Principios penais Flashcards

1
Q

Pergunta

A

Resposta

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Q

C/E No sistema penal brasileiro, o princípio da intervenção mínima atua de forma a evitar a hipertrofia do Direito Penal. No entanto, admite-se a sua aplicação preventiva quando se busca proteger bens jurídicos de relevância menor, como no caso dos crimes ambientais?.

A

Errado. O princípio da intervenção mínima exige que o Direito Penal seja aplicado somente para proteger bens jurídicos de extrema relevância e quando os demais ramos do direito forem insuficientes.

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3
Q

C/E O princípio da legalidade estrita impõe ao legislador penal a criação de normas claras e objetivas, afastando qualquer margem para a interpretação extensiva ou analogia em prejuízo do réu, mesmo em casos que envolvam a proteção de bens jurídicos fundamentais?.

A

Certo. O princípio da legalidade estrita proíbe a criação de crimes e penas por analogia ou interpretação extensiva, garantindo segurança jurídica, especialmente em temas que envolvem a proteção de direitos fundamentais.

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4
Q

C/E Segundo o funcionalismo sistêmico de Jakobs, o Direito Penal do Inimigo pode justificar a aplicação de medidas restritivas a indivíduos antes mesmo da prática de atos concretos, com base na suposta periculosidade do agente.

A

Certo. Para Jakobs, o Direito Penal do Inimigo visa proteger a norma e a ordem social, justificando a antecipação da intervenção punitiva em indivíduos considerados perigosos, independentemente de atos concretos.

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5
Q

C/E O princípio da insignificância, apesar de amplamente utilizado para a exclusão da tipicidade material, encontra limitações em crimes que envolvam a Administração Pública, como reafirmado pelo STF e STJ em seus precedentes.

A

Certo. O princípio da insignificância não se aplica a crimes contra a Administração Pública, como preveem as súmulas dos tribunais superiores, dado o interesse público protegido nesses casos.

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6
Q

C/E A fragmentariedade do Direito Penal implica que o legislador não deve intervir em todas as esferas da vida social, mas apenas quando há uma efetiva violação a bens jurídicos fundamentais. Dessa forma, a legislação penal não deve criminalizar condutas socialmente aceitas, mesmo que possam causar algum dano a um indivíduo.

A

Errado. Apesar da fragmentariedade, o legislador pode criminalizar condutas que, mesmo sendo socialmente aceitas, lesam bens jurídicos relevantes. O Direito Penal não se limita às práticas moralmente reprováveis, mas sim às que afetam a ordem pública e bens jurídicos protegidos.

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7
Q

C/E O princípio da culpabilidade, conforme o entendimento doutrinário e jurisprudencial dominante, impede a aplicação de penas sem a constatação de dolo ou culpa, mesmo em hipóteses de responsabilidade penal objetiva.

A

Certo. O princípio da culpabilidade exige a comprovação de dolo ou culpa para a aplicação de pena, afastando a responsabilidade penal objetiva, que é vedada pelo ordenamento brasileiro, conforme entendimento consolidado do STF e STJ.

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8
Q

C/E Segundo o princípio da proporcionalidade, a sanção penal deve ser aplicada de forma a garantir a adequação e a necessidade da medida, ainda que isso implique a imposição de uma pena desproporcional em face da gravidade do crime, desde que o bem jurídico tutelado seja especialmente relevante.

A

Errado. O princípio da proporcionalidade exige que a pena seja adequada à gravidade do crime, de modo que penas desproporcionais violariam esse princípio, ainda que o bem jurídico protegido seja relevante.

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9
Q

C/E A tipificação de crimes de perigo abstrato no ordenamento jurídico brasileiro é considerada uma exceção ao princípio da lesividade, sendo aceita em determinadas situações que envolvem a proteção de bens jurídicos coletivos ou difusos.

A

Certo. Crimes de perigo abstrato são uma exceção ao princípio da lesividade, pois punem a mera exposição do bem jurídico a perigo, sem necessidade de comprovação de dano efetivo, como ocorre em crimes ambientais ou de trânsito.

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10
Q

C/E O princípio da anterioridade penal está diretamente relacionado ao princípio da legalidade, estabelecendo que nenhuma conduta será considerada crime, nem qualquer pena será aplicada, sem que haja uma lei anterior que o defina, exceto nos casos de crimes contra a humanidade, de acordo com o direito internacional.

A

Errado. O princípio da anterioridade penal é absoluto no Direito Penal brasileiro, não admitindo exceções, nem mesmo para crimes contra a humanidade, que devem estar previamente tipificados na legislação interna.

