Primeira Prova Flashcards
Transtorno de personalidade podem ser agrupados em 3 grupos:
Grupo A: Paranóide, Esquizóide, Esquizotípico
Grupo B: Antissocial Borderline Histriônico Narcisista
Grupo C:
Evitativo
Dependente Obsessivo compulsivo Ansiosa
Grupo A: Paranóide, Esquizóide, Esquizotípico
Padrão: esquisitos e/ou desconfiados;
Grupo B: Antissocial Borderline Histriônico Narcisista
Padrão: instáveis e/ou manipuladores e/ou centro das atenções;
Grupo C:
Evitativo
Dependente Obsessivo compulsivo Ansiosa
Padrão: ansiosos e/ou controlados- controladores.
Grupo B - TPB - Transtorno de personalidade borderline - 8 características
1 - Esforços excessivos e desesperados para evitar abandono, real ou imaginário; intensa sensibilidade às menores pistas de possível abandono.
2 - Relacionamentos pessoais intensos, mas muito instáveis, oscilando em períodos de idealização de uma grande “paixão” ou “amizade-adoração” para outros de desvalorização, “ódio” e “rancor” profundos.
3 - Perturbação da identidade: dificuldades graves e instabilidade com relação à autoimagem, aos objetivos e às preferências pessoais (inclusive as de orientação sexual e de identidade de gênero).
4 - Impulsividade em pelo menos duas áreas autodestrutivas
5 - Instabilidade emocional intensa, decorrente de acentuada reatividade do humor (irritabilidade ou ansiedade intensas, de poucas horas, raramente de dias), disforias episódicas.
6 - Sentimentos crônicos de vazio
7 - Raiva intensa e inapropriada e/ou muita dificuldade em controlá-la
(brigas físicas recorrentes, irritação, raiva, explosões comportamentais).
8 - De forma transitória, podem ocorrer ideias de perseguição
Grupo B - TPH - Transtorno de personalidade Histriônica - 8 características
1 - O indivíduo sente desconforto em situações em que não é o centro das atenções. Há busca contínua de atenção e apreciação por parte dos outros; quer ser o centro das atenções.
2 - A interação com as pessoas com frequência é caracterizada por comportamento sexualmente sedutor, inadequado e provocativo.
3 - O indivíduo apresenta mudanças rápidas das emoções e expressão superficial delas. A afetividade tende, assim, a ser superficial, pueril e lábil.
4 - Usa de modo reiterado a aparência física para atrair atenção para si.
5 - Tem um estilo de falar, um discurso carente de detalhes e de exatidão, com um caráter impressionista, meio vago.
6 - O indivíduo utiliza dramatização e autodramatização, teatralidade, expressão exagerada das emoções.
7 - Há sugestionabilidade aumentada; o indivíduo é facilmente influenciado por outros ou pelas circunstâncias.
8 - Considera as relações pessoais mais íntimas do que na realidade são.
Grupo B - TPA - Transtorno de Personalidade antisocial - 7 características
1 - Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais. Repetição de atos que podem constituir motivos de detenção.
2 - Tendência à falsidade, a mentir repetidamente, a praticar a falsidade, falsificar nomes, documentos, trapacear para ganho pessoal ou por prazer. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro.
3 - No sentido da impulsividade e da inconstância, pode haver incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja dificuldade em iniciá-los.
4 - Irritabilidade e agressividade, envolvimento frequente em brigas, lutas e agressões verbais e físicas.
5 - Descaso pela segurança de si e dos outros.
6 - Irresponsabilidade reiterada, indicada por falha em manter conduta consistente no trabalho ou em honrar obrigações financeiras (p. ex., pagar contas).
7 - Ausência de remorso
Grupo B - TPN - Transtorno de personalidade narcisista - 7 características
1 - O indivíduo apresenta senso grandioso (e irreal) da própria importância.
2 - Julga ter talentos especiais e espera ser reconhecido como superior sem que tenha feito algo concreto para isso.
3 - É muito voltado para fantasias de grande sucesso pessoal, de poder, brilho, beleza ou de um amor ideal. Acha-se excepcionalmente “especial” e “único”, acreditando que só pessoas ou instituições também excepcionalmente especiais ou únicas podem estar a sua altura.
4 - Requer admiração excessiva. Apresenta expectativas irracionais de tratamento especial, sentimentos de ter “direitos”, ou de que as pessoas estejam de acordo com suas expectativas.
