Psicologia do Trabalho Flashcards
Vulnerabilidade x Risco
Considera-se que enquanto o risco indica probabilidades, a vulnerabilidade é um indicador da iniquidade e da desigualdade social. A vulnerabilidade antecede ao risco e determina os diferentes riscos de se infectar, adoecer e morrer.
Risco: Causalidade
Vulnerabilidade: Plausividade
Discriminação (Processo de Estigmatização)
A discriminação consiste numa ação ou omissão que dispense um tratamento diferenciado (inferiorizado) a uma pessoa ou grupo de pessoas, em razão da sua pertença a uma determinada raça, cor, sexo, nacionalidade, origem étnica, orientação sexual, identidade de género, ou outro fator.
Preconceito x Estigma
Tanto o preconceito como o estigma envolvem categorização, rotulagem, estereotipagem e rejeição social, do mesmo modo que o estigma e o preconceito podem resultar em discriminação; os seus processos sociais são, assim, bastante semelhantes.
O preconceito é um processo cognitivo (juízo) individual, já estigma social é um fenômeno social que, segundo Goffman, representa um sinal ou uma marca que designa o portador como “deteriorado” e, portanto, menos valorizado do que as pessoas normais
Solidariedade orgânica do trabalho
Já a solidariedade orgânica é aquela que resulta de uma alta divisão social do trabalho (DST), na qual o grande número de especialistas faz com que haja uma interdependência social, ou seja, é a diferença entre os indivíduos que faz com que haja o vínculo social.
O BURNOUT - é a resposta emocional a situações de estresse crônico em função de relações intensas, em situação de trabalho, com outras pessoas ou de profissionais que apresentam grandes expectativas em relação a seus desenvolvimentos profissionais e
dedicação à profissão; no entanto, em função de diferentes obstáculos, não alcançaram o retorno esperado. Segundo Maslach & Jackson, a Síndrome de Burnout supõe sintomas específicos e compreende três fatores:
EXAUSTÃO EMOCIONAL DESPERSONALIZAÇÃO
SENTIMENTO DE BAIXA REALIZAÇÃO PESSOAL E PROFISSIONAL
A definição mais aceita atualmente sobre a Síndrome de Burnout fundamenta-se na perspectiva psicossocial, que a considera como uma reação à tensão emocional crônica causada por se lidar excessivamente com pessoas. De acordo com essa perspectiva, existem três dimensões interdependentes que contribuem para o desenvolvimento da doença:
1. A exaustão emocional, caracterizada pela falta ou carência de energia e entusiasmo e sentimento de esgotamento de recursos, podendo vir acompanhada de sentimentos de frustração e tensão;
2. A despersonalização, podendo até desenvolver certa insensibilidade emocional;
3. A baixa realização pessoal no trabalho, com um declínio do sentimento de competência e êxito, bem como de sua capacidade de interagir com os outros.
Origem da psicossociologia
“A psicossociologia remete a um campo de escuta, implicação e mudança. Ao enfatizar as histórias de vida e trajetórias sociais, busca-se atuar no nível das emoções e dos processos sociais, com base em uma escuta clínica do social, favorecedora da construção coletiva de sentido. Desenvolvida na França, sob a égide da pesquisa-ação a psicossociologia surgiu
no pós-guerra, em um contexto intelectual marcado pelo marxismo e pela psicanálise.”
Psicodinâmica do Trabalho - A Psicodinâmica do Trabalho nasceu da Psicopatologia do Trabalho e é uma abordagem que tem como objetivo compreender as estratégias que o trabalhador recorre para manter-se saudável, apesar de certos modos de organização do trabalho patologizantes. O ponto de partida de suas pesquisas passa a ser não mais o que adoece o trabalhador, mas como ele continua sadio apesar das adversidades. Suas principais concepções são:
A psicodinâmica do trabalho investiga a saúde no trabalho e analisa o sofrimento e as estratégias de mediação utilizadas pelos trabalhadores para ressignificar e superar o sofrimento, com vistas à transformação do contexto de trabalho em um lugar de prazer (Ferreira & Mendes, 2003).
Alderson (2004) enumera três premissas utilizadas pela psicodinâmica do trabalho:
1 - sujeito em busca de auto realização: todo indivíduo é habitado pelo desejo de realização;
2- existência de um hiato entre o que é prescrito e o trabalho real. Ao interpelar a inteligência prática do sujeito e ao solicitar sua criatividade, o trabalho que deixa uma margem de autonomia;
3- desejo de julgamento do outro, mais especificamente, trata do reconhecimento.
Em relação à metodologia, Castro (2018) afirma que a psicodinâmica do trabalho entende que os fatos devem ser extraídos das falas dos trabalhadores. Assim, pode-se realizar entrevistas para investigar aspectos relacionados à subjetividade do trabalhador, ligados à organização do trabalho (responsabilidade, hierarquia, controle sobre o trabalho e etc).
Estresse do Trabalho
Segundo Robbins (2005), existem três categorias de estresse potencial: ambiental, organizacional e individual. Os fatores de estresse são um fenômeno cumulativo. Cada fator novo e persistente faz crescer o nível de estresse do indivíduo. Assim, um determinado fator pode ser de pouca importância quando observado isoladamente, mas pode se tornar “a gota d’água” quando somado a um nível de estresse agudo.
Papel prescrito
O que é papel prescrito?
Entendida a sociedade como um conjunto de posições sociais (como a posição de médico, de professor, de aluno, de filho, de pai), todas as expectativas de comportamento estabelecidas pelo conjunto social para os ocupantes das diferentes posições sociais determinam o chamado papel prescrito.
Papel desempenhado
E aquele que você executa sem necessariamente atender as expectativas alheias
Existe uma tensão em relação ao papel desempenhado, o receio de frustrar
Fases da intervenção psicossocial definidas por Neiva
Diagnóstica
Delineamento da intervenção
Desenvolvimento da intervenção
Avaliação da intervenção
Divulgação dos resultados
Os quatro pilares da psicologia comunitária
Empoderamento
Cidadania
Luta contra pobreza
Saúde mental