PREVIDENCIARIO PGE Flashcards

1
Q

O que é proteção social?
.

A

Resposta: Proteção social é um conceito que abrange tanto as políticas de Estado quanto as ações da sociedade civil, incluindo voluntarismo, grupos de ajuda mútua, associações de caridade e instituições religiosas. Engloba tanto a proteção social estatal quanto a proteção social de proximidade (civil e familiar)

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2
Q

Por que existe proteção social?

A

Resposta: A proteção social existe em resposta aos riscos ordinários e extraordinários da vida, que geram contingências socioeconômicas e vulnerabilidades sociais. Esses riscos e vulnerabilidades são tutelados e protegidos por meio de sistemas de seguro social.

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3
Q

Como a proteção social se relaciona com a seguridade social?

A

Resposta: A seguridade social é uma parte do conceito mais amplo de proteção social, sendo composta por três ramos principais: assistência social, saúde e previdência social.

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4
Q

Qual foi o marco inicial do assistencialismo estatal?

A

Resposta: O marco inicial do assistencialismo estatal foi a Lei dos Pobres inglesa de 1601 (The Poor Law).

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5
Q

Quando surgiu o primeiro seguro social?

A

Resposta: O primeiro seguro social surgiu na Inglaterra, em 1762.

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6
Q

O que a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1793 afirmou sobre o seguro social?

A

Resposta: A Declaração afirmou que os auxílios públicos são uma dívida sagrada e que a sociedade deve garantir subsistência aos cidadãos infelizes, seja proporcionando trabalho ou assegurando os meios de sobrevivência para os que não podem trabalhar.

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7
Q

Quais foram os movimentos históricos que influenciaram o modelo estatal social no século XIX?

A

Resposta: Entre os movimentos históricos estão os Cartistas (década de 1830), as revoluções de 1848 a 1871 na França (Primavera dos Povos), as revoluções de 1848 nos Estados Alemães (Revolução de Março) e o Manifesto Comunista de Marx, publicado em 1848.

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8
Q

Qual documento papal reforçou a implementação de políticas sociais no final do século XIX?

A

Resposta: A encíclica papal RERUM NOVARUM, assinada pelo Papa Leão XIII em 1891, reforçou a importância das políticas sociais.

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9
Q

Quais eventos históricos precederam a consagração do Welfare State (Estado de bem-estar social) no início do século XX?

A

Resposta: Os eventos históricos que precederam a consagração do Welfare State foram a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), a Revolução Russa (1917) e o New Deal norte-americano, após o “crack” da Bolsa de NY em 1929.

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10
Q

O que está acontecendo com a função social estatal no contexto atual?

A

Resposta: Atualmente, há um redimensionamento da função social estatal, com a revitalização de pilares do liberalismo mais puro, e uma redefinição dos sistemas de proteção social para equilibrar as capacidades econômicas dos Estados com a justiça social e a dignidade da pessoa humana.

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11
Q

Quais são as quatro fases históricas da evolução da proteção social?

A

Resposta:
a) Fase experimental: prevalecia o voluntarismo e o mutualismo assistencial.
b) Fase da consolidação: assistencialismo avançava por meio de organizações religiosas, guildas e corporações de ofício, e modestamente por meio do Estado (ex: Lei dos Pobres, 1601).
c) Fase da expansão: institucionalização estatal de seguros sociais e conversão dos Estados Liberais em Estados de bem-estar social.
d) Fase da redefinição: ajuste das políticas públicas sociais em consonância com as capacidades econômicas das nações.

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12
Q

Qual é o marco inicial da proteção social no Brasil durante o período colonial?

A

Resposta: A criação da Santa Casa da Misericórdia de Olinda/PE, em 1539, seguida pela Santa Casa da Misericórdia de Santos/SP, em 1543, e pela criação das Irmandades Leigas e Ordens Terceiras.

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13
Q

Qual foi o primeiro quadro normativo da Previdência Social no Brasil?

A

Resposta: O primeiro quadro normativo surgiu com o Decreto de 01º de outubro de 1821, instituído pelo Príncipe Regente Dom Pedro de Alcântara, estabelecendo regras de aposentadoria para mestres e professores com 30 anos de serviço.

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14
Q

Quais foram alguns dos grupos contemplados pelos decretos de aposentadoria no Brasil no século XIX?

A

Resposta: Alguns decretos garantiram aposentadoria a mestres e professores, funcionários dos Correios, empregados das Estradas de Ferro Central do Brasil, servidores públicos em geral (por invalidez) e operários do Arsenal da Marinha (por invalidez e pensão por morte).

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15
Q

O que caracterizava os sistemas de aposentadoria e pensão antes de 1923 no Brasil?

A

Resposta: Os sistemas eram puramente assistencialistas, com o Estado sendo o único patrocinador das aposentadorias e pensões.

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16
Q

Qual foi o marco inicial da previdência social no Brasil?

A

Resposta: O marco inicial foi a Lei Eloy Chaves, de 1923, que criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs) para os trabalhadores das estradas de ferro.

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17
Q

O que aconteceu com as CAPs em 1930?

A

Resposta: Em 1930, a legislação foi alterada, suspendendo a concessão de benefícios pelas CAPs por 6 meses, e iniciando a reorganização dos regimes próprios de servidores públicos.

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18
Q

O que são os IAPs e qual foi seu papel na previdência social brasileira?

A

Resposta: Os IAPs (Institutos de Aposentadorias e Pensões) eram institutos específicos para cada carreira ou categoria de trabalhadores, criados após a reorganização dos sistemas de previdência.

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19
Q

O que resultou da unificação dos IAPs em 1966?

A

Resposta: A unificação resultou na criação do INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), uma autarquia federal responsável pela previdência social, por meio do Decreto-lei n. 72/1966.

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20
Q

Quais instituições foram criadas após o INPS?

A

Resposta: Foram criadas a DATAPREV (1974), o INAMPS (1977) e o IAPAS (1977).

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21
Q

Qual foi o resultado da fusão do INPS e do IAPAS em 1990?

A

Resposta: A fusão resultou na criação do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em 1990.

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22
Q

O que aconteceu com o INAMPS em 1993?

A

Resposta: O INAMPS foi extinto em 1993, e suas funções foram incorporadas ao SUS (Sistema Único de Saúde).

