Primeira Prova Flashcards

1
Q

Transtorno de personalidade podem ser agrupados em 3 grupos:

A

Grupo A: Paranóide, Esquizóide, Esquizotípico

Grupo B: Antissocial Borderline Histriônico Narcisista

Grupo C:
Evitativo
Dependente Obsessivo compulsivo Ansiosa

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2
Q

Grupo A: Paranóide, Esquizóide, Esquizotípico

A

Padrão: esquisitos e/ou desconfiados;

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3
Q

Grupo B: Antissocial Borderline Histriônico Narcisista

A

Padrão: instáveis e/ou manipuladores e/ou centro das atenções;

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4
Q

Grupo C:
Evitativo
Dependente Obsessivo compulsivo Ansiosa

A

Padrão: ansiosos e/ou controlados- controladores.

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5
Q

Grupo B - TPB - Transtorno de personalidade borderline - 8 características

A

1 - Esforços excessivos e desesperados para evitar abandono, real ou imaginário; intensa sensibilidade às menores pistas de possível abandono.

2 - Relacionamentos pessoais intensos, mas muito instáveis, oscilando em períodos de idealização de uma grande “paixão” ou “amizade-adoração” para outros de desvalorização, “ódio” e “rancor” profundos.

3 - Perturbação da identidade: dificuldades graves e instabilidade com relação à autoimagem, aos objetivos e às preferências pessoais (inclusive as de orientação sexual e de identidade de gênero).

4 - Impulsividade em pelo menos duas áreas autodestrutivas

5 - Instabilidade emocional intensa, decorrente de acentuada reatividade do humor (irritabilidade ou ansiedade intensas, de poucas horas, raramente de dias), disforias episódicas.

6 - Sentimentos crônicos de vazio

7 - Raiva intensa e inapropriada e/ou muita dificuldade em controlá-la
(brigas físicas recorrentes, irritação, raiva, explosões comportamentais).

8 - De forma transitória, podem ocorrer ideias de perseguição

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6
Q

Grupo B - TPH - Transtorno de personalidade Histriônica - 8 características

A

1 - O indivíduo sente desconforto em situações em que não é o centro das atenções. Há busca contínua de atenção e apreciação por parte dos outros; quer ser o centro das atenções.

2 - A interação com as pessoas com frequência é caracterizada por comportamento sexualmente sedutor, inadequado e provocativo.

3 - O indivíduo apresenta mudanças rápidas das emoções e expressão superficial delas. A afetividade tende, assim, a ser superficial, pueril e lábil.

4 - Usa de modo reiterado a aparência física para atrair atenção para si.

5 - Tem um estilo de falar, um discurso carente de detalhes e de exatidão, com um caráter impressionista, meio vago.

6 - O indivíduo utiliza dramatização e autodramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções.

7 - Há sugestionabilidade aumentada; o indivíduo é facilmente influenciado por outros ou pelas circunstâncias.

8 - Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são.

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7
Q

Grupo B - TPA - Transtorno de Personalidade antisocial - 7 características

A

1 - Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais. Repetição de atos que podem constituir motivos de detenção.

2 - Tendência à falsidade, a mentir repetidamente, a praticar a falsidade, falsificar nomes, documentos, trapacear para ganho pessoal ou por prazer. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.

3 - No sentido da impulsividade e da inconstância, pode haver incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja dificuldade em iniciá-los.

4 - Irritabilidade e agressividade, envolvimento frequente em brigas, lutas e agressões verbais e físicas.

5 - Descaso pela segurança de si e dos outros.

6 - Irresponsabilidade reiterada, indicada por falha em manter conduta consistente no trabalho ou em honrar obrigações financeiras (p. ex., pagar contas).

7 - Ausência de remorso

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8
Q

Grupo B - TPN - Transtorno de personalidade narcisista - 7 características

A

1 - O indivíduo apresenta senso grandioso (e irreal) da própria importância.

2 - Julga ter talentos especiais e espera ser reconhecido como superior sem que tenha feito algo concreto para isso.

3 - É muito voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, de poder, brilho, beleza ou de um amor ideal. Acha-se excepcionalmente “especial” e “único”, acreditando que só pessoas ou instituições também excepcionalmente especiais ou únicas podem estar a sua altura.

4 - Requer admiração excessiva. Apresenta expectativas irracionais de tratamento especial, sentimentos de ter “direitos”, ou de que as pessoas estejam de acordo com suas expectativas.

5 - Tende a ser “explorador” nas relações interpessoais, buscando vantagens sobre os outros para atingir seu fim ou sucesso pessoal. Sem empatia pelos outros, reluta em reconhecer os sentimentos e as necessidades das pessoas ou em se identificar com elas em tais sentimentos e necessidades.

