PROVA ABERTA Flashcards

1
Q

quais as salmonelas de controle oficial em aves reprodutoras?

A

Salmonella Pullorum, Salmonella Gallinarum, Salmonella Enteritidis e Salmonella Typhimurium.

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2
Q

descreva as pp formas de introdução do paratifo aviário nas criações de aves.

A

O paratifo aviário geralmente se introduz nas granjas por meio de transmissão horizontal ou
vertical. Em relação a transmissão horizontal, ela pode ocorrer através de ração contaminada (armazenamento inadequado), presença de aves silvestres, moscas, roedores e outros animais (podem atuar como transmissores mecânicos) e cama contaminado, sendo que é favorecida em cenários de alta densidade de aves e em criações de aves de diferentes idades. Enquanto isso, a transmissão vertical pode ocorrer por via transovariana ou cloacal (sendo esta a mais comum, em que o ovo vai ter contato com as fezes via casca).

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3
Q

como é realizado o controle e prevenção do paratifo aviário?

A

o controle é baseado em evitar a introdução, a partir de medidas de limpeza e desinfecção; vazio sanitário; cuidados com os ovos a serem incubados (como não incubar ovos de diferentes lotes ou granjas juntos, evitar incubar ovo de cama); manter lotes com a mesma idade e antes da entrada e a cada mudança de lote fazer a limpeza e tratamento da cama, retirando animais mortos o mais rápido possível; controlar a entrada de pessoas e veículos, com medidas de limpeza e desinfecção em ambos; controlar pragas como insetos, roedores e aves silvestres a partir da limpeza dos arredores da granja, evitando água parada, lixo, mato, lama, árvores frutíferas e sujeira. Associado a essas medidas de biossegurança, pode-se utilizar outras ferramentas como vacinas, ácidos orgânicos, prebióticos e probióticos, mas estes só serão eficazes se o desafio sanitário não for muito alto, logo, não substituem as medidas preventivas.

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4
Q

quais as pp diferencas enter tifo aviário e pulorose?

A

O tifo aviário é uma doença septicêmica e toxêmica, afetando principalmente aves adultas e gerando diarréia esverdeada, sendo transmitida horizontalmente pelo contato ave-ave. Na necropsia pode ser visto congestão de diversos órgãos, juntamente com processos inflamatórios caracterizados por pontos esbranquiçados em órgãos, o fígado pode se apresentar esverdeado e pode haver também pneumonia e aumento do depósito de urato nos rins. Enquanto a pulorose é apenas septicêmica e afeta normalmente aves jovens levando a uma diarréia esbranquiçada, dificilmente causa óbito em aves adultas e sua transmissão pode ser vertical ou horizontal. Na
necrópsia, também haverão congestão e processos inflamatórios nos órgãos caracterizados por massas esbranquiçadas, diferentemente do tifo na pulorose pode ser visto aumento de volume das articulações.

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5
Q

quais as amostras ideais para isolamento das bact causadoras de tifo e pulorose?

A

Para realizar o isolamento dessas bactérias, o ideal é que seja realizada a coleta de órgãos como fígado, ovário ou baço. Para que seja feito o diagnóstico diferencial, ainda podemos utilizar testes bioquímicos ou moleculares.

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6
Q

Qual o agente etiológico da coriza infecciosa (CI) das galinhas?

A

bactéria Avibacterium paragalinarum

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7
Q

Quais os principais sinais clínicos e alterações anatomopatológicas da coriza infecciosa?

A

Os sinais clínicos da doença estão relacionados ao trato respiratório superior, podendo ter aparecimento súbito. Ocorre o envolvimento das vias áreas com descarga nasal serosa e mucosa, edema facial (uni ou bilateral), conjuntivite e aumento de volume ao redor dos olhos. Além disso, a ave apresenta prostração, parando de se alimentar, com aparência triste, sonolência e “encorujamento”, além de ocorrer queda na postura. Pode ocorrer também a formação de crostas com odor fétido ao redor das narinas e nas penas, sendo que quando muitos indivíduos do lote estão contaminados, o galpão fica com cheiro característico de urina de rato. Na necropsia, as alterações anatomopatológicas mais comumente vistas são inflamação aguda da mucosa dos seios e fossas nasais, com secreção seroso-mucosa; conjuntivite catarral; edema subcutâneo nas barbelas e na face. Na coriza complicada, onde há associação de Mycoplasma sp., pode haver também pneumonia e aerossaculite.