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23
Q

Quais leis foram editadas após a Constituição de 1988 para a reforma da seguridade social?

A

Resposta: Foram editadas as leis n. 8.212/1991 (Custeio da Seguridade Social), n. 8.213/1991 (Benefícios Previdenciários) e n. 8.742/1993 (Lei Orgânica da Assistência Social).

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24
Q

Quais foram as principais Emendas Constitucionais que reformaram a seguridade social após 1988?

A

Resposta: As principais emendas foram a EC 20/1998, EC 41/03, EC 47/05, EC 70/12 e EC 88/15.

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25
Q

Quais são os dois modelos principais de seguridade social?

A

Resposta: Os dois modelos principais são o modelo de Bismarck e o modelo de Beveridge.

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26
Q

Qual é a principal característica do modelo de Bismarck?

A

Resposta: O modelo de Bismarck se baseia na compulsoriedade de contribuição pelos assalariados, com o Estado participando de parte do custeio. Esse sistema tem como base a capitalização.

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27
Q

Qual é a principal característica do modelo de Beveridge?

A

Resposta: O modelo de Beveridge se baseia na redistribuição de riqueza e na solidariedade, onde o Estado gere de modo universal e igualitário a proteção social, com menor participação de contribuição pelos cidadãos.

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28
Q

Qual a diferença principal entre o modelo de Bismarck e o modelo de Beveridge?

A

Resposta: No modelo de Bismarck, a participação estatal é menor e o sistema se baseia em contribuições dos assalariados (capitalização), enquanto no modelo de Beveridge, a participação estatal é fundamental, com redistribuição de riqueza e assistência universal (assistencialismo).

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29
Q

O que caracteriza o sistema de Beveridge?

A

Resposta: O sistema de Beveridge é assistencialista, baseado no Plano Beveridge do pós-Segunda Guerra Mundial, e envolve redistribuição de riqueza, com o Estado garantindo proteção social universal.

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30
Q

O que caracteriza o sistema de Bismarck?

A

Resposta: O sistema de Bismarck é previdenciário, baseado em um seguro social compulsório para assalariados, com menor participação estatal e ênfase na capitalização

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31
Q

Quais são os modelos de sistemas de proteção social pelo prisma político-ideológico?
.

A

Resposta: Os modelos são:
a) Regime de governo Social-Democrata;
b) Regime de governo Conservador-Corporativo;
c) Regime de governo Liberal.

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32
Q

Quais são os sistemas de proteção social pelo prisma financeiro?

A

Resposta: Os sistemas são:
a) Contributivos (podem ser de capitalização ou de repartição);
b) Não contributivos.

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33
Q

Como é dividido o modelo de previdência no Brasil?

A

Resposta: O modelo de previdência no Brasil é dividido em:
a) Previdência Social Básica: baseada em um sistema de repartição de Beveridge (RGPS e RPPS);
b) Previdência Social Complementar: baseada em capitalização;
c) Assistência Social: com benefícios como o Bolsa Família e benefícios ao idoso e deficiente;
d) Saúde Gratuita: fornecida a todos pelo SUS.

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34
Q

O que prevê o art. 194 da CF/1988 sobre seguridade social?

A

Resposta: O art. 194 da CF/1988 afirma que a seguridade social é um conjunto integrado de ações dos Poderes Públicos e da sociedade, destinado a assegurar direitos relativos à saúde, previdência e assistência social.

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35
Q

Quais são os princípios e objetivos da seguridade social no Brasil?

A

Resposta: Os princípios e objetivos da seguridade social estão dispostos no art. 194, parágrafo único, da CF/1988, e devem ser reconhecidos como verdadeiros princípios que regem a seguridade social estatal.

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36
Q

O que é o princípio da universalidade da cobertura e do atendimento?

A

Resposta: Esse princípio significa que a seguridade social deve abranger todas as contingências sociais possíveis (acepção objetiva) e deve proteger o máximo de pessoas (acepção subjetiva).

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37
Q

Pergunta: O que justifica o princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios entre urbanos e rurais?

A

Resposta: O princípio é justificado pelo sobreprincípio da isonomia, conforme o art. 5º, inciso II, da CF/1988, que prega o tratamento igual para os iguais e desigual para os desiguais, na medida de suas desigualdades. No entanto, deve ser aplicado com ponderação, pois há prestações que não se expandem para o campo, como o seguro-desemprego.

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38
Q

O que visa o princípio da seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços?

A

Resposta: Esse princípio visa à expansão da proteção da seguridade social ao máximo possível, considerando os esforços estatais e sociais e as limitações orçamentárias de cada Estado. O legislador deve exercer um juízo de ponderação ao selecionar prioridades de atendimento.

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39
Q

Qual é a diferença entre a irredutibilidade nominal e a irredutibilidade do valor real dos benefícios?

A

Resposta: A irredutibilidade nominal impede que o valor numérico dos benefícios assistenciais e previdenciários seja reduzido. Ou seja, o valor pago nunca pode ser diminuído, conforme o art. 194 da Constituição.Já a irredutibilidade do valor real, aplicada aos benefícios previdenciários, garante que o valor do benefício acompanhe a inflação, preservando o poder de compra. Porém, isso depende da criação de uma lei que defina os reajustes e está sujeito às condições econômicas e políticas do país, como crises financeiras.

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40
Q

O que estabelece o princípio da equidade na forma de participação no custeio da seguridade social?

A

Resposta: O princípio da equidade determina que cada parte envolvida no financiamento da seguridade social deve contribuir conforme suas capacidades, de acordo com sua base de incidência, seja salário, receita, faturamento ou lucro.

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41
Q

O que é o princípio da diversidade da base de financiamento?

A

Resposta: O princípio da diversidade da base de financiamento, previsto no art. 195 da CF/1988, garante a atuação conjunta do poder público, trabalhadores e empresas para financiar a seguridade social. Esse princípio deriva da solidariedade e permite a ampliação da base de financiamento por meio de lei complementar, desde que não crie contribuições com a mesma base de cálculo e fatos geradores dos tributos existentes.

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42
Q

O que prevê o princípio do caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa da seguridade social?

A

Resposta: Esse princípio, previsto no art. 194, parágrafo único, VII, da CF/1988, estabelece que a gestão da seguridade social deve ser quadripartite, com a participação de representantes dos trabalhadores, empregadores, aposentados e do poder público nos órgãos colegiados.