6 - Frequentemente invejoso dos outros ou do sucesso alheio; acha sempre que os outros têm inveja dele.

7 - É frequentemente arrogante nos seus comportamentos e atitudes.

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9
Q

Grupo A - TPP - Transtorno de Personalidade paranoide

A

1 - Suspeitas recorrentes, sem base na realidade, de estar sendo enganado, maltratado ou explorado pelos outros.

2 - O indivíduo se preocupa sem justificativas ou embasamento real e tem dúvidas sobre a lealdade ou a confiabilidade de amigos e sócios. Porque pensa ou conclui que as informações serão usadas negativamente contra si, reluta em confiar nas outras pessoas e tem medo infundado da ação delas.

3 - Tende a perceber significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou acontecimentos benignos ou indiferentes.

4 - Guarda rancor de forma persistente (p. ex., não perdoa desprezo, insultos ou injúrias).

5 - Tende a perceber ataques a sua reputação ou a seu caráter que não são percebidos pelos outros, reage com raiva e contra-ataca rapidamente.

6 - Tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, com respeito à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.

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10
Q

Grupo A - TPE - Transtorno da personalidade esquizoide

A

1 - Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma família;

2 - Tem preferência quase invariável por atividades solitárias; demonstra pouco interesse em ter experiências sexuais com outras pessoas; realiza poucas atividades que produzem prazer;

3 - Não tem amigos próximos nem pessoas confidentes, a não ser familiares de primeiro grau; mostra indiferença aparente a elogios ou críticas;

4 - Demonstra frieza emocional, apresenta distanciamento ou embotamento afetivo.

5 - Esse perfil de personalidade não pode ser notado apenas durante o curso da esquizofrenia, de um transtorno do humor ou de outro transtorno psicótico ou do espectro do autismo.

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11
Q

Grupo A - Transtorno de personalidade esquizotípica

A

1 - Ideias de referência (com exclusão de delírios de referência), ou seja, têm a tendência a interpretar os eventos que acontecem ao seu redor, no seu local de moradia, de trabalho ou lazer, como relacionados especificamente consigo, geralmente com sentido negativo (tudo se refere à pessoa de forma negativa, pejorativa).

2 - Ideias e crenças estranhas, tendendo a apresentar pensamento mágico, ideias essas que são inconsistentes com as normas subculturais (de sua família, de seu grupo religioso, de seu grupo de amigos, da escola ou trabalho).

3 - Experiências perceptivas incomuns, inclusive ilusões corporais.

4 - Pensamento e discurso incomuns, estranhos – por exemplo, pensamento vago, exageradamente metafórico, hiperelaborado ou estereotipado (parece tratar-se de ideias filosóficas, mas é vago, inconsistente e mesmo bastante confuso).

5 - Ideação paranoide, indivíduo muito desconfiado Afetos inapropriados ou muito reduzidos.

6 -
Comportamento e/ou aparência física (inclusive vestimenta, adornos corporais, cabelos, etc.) muito estranhos; os pacientes parecem demasiadamente excêntricos ou muito peculiares.

7 - Ausência de amigos íntimos ou confidentes além dos parentes de primeiro grau. Ansiedade excessiva em situações sociais, que não diminui com a familiaridade em relação a tal situação ou é colorida com ideação paranoide.

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12
Q

Grupo C - Ansiosos/Medrosos

A

1 - Transtorno da
personalidade obsessivo-compulsiva

2 - Preocupação excessiva com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou esquemas a ponto de o objetivo principal da atividade que realiza ser perdido.

3 - Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas e preocupação indevida com detalhes da vida.

4 - Dedicação excessiva ao trabalho e à produtividade em detrimento de ocupar-se com amizades, lazer, relações pessoais (não explicada por dificuldades financeiras).

5 - Excesso de escrúpulos e inflexibilidade em relação a assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por questões religiosas ou culturais).

6 - Incapacidade de jogar fora objetos usados ou sem valor, mesmo quando não têm valor sentimental.

7 - O indivíduo reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetam ao seu modo exato de fazer as coisas.

8 - Insistência incomum para que os outros se submetam exatamente a sua maneira de fazer as coisas.

9 - Estilo mesquinho para lidar com gastos, com o dinheiro, mesmo que isso não se justifique por carência econômica. Tendência a rigidez e teimosia.

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13
Q

Grupo C - Transtorno de personalidade dependente

A

1 - Subordinação das próprias necessidades e desejos àqueles dos outros dos quais é dependente.

2 - Dificuldades para tomar decisões cotidianas e solicitação constante de que outros (dos quais depende) tomem as decisões diárias e importantes em sua vida.

