deliberação e decisão, devido à intensidade dos desejos ou temores (conscientes ou inconscientes)
Atos compulsivos ou compulsão
Realização de comportamentos (geralmente motores, mas podem ser comportamentos mentais) repetitivos de modo mais ou menos estereotipado, podendo seguir regras rígidas ou servir como meio de evitar (sem base realística) consequências negativas, em geral relacionadas às ideias obsessivas.
Agitação Psicomotora
Alteração mais comum; implica a aceleração e a exaltação de toda a atividade motora do indivíduo, em geral secundárias a taquipsiquismo (aceleração de todos os processos mentais) acentuados; comumente se associa à hostilidade e à heteroagressividade
Lentificação psicomotora - Definição
Lentificação de toda a atividade psíquica (bradipsiquismo); toda movimentação voluntária se torna difícil, “pesada”, podendo haver período de latência entre uma solicitação ambiental e a resposta motora do paciente
○ Estereotipias motoras
Repetições automáticas e uniformes de determinado ato motor complexo, indicando geralmente marcante perda de controle voluntário sobre a esfera motora
Maneirismo
Um tipo de estereotipia motora caracterizado por movimento bizarros e repetitivos, geralmente complexos, que parecem buscar certo objetivo, mesmo que esdrúxulo.
3 características básicas do Pensamento
Conceitos
Juízos
Raciocínios
O processo de pensar
Curso do pensamento
Forma do pensamento
Conteúdo do pensamento
Alterações dos conceitos - Pensamentos
Desintegração e transformação dos conceitos
condensação de conceitos
1 Alteração do Juízo - pensamento
Juízo deficiente ou prejudicado
Desintegração e transformação dos conceitos - Pensamento
Os conceitos sofrem um processo de perda ou transformação radical de seu significado original; Os conceitos se desfazem, e uma mesma palavra passa a ter significados cada vez mais diversos
Condensação dos Conceitos - Pensamento
Ocorre quando dois ou mais conceitos são fundidos (na linguagem é o neologismo patológico)
Tipos alterados de pensamento
Pensamento Mágico
Pensamento inibido
Pensamento Vago
Penamento prolixo
Pensamento concreto
Pensamento deficitários
Pensamento demencial
pensamento Confusional
Pensamento Mágico
Pressupões que uma relação puramente subjetiva das ideias corresponda a uma associação objetiva de fatos; Estabelece uma causa subjetiva (a lua ta me seguindo)
○ Pensamento inibido
Ocorre a inibição do raciocínio, com diminuição da velocidade e do número de coneitos, juízos e representações utilizadas no processo de pensar; pensamento torna-se lento e difícil
Pensamento vago
Caracterizado pela imprecisão; pensamento ambíguo, podendo parecer obscuro. Não há propriamente o empobrecimento do pensamento, mas uma marcante falta de clareza e precisão nos raciocínios
Pensamento prolixo
O indivíduo não consegue chegar a qualquer conclusão sobre o tema de que está tratando, a não ser após muito tempo e esforço; tangencialidade e Circunstancialidade.