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8
Q

quais as medidas de controle necessarias para o controle da coriza infecciosa?

A

medidas de biosseguridade, como: limpeza e desinfecção adequadas; não criar aves de múltiplas idades; evitar a aquisição de aves de origem duvidosa. Em aves positivas, o ideal é que sejam isoladas e, se possível, descartadas o quanto antes. Também pode ser feita a vacinação, mas a vacina não possui proteção cruzada, de modo que o ideal é utilizar vacinas autógenas ou as que possuam o maior número de sorotipos, iniciando a primeira dose com 12 semanas e a segunda com 16 semanas, antes de iniciar a produção.

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9
Q

Descreva a fisiopatogenia do botulismo aviário e as principais espécies de aves afetadas.

A

O C. botulinum produz uma exotoxina que fica presente nos substratos em que vive como carcaças, camas de aviário, margem de lagos e outros locais com matéria orgânica em decomposição. A ave ingere materiais que contêm essas toxinas, que possuem resistência à ação proteolítica, sendo assim são absorvidas pelo trato gastrointestinal e alcançam as junções neuromusculares, onde bloqueiam a liberação de acetilcolina nas sinapses neuromusculares, impedindo que estas aconteçam e causando paralisia muscular. As aves afetadas são as domésticas
e silvestres (com exceção do urubu, que consegue neutralizar a toxina).

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10
Q

Quais os principais sinais clínicos e alterações anatomopatológicas em aves com botulismo?

A

Os sinais clínicos são decorrentes da paralisia muscular, logo, o animal pode apresentar dificuldade
de locomoção, paralisia flácida dos membros, asas, pálpebras e pescoço; as penas destacam-se facilmente; pode haver drenagem de líquido pelo bico (devido ao refluxo) e regurgitação. Em casos mais graves, parada respiratória e morte. É importante ressaltar que o quadro é dose-dependente, ou seja, depende da quantidade de toxina ingerida pelo animal, logo, em casos de ingestão de grandes quantidades, o animal pode vir a óbito sem sinal clínico nenhum. Não existem lesões anatomopatológicas em animais com botulismo.

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11
Q

como deve ser o controle do botulismo?

A

medidas que evitem a formação e ingestão da toxina, ou seja, realizar o destino correto de carcaças, manter a cama seca e limpa, controle de moscas e larvas, não permitir acesso a água de rios e lagos etc. É importante ressaltar que em animais de vida livre, essas medidas são difíceis de serem implementadas.

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12
Q

Descreva a etiologia, fisiopatologia, o diagnóstico e controle da enterite necrótica.

A

A enterite necrótica é uma enterotoxemia aguda, causada pelas toxinas alfa e beta produzidas pelo Clostridium perfringens tipo A e C com gene netB.
● Geralmente, está associada com quadros de surto de verminoses e quadros de imunossupressão, sendo que falhas no manejo, utilização de farinha de peixe carne deteriorada da dieta das aves, dietas ricas em fibras de baixa digestibilidade e presença de cascudinho favorecem a multiplicação desses microrganismos e consequentemente, a produção de toxinas. Após a ingestão da toxina, os animais podem apresentar quadros subclínicos (com retardo no crescimento e conversão alimentar ruim) ou clínicos (em que podem ter apatia, perda de apetite, dificuldade de locomoção, diarreia, penas eriçadas etc).
● O diagnóstico pode ser feito através da observação dos sinais clínicos já descritos e das lesões por meio da necropsia (como alterações vasculares, necroses e ulcerações nas alças intestinais). De forma laboratorial, pode ser feito o isolamento com tipificação e PCR para identificação do gene netB.
● Para o controle da enfermidade, podemos utilizar os promotores de crescimento, prebióticos, probióticos evitando a disbiose e a coccidiose. Pode ser feita a vacinação de matrizes com toxóides de C. perfringens A (que também transferem algum grau de imunidade passiva aos pintinhos). Além disso, boas práticas como: evitar doenças imunossupressoras, controlar coccidiose, utilizar matéria prima de origem animal para ração de boa qualidade, não reutilizar a cama sem tratamento etc.