3 - Esses indivíduos pedem frequentemente reasseguramentos e conselhos dos outros.

4 - Necessidade de que o(s) outro(s) assuma(m) responsabilidade na maior parte dos assuntos de sua vida.

5 - Dificuldades em manifestar desacordo em decorrência do medo que têm de perder o apoio ou a aprovação.

6 - Dificuldades em iniciar projetos, em fazer coisas por conta própria, por falta de confiança em si, nas suas capacidades ou julgamentos (não se trata de falta de motivação ou energia, mas de falta de autoconfiança).

7 - Tais pessoas podem ir a extremos para obter apoio, aprovação e carinho dos outros, a ponto de se voluntariar para fazer coisas desagradáveis.

8 - Sentimento de desamparo e desconforto significativo quando sozinho por causa de medo exagerado de ser incapaz de se cuidar.

9 - Logo após o término de um relacionamento íntimo, tais pessoas buscam intensamente, com urgência, outro relacionamento para obter fonte de cuidado e apoio.

10 - Preocupações e/ou medo importante de ser abandonado à própria sorte.

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14
Q

Transtorno de personalidade evitativa

A

1 - Evitação de atividades profissionais ou estudantis que impliquem contato interpessoal significativo, pois o indivíduo tem muito medo de críticas, desaprovação ou rejeição.

2 - Falta de disposição para se envolver com outras pessoas.

3 - Reserva e evitação de relacionamentos íntimos, decorrentes do medo de passar vergonha ou ser ridicularizado.

4 - Muita preocupação com possíveis críticas ou rejeição em situações sociais.

5 - Inibição para interações, decorrente dos sentimentos de inadequação.

6 - Tendência a ver a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros.

7 - Relutância em assumir riscos pessoais ou em se envolver em atividades ou situações novas por medo de constrangimentos.

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15
Q

Grupo C - Transtorno de personalidade ansiosa

A

O TP ansiosa, embora não esteja nem na CID-11, nem no DSM-5, é muito próximo do padrão de personalidade evitativa. O diagnóstico de TP ansiosa se faz mediante a identificação das seguintes características:

1 - Estado constante de tensão e apreensão.

2 - Crença de ser socialmente incapaz, desinteressante ou inferior aos outros.

3 - Preocupação ou medo excessivo de ser criticado ou rejeitado.

4 - Restrições na vida diária devido à necessidade de segurança física ou psíquica.

5 - Evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo, principalmente por medo de críticas, desaprovação ou rejeição.

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16
Q

Rollo May - Pontos em comum com o existencialismo

A
  1. A existência precede a essência
  2. Não existe separação entre sujeito e objeto
  3. As pessoas buscam algum significado para suas vidas
  4. Cada um de nós é responsável pelo que somos e pelo que nos tornamos
  5. Os existencialistas são antiteóricos
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17
Q

Rollo May - Ser-no-mundo

A

Muitas pessoas sofrem de ansiedade e desespero causados pela alienação de si mesmas e de seu mundo.

A alienação é a doença de nosso tempo, e ela se manifesta em três áreas: (1) separação da natureza, (2) falta de relações interpessoais significativas e (3) alienação do self autêntico.

Assim, as pessoas experimentam três modos simultâneos em seu ser-no-mundo: Umwelt, ou o ambiente à nossa volta; Mitwelt, ou nossas relações com outras pessoas; e Eigenwelt, ou nossa relação com nosso self.

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18
Q

Rollo May - Não-ser

A

Ser-no-mundo necessita de uma consciência de si como um ser com vida e emergente.

Tal consciência, por sua vez, leva ao medo de não ser, isto é, não-ser ou o nada.

A morte não é o único caminho do não-ser, mas é o mais óbvio. A vida se torna mais vital, mais significativa, quando nos defrontamos com a possibilidade da morte.

O medo da morte ou do não-ser com frequência faz com que vivamos de forma defensiva e recebamos menos vida do que se nos confrontássemos com a questão de nossa não existência.

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18
Q

Rollo May - Não-ser

A

Ser-no-mundo necessita de uma consciência de si como um ser com vida e emergente.

Tal consciência, por sua vez, leva ao medo de não ser, isto é, não-ser ou o nada.

A morte não é o único caminho do não-ser, mas é o mais óbvio. A vida se torna mais vital, mais significativa, quando nos defrontamos com a possibilidade da morte.

O medo da morte ou do não-ser com frequência faz com que vivamos de forma defensiva e recebamos menos vida do que se nos confrontássemos com a questão de nossa não existência.

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19
Q

Rollo May - Ansiedade

A

As pessoas experimentam ansiedade quando tomam consciência de que sua existência ou algum valor identificado com ela pode ser destruído.