Pensamento concreto ou concretismo
Não ocorre a distinção entre a dimensão abstrata, simbólica e a dimensão concreta, imediata dos fatos; (não entende metáforas)
Pensamentos deficitários
Relacionado a deficiência intelectual; pensamento de estrutura pobre e rudimentar; presença de raciocínio concreto
Pensamento demencial
Apresenta empobrecimento desigual; diferente do que ocorre no pensamento deficitário, no qual o empobrecimento é mais homogêneo. Em certos pontos, o pensamento demencial pode revelar elaborações mais ou menos sofisticadas, embora de forma geral seja imperfeito, irregular, sem unidade ou congruência
Pensamento desagregado
Marcadamente incoerente; os conceitos e os juízos não se articulam minimamente de forma lógica; uma mistura aleatória de palavras
Pensamento obsessivo
Predominam ideias ou representações que, apesar de terem conteúdo absurdo ou repulsivo para o indivíduo, se impõem á consciência dele de modo persistente e incontrolável
Ruminação ou pensamentos ruminativos
Formas de pensamento repetitivo que implicam preocupações e pensamentos negativos recorrentes, vivenciados de forma passiva
Delírio - Definição
Juízos patologicamente falsos, é um erro do ajuizar que tem origem no adoecimento mental. Sua base é mórbida, pois ele é motivado por fatores patológicos
Dimensões do delírio
Grau de convicção
Extensão
Bizarrice ou implausibilidade
Desorganização
Pressão
Resposta afetiva ou afeto negativo
Comportamento em função do delírio
Fases dos estados pré-delirantes
Trema
Apofania
Fase apocalíptica
Consolidação
Fase de Resíduo
Curso dos delírios
Delírio agudo (surgem de forma rápida, podendo desaparecer em pouco tempo)
Delírio crônico (persistente, contínuos, de longa duração e pouco modificáveis)
Trema - Estado pré-delirante
Fase que precede imediatamente o surgimento das ideias delirantes. Há tensão geral, clima ameaçador, mal definido e difuso pairando ainda sem significação. O campo vivencial do sujeito se estreita; ele tem a sensação de que não há como escapar
Apofania - Estados pré-delirantes
A tensão se desdobra em delírio. O sujeito tem a vivência de verdadeira revelação. A sensação de que algo crucial foi revelado e agora ele entende.
Fase apocalíptica - Estados pré-delirantes
Corresponde a certa desorganização do sujeito após primeira revelação do delírio inicial. É acompanhada de vivências ameaçadoras de fim de mundo, de perda da sensação de que há alguma continuidade de sentido no mundo
Consolidação - Estado pré-delirantes
Momento da estabilização. O delírio tende a cristalizar-se, havendo certa elaboração intelectual em torno dele
Fase de resíduo - Estados pré-delirantes
Geralmente se trata da fase final do processo psicóticodelirante. Há perda do impulso e da afetividade manifesta. Concentra-se no impessoal da vida, se isola
Afasias - Linguagem
Síndromes relacionadas à perda da linguagem falada e ouvida, por incapacidade de compreender e utilizar os símbolos verbais, decorrente de lesão neuronal
Afasia de expressão (Brocar) - Lin
Afasia não fluente; órgão fonador preservado, entretanto o indivíduo não consegue falar ou fala com dificuldades; a compreensão da linguagem está relativamente preservada
Afasia de compreensão (Wernicke) - Linguagem
Afasia fluente, na qual o indivíduo continua podendo falar, mas sua fala é muito defeituosa, vazia, às vezes totalmente incompreensível; o paciente não consegue compreender a linguagem (falada e escrita) e tem dificuldade para a repetição)
Afasia Global - Linguagem
Afasia muito grave, não fluente; caraterizada pela baixa compressão e dificuldade de formar palavras e frases
Afasias associadas a demência
Afasia predominante não fluente, podendo ter relativamente preservada a capacidade de repetir palavras, mas progressivas dificuldades de nomeação
Afonia e Disfonia - Linguagem
Perda da capacidade de vocalizar (fala em sussurros) e prejuízo com rouquidão sem perda completa (relação com intervenção pelo nervo glossofaríngeo - IX par - ou afecção das cordas vocais)