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11
Q

C/E O garantismo penal de Luigi Ferrajoli, além de limitar o poder punitivo do Estado, visa assegurar a máxima eficácia dos direitos fundamentais, impondo garantias tanto materiais quanto processuais em favor do acusado.

A

Certo. O garantismo penal de Ferrajoli estabelece uma série de garantias ao acusado, tanto no campo material quanto no processual, visando limitar o arbítrio estatal e proteger os direitos fundamentais.

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12
Q

C/E O Direito Penal do Fato, adotado pelo sistema penal brasileiro, é incompatível com a culpabilidade do autor, pois se baseia exclusivamente na exteriorização da conduta criminosa, não sendo relevante a personalidade ou antecedentes do agente na dosimetria da pena.

A

Errado. Embora o Direito Penal do Fato foque na conduta, a personalidade e os antecedentes do agente são levados em consideração na dosimetria da pena, conforme estabelece o art. 59 do Código Penal.

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13
Q

C/E A vedação ao bis in idem implica que um indivíduo não pode ser punido duas vezes pela mesma conduta, ainda que essa ação configure ofensa a bens jurídicos diversos, como no caso de um crime que afete simultaneamente a Administração Pública e particulares.

A

Errado. O princípio do bis in idem impede a dupla punição pelo mesmo fato. No entanto, se uma conduta viola bens jurídicos distintos, ela pode ensejar a aplicação de sanções autônomas por cada uma dessas ofensas.

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14
Q

C/E No contexto do Direito Penal do Inimigo, defendido por Jakobs, a proteção do ordenamento jurídico justifica a restrição de garantias processuais a indivíduos que reiteradamente violam a ordem jurídica, uma vez que deixam de ser tratados como cidadãos plenos.

A

Certo. O Direito Penal do Inimigo de Jakobs justifica a limitação de direitos e garantias processuais para indivíduos considerados perigosos ou que não se comportam como cidadãos no Estado de Direito.

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15
Q

C/E O princípio da alteridade proíbe que o Direito Penal brasileiro puna atos de autolesão, como o uso de substâncias entorpecentes, uma vez que o agente não causa dano a terceiros.

A

Errado. O uso de drogas, embora possa ser considerado autolesivo, é criminalizado no Brasil com base em questões de saúde pública e prevenção de crimes relacionados.

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16
Q

C/E A aplicação do princípio da insignificância demanda a análise não apenas da lesão mínima ao bem jurídico, mas também da baixa reprovabilidade da conduta e da ausência de periculosidade social do agente, conforme critérios fixados pelo STF.

A

Certo. O STF fixou que, além da mínima ofensividade ao bem jurídico, deve-se avaliar a periculosidade e a reprovabilidade da conduta para aplicar o princípio da insignificância.

17
Q

C/E O princípio da legalidade estrita impõe que o Direito Penal não pode ser retroativo, salvo quando for para beneficiar o réu, respeitando o postulado do favor rei.

A

Certo. O princípio da legalidade admite a retroatividade da lei penal mais benéfica, conforme o art. 5º, XL, da CF, em respeito ao postulado do favor rei.

18
Q

C/E O Direito Penal Simbólico, muitas vezes associado ao populismo penal, visa a criar leis penais de caráter inflacionário, com o intuito de transmitir uma sensação de segurança à sociedade, ainda que essas normas não sejam eficazes na contenção da criminalidade.

A

Certo. O Direito Penal Simbólico busca aparentar uma resposta estatal à criminalidade, sem efetiva implementação prática, gerando uma falsa sensação de segurança.

19
Q

C/E Segundo a teoria funcionalista de Claus Roxin, o Direito Penal deve ser aplicado de maneira proporcional à necessidade de proteção do bem jurídico, e não para reafirmar a vigência da norma violada.

A

Certo. Roxin defende que a função do Direito Penal é proteger bens jurídicos relevantes e não apenas reforçar a autoridade da norma penal, diferentemente de Jakobs.

20
Q

C/E O princípio da culpabilidade impede que o legislador crie tipos penais que dispensem a prova de dolo ou culpa, sendo vedada a tipificação de crimes de responsabilidade objetiva.

A

Certo. O princípio da culpabilidade exige a comprovação de dolo ou culpa, vedando a responsabilidade penal objetiva no Direito Penal brasileiro.

21
Q

C/E O princípio da insignificância pode ser afastado em crimes cometidos por reincidentes, de acordo com a jurisprudência consolidada do STF, que considera a habitualidade delitiva incompatível com esse postulado.