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43
Q

O que estabelece o princípio da prévia fonte de custeio?

A

Resposta: Também chamado de princípio da contrapartida, o princípio da prévia fonte de custeio impede a criação, extensão ou majoração de benefícios previdenciários, assistenciais ou de saúde sem a indicação de uma fonte prévia de custeio, tanto no aspecto do financiamento quanto no orçamentário.

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44
Q

O que é o conceito de fonte do direito?

A

Resposta: Fonte do direito é o nascedouro da norma, que deve ser dotada de bilateralidade, generalidade, abstratividade, imperatividade e coercibilidade.

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45
Q

Quais são os tipos de fontes do direito?

A

Resposta: As fontes do direito podem ser materiais ou formais.

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46
Q

Como o positivismo e o pós-positivismo influenciam as fontes do direito?

A

Resposta:

Positivismo: Fontes materiais oriundas unicamente da atividade parlamentar.
Pós-positivismo: Expansão da abertura dialógica das fontes materiais, com maior abrangência.

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47
Q

Qual é a fonte formal suprema do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: A Constituição Federal é a fonte formal suprema do Direito da Seguridade Social.

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48
Q

O que são as fontes materiais do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: São os fatos sociais, políticos e econômicos que motivam o surgimento de normas previdenciárias. Exemplo: o déficit nas contas públicas relacionado à Previdência Social.

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49
Q

O que são as fontes formais do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: São os atos editados pelo Poder Legislativo e Executivo (e, em alguns casos, pelo Judiciário) que criam, modificam ou extinguem direitos relativos à seguridade social.

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50
Q

Quais são as observações importantes sobre as fontes formais de caráter infralegal?

A

Resposta:

Não podem contrariar a lei, sob pena de exorbitarem seu poder regulamentar.
Criam efeito vinculante para a própria Administração Pública, exceto em casos de autotutela (quando a Administração pode revogar ou anular seus próprios atos).

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51
Q

Quais são as principais fontes formais do Direito da Seguridade Social no Brasil?

A

Resposta:

Lei n. 8.212/91
Lei n. 8.213/91
Lei n. 8.742/93
Lei n. 9.717/88
Lei n. 10.779/03
Lei n. 12.101/09
Lei n. 12.618/12
Lei Complementar n. 142/13
Lei Complementar n. 152/15

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52
Q

Onde as leis complementares estão previstas no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: As leis complementares estão previstas no art. 195, § 4º, c/c art. 154, inciso I, da CF/1988, permitindo a criação de novas fontes de financiamento para a seguridade social.

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53
Q

Qual é o papel das medidas provisórias no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: As medidas provisórias são frequentes no Direito da Seguridade Social, mas nem sempre cumprem os requisitos de relevância e urgência para sua edição.

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54
Q

Como os decretos legislativos atuam como fonte formal do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Os decretos legislativos permitem a veiculação interna de tratados, convenções e acordos internacionais, contribuindo para a expansão do bloco de constitucionalidade no Direito da Seguridade Social.

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55
Q

O que prevê o art. 85-A da Lei n. 8.212/91?

A

Resposta: O art. 85-A da Lei n. 8.212/91 afirma que tratados, convenções e acordos internacionais sobre matéria previdenciária devem ser interpretados como lei especial.

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56
Q

Qual é o principal decreto executivo no Direito Previdenciário?

A

Resposta: O Decreto n. 3.048/99 é o principal ato do Poder Executivo no Direito Previdenciário, detalhando a Lei n. 8.213/91.

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57
Q

Os costumes são fontes formais do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Não, os costumes não são fontes formais do Direito Previdenciário ou da Seguridade Social.

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58
Q

A jurisprudência é uma fonte formal do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Não, a jurisprudência é apenas um meio de integração do Direito e não uma fonte formal.

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59
Q

As súmulas vinculantes são fontes do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Sim, as súmulas vinculantes, conforme o art. 103-A da CF/88, são fontes do Direito a partir de decisões do Supremo Tribunal Federal.

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60
Q

As decisões sumuladas do Conselho de Recursos da Previdência Social são fontes do Direito?

A

Resposta: Sim, as decisões sumuladas do Conselho de Recursos da Previdência Social são fontes do Direito da Seguridade Social.

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61
Q

A doutrina é fonte do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Não, a doutrina não é considerada fonte do Direito da Seguridade Social.

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62
Q

A equidade é fonte do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Não, a equidade não é fonte do Direito da Seguridade Social, mas sim um método integrativo.

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63
Q

Os princípios de Direito são fontes do Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Sim, tanto os princípios não escritos (implícitos) quanto os escritos (explícitos) são fontes do Direito da Seguridade Social.

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64
Q

Os princípios possuem força normativa no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Sim, os princípios passaram a ser efetivas fontes do Direito, com força normativa, e não apenas meios de integração.

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65
Q

Existe hierarquia entre princípios e regras no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Não, não há hierarquia entre princípios e regras no Direito da Seguridade Social.

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66
Q

Quais são os tipos de normas da Seguridade Social?

A

Resposta: Os tipos de normas da Seguridade Social são:

Normas de filiação ou vinculação
Normas de proteção ou amparo
Normas de custeio, de natureza tributária
Normas de manutenção do valor real dos benefícios
Normas de irredutibilidade dos benefícios

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67
Q

As normas de Seguridade Social pertencem a qual dimensão dos direitos fundamentais?

A

Resposta: As normas de Seguridade Social são normas de direitos fundamentais de segunda dimensão, que veiculam direitos sociais.

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68
Q

Qual princípio deve ser considerado na interpretação das normas de Seguridade Social?

A

Resposta: Deve-se considerar o princípio da proteção da dignidade da pessoa humana, representado pelo axioma principiológico pro homine, que busca a interpretação mais favorável à pessoa humana.

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69
Q

A dúvida que favorece a pessoa humana na interpretação das normas de Seguridade Social refere-se a quê?

A

Resposta: A dúvida refere-se à ambivalência hermenêutica da norma em abstrato, e não à dúvida sobre os fatos.

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70
Q

Qual é o objetivo da interpretação das normas de Seguridade Social?