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13
Q

Cite as principais espécies de Mycoplasma de importância na avicultura.

A

M. gallisepticum, M. sinoviae, M. Meleagridis, M. Iowae.

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14
Q

Quais os sinais clínicos e alterações anatomopatológicas das micoplasmoses aviárias?

A

Os sinais clínicos são variáveis de acordo com a espécie de Mycoplasma:
- M. gallisepticum: embriões não eclodidos (hiperemia, edema nas patas, artrite).
- M. sinoviae: sinovite infecciosa, aerossaculite, alteração nas cascas de ovos.
- M. Meleagridis: embriões não eclodidos, doença crônica respiratória, aerossaculite.
- M. Iowae: embriões não eclodidos.

Dentre as alterações anatomopatológicas, podemos citar o aumento do volume facial, inflamação catarral (fossas, seios nasais, faringe, traquéia e brônquios), alterações nos sacos aéreos (opacos, espessados, deposição de fibrina e áreas de reação linfofolicular), alterações articulares (artropatia em poedeiras e aumento das articulações do coxim plantar). Pode levar a complicações quando associadas a outros agentes: aerossaculite com formação de material purulento/caseoso, perihepatite fibrinosa, pericardite fibrinosa, peritonite/congestão das alças intestinais, salpingite e pneumonia intersticial. Em perus, pode ser observado aumento do volume facial.

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15
Q

como deve ser o controle das micoplasmoses?

A

Como para a maioria das outras doenças, para as micoplasmoses o controle também se baseia em medidas de biossegurança. É essencial ter atenção com os pintinhos a serem recebidos na granja, aceitando apenas animais livres de micoplasmoses, deve-se também fazer a monitoria dos plantéis de aves reprodutoras a partir de testes de isolamento, solorogia ou PCR. A vacinação e a antibioticoterapia não podem ser feitas em aves reprodutoras.

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16
Q

Como evitar a transmissão e disseminação das micoplasmoses em aves de produção?

A

Para o controle da micoplasmose em aves de produção, é necessário reforçar as medidas de biosseguridade, como controle de pessoas, telamento de galpões etc. Além disso, receber pintinhos saudáveis e de boa procedência (de granjas que realizam o controle de micoplasmose), não incubar ovos de diferentes granjas em conjunto, realizar a monitoria de plantéis reprodutores e evitar fatores predisponentes, como viroses, excesso de amônia, estresse térmico etc. Não é recomendado a criação de aves de múltiplas idades. Também pode ser feita a vacinação de aves comerciais e utilização de antibiótico, sendo que ambas as medidas não podem ser feitas em aves reprodutoras.

17
Q

Existem medidas sanitárias oficiais direcionadas a lotes de aves de produção positivos para micoplasmas de controle oficial? Caso existam, cite-as.

A

As medidas sanitárias variam de acordo com o tipo de criação e agente etiológico:

  • Matrizeiros de galinhas positivo para Mycoplasma gallisepticum: deve ser feito o abate do núcleo e destruição dos ovos.
  • Matrizeiros de galinhas positivo para Mycoplasma synoviae: deve ficar sob acompanhamento, reforçar as medidas de biossegurança, seus produtos não podem ser comercializados internacionalmente e os ovos e embriões oriundos deste estabelecimento devem ser monitorados até o descarte.
  • Matrizeiros de perus positivos para Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae e Mycoplasma Melleagridis: abate e destruição dos ovos.
  • Avozeiro, Bizavozeiro e Linhas puras positivas para Mycoplasma gallisepticum, Mycoplasma synoviae: abate do núcleo e destruição de ovos. Em caso de positivo para Mycoplasma Melleagridis, se o estabelecimento for de perus deve haver abate do núcleo e destruição dos ovos também.
18
Q