5 - Tende a ser “explorador” nas relações interpessoais, buscando vantagens sobre os outros para atingir seu fim ou sucesso pessoal. Sem empatia pelos outros, reluta em reconhecer os sentimentos e as necessidades das pessoas ou em se identificar com elas em tais sentimentos e necessidades.
6 - Frequentemente invejoso dos outros ou do sucesso alheio; acha sempre que os outros têm inveja dele.
7 - É frequentemente arrogante nos seus comportamentos e atitudes.
Grupo A - TPP - Transtorno de Personalidade paranoide
1 - Suspeitas recorrentes, sem base na realidade, de estar sendo enganado, maltratado ou explorado pelos outros.
2 - O indivíduo se preocupa sem justificativas ou embasamento real e tem dúvidas sobre a lealdade ou a confiabilidade de amigos e sócios. Porque pensa ou conclui que as informações serão usadas negativamente contra si, reluta em confiar nas outras pessoas e tem medo infundado da ação delas.
3 - Tende a perceber significados ocultos humilhantes ou ameaçadores em comentários ou acontecimentos benignos ou indiferentes.
4 - Guarda rancor de forma persistente (p. ex., não perdoa desprezo, insultos ou injúrias).
5 - Tende a perceber ataques a sua reputação ou a seu caráter que não são percebidos pelos outros, reage com raiva e contra-ataca rapidamente.
6 - Tem suspeitas recorrentes, sem justificativa, com respeito à fidelidade do cônjuge ou parceiro sexual.
Grupo A - TPE - Transtorno da personalidade esquizoide
1 - Não deseja nem desfruta de relações íntimas, inclusive ser parte de uma família;
2 - Tem preferência quase invariável por atividades solitárias; demonstra pouco interesse em ter experiências sexuais com outras pessoas; realiza poucas atividades que produzem prazer;
3 - Não tem amigos próximos nem pessoas confidentes, a não ser familiares de primeiro grau; mostra indiferença aparente a elogios ou críticas;
4 - Demonstra frieza emocional, apresenta distanciamento ou embotamento afetivo.
5 - Esse perfil de personalidade não pode ser notado apenas durante o curso da esquizofrenia, de um transtorno do humor ou de outro transtorno psicótico ou do espectro do autismo.
Grupo A - Transtorno de personalidade esquizotípica
1 - Ideias de referência (com exclusão de delírios de referência), ou seja, têm a tendência a interpretar os eventos que acontecem ao seu redor, no seu local de moradia, de trabalho ou lazer, como relacionados especificamente consigo, geralmente com sentido negativo (tudo se refere à pessoa de forma negativa, pejorativa).
2 - Ideias e crenças estranhas, tendendo a apresentar pensamento mágico, ideias essas que são inconsistentes com as normas subculturais (de sua família, de seu grupo religioso, de seu grupo de amigos, da escola ou trabalho).
3 - Experiências perceptivas incomuns, inclusive ilusões corporais.
4 - Pensamento e discurso incomuns, estranhos – por exemplo, pensamento vago, exageradamente metafórico, hiperelaborado ou estereotipado (parece tratar-se de ideias filosóficas, mas é vago, inconsistente e mesmo bastante confuso).
5 - Ideação paranoide, indivíduo muito desconfiado Afetos inapropriados ou muito reduzidos.
6 -
Comportamento e/ou aparência física (inclusive vestimenta, adornos corporais, cabelos, etc.) muito estranhos; os pacientes parecem demasiadamente excêntricos ou muito peculiares.
7 - Ausência de amigos íntimos ou confidentes além dos parentes de primeiro grau. Ansiedade excessiva em situações sociais, que não diminui com a familiaridade em relação a tal situação ou é colorida com ideação paranoide.
Grupo C - Ansiosos/Medrosos
1 - Transtorno da
personalidade obsessivo-compulsiva
2 - Preocupação excessiva com detalhes, regras, listas, ordem, organização ou esquemas a ponto de o objetivo principal da atividade que realiza ser perdido.
3 - Perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas e preocupação indevida com detalhes da vida.
4 - Dedicação excessiva ao trabalho e à produtividade em detrimento de ocupar-se com amizades, lazer, relações pessoais (não explicada por dificuldades financeiras).
5 - Excesso de escrúpulos e inflexibilidade em relação a assuntos de moralidade, ética ou valores (não explicado por questões religiosas ou culturais).
6 - Incapacidade de jogar fora objetos usados ou sem valor, mesmo quando não têm valor sentimental.