A

Resposta: A interpretação deve sempre se alinhar com os fins sociais a que a norma de Seguridade Social se destina, garantindo a máxima efetividade dos direitos fundamentais.

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71
Q

Quais são os dois momentos do estudo da interpretação das normas de Seguridade Social?

A

Resposta: O estudo da interpretação das normas de Seguridade Social deve ser dividido em dois momentos:

Hermenêutica constitucional
Hermenêutica clássica

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72
Q

O que é hermenêutica jurídica?

A

Resposta: Hermenêutica jurídica é o estudo das técnicas e métodos de interpretação da norma jurídica, permitindo declarar, esclarecer e anunciar o significado das leis.

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73
Q

Qual abordagem de interpretação é necessária no pós-positivismo?

A

Resposta: No pós-positivismo, a subsunção da norma jurídica ao fato não pode ser automática ou mecânica. Deve ser fruto de uma interpretação razoável, usando técnicas e instrumentos adequados.

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74
Q

Quais são os elementos ou critérios interpretativos clássicos na hermenêutica jurídica?

A

Resposta: Os elementos interpretativos clássicos são:

Elemento gramatical (interpretação literal)
Elemento lógico (interpretação lógica)
Elemento histórico (interpretação histórica)
Elemento sistemático (interpretação sistemática)
Elemento teleológico (interpretação finalística)

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75
Q

Quais são os métodos clássicos de interpretação jurídica quanto à origem?

A

Resposta: Quanto à origem, os métodos clássicos são:

Método doutrinário
Método jurisprudencial
Método autêntico

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76
Q

Quais são os métodos clássicos de interpretação jurídica quanto aos resultados?

A

Resposta: Quanto aos resultados, os métodos clássicos são:

Método declarativo
Método extensivo
Método restritivo

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77
Q

O que diz Uadi Lammêgo Bulos sobre os métodos modernos de interpretação constitucional?

A

Resposta: Uadi Lammêgo Bulos afirma que os métodos modernos de interpretação constitucional são uma releitura de velhos artifícios hermenêuticos, adaptados às exigências das constituições modernas.

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78
Q

Quais são os métodos específicos de interpretação da norma constitucional?

A

Resposta: Os métodos específicos de interpretação da norma constitucional são:

Método científico-espiritual
Método tópico-problemático
Método normativo-estruturante
Método hermenêutico concretizador

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79
Q

O que é o conceito de subsunção da norma jurídica?

A

Resposta: Subsunção da norma jurídica é o processo de adequação de uma norma-tipo a um fato, criando uma norma-fato. É o encaixe de uma premissa menor (fato) em uma premissa maior (lei) para gerar uma conclusão aplicável ao caso.

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80
Q

O que é um “silogismo jurídico” na aplicação da norma?

A

Resposta: O silogismo jurídico é o processo em que se encaixa uma premissa menor (fato) em uma premissa maior (lei), resultando em uma conclusão, ou norma jurídica aplicável ao caso.

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81
Q

Como o positivismo jurídico influenciou a aplicação das normas?

A

Resposta: O positivismo jurídico consolidou-se no Estado Legislativo, atribuindo à legislação o papel principal como fonte do direito, e estabeleceu o processo de subsunção normativa, onde a lei é aplicada de forma direta aos fatos.

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82
Q

Qual foi o marco do positivismo jurídico no século XIX?

A

Resposta: O marco do positivismo jurídico foi a Codificação Napoleônica, que consolidou a lei como a principal fonte do direito e exigiu a subsunção normativa para aplicação das normas.

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83
Q

O que é a Teoria Pura do Direito de Hans Kelsen?

A

Resposta: A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito Positivo, que trata da subsunção da norma ao fato, sem influências externas ao sistema jurídico.

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84
Q

Como o pós-positivismo influencia a aplicação da norma jurídica?

A

Resposta: No pós-positivismo, a simples subsunção é abandonada, dando lugar a teorias que retomam a argumentação jurídica, com atenção a influxos valorativos na aplicação da norma.

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85
Q

Qual é a regra geral para a vigência das leis previdenciárias?

A

Resposta: Em regra, a lei previdenciária tem vigência imediata, mas com algumas peculiaridades no Direito da Seguridade Social, especialmente em relação ao custeio do sistema.

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86
Q

O que é o princípio da anterioridade nonagesimal?

A

Resposta: O princípio da anterioridade nonagesimal estabelece que as normas de custeio da seguridade social só produzem efeitos após 90 dias da sua publicação, garantindo segurança jurídica.

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87
Q

Qual é o prazo geral da vacatio legis segundo o art. 1º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro?

A

Resposta: O prazo de vacatio legis é de 45 dias após a publicação oficial, quando não houver disposição específica na lei.

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88
Q

O que é o princípio da irretroatividade no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: O princípio da irretroatividade impede que uma nova lei retroaja, mesmo que seja mais benéfica ao segurado ou beneficiário.

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89
Q

O que significa o princípio do tempus regit actum no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: O princípio do tempus regit actum estabelece que a norma aplicável é aquela vigente no momento da ocorrência do fato gerador da contingência social.

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90
Q

Qual é a exceção à regra da irretroatividade no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: A exceção está prevista no art. 106 do Código Tributário Nacional e no art. 150, inciso III, da CF/1988, que proíbem a cobrança de tributos sobre fatos geradores ocorridos antes da vigência da lei.

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91
Q

Pode uma lei prever prazos diferenciados de vacatio legis?

A

Resposta: Sim, a própria lei pode prever prazos diferenciados de vacatio legis para certos dispositivos, como no caso da Lei n. 13.135/2015, que previu prazos especiais para proteção de deficientes intelectuais e mentais.

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92
Q

Quando a norma de custeio da seguridade social pode retroagir?

A

Resposta: A norma de custeio pode retroagir se for interpretativa e trouxer benefício fiscal. Ela deve esclarecer uma norma tributária já existente, sem impor nova sanção fiscal.

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93
Q

O que ocorre se a norma de custeio interpretativa gerar novo dever para a parte?

A

Resposta: Deve-se aplicar o art. 23 da LINDB, estabelecendo um regime de transição para evitar violação à boa-fé, à não surpresa e ao devido processo legal.

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94
Q

Como o direito adquirido se aplica à aposentadoria após a Emenda Constitucional n. 103/19?