Ela existe quando o indivíduo se confronta com a questão de atingir as próprias potencialidades.

Tal confrontação pode levar à estagnação e à
decadência, mas também pode resultar em crescimento e mudança.

A aquisição de liberdade, inevitavelmente, leva a ansiedade.

Liberdade não existe sem ansiedade, nem
ansiedade pode existir sem liberdade.

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20
Q

Rollo May - Ansiedade Normal

A

Ninguém pode escapar dos efeitos da ansiedade.

Crescer e modificar os próprios valores significa experimentar ansiedade construtiva ou normal.

May (1967) definiu ansiedade normal como aquela “que é proporcional à ameaça, não envolve repressão e pode ser confrontada construtivamente no nível consciente” (p. 80).

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21
Q

Rollo May - Ansiedade Neurótica

A

May (1967) definiu ansiedade neurótica como “uma reação que é desproporcional à ameaça, envolve repressão e outras formas de conflito intrapsíquico e é manejada por vários tipos de bloqueio da atividade e da consciência” (p. 80).

Enquanto a ansiedade normal é sentida sempre que os valores são ameaçados, a ansiedade neurótica é experimentada quando os valores são transformados em dogma.

Estar absolutamente certo das próprias crenças proporciona segurança temporária, porém ela é uma segurança “comprada ao preço da renúncia à oportunidade [pessoal] de novo aprendizado e novo crescimento” (May, 1967, p. 80).

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22
Q

Rollo May - Culpa

A

A ansiedade surge quando as pessoas se defrontam com o problema de atingir suas potencialidades.

A culpa ocorre quando as pessoas negam suas potencialidades, não conseguem perceber com precisão as necessidades de seus semelhantes ou permanecem alheias a sua dependência do mundo natural (May, 1958a).

Tanto ansiedade quanto culpa são ontológicas, isto é, elas se referem à natureza do ser e não a sentimentos decorrentes de situações ou transgressões específicas.

Ao todo, May (1958a) reconheceu três formas de culpa ontológica, cada uma correspondendo a um dos três modos de ser-no-mundo, isto é, Umwelt, Mitwelt e Eigenwelt.

May (1958a) também se referiu a ela como culpa de separação

A segunda forma de culpa provém de nossa incapacidade de perceber com precisão o mundo dos outros ( Mitwelt).

A terceira forma de culpa ontológica está associada à negação de nossas próprias potencialidades ou à nossa falha em realizá-las.

Em outras palavras, essa culpa está baseada em nossa relação com o self (Eigenwelt).
Mais uma vez, essa forma de culpa é universal, porque nenhum de nós pode realizar completamente todos os nossos potenciais.

Assim como a ansiedade, a culpa ontológica pode ter um efeito positivo ou negativo na personalidade.

Podemos usar essa culpa para desenvolver um sentimento sadio de humildade, melhorar nossas relações com os outros e usar nossas potencialidades com criatividade.
No entanto, quando nos recusamos a aceitar a culpa ontológica, ela se torna neurótica ou mórbida.

A culpa neurótica, assim como a ansiedade neurótica, conduz a sintomas não produtivos ou neuróticos, tais como impotência sexual, depressão, crueldade com os outros ou incapacidade de fazer uma escolha.

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23
Q

Rollo May - Intencionalidade

A

A estrutura que dá significado à experiência e permite que as pessoas tomem decisões sobre o futuro é chamada de intencionalidade (May, 1969b).

May usou o termo “intencionalidade” para preencher a lacuna entre sujeito e objeto.

Trata-se da “estrutura de significado que torna possível para nós, sujeitos que somos, vermos e compreendermos o mundo externo, que é objetivo.

Na intencionalidade, a dicotomia entre sujeito e objeto é parcialmente superada” (May, 1969b, p. 225).

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24
Q

Rollo May - O cuidado é um processo ativo, o oposto da apatia. “Cuidado é um estado em que algo realmente importa” (May, 1969b, p. 289).
May (1953) definiu amor como um “prazer na presença da outra pessoa e uma afirmação do valor e do desenvolvimento [dessa pessoa] tanto quanto em relação a si mesmo” (p. 206).
Sem cuidado não pode haver amor – somente sentimentalismo vazio ou excitação sexual transitória.
O cuidado também é a origem da vontade.
May (1969b) chamou de vontade “a capacidade de organizar o próprio self de forma que possa acontecer um movimento em uma certa direção ou em direção a determinado objetivo” (p. 218).