Dislalia - Linguagem
Alteração da fala que resulta da deformação, da omissão ou da substituição de fonemas, não havendo alterações neurológicas identificáveis nos movimentos dos músculos que participam da articulação e da emissão das palavras (cebolinha trocar r e l)
Disartria - Linguagem
Alteração na articulação da fala (arrastada por exemplo na embriagues)
Gagueira/Tartamudez - Linguagem
perda de continuidade da articulação com repetição de silabas ou palavras
Logoclonia - Linguagem
Repetição espástica de sílabas, com paciente podendo ficar preso ao uso de determinada palavra
Ecolalia - Linguagem
Repetição de palavra ou frase que é dirigida ao paciente ou em sua presença, geralmente sem aparente compreensão do significado
Pedolalia - linguagem
Fala com voz infantilizada
Pararrespostas -linguagem
Resposta disparatada
Coprolalia- Linguagem
Palavras obscenas, vulgares (Tourette - quando constitui um tique verbal)
Alterações quantitativas no volume ou entonação
Bradilalia e hipofionia - fala devagar e baixo
Taquilalia e Hiperfonial - fala rápido e alto
Sintomas- Depressão e transtorno depressivo maior recorrente
humor deprimido, anedonia, fatigabilidade, diminuição da concentração e da autoestima, ideias de culpa e de inutilidade, distúrbios do sono e do apetite
Critérios -Depressão e transtorno depressivo maior recorrente
Sintomas presente por pelo menos duas semanas e não mais que dois anos de forma ininterrupta; episódios curtos ou longos
Sintomas - Transtorno depressivo persistente e transtorno distímico
Humor deprimido na maior parte do dia
+ (2)
Diminuição da autoestima, fatigabilidade aumentada ou falta de energia, insônia ou hipersônia, apetite diminuído ou aumentado, dificuldade de tomar decisões ou em se concentrar e sentimentos de desesperança; também são comuns mau humor crônico e irritabilidade
Critérios - Transtorno depressivo persistente e transtorno distímico
Em adultos, os sintomas devem estar presentes de forma ininterrupta por, pelo menos, dois anos e, em crianças e adolescentes, por pelo menos um ano (nesse grupo, o humor básico pode ser a irritabilidade em vez do humor triste)
Sintomas - Depressão Atípica ou depressão com características atípicas
Reatividade do humor aumentada (melhora rapidamente com eventos positivos e piora rapidamente com eventos negativos)
+ (2 ou +)
Ganho de peso ou aumento do apetite (doces), aumento do sono (hipersonia, 10h+ de sono ou 2h+ do que o normal do indivíduo); sensação de corpo, braços ou pernas muito pesados (paralisia “de chumbo); sensibilidade exacerbada a rejeição interpessoal, às vezes a indicativos mínimos e subjetivos de possível rejeição, podendo se manter memso quando a pessoa não esteja no episódio depressivo
Sintomas -Depressão tipo melancólica ou endógena (CID-11 e DSM-5
(1) Perda de prazer ou incapacidade de sentir prazer (anedonia) em todas ou quase todas as atividades ou Falta de reatividade a estímulos em geral prazerosos
+ (3)
Humor depressivo característico com prostração profunda, desespero, hiporreatividade geral; lentificação psicomotora, demora em responder ás perguntas ou agitação psicomotra; ideias ou sentimentos de culpa excessivos e/ou inadequados; perda do apetite e/ou peso corporal; depressão pior pela manhã, que pode melhor um pouco ao longo do dia
Sintomas - Depressão psicótica ou depressão com sintomas piscóticas
Delírio de ruína ou culpa, delírio hipocondríaco ou de negação de órgãos ou alucinações com conteúdo depressivos ou de “punição merecida)
Sintomas - Estupor depressivo ou depressão com catatonia
Negativismo que se exprime na ausência de respostas às solicitações ambientais, geralmente em estado de mutismo, recusando alimentação, às vezes urinando no leito
Sintomas - Depressão ansiosa ou agitada ou com sintomas ansiosos predominantes
Queixa de angústia ou ansiedade acentuada associada aos sintomas depressivos; sente-se nervos, tenso, não para quieto; apresenta-se insone; irritado; ando de um lado para o outro, desesperado; dificuldade para se concentrar devido a muitas preocupações; medo de que algo horrível possa acontecer; sentimento de perda do controle de si mesmo