A

Resposta: O direito adquirido protege a concessão da aposentadoria conforme as regras anteriores, desde que todos os elementos constitutivos do direito tenham sido cumpridos antes da emenda.

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95
Q

A concessão de benefício previdenciário depende de requerimento feito antes da EC 103/19 para garantir direito adquirido?

A

Resposta: Não, não é necessário que o requerimento tenha sido feito antes da emenda. O importante é que os elementos do direito já estejam cumpridos.

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96
Q

Existe ultratividade da lei mais benéfica no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Não, no Direito da Seguridade Social, a nova lei, seja mais benéfica ou prejudicial, não se aplica aos fatos ocorridos antes de sua vigência.

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97
Q

Existe direito adquirido a regime jurídico no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Não, o segurado não tem direito adquirido a um determinado regime jurídico. Ele apenas possui uma expectativa de direito, que pode ser alterada por novas normas.

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98
Q

O que são normas de transição nas reformas previdenciárias?

A

Resposta: Normas de transição são uma escolha do Constituinte Derivado, presentes em todas as Emendas Constitucionais relacionadas às reformas previdenciárias no Brasil.

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99
Q

O art. 23 da LINDB impõe sempre a criação de normas de transição para inovações legislativas?

A

Resposta: Não, o art. 23 da LINDB se aplica apenas a decisões administrativas, controladoras ou judiciais que estabelecem uma nova interpretação ou orientação sobre norma de conteúdo indeterminado.

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100
Q

É possível combinar aspectos positivos de duas leis em vigor em momentos diferentes?

A

Resposta: Não, não é permitido o aproveitamento dos pontos favoráveis de uma norma anterior e, ao mesmo tempo, de uma norma nova.

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101
Q

O que significa o princípio do tempus regit actum no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: O princípio do tempus regit actum estabelece que a norma aplicável é aquela vigente no momento da ocorrência da contingência social, ou seja, no momento em que o fato gerador acontece.

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102
Q

Qual foi a decisão do Tema 176 da TNU sobre o regime de carência?

A

Resposta: O Tema 176 da TNU estabeleceu que o regime normativo de carência a ser adotado é aquele vigente no momento do surgimento da incapacidade.

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103
Q

Como se protege o ato jurídico perfeito em relação à comprovação de atividades nocivas?

A

Resposta: O ato jurídico perfeito protege a comprovação de atividades nocivas realizadas sob a legislação vigente à época dos vínculos, mesmo que posteriormente a lei exija documentação diferente.

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104
Q

O tempo de serviço é regido por qual lei?

A

Resposta: O tempo de serviço é regido pela lei vigente à data da prestação da atividade, integrando o patrimônio jurídico do trabalhador conforme a norma vigente na época.

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105
Q

O que é a coisa julgada conforme a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro?

A

Resposta: A coisa julgada é definida no art. 6º, § 3º da LINDB como a decisão judicial de que não caiba recurso.

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106
Q

Como devem ser analisadas as sentenças relacionadas a benefícios por incapacidade?

A

Resposta: As sentenças relacionadas a benefícios por incapacidade devem considerar que a incapacidade é dinâmica e variável no tempo, exigindo uma análise particularizada para cada segurado e patologia.

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107
Q

O que significa que a coisa julgada em processos previdenciários relacionados à incapacidade possui natureza rebus sic stantibus?

A

Resposta: Significa que a coisa julgada nos processos previdenciários de incapacidade se baseia no estado das coisas no momento do julgamento, ou seja, pode ser revisada conforme novas circunstâncias.

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108
Q

O INSS pode revisar ou cancelar benefícios previdenciários concedidos judicialmente, mesmo com coisa julgada?

A

Resposta: Sim, mas com ressalvas. A revisão administrativa deve respeitar o devido processo legal e não pode ferir a inafastabilidade da tutela jurisdicional (art. 5º, inciso XXXVI, CF/1988).

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109
Q

A jurisprudência do STJ exige que o INSS intente ação revisional para cessar benefício concedido judicialmente?

A

Resposta: Não, o STJ entende que o INSS pode revisar administrativamente sem ação revisional, desde que sejam respeitados o contraditório e a ampla defesa do segurado (Informativo 536 do STJ).

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110
Q

O que acontece se não houver data de cessação de benefício judicialmente concedido?

A

Resposta: O INSS pode realizar a chamada alta programada, cessando o benefício após 120 dias, conforme a Lei n. 13.457/17, se não houver data de cessação apontada na sentença.

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111
Q

O que decidiu a TNU sobre a “perícia de saída” no julgamento do Tema 164?

A

Resposta: A TNU decidiu que o INSS não tem obrigação de marcar a “perícia de saída” automaticamente antes de cessar o benefício.

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112
Q

Qual é o entendimento do STJ sobre a alta programada e a cessação de benefícios?

A

Resposta: O STJ entende que a alta programada é contrária ao ordenamento jurídico, e a cessação do benefício só pode ocorrer após perícia médica prévia e com contraditório garantido.

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113
Q

A revisão administrativa de benefícios judiciais desrespeita a coisa julgada?

A

Resposta: Não necessariamente. A revisão deve respeitar o devido processo legal, mas vedar completamente a revisão de um benefício judicial não é condizente com a natureza rebus sic stantibus dos benefícios previdenciários.

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114
Q

Qual é a regra geral de aplicação da lei previdenciária no espaço?
Resposta: A regra é a territorialidade, ou seja, a lei previdenciária brasileira se aplica às relações jurídicas de trabalho desenvolvidas no território nacional, conforme as Leis n. 8.212/91 e n. 8.213/91.

A

Resposta: A regra é a territorialidade, ou seja, a lei previdenciária brasileira se aplica às relações jurídicas de trabalho desenvolvidas no território nacional, conforme as Leis n. 8.212/91 e n. 8.213/91.

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115
Q

Qual é a exceção à regra de territorialidade no Direito Previdenciário?

A

Resposta: A exceção está no art. 11, inciso I, alínea “d” da Lei n. 8.213/91, que trata de não-brasileiros sem residência permanente no Brasil e brasileiros amparados por legislação previdenciária de outro país.

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116
Q

O estrangeiro residente no Brasil pode receber benefício assistencial da LOAS?

A

Resposta: Sim, o STF decidiu que estrangeiros residentes no Brasil têm direito ao benefício assistencial da LOAS (RE 587970).