A

Certo. A jurisprudência do STF afasta o princípio da insignificância em casos de reincidência ou habitualidade delitiva, ainda que o crime seja de baixa lesividade.

22
Q

C/E A aplicação de medidas de segurança no Direito Penal brasileiro pressupõe a comprovação de periculosidade do agente, mesmo que ele seja inimputável, sendo vedada a sua imposição com base apenas na gravidade do crime praticado.

A

Certo. As medidas de segurança têm caráter preventivo e só podem ser aplicadas com base na periculosidade do agente, não na gravidade do crime, mesmo nos casos de inimputabilidade.

23
Q

C/E Segundo a doutrina do garantismo penal, a função primordial do Direito Penal é assegurar a ordem pública e a paz social, devendo prevalecer a segurança jurídica sobre a proteção dos direitos individuais.

A

Errado. O garantismo penal preconiza justamente a limitação do poder punitivo estatal, assegurando a proteção dos direitos e garantias fundamentais, e não a prevalência da ordem pública em detrimento dos direitos individuais.

24
Q

C/E O STF entende que, mesmo em se tratando de crimes hediondos, a progressão de regime não viola o princípio da proporcionalidade, desde que o requisito objetivo de cumprimento de parte da pena e o bom comportamento sejam observados.

A

Certo. O STF já se posicionou no sentido de que o regime mais severo para crimes hediondos não impede a progressão, desde que cumpridos os requisitos legais, respeitando-se o princípio da proporcionalidade.

25
Q

C/E O princípio da confiança é amplamente utilizado no Direito Penal econômico, pois permite que agentes econômicos ajam de boa-fé, confiando na legalidade das condutas de outros envolvidos, sendo eximidos de responsabilidade em casos de dolo eventual.

A

Errado. O princípio da confiança pode ser aplicado, mas não exclui a responsabilidade em casos de dolo eventual, onde o agente assume o risco de produzir o resultado, mesmo que confie nas ações de outros.

26
Q

C/E O princípio da adequação social, embora não esteja positivado na legislação brasileira, é amplamente aceito pela doutrina e pela jurisprudência como um critério de exclusão da tipicidade formal.

A

Certo. O princípio da adequação social é aceito pela doutrina e pela jurisprudência como critério de exclusão da tipicidade, ao considerar que certas condutas socialmente aceitas não são tipificadas como crime, apesar de corresponderem formalmente a um tipo penal.

27
Q

C/E De acordo com a teoria do funcionalismo penal moderado, defendida por Claus Roxin, a pena deve ser aplicada sempre que houver a violação de um bem jurídico relevante, ainda que o agente tenha agido em estrito cumprimento de um dever legal.

A

Errado. No funcionalismo moderado de Roxin, a violação de um bem jurídico relevante deve ser punida, exceto quando o agente age sob excludentes de ilicitude, como no estrito cumprimento de dever legal.

28
Q

C/E No sistema penal brasileiro, o princípio da anterioridade penal impede a retroatividade de leis penais mais severas, mas admite a retroatividade de normas penais mais benéficas ao réu, conforme previsto expressamente na Constituição Federal.

A

Certo. A retroatividade da lei penal mais benéfica é garantida pela Constituição Federal (art. 5º, XL), enquanto leis penais mais severas não podem retroagir.

29
Q

C/E O Direito Penal brasileiro adota a teoria do dolo eventual em crimes culposos, admitindo a punição de agentes que, embora não queiram diretamente o resultado, assumem o risco de produzi-lo.

A

Errado. A teoria do dolo eventual aplica-se a crimes dolosos, e não a crimes culposos. O dolo eventual ocorre quando o agente, mesmo sem desejar o resultado, assume o risco de sua ocorrência.

30
Q

C/E O STF entende que, em crimes de lavagem de dinheiro, é possível a responsabilização penal de pessoas jurídicas, desde que haja a demonstração da prática de atos ilícitos por seus representantes e em benefício da pessoa jurídica.

A

Certo. O STF admite a responsabilização penal de pessoas jurídicas em crimes como lavagem de dinheiro, desde que fique comprovada a atuação de seus representantes e o benefício à pessoa jurídica.

31
Q

C/E A teoria do labeling approach, influente na criminologia crítica, defende que a criminalização secundária é mais seletiva e atua como mecanismo de controle social, especialmente contra grupos marginalizados.

A

Certo. A teoria do labeling approach (teoria do etiquetamento) argumenta que a criminalização secundária (a aplicação da lei penal) é seletiva, direcionando-se preferencialmente contra indivíduos e grupos marginalizados, reforçando estereótipos e desigualdades sociais.