7 - O indivíduo reluta em delegar tarefas ou trabalhar com outras pessoas a menos que elas se submetam ao seu modo exato de fazer as coisas.
8 - Insistência incomum para que os outros se submetam exatamente a sua maneira de fazer as coisas.
9 - Estilo mesquinho para lidar com gastos, com o dinheiro, mesmo que isso não se justifique por carência econômica. Tendência a rigidez e teimosia.
Grupo C - Transtorno de personalidade dependente
1 - Subordinação das próprias necessidades e desejos àqueles dos outros dos quais é dependente.
2 - Dificuldades para tomar decisões cotidianas e solicitação constante de que outros (dos quais depende) tomem as decisões diárias e importantes em sua vida.
3 - Esses indivíduos pedem frequentemente reasseguramentos e conselhos dos outros.
4 - Necessidade de que o(s) outro(s) assuma(m) responsabilidade na maior parte dos assuntos de sua vida.
5 - Dificuldades em manifestar desacordo em decorrência do medo que têm de perder o apoio ou a aprovação.
6 - Dificuldades em iniciar projetos, em fazer coisas por conta própria, por falta de confiança em si, nas suas capacidades ou julgamentos (não se trata de falta de motivação ou energia, mas de falta de autoconfiança).
7 - Tais pessoas podem ir a extremos para obter apoio, aprovação e carinho dos outros, a ponto de se voluntariar para fazer coisas desagradáveis.
8 - Sentimento de desamparo e desconforto significativo quando sozinho por causa de medo exagerado de ser incapaz de se cuidar.
9 - Logo após o término de um relacionamento íntimo, tais pessoas buscam intensamente, com urgência, outro relacionamento para obter fonte de cuidado e apoio.
10 - Preocupações e/ou medo importante de ser abandonado à própria sorte.
Transtorno de personalidade evitativa
1 - Evitação de atividades profissionais ou estudantis que impliquem contato interpessoal significativo, pois o indivíduo tem muito medo de críticas, desaprovação ou rejeição.
2 - Falta de disposição para se envolver com outras pessoas.
3 - Reserva e evitação de relacionamentos íntimos, decorrentes do medo de passar vergonha ou ser ridicularizado.
4 - Muita preocupação com possíveis críticas ou rejeição em situações sociais.
5 - Inibição para interações, decorrente dos sentimentos de inadequação.
6 - Tendência a ver a si mesmo como socialmente incapaz, sem atrativos pessoais ou inferior aos outros.
7 - Relutância em assumir riscos pessoais ou em se envolver em atividades ou situações novas por medo de constrangimentos.
Grupo C - Transtorno de personalidade ansiosa
O TP ansiosa, embora não esteja nem na CID-11, nem no DSM-5, é muito próximo do padrão de personalidade evitativa. O diagnóstico de TP ansiosa se faz mediante a identificação das seguintes características:
1 - Estado constante de tensão e apreensão.
2 - Crença de ser socialmente incapaz, desinteressante ou inferior aos outros.
3 - Preocupação ou medo excessivo de ser criticado ou rejeitado.
4 - Restrições na vida diária devido à necessidade de segurança física ou psíquica.
5 - Evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo, principalmente por medo de críticas, desaprovação ou rejeição.
Rollo May - Pontos em comum com o existencialismo
- A existência precede a essência
- Não existe separação entre sujeito e objeto
- As pessoas buscam algum significado para suas vidas
- Cada um de nós é responsável pelo que somos e pelo que nos tornamos
- Os existencialistas são antiteóricos
Rollo May - Ser-no-mundo
Muitas pessoas sofrem de ansiedade e desespero causados pela alienação de si mesmas e de seu mundo.
A alienação é a doença de nosso tempo, e ela se manifesta em três áreas: (1) separação da natureza, (2) falta de relações interpessoais significativas e (3) alienação do self autêntico.
Assim, as pessoas experimentam três modos simultâneos em seu ser-no-mundo: Umwelt, ou o ambiente à nossa volta; Mitwelt, ou nossas relações com outras pessoas; e Eigenwelt, ou nossa relação com nosso self.
Rollo May - Não-ser
Ser-no-mundo necessita de uma consciência de si como um ser com vida e emergente.
Tal consciência, por sua vez, leva ao medo de não ser, isto é, não-ser ou o nada.
A morte não é o único caminho do não-ser, mas é o mais óbvio. A vida se torna mais vital, mais significativa, quando nos defrontamos com a possibilidade da morte.