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117
Q

Quando cessa a aplicação da lei previdenciária brasileira em casos de extraterritorialidade?

A

Resposta: A extraterritorialidade cessa quando o segurado está coberto por um regime próprio de previdência social do país estrangeiro.

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118
Q

O que são antinomias normativas no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: São conflitos aparentes entre normas de Seguridade Social que devem ser resolvidos pelo aplicador da lei usando princípios interpretativos.

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119
Q

Como se resolve uma antinomia entre normas constitucionais e normas infraconstitucionais?

A

Resposta: O conflito é resolvido pelo critério hierárquico, em que a Constituição prevalece sobre as demais normas, conforme a Pirâmide Normativa de Kelsen.

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120
Q

Quais são as três principais hipóteses de antinomias normativas?

A

Resposta:

Conflitos entre normas de diferentes posições hierárquicas no ordenamento.
Conflitos entre normas de igual hierarquia.
Conflitos de leis no tempo (intertemporalidade).

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121
Q

Quais são os critérios de solução de antinomias segundo Norberto Bobbio?

A

Resposta: Os critérios de solução de antinomias são:

Critério cronológico (norma mais recente prevalece)
Critério da especialidade (norma especial prevalece sobre a geral)
Critério da hierarquia (norma superior prevalece sobre a inferior)

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122
Q

O que é uma antinomia de 1º grau e de 2º grau?

A

Resposta:

Antinomia de 1º grau: quando se usa apenas um critério para resolver o conflito.
Antinomia de 2º grau: quando é necessário aplicar mais de um critério de solução.

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123
Q

O que ocorre quando duas normas constitucionais estão em conflito?

A

Resposta: Não se fala em conflito, mas em ponderação de interesses e princípios constitucionais, buscando a unidade da Constituição por meio da hermenêutica constitucional.

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124
Q

Como o princípio pro homine influencia a hierarquia das normas na Seguridade Social?

A

Resposta: O princípio pro homine determina que a norma mais favorável prevalece, mesmo que esteja na base da Pirâmide de Kelsen, mas isso deve ser considerado dentro de um contexto maior e com uma visão consequencialista.

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125
Q

O que é o processo de integração da norma jurídica?

A

Resposta: O processo de integração visa preencher lacunas no ordenamento jurídico, colmatando vazios ou obscuridades por meio de analogias, costumes, princípios de Direito e equidade.

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126
Q

O que diz o art. 4º da LINDB sobre a integração das normas?

A

Resposta: O art. 4º da LINDB estabelece que o juiz não pode se eximir de julgar alegando lacuna ou obscuridade da lei e deve recorrer à analogias, costumes e princípios gerais de Direito.

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127
Q

Qual é a diferença entre analogia e interpretação analógica?

A

Resposta:

Analogia: preenchimento completo de um vazio normativo pelo julgador.
Interpretação analógica: preenchimento parcial de um elemento da norma por meio de um standard normativo já previsto.

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128
Q

Quais são as subclassificações da analogia?

A

Resposta:

Analogia legis: uso de outra norma legal para preencher a lacuna.
Analogia iuris: uso de princípios gerais do Direito para preencher a lacuna

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129
Q

O que é autointegração e heterointegração no processo de analogia?

A

Resposta:

Autointegração: preenchimento da lacuna usando a própria fonte normativa (costumes, princípios, equidade).
Heterointegração: preenchimento da lacuna usando fontes externas ao sistema normativo.

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130
Q

O que impede o uso da analogia in malam partem no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: O uso da analogia in malam partem é impedido pelo princípio pro misero (princípio pro homine), que favorece o segurado.

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131
Q

O que são costumes no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: Costumes são práticas gerais, reiteradas, constantes, notórias e aceitas como socialmente corretas, desde que não contrariem a lei.

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132
Q

Quais são os dois elementos que compõem um costume juridicamente relevante?

A

Resposta:

Elemento objetivo: percepção espacial e temporal da prática social.
Elemento subjetivo: vontade e convicção da obrigatoriedade da prática como necessidade social.

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133
Q

Quais são os tipos de costumes e qual não é aceito no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta:

Praeter legem: costume além da lei.
Secundum legem: costume conforme a lei.
Contra legem: costume contrário à lei, não aceito no Direito da Seguridade Social.

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134
Q

O que são os costumes praeter legem e secundum legem no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: São elementos de integração da norma jurídica, mas não são fontes formais. Podem, no entanto, ser considerados fontes materiais.

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135
Q

Dê um exemplo de costume que integra a norma jurídica previdenciária.

A

Resposta: A flexibilização da exigência de início de prova material para trabalhadores rurais “bóias-frias”, conforme o julgamento do TEMA 554 (REsp 1321493/PR) do STJ.

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136
Q

O que foi decidido no julgamento do PEDILEF 05009466520144058400 pela TNU?

A

Resposta: A possibilidade de extensão do período de graça também para segurados especiais, permitindo o uso dos prazos do art. 15 da Lei n. 8.213/91.

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137
Q

Qual é a diferença entre equidade e justiça, segundo Aristóteles?

A

Resposta:

Equidade: justiça do caso concreto, considerando as circunstâncias das partes e da sociedade.
Justiça: aplicação inflexível da norma.

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138
Q

Como a equidade é usada nos países de common law?

A

Resposta: Nos países de common law, a equidade é invocada como uma verdadeira fonte do Direito, baseada no forte sistema de precedentes judiciais.

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139
Q

Como a equidade é utilizada nos países de civil law?

A

Resposta: Nos países de civil law, a equidade é um mecanismo de integração da norma jurídica, e não uma fonte formal do Direito.

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140
Q

O que determina o art. 140, parágrafo único, do Código de Processo Civil sobre o uso da equidade?

A

Resposta: O art. 140, parágrafo único, do CPC determina que o juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei, vedando seu uso como fonte formal do Direito, exceto quando permitido por lei.

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141
Q

Em que caso a equidade é considerada uma fonte normativa formal no Direito da Seguridade Social?

A

Resposta: A equidade é fonte normativa formal no princípio da equidade na forma de participação no custeio, conforme o art. 194, inciso V, da Constituição Federal de 1988.

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142
Q

Qual é um exemplo de julgamento por equidade no Direito Previdenciário?

