Prova 2 Flashcards
Cite 5 funções dos anticorpos.
- Opsonização
- Neutralização
- Ativação da via clássica do sistema complemento
- Citotoxicidade celular dependente de anticorpo (ativar célula NK)
- Desgranulação de mastócitos e basófilos
Especifique as funções dos diferentes tipos de anticorpos.
IgD: anticorpo não secretado, que é um BCR nos linfócitos B naives (não sabemos sua função).
IgE: participa da desgranulação de mastócitos e basófilos em quadros alérgicos e de infecção por helmintos.
IgA: anticorpo presente em maior quantidade nas secreções, que pode neutralizar toxinas e patógenos e tem importante papel na imunidade neonatal por estar presente no leite materno (não é absorvido, fica na mucosa intestinal, sendo eficiente apenas no combate a infecções gastrointestinais).
IgM: primeiro anticorpo a ser secretado, também atua como BCR nos linfócitos B naives e forma um pentâmero quando solúvel. Pode ativar o sistema complemento e neutralizar toxinas e patógenos.
IgG: anticorpo mais abundante no sangue, pode neutralizar toxinas e patógenos, opsonizar antígenos, ativar o sistema complemento e tem importante papel na imunidade neonatal por passar pela placenta (faz tudo!).
Quais tipos de antígenos são responsáveis por induzir a tolerância central e a tolerância periférica?
Na tolerância central, são autoantígenos. Na tolerância periférica, tanto autoantígenos, quanto antígenos exógenos, como alimentares, ambientais e da microbiota.
Em relação a autotolerância, quais são os mecanismos da tolerância central e periférica?
A tolerância central ocorre nos órgãos linfóides primários (timo e medula óssea), eliminando linfócitos autorreativos. (Em outras palavras, a tolerância central é a deleção ou anergia dos clones auto-reativos nos órgãos linfóides primários, como timo e medula óssea.) Ocorre quando linfócitos imaturos encontram autoantígenos.
A tolerância periférica, que ocorre em tecidos periféricos (linfonodos e baço), controla células autorreativas que escaparam da seleção central, podendo inativá-las ou eliminá-las. (Em outras palavras, a tolerância periférica é a delação ou anergua das células que reconhecem antígenos na ausência de sinais co-estimuladores). Ocorre quando linfócitos maduros reconhecem autoantígenos.
Defina maturação de afinidade.
Aumento da afinidade do anticorpo pelo antígeno decorrente de mutações pontuais aletórias que são selecionadas. As células cujos receptores têm maior afinidade ao antígeno sobrevivem, enquanto as com pouca afinidade morrem.
Defina troca de afinidade.
Alteração da cadeia pesada dos anticorpos que leva a troca de classe do anticorpo, mantendo a especificidade do antígeno.
Como os interferons do tipo I (IFN-1) agem nas respostas antivirais?
Atuam inibindo a síntese proteica viral, degradando o material genético viral e interferindo na montagem do vírion.
Descreva os efeitos (locais e sistêmicos) do TNF, IL-1 e IL-6 durante uma infecção por uma bactéria extracelular.
Inflamatórios locais
- Inflamação de células endoteliais
- Indução da expressão de moléculas de adesão
- Ativação de fagócitos e outros leucócitos
Protetores sistêmicos
- Indução de febre
- Produção de proteínas de fase aguda (no fígado), as quais ativam o sistema complemento
- Produção e liberação de leucócitos
Quais os componentes básicos de uma vacina?
• Antígenos do agente causador da doença, que permite que o sistema imune o reconheça e seja gerada uma resposta imunológica adaptativa. Essa resposta inclui a ativação de linfócitos T CD4 e T CD8 e linfócitos B (dependendo do tipo de vacina).
• Adjuvantes, que atuam aumentando a imunogenicidade (a capacidade de gerar resposta imunológica) dos antígenos, ativando o sistema imune inato ou aumentando a persistência do antígeno; na ausência desse componente, é possível que se gere uma tolerância ao antígeno.