A
25
Q

Dois fundamentos básicos da formação da personalidade

A

O campo da personalidade, em psicologia, trata, fundamentalmente, de dois fundamentos básicos:
* 1) da pessoa como um todo e
* 2) das diferenças individuais. Com isso, o que se procura é compreender o comportamento humano através da maneira como cada indivíduo funciona na interação dos diversos aspectos que compõem seu todo, seu jeito complexo de ser.

26
Q

Três grandes olhares sobre o ser humano (teorias)

A

1 - Psicanálise
2 - Comportamental
3 - Fenomenológico-existencial

27
Q

Gestalt-terapia e a personalidade

A

O ser humano se torna compreensível a partir de algumas de suas características:

a) é um todo, complexo e integrado em seu organismo, só podendo ser compreendido a partir da perspectiva que o considera de maneira total;

b) é coexistente, pois a existência se constrói na coexistência;

c) é um ser que busca sempre a autoatualização, quer dizer, busca constante e inevitavelmente a atualização de seu potencial;

d) é um ser intencional, quer dizer, atribui sentido a si e ao que vive, compondo uma unidade de mútua implicação entre subjetividade e mundo, de modo que não podemos compreender o ser humano a não ser em seu mundo;

e) é um ser livre e responsável, no sentido existencial do termo responsabilidade, não necessariamente no sentido moral desse termo;

f) é implicado e configurado pelo ambiente, mas não é determinado por esse ambiente; g) tem sua liberdade limitada, mas não impedida, por esse mesmo ambiente;

h) é um ser em constante vir-a-ser, é sempre gerúndio;

i) é um ser-para-a-morte.

28
Q

O que é personalidade Para Gordon Allport?

A
  • “a organização dinâmica no indivíduo de sistemas psicofísicos que determinam as suas
    adaptações singulares ao próprio meio.”
  • Filloux (1966, p. 12) afirma que a personalidade
    1) é única, própria a um indivíduo, embora este possua traços em comum com os outros;

2) ela não é somente uma soma, um total de funções, mas também uma organização, uma integração; (…);

3) a personalidade é temporal, visto sempre pertencer a um indivíduo que vive historicamente;

4) por fim, não sendo nem estímulo, nem resposta, ela se apresenta como uma variável intermediária, afirmando-se como um estilo através e por meio do comportamento.

29
Q

O que é personalidade para Gilles Delisle?

A

caracteriza a personalidade como um específico e relativamente estável modo de organizar os componentes cognitivos, emotivos e comportamentais da própria experiência. O significado (cognitivo) que uma pessoa atribui aos eventos (de comportamento) e os sentimentos (emocional) que acompanham esses eventos permanecem relativamente estáveis ao longo do tempo e proporcionam um senso individual de identidade. Personalidade é esse senso de identidade e o impacto que ele provoca nas outras pessoas.

30
Q

O que é personalidade para APA?

A

Para a APA (DSM-IV-TR, 2002, p. 771), a personalidade é constituída por “padrões persistentes de perceber, relacionar-se e pensar sobre o ambiente e sobre si mesmo.”

31
Q

Personalidade

A

A personalidade é um sistema, ou seja, é um todo complexo e dinâmico.
* Um sistema que pode ser percebido e estudado principalmente através do comportamento.
* Esse sistema/personalidade tem, essencialmente, duas partes: estrutura e processo.
* Dizendo melhor ainda: esse sistema/personalidade se caracteriza por ser um complexo relacionamento entre estrutura e processo.

32
Q

Estrutura e processo (personalidade)

A

A estrutura da personalidade é o que se repete. São componentes da organização da personalidade relativamente estáveis, usados para explicar as semelhanças reincidentes e consistências do comportamento ao longo do tempo e através das situações.

É a estrutura que possibilita uma certa previsibilidade na vida de cada pessoa e que possibilita também o autoconhecimento.
Em constante diálogo com a estrutura está o processo, o outro componente do sistema/personalidade.
Processo é o que se inova e se renova, é o criativo, espontâneo, momentâneo e circunstancial.

O processo traz a possibilidade da surpresa, da inovação, da aventura e pode provocar mudanças em aspectos da estrutura

Estrutura e processo são igualmente importantes no sistema/personalidade e uma pessoa será, do ponto de vista psicológico, tão mais saudável quanto melhor for o diálogo entre esses dois fundamentos de sua personalidade.

  • Se o diálogo entre estrutura e processo não é fluido, isso pode se apresentar de diversas maneiras no jeito de ser da pessoa.
  • Processo demais impede a confiabilidade, ao passo que processo de menos enrijece, cristaliza, não deixa espaço para a espontaneidade e para o saborear do novo.
  • Nos momentos de aprendizagem, estrutura demais faz repetir sempre as mesmas velhas lições; processo demais impede o aprofundamento em qualquer tema.
33
Q

Kluckhohn e Murray (apud Pervin, 1978, p. 01), afirmam que

A

“todo homem é, sob certos aspectos, a) como todo homem; b) como certos homens; c) como nenhum outro homem”.