A

Resposta: Um exemplo é o Recurso Especial 1479564/SP, no qual o STJ concedeu o benefício de auxílio-reclusão, apesar de uma pequena ultrapassagem do limite de renda do grupo familiar.

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143
Q

Os princípios gerais de Direito são fontes formais do Direito?

A

Resposta: Sim, os princípios gerais de Direito são fontes formais do Direito, conforme o art. 4º da LINDB, e também podem ser usados para integrar a lei em casos de omissão.

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144
Q

Quais são os planos de consideração de uma norma?

A

Resposta: Os planos são:

Existência
Vigência
Validade
Eficácia

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145
Q

O que é o plano de eficácia de uma norma?

A

Resposta: O plano de eficácia analisa a possibilidade de a norma produzir efeitos no mundo concreto, ou seja, sua aplicação e impacto real na sociedade.

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146
Q

O que é a eficácia social de uma norma?

A

Resposta: A eficácia social refere-se à possibilidade social, econômica, política e cultural de uma norma ser imposta e aplicada na prática.

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147
Q

O que é a eficácia técnica de uma norma?

A

Resposta: A eficácia técnica questiona se há condições normativas secundárias, como regulamentações, para que a norma seja aplicada corretamente.

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148
Q

Quais são as funções das normas quanto à sua eficácia?

A

Resposta: As funções das normas quanto à sua eficácia são:

Função de bloqueio
Função de programa
Função de resguardo

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149
Q

Pergunta: Quais são as classificações das normas quanto à sua aptidão para produzir efeitos, segundo José Afonso da Silva?

A

Resposta:

Normas de eficácia plena
Normas de eficácia contida
Normas de eficácia limitada

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150
Q

Pergunta: O que são normas de eficácia plena?

A

Resposta: São normas que, desde sua entrada em vigor, são plenamente aptas a produzir todos os seus efeitos, sem necessidade de regulamentação posterior.

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151
Q

O que são normas de eficácia contida?

A

Resposta: São normas que têm eficácia imediata, mas que podem sofrer restrições por normas infraconstitucionais. Exemplo: art. 5º, XIII, da CF/88.

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152
Q

O que são normas de eficácia limitada?

A

Resposta: São normas que dependem de regulamentação posterior para produzir seus efeitos completos. Exemplo: art. 40, § 4º-A, da CF/88.

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153
Q

Dê um exemplo de norma de eficácia limitada no Direito da Seguridade Social.

A

Resposta: A aposentadoria especial para servidores públicos com deficiência, atividades de risco ou condições prejudiciais à saúde ou integridade física, que depende de Lei Complementar, ainda não editada.

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154
Q

O que diz a Súmula Vinculante 33 do STF sobre a aposentadoria especial para servidores públicos?

A

Resposta: A Súmula Vinculante 33 do STF estabelece que se aplicam ao servidor público, no que couber, as regras do Regime Geral de Previdência Social sobre aposentadoria especial até a edição de Lei Complementar específica.

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155
Q

Pergunta: O que é seguridade social?

A

Resposta: Seguridade social é o conjunto de ações do Estado e da sociedade civil que visa resguardar os direitos fundamentais à previdência, saúde e assistência social.

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156
Q

Pergunta: Quando a seguridade social atingiu seu ápice normativo no Brasil?

A

Resposta: A seguridade social atingiu seu ápice normativo com a Constituição Federal de 1988.

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157
Q

Pergunta: O que compõe o tripé da seguridade social?

A

Resposta: O tripé da seguridade social é composto por saúde, previdência e assistência social.

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158
Q

Quais são as características gerais dos direitos da seguridade social?

A

Resposta: Os direitos da seguridade social possuem as características gerais de todos os direitos humanos:

Historicidade
Universalidade
Relatividade
Essencialidade
Irrenunciabilidade
Inalienabilidade
Imprescritibilidade
Inviolabilidade
Complementaridade
Efetividade
Interdependência
Concorrência

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159
Q

Como o conceito de saúde varia ao longo do tempo?

A

Resposta: O conceito de saúde varia conforme o tempo, cultura, local e o contexto político-econômico de uma sociedade, conforme análise do médico Moacyr Scliar.

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160
Q

Qual é a abrangência do conceito de saúde?

A

Resposta: O conceito de saúde abrange não apenas o aspecto físico, mas também os aspectos mental, psicológico e espiritual.

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161
Q

Como o direito à saúde está relacionado à dignidade da pessoa humana?

A

Resposta: O direito à saúde é uma projeção da dignidade da pessoa humana, envolvendo o bem-estar geral e não apenas a cura de doenças ou procedimentos médicos.

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162
Q

Qual é a interpretação do conceito de saúde no texto constitucional brasileiro?

A

Resposta: A saúde deve ser interpretada de forma integral, abrangendo mente, corpo e espírito, sem restrições no art. 196 da CF/88.

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163
Q

Como a Organização Mundial de Saúde (OMS) define saúde?

A

Resposta: A OMS define saúde como o completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença.

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164
Q

O que estabelece o art. 3º da Lei n. 8.080/90 sobre os determinantes da saúde?

A

Resposta: O art. 3º da Lei n. 8.080/90 estabelece que a saúde tem como determinantes e condicionantes fatores como alimentação, moradia, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, atividade física, transporte, lazer e acesso a bens e serviços essenciais.

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165
Q

Quais são as quatro correntes sobre a natureza jurídica das ações e serviços de saúde?

A

Resposta:

Função estatal
Serviço social
Relevância pública
Serviço público

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166
Q

O que diz a corrente de que a saúde é uma função estatal?

A

Resposta: A saúde é considerada uma função estatal, e as ações e serviços de saúde não são serviços públicos, já que a iniciativa privada pode exercê-los livremente.

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167
Q

O que diz a corrente de que a saúde é um serviço social?

A

Resposta: A saúde é vista como um serviço social quando prestada por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado e como função estatal quando realizada diretamente pelo Estado.

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168
Q

O que diz a corrente de que a saúde é de relevância pública?

A

Resposta: A saúde está em uma zona intermediária entre o direito público e privado, com elementos de serviço público e atividades exploradas economicamente por pessoas físicas e jurídicas de direito privado.

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169
Q

O que diz a corrente de que a saúde é um serviço público?