Características - deperssão unipolarar
transtorno depressivo recorrente; ocorre em pessoas mais velhas e apresenta duração mais longa; mais problemas de personalidade, mais controle de impulsos e introversão; sono mais curto
Características Depressão bipolar
Episódios futuros (pós diagnóstico de um quadro depressivo) de mania ou hipomania; ocorre em pessoas mais jovens e apresenta curta duração; menos problemas de personalidade. Pior controle dos impulsos, mais temperamento hipertímico e busca de estímulos; sono mais longo
Sintomas depressão mista ou depressão com característica mista
Durante os episódios de depressão pode ocorrer:
Humor elevado ou expansivo, grandiosidade e autoestima elevada, inflada; o paciente se apresenta falando muito e com pressão para falar; há aceleração do pensamento até fuga de ideias, aumento da energia no trabalho ou na vida sexual ou envolvimento em atividades excitantes, mas perigosas
Sintomas - Síndrome maníaca
Euforia, elação, irritabilidade em diferentes graus, ideias de grandeza, delírios de grandeza, perseguição ou de passividade, além da possibilidade de alucinações (aditivas, olfativas e visuais)
Sintomas - Síndrome maníaca (DSM-V)
Humor elevado presente, na maior parte do dia, por pelo menos uma semana
+ (3)
Aumento da autoestima; diminuição da necessidade de sono; loquacidade (produção verbal rápida, fluente e persistente); logorreia (produção verbal muito rápida, fluente, com perda das concatenações lógicas); pressão para falar; alterações formais do pensamento; distraibilidade; aumento de atividade/agitação psicomotora; envolvimento excessivo em atividades potencialmente perigosas.
Tipos de Transtorno bipolar
Tipo 1
Episódios depressivos intercalados com fases de normalidade e pelo menos uma fase maníaca bem caracterizada
Tipo 2
Episódios depressivos intercalados com períodos de normalidade e seguidos de fases hipomaníacas (NÃO APRESENTA MANIA)
Ciclagem rápida
É necessário que o paciente tenha apresentado, nos últimos 12 meses, pelo menos quatro episódios bem caraterizados e distintos de transtorno de humo, mania (ou hipomania) e/ou depressão
Sintomas - Transtorno de ansiedade generalizada (TAG)
Insônia, dificuldade em relaxar, angústia constante, irritabilidade aumentada e dificuldade em concentra-se, cefaleias, dores musculares, dores ou queimação no estômago, taquicardia, tontura, formigamento e sudorese fria
Definição - Crise de pânico
as crises de pânico são crises marcantes de ansiedade, nas quais ocorre importante descarga do sistema nervoso autônomo
Pensamentos de que vai morrer
Definição - Transtorno de pânico
Crises de pânico se tornam recorrentes e surge o medo de novas crises, preocupação com possíveis implicações da crise (medo de infartar ou enlouquecer) e sofrimento subjetivo significativo, pode ou não ser acompanhado de agorafobia
Sintomas - Transtorno de ansiedade de separação
Comum em crianças
Medo e ansiedade de ir à escola, separar-se da mãe ou de outros membros da família. Chora muito, fica muito ansiosa e amedrontada, tem medo de que algo muito ruim ocorra.
Definição - Síndromes psicóticas
Caracterizam-se por experiências como alucinações e delírios, desorganização marcante do pensamento e/ou do comportamento ou comportamento catatônico
Esquizofreina - Tipos de sintomas
Sintomas negativos
Sintomas positivos
sintomas de desorganização
Sintomas negativos esquizofrenia
Caracterizado pela perda de certas funções psíquicas e pelo empobrecimento global da vida afetiva, cognitiva e social do indivíduo
Sintomas positivos esquizofrenia
Manifestações novas, salientes, do processo esquizofrênico
Alucinação, delírio ou outras formas de distorção da realidade
Sintomas de desorganização esquizofrenia
Mais frequente na hebefrênica
Pensamento, vida afetiva e linguagem torna-se incompatível com a realidade