34
Q

Traços de personalidade e tipos

A
  • O conceito de tipo psicológico se refere a uma reunião de traços diferentes de personalidade e está muito mais vinculado à estrutura da personalidade que ao processo.
  • Traços de personalidade são categorias levantadas para se estudar e se descrever comportamentos de pessoas, são parâmetros que se usam para compreender personalidades.
  • Quando se faz uma tipologia da personalidade, o que se pretende é ajudar a conhecer e compreender as pessoas com base em certos padrões grupais a partir dos quais se organiza a singularidade de cada pessoa
  • Quando uma pessoa pode perceber com clareza que há maneiras diferentes de se reagir a estímulos semelhantes, é muito menos provável que ela julgue o outro, é muito mais provável que ela possa aceitar o outro e passar a viver a diferença apenas como diferença, não como desigualdade.
  • Qualquer que seja a tipologia, é importante lembrar que não existem tipos puros – uma tipologia consiste de elementos referenciais para uma compreensão do jeito de ser do outro.
35
Q

Para Widiger (2011), personalidade é

A

“o modo característico como uma pessoa sente, pensa, reage, se comporta e se relaciona com as outras pessoas” (

36
Q

Para Bastos (1997), personalidade é

A

“é o conjunto integrado de traços psíquicos, consistindo no total das características individuais, em sua relação com o meio, conjugando tendências inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência”.

37
Q

Construtos associados à personalidade que mais influência tiveram na visão de personalidade da psicopatologia.

A

Constituição corporal * Biotipologia

Temperamento
* Base genético-neuronal da personalidade

Caráter
* o conjunto de elementos da personalidade de base psicossocial e sociocultural.

38
Q

TIPOLOGIAS HUMANAS OU PADRÕES DE PERSONALIDADE

A
  • A ideia de agrupar e classificar as pessoas em “tipos” pelas suas características individuais, modos de ser e reagir, fragilidades e pontos fortes, é muito antiga na história da humanidade.
39
Q

TIPOLOGIAS HUMANAS OU PADRÕES DE PERSONALIDADE (jung)

A

A tipologia de Carl Gustav Jung (1875-1961), exposta em sua grande obra Tipos psicológicos, é uma concepção extremamente original sobre a estrutura e o funcionamento do psiquismo e da personalidade humana. As duas atitudes básicas – a extroversão e a introversão – indicam o movimento e a direção fundamental da energia psíquica (libido em Jung) na vida de cada pessoa.

Outros elementos do psiquismo humano (pensamento, sentimento, percepção, intuição) entram na composição do tipo de personalidade que resultará ao final.

40
Q

A PERSONALIDADE, SEU DESENVOLVIMENTO E SEUS TIPOS, SEGUNDO SIGMUND FREUD (1856- 1939)

A

Para Freud, a personalidade (ele usa para o que atualmente chamamos “personalidade” as palavras alemãs Charakter – caráter, ou Typen – tipos) se desenvolve marcada pelo modo como a criança é gratificada em termos de sua libido (compreendida como energia “vital-sexual”).

A libido na criança passa por diversas fases; ela está concentrada inicialmente no prazer oral relacionado com a amamentação. Depois, o centro do prazer e a libido se deslocam para a região anal, para a fálica, e, no adulto, estariam concentrados na atividade genital.

41
Q

A PERSONALIDADE, SEU DESENVOLVIMENTO E SEUS TIPOS, SEGUNDO SIGMUND FREUD (1856- 1939)

A

Assim, as fixações infantis da libido em modos pré- genitais e a tendência à regressão (a esses pontos de fixação pré-genitais) acabam por determinar tanto os diversos tipos de neuroses como o perfil de personalidade do adulto.

A personalidade do adulto forma-se pela introjeção (sobretudo inconsciente) de aspectos dos relacionamentos que se estabelecem no interior das relações familiares, sobretudo da criança pequena com seus pais e destes com ela.

Além disso, a personalidade é marcada pelo modo como se estrutura o desejo inconsciente e pelas formas como o ego lida com seus conflitos e frustrações, sobretudo libidinais, por meio dos variados mecanismos de defesa (Freud, 1986).