Qual o principal mecanismo efetor de uma vacina?
No caso das vacinas profilátivas atualmente no mercado, acredita-se que o principal mecanismo efetor seja a produção de anticorpos neutralizantes. Os anticorpos neutralizantes ligam-se em uma região dos antígenos que impedem as proteínas do microrganismo de se ligar, impedindo que a infecção aconteça.
Há também outros mecanismos efetores, como a produção de anticorpos não-neutralizantes, que eliminam microrganismos por fagocitose e mata células infectadas por ADCC. Há também a geração de linfócitos T e B de memória, que se ativam e começam suas funções efetoras mais rapidamente no caso de uma infecção.
Explique o processo de sensibilização que ocorre na hipersensibilidade do tipo I.
A sensibilização ocorre na primeira vez que o corpo tem contato com determinado alérgeno, paddando a produzir anticorpos da classe IgE contra esses antígenos. Esses anticorpos se ligam aos mastócitos e basófilos por meio de receptores de alta afinidade e em um contato subsequente com o mesmo alérgeno, essa IgE ligada aos mastócitos/basófilos se liga ao alérgeno, levando a ativação e desgranulação destas células.
Explique as reações dos diferentes tipos de hipersensibilidade.
Hipersensibilidade do tipo I: mediada por resposta Th2, envolvendo anticorpos IgE, ligados a receptores de mastócitos e basófilos. Muitas vezes chamada de “alergia”, pode causar sintomas como edema, eritema, coceira e broncoespasmos.
Hipersensibilidade do tipo II: mediada por anticorpos IgM/IgG que se liga a antígenos da superfície celular ou da matriz extracelular. Caracterizada pela ligação de anticorpos, ativação do complemento e citotocixidade mediada por anticorpos.
Hipersensibilidade do tipo III: mediada por complexos imunes (imunocomplexos) que se depositam em vasos sanguíneos teciduais (ex: da pele), desencadeando a ativação da via clássica do complemento e consequente recrutamento de monócitos e neutrófilos que liberam seu conteúdo gerando dano tecidual. (Leva a citotoxicidade e inflamação)
Hipersensibilidade do tipo IV: mediada por células Th1, Th17 e T CD8+, que causam citotoxicidade e inflamação. Linfócitos T liberam citocinas e quimiocinas que atraem mais células para o local e consequentemente causam dano tecidual.
Quais são os três Cs da evasão imune tumoral?
Camuflagem
- defeitos no processamento e apresentação de antígenos, como a redução da expressão de MHC
- produção de membranas (cápsula) o redor do tumor, impedindo a ação do sistema imune
Coerção
- secreção de citocinas que levam à exaustão de células T
- alterações metabólicas que levam à produção de citocinas e outros fatores anti-inflamatórios, levando à imunossupressão
Citoproteção
- defeitos na sinapse imunológica
- falhas nas vias de sinalização de morte celular
Diferencie imunodeficiências congênitas e imunodeficiências adquiridas.
As imunodeficiências congênitas (ou primárias) são genéticas e resultam no aumento da suscetibilidade à infecção.
As imunodeficiências adquiridas (ou secundárias) não são doenças hereditárias, ocorrem como consequência de desnutrição, câncer disseminado, tratamento com fármacos imunossupressores ou infecção das células do sistema imune (como o HIV).
Que tipo de antígenos os linfócitos B reconhecem? Eles respondem da mesma maneira para todos os tipos de antígenos?
Os linfócitos B podem reconhecer proteínas, carboidratos, ácidos nucleicos e lipídios, mas não respondem a todos os tipos da mesma maneira.
O reconhecimento de proteínas induzem a resposta de linfócitos B T-depentes. Linfócitos B T-independentes podem reconhecer lipídios, carboidratos e ácidos nucleicos.
(Os linfócitos T só respondem a proteínas)
(Rever)