O medo da morte ou do não-ser com frequência faz com que vivamos de forma defensiva e recebamos menos vida do que se nos confrontássemos com a questão de nossa não existência.
Rollo May - Não-ser
Ser-no-mundo necessita de uma consciência de si como um ser com vida e emergente.
Tal consciência, por sua vez, leva ao medo de não ser, isto é, não-ser ou o nada.
A morte não é o único caminho do não-ser, mas é o mais óbvio. A vida se torna mais vital, mais significativa, quando nos defrontamos com a possibilidade da morte.
O medo da morte ou do não-ser com frequência faz com que vivamos de forma defensiva e recebamos menos vida do que se nos confrontássemos com a questão de nossa não existência.
Rollo May - Ansiedade
As pessoas experimentam ansiedade quando tomam consciência de que sua existência ou algum valor identificado com ela pode ser destruído.
Ela existe quando o indivíduo se confronta com a questão de atingir as próprias potencialidades.
Tal confrontação pode levar à estagnação e à
decadência, mas também pode resultar em crescimento e mudança.
A aquisição de liberdade, inevitavelmente, leva a ansiedade.
Liberdade não existe sem ansiedade, nem
ansiedade pode existir sem liberdade.
Rollo May - Ansiedade Normal
Ninguém pode escapar dos efeitos da ansiedade.
Crescer e modificar os próprios valores significa experimentar ansiedade construtiva ou normal.
May (1967) definiu ansiedade normal como aquela “que é proporcional à ameaça, não envolve repressão e pode ser confrontada construtivamente no nível consciente” (p. 80).
Rollo May - Ansiedade Neurótica
May (1967) definiu ansiedade neurótica como “uma reação que é desproporcional à ameaça, envolve repressão e outras formas de conflito intrapsíquico e é manejada por vários tipos de bloqueio da atividade e da consciência” (p. 80).
Enquanto a ansiedade normal é sentida sempre que os valores são ameaçados, a ansiedade neurótica é experimentada quando os valores são transformados em dogma.
Estar absolutamente certo das próprias crenças proporciona segurança temporária, porém ela é uma segurança “comprada ao preço da renúncia à oportunidade [pessoal] de novo aprendizado e novo crescimento” (May, 1967, p. 80).
Rollo May - Culpa
A ansiedade surge quando as pessoas se defrontam com o problema de atingir suas potencialidades.
A culpa ocorre quando as pessoas negam suas potencialidades, não conseguem perceber com precisão as necessidades de seus semelhantes ou permanecem alheias a sua dependência do mundo natural (May, 1958a).
Tanto ansiedade quanto culpa são ontológicas, isto é, elas se referem à natureza do ser e não a sentimentos decorrentes de situações ou transgressões específicas.
Ao todo, May (1958a) reconheceu três formas de culpa ontológica, cada uma correspondendo a um dos três modos de ser-no-mundo, isto é, Umwelt, Mitwelt e Eigenwelt.
May (1958a) também se referiu a ela como culpa de separação
A segunda forma de culpa provém de nossa incapacidade de perceber com precisão o mundo dos outros ( Mitwelt).
A terceira forma de culpa ontológica está associada à negação de nossas próprias potencialidades ou à nossa falha em realizá-las.
Em outras palavras, essa culpa está baseada em nossa relação com o self (Eigenwelt).
Mais uma vez, essa forma de culpa é universal, porque nenhum de nós pode realizar completamente todos os nossos potenciais.
Assim como a ansiedade, a culpa ontológica pode ter um efeito positivo ou negativo na personalidade.
Podemos usar essa culpa para desenvolver um sentimento sadio de humildade, melhorar nossas relações com os outros e usar nossas potencialidades com criatividade.
No entanto, quando nos recusamos a aceitar a culpa ontológica, ela se torna neurótica ou mórbida.
A culpa neurótica, assim como a ansiedade neurótica, conduz a sintomas não produtivos ou neuróticos, tais como impotência sexual, depressão, crueldade com os outros ou incapacidade de fazer uma escolha.
Rollo May - Intencionalidade
A estrutura que dá significado à experiência e permite que as pessoas tomem decisões sobre o futuro é chamada de intencionalidade (May, 1969b).
May usou o termo “intencionalidade” para preencher a lacuna entre sujeito e objeto.
Trata-se da “estrutura de significado que torna possível para nós, sujeitos que somos, vermos e compreendermos o mundo externo, que é objetivo.
Na intencionalidade, a dicotomia entre sujeito e objeto é parcialmente superada” (May, 1969b, p. 225).