42
Q

Caráter Anal

A
  • No tipo de caráter anal (indivíduos fixados na fase anal) as pessoas seriam particularmente ordenadas (organizadas), econômicas (até o nível de avareza) e obstinadas, com inclinações para a ira e a vingança, tendo uma forma unilateral de enfrentar os problemas.
  • Os traços de caráter obsessivo e compulsivo, o desejo de controlar a si mesmo e aos outros, assim como as tendências a fantasias de onipotência e pensamento mágico, são associados ao chamado “perfil anal”.
43
Q

Caráter Oral

A

O indivíduo fixado em um modo oral de organização da libido (caráter oral) tende à avidez no tomar e no receber; não suporta a privação e tem dificuldades com a rejeição.
Tende a ser passivo e exigentemente ávido por receber em relação às pessoas mais próximas.
O exagero do tipo oral é descrito tradicionalmente como dependente, sem iniciativa, passivo e acomodado

44
Q

Caráter Fálico

A

O caráter fálico pode tender ao narcisismo de suas qualidades, ao exibicionismo físico e mental, aos atributos e poderes ou à inibição amedrontada em desejar qualquer coisa que lhe seja de valor.
* Além de exibicionista, o tipo fálico pode ser descrito como agressivo, intrometido, julgando-se narcisisticamente merecedor de penetrar em qualquer espaço que considera como seu de direito.

45
Q

Tipos libidinais básicos

A

No fim de sua vida, Freud escreveu um trabalho (Freud, 1986) no qual propôs uma forma adicional de classificar os tipos de personalidade (ou tipos libidinais, como denominou nesse trabalho).
* Por meio da forma de direcionamento da libido, Freud vislumbrou três tipos libidinais básicos: tipo erótico, tipo compulsivo e tipo narcisista.

46
Q

Tipo libidinal - Erótico

A

O tipo erótico emprega toda sua libido na vida amorosa, desejando intensamente amar e, sobretudo, ser amado. É governado pela angústia de possível perda do amor dos outros, sendo, por isso, particularmente dependente dos demais.

47
Q

Tipo libidinal compulsivo

A

O tipo compulsivo é dominado por seu superego; é governado pela consciência moral, trocando a dependência dos outros pela dependência interna de normas de conduta. Ele se considera o genuíno portador dos valores de sua sociedade, sendo geralmente uma pessoa conservadora.

48
Q

Tipo libidinal narcisista

A

O tipo narcisista se define negativamente por não apresentar qualquer tensão entre o ego e o superego, não atribuindo também importância às necessidades eróticas. Na vida amorosa, prefere quase apenas ser amado do que amar. Tende a se impor como personalidade forte diante dos outros, para liderar, desprezando os valores estabelecidos.

49
Q

ESTUDO DA PERSONALIDADE POR MEIO DE MÉTODOS EMPÍRICOS E PSICOMÉTRICOS: TRAÇOS, HIPÓTESE LÉXICA FUNDAMENTAL E ANÁLISE FATORIAL

A

O estudo dos traços de personalidade
* Gordon Allport (1897-1967)

  • Traços são tendências, características, modos específicos, que são estáveis e determinantes para a personalidade do indivíduo.
  • Traços se diferenciam de estados, que são aspectos temporários e breves, eliciados por fatores externos circunstanciais, como uma demissão, briga familiar ou outro fator estressante momentâneo.
50
Q

ESTUDO DA PERSONALIDADE POR MEIO DE MÉTODOS EMPÍRICOS E
PSICOMÉTRICOS: TRAÇOS, HIPÓTESE LÉXICA FUNDAMENTAL E ANÁLISE
FATORIAL

A
  • Gordon Allport propôs distinguir os traços de personalidade em três grupos (Pervin & John, 2004):
  • traços cardiais, que revelam disposições penetrantes e marcantes para o conjunto da personalidade de uma pessoa (p. ex., ser marcadamente autoritário, sádico, tímido);
  • traçoscentrais(comohonestidade, assertividade, generosidade), que são importantes e cobrem amplas áreas da vida de uma pessoa (não sua totalidade);
  • traçossecundários,queseriamdisposições menos significativas, consistentes e conspícuas.
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Q

A hipótese léxica fundamental: da linguagem cotidiana à personalidade

A

Os investigadores de traços de personalidade perceberam que era possível captar de forma sensível, por perguntas ou afirmações formuladas com elementos semânticos da linguagem cotidiana, natural (sou uma pessoa insegura, sou uma pessoa que se irrita com facilidade, sou uma pessoa ousada, sou uma pessoa vingativa), como é a personalidade de uma pessoa.