Descreva os principais sinais clínicos e alterações anatomopatológicas observadas na cólera aviária

A

Sinais Clínicos: na forma aguda pode haver morte súbita por sepse, ou as aves ficam apáticas, se recusando a movimentar, inapetentes, com penas arrepiadas, hipertermia, drenagem de conteúdo mucoso pelo bico, cianose verificada nas barbelas e crista, diarréia que se inicia profusa e aquosa, se tornando mucosa a muco-sanguinolenta, a esbranquiçada, amarelada e por fim esverdeada quando a doença atinge o fígado. Na forma crônica, a doença pode se prolongar por semanas ou meses, as aves apresentam enfraquecimento progressivo; palidez de crista e barbela com aumento do volume da última. Os sinais variam de acordo com a localização da bactéria, nas articulações pode haver artrite e inflamação da bolsa esternal; conjuntivite; lesões na faringe; presença de muco na traqueia e dispneia; pneumonia; aerossaculite purulenta; redução de ovos.

Alterações anatomopatológicas
- Forma aguda: hiperemia das vísceras abdominais, petéquias nas serosas, principalmente
nos pulmões, trato gastrintestinal, coração e gordura abdominal. No trato digestivo pode
ser visto hemorragias, congestão de mucosa e presença de muco.
- Forma crônica: infecções localizadas, principalmente no trato respiratório. Pode estar
presente também nos ossos pneumáticos, cavidade abdominal, coxim plantar, oviduto e
articulações, apresentando-se como líquido serofibrinoso.

19
Q

Cite qual o agente etiológico da cólera aviaria e como a enfermidade é desencadeada nos plantéis?

A

O agente etiológico é a Pasteurella multocida, que é um microrganismo presente no sistema
digestivo e respiratório de mamíferos funcionando como carreadores da bactéria para dentro do plantel. Nos animais sadios, a Pasteurella faz parte da flora normal e quando ocorre doenças imunossupressoras ou intensificação de fatores de estresse como o calor, a doença se manifesta.

20
Q

Qual o agente etiológico na colibacilose aviária?

A

O agente etiológico da colibacilose aviária é a bactéria Escherichia coli patogênica para aves (APEC).

21
Q

qual a fisiopatológico da colibacilose aviaria?

A

A Escherichia coli faz parte da microbiota natural do trato gastrointestinal, sendo que a doença ocorre de forma oportunista, geralmente associada a uma imunossupressão, que pode ser gerada pela presença de outros patógenos ou problemas de ambiência e manejo. Também pode ocorrer por sorogrupos patogênicos que possuem características específicas.

22
Q

quais os sinais clinicos e altearcoes anatomopatológicas da colibacilose aviaria?

A

Nas aves, a doença é extraintestinal e os sinais variam de acordo com o sistema acometido, podendo levar a quadros de doença respiratória crônica, colisepticemia, onfalite, síndrome da cabeça inchada, salpingite e celulite.

23
Q

como deve ser a reducao dos casos de colibacilose nos planteis de aves comerciais?

A

Para a redução dos casos pode-se utilizar medidas de ambiência, como adequação da temperatura evitando estresse térmico; nutrição balanceada; densidade animal adequada; camas de material que não possa lesionar os animais. Medidas de biossegurança também devem ser aplicadas, pois contribuirão para o combate de comorbidades e outras doenças e também diminuirão a contaminação do ambiente. No incubatório, a higiene dos ovos pode favorecer para o controle da doença.

24
Q

Qual a importância da campilobacteriose para a avicultura de corte?

A

A campilobacteriose é assintomática em aves, mas é responsável por contaminar carcaças e, assim, gerar surtos de infecção alimentar, podendo causar Síndrome de Guilain-Barré em consumidores. Desta forma, possui importância na saúde pública e economicamente, pode se tornar uma barreira para exportação de produtos no futuro.

25
Q

Cite dois patógenos bacterianos considerados emergentes na avicultura industrial brasileira.

A

Gallibacterium anatis e Ornithobacterium rhinotracheale.