  • Na HLF, utilizam-se descritores de traços, baseados principalmente em adjetivos (p. ex., inseguro, irritado, ousado, vingativo).
  • Essa hipótese pressupõe, portanto, que as diferenças de personalidade mais importantes para a vida diária das pessoas e suas relações interpessoais sejam codificadas e expressas na linguagem cotidiana.
52
Q

Abordagem fatorial dos traços: a análise fatorial

A
  • Como, de um conjunto geralmente numeroso de perguntas diferentes e variadas sobre como a pessoa se descreve, age, sente e interage, seria possível extrair matematicamente fatores que revelam agrupamentos de traços individualizados.
53
Q

MODELOS ATUAIS DE PERSONALIDADE BASEADOS EM ESTUDOS EMPÍRICOS

A
  • Os modelos de Raymond B. Cattel (1905-1998) e de Hans Jürgen Eysenck (1916-1997)
  • Eles investiram no projeto de basear o estudo da personalidade humana em métodos empíricos e psicométricos, com amostras populacionais, pressupondo a hipótese dos traços e a HLF e baseando-se em análises estatísticas, sobretudo na análise fatorial.
54
Q

Modelo dos cinco grandes fatores (CGF ou Big Five)

A
  • Nas últimas três a quatro décadas é o modelo de personalidade de base empírica mais estudado e difundido no mundo acadêmico.
  • Nele, estão incluídos os agrupamentos:
    1) extroversão/introversão,
    2) neuroticismo/estabilidade emocional,
    3) responsabilidade/desinibição,
    4) sociabilidade/antagonismo e
    5) abertura à experiência/fechamento.
55
Q

Big five e funcionamento cerebral

A
  • Neuroticismo/afetividade negativa tendem a apresentar alterações na neurotransmissão de serotonina e noradrenalina.
  • Responsabilidade/consciência/realização está associada à integridade das áreas pré-frontais dorsolaterais. Também envolvidas com responsabilidade/consciência estão áreas como a ínsula e o córtex do cíngulo anterior.
  • Sociabilidade/amabilidade/afabilidade parece depender da conectividade global do cérebro, avaliada por técnicas que identificam o chamado default model network. Outro componente importante para sociabilidade/afabilidade é a inibição de impulsos agressivos relacionados ao volume da amígdala (tendência de maior volume estar associado a agressividade) (Abram; DeYoung, 2017).
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Q

O modelo de personalidade de Robert Cloninger

A

Por meio de estudos de famílias em desenvolvimento, com análises psicométricas, somados a pesquisas neuroanatômicas e neuroquímicas e investigações comportamentais e de aprendizagem em seres humanos e animais, Cloninger (1994) formulou seu modelo psicobiológico de temperamento e caráter.

Nesse modelo, Cloninger identificou quatro dimensões de temperamento (dimensões neurobiológicas de temperamento) que seriam, segundo seus postulados, de natureza genética e neurobioquímica. Tais dimensões revelariam padrões predizíveis de interação em suas respostas adaptativas a classes específicas de estímulos do meio ambiente.

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Q

O modelo de personalidade de Robert Cloninger

A

Assim, esse autor identificou as seguintes dimensões ou fatores de temperamento:
Procura por novidade

Evitação de danos

Dependência de gratificação ou recompensa

Persistência

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Q

O modelo de personalidade de Robert Cloninger

A
  • O caráter é concebido como os aspectos da personalidade que, por meio das experiências, dos hábitos, surgem do desenvolvimento da interação do temperamento com os fatores ambientais da história pessoal de cada indivíduo.
  • São três as dimensões ou fatores de caráter de Cloninger:
  • Autodirecionamento
  • Cooperatividade
  • Autotranscendência
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Q

Conceito de transtornos de personalidade

A

Conceito
Kurt Schneider (Schneider, 1950) estudou intensamente os TPs, por ele chamados de “personalidades anormais ou psicopáticas”, e influenciou toda a psiquiatria, até os tempos atuais.
Concebia as personalidades anormais como desvios estatísticos de uma norma mediana estimada.
Isso incluía pessoas com personalidades anormais tanto no sentido negativo, como no sentido positivo.
As personalidades anormais relevantes para a psiquiatria seriam as chamadas personalidades psicopáticas, que incluiriam as pessoas cuja anormalidade de personalidade lhes faria sofrer e causaria sofrimento à sociedade (as pessoas que com elas convivem).
Para Schneider, as personalidades anormais, inclusive as psicopáticas, não são doenças mentais (que para ele deveriam ter substrato corporal conhecido ou suposto); são apenas variações de normas populacionais. Parte das noções de Schneider sobrevive nos conceitos atuais de TP.

Os TPs são definidos pelas seguintes características:
* Surgem no final da infância e adolescência
* Permanecem ao longo da vida
* Manifestam-se em vários aspectos da vida e das experiências * O padrão comportamental é mal-adaptativo
* Geralmente não estão relacionadas à lesão cerebral
* Leva a diferentes graus de sofrimento
* Piora o desempenho ocupacional e social
* Podem ocorrer mudanças ao envelhecer