A

Resposta: A saúde é um serviço público mesmo que prestada pela iniciativa privada. É um serviço não-privativo que pode ser prestado pelo setor privado sem concessão, permissão ou autorização.

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170
Q

Qual é o entendimento prevalente sobre a natureza do serviço de saúde no Brasil?

A

Resposta: O serviço de saúde é considerado serviço público, mesmo que a iniciativa privada explore economicamente esse setor. No entanto, quando prestado por particulares, segue um regime jurídico privado, sendo uma atividade econômica de relevância pública.

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171
Q

Quando o serviço público de saúde é prestado por particulares, qual é o regime jurídico aplicado?

A

Resposta: O regime jurídico é privado, com os prestadores de serviços de saúde desempenhando uma atividade econômica em sentido estrito, mas com a característica de relevância pública, permitindo maior regulamentação e fiscalização pelo Estado.

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172
Q

O que diz o art. 196 da Constituição Federal de 1988 sobre a saúde?

A

Resposta: O art. 196 da CF/88 afirma que a saúde é um direito de todos e dever do Estado, com acesso garantido a todos os brasileiros e estrangeiros residentes, independentemente de prévia filiação ou contribuição.

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173
Q

Qual é a natureza normativa do direito à saúde na Constituição Federal de 1988?

A

Resposta: O direito à saúde possui natureza normativa impositiva e mandamental, criando uma prestação estatal indeclinável.

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174
Q

O que acontece se o Estado não efetivar ou mal efetivar o direito à saúde?

A

Resposta: A não efetivação ou má efetivação do direito à saúde pelo Estado pode gerar um descumprimento de preceito fundamental, conforme a CF/88.

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175
Q

Quem mais, além do Estado, pode exercer o dever de garantir o direito à saúde?

A

Resposta: A família, a sociedade e a iniciativa privada também têm o dever de garantir o direito à saúde, conforme a Constituição.

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176
Q

A saúde é de competência de qual ente federativo?

A

Resposta: A saúde é de competência material comum de todos os entes da Federação, conforme o art. 23 da CF/88.

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177
Q

Quais são as diretrizes e princípios constitucionais específicos da saúde na CF/88?

A

Resposta: As diretrizes e princípios da saúde incluem a universalidade, integralidade, igualdade no acesso aos serviços de saúde e a participação da comunidade na gestão do sistema público de saúde, entre outros.

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178
Q

Qual é a diferença entre o art. 197 e o art. 198 da CF/88 em relação às ações e serviços de saúde?

A

Resposta: O art. 197 refere-se a ações e serviços de saúde como de relevância pública, sem mencionar “públicos”, enquanto o art. 198 usa a palavra “públicos”, indicando uma dicotomia de regimes jurídicos entre serviços públicos e privados.

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179
Q

Quais princípios e diretrizes gerais do SUS se aplicam a todos os componentes do sistema?

A

Resposta: Os princípios e diretrizes gerais do SUS se aplicam a todos os componentes, inclusive às entidades privadas conveniadas ou contratadas pelo sistema.

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180
Q

Quais são os dois critérios de organização administrativa da rede pública de saúde no SUS?

A

Resposta: Os critérios são:

Regionalização
Descentralização administrativa

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181
Q

Qual é a relação da iniciativa privada com o SUS?

A

Resposta: A iniciativa privada pode atuar de forma complementar no SUS, mas não pode haver destinação de recursos públicos para entidades privadas com fins lucrativos. Apenas entidades filantrópicas ou sem fins lucrativos podem receber recursos públicos

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182
Q

Como deve ser feita a contratação de entidades privadas para prestar serviços no SUS?

A

Resposta: A contratação deve seguir a regra constitucional da licitação, conforme o art. 24 da Lei n. 8.080/90 e a jurisprudência do STF (Recurso Extraordinário n. 262.134).

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183
Q

O que o STF decidiu no julgamento do Recurso Extraordinário n. 262.134?

A

Resposta: O STF decidiu que a contratação direta de serviços hospitalares sem licitação no SUS viola o patrimônio público e confirmou a exigência de licitação.

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184
Q

O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública contra a contratação direta de serviços hospitalares sem licitação?

A

Resposta: Sim, o Ministério Público tem legitimidade para ajuizar ação civil pública visando impedir lesão ao patrimônio público em contratos de serviços hospitalares sem a devida licitação, conforme os princípios constitucionais de impessoalidade, publicidade, moralidade administrativa e igualdade entre os licitantes.
(RE 262134 AgR, STF)

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185
Q

O que estabelece o art. 32 da Lei n. 9.656/98 em relação ao ressarcimento ao SUS?

A

Resposta: O art. 32 da Lei n. 9.656/98 permite o ressarcimento ao SUS pelas operadoras de planos de saúde, quando o SUS presta atendimento a beneficiários cobertos pelos planos. O STF considerou essa norma constitucional.
(ADI 1.931, STF)

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186
Q

Quando o SUS pode exigir ressarcimento de operadoras de planos de saúde?

A

Resposta: O SUS pode exigir ressarcimento das operadoras de planos de saúde quando atende a um beneficiário de plano em situação coberta contratualmente, da mesma forma que faria um hospital privado.
(ADI 1.931, STF)

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187
Q

Em quais situações os entes federados devem ressarcir as operadoras de saúde?

A

Resposta: Os entes federados devem ressarcir as operadoras de saúde quando estas atendem pacientes cobertos apenas pelo SUS, em situações de emergência, e quando não há estabelecimentos hospitalares públicos ou conveniados disponíveis.
(ARE 727864 AgR, STF)

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188
Q

Qual é a responsabilidade dos entes federados em relação ao direito à saúde?

A

Resposta: Os entes federados têm responsabilidade solidária na concretização do direito à saúde. A falta de atendimento hospitalar público disponível pode caracterizar omissão inconstitucional.
(ARE 727864 AgR, STF)

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189
Q

Quais são as principais atribuições do SUS segundo o art. 200 da CF/88?

A

Resposta: As atribuições do SUS incluem:

Vigilância sanitária
Saneamento básico
Fiscalização de alimentos, bebidas e águas para consumo humano
Proteção do meio ambiente, incluindo o meio ambiente do trabalho

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190
Q

O que estabelece a Lei n. 8.080/90 sobre o SUS?

A

Resposta: A Lei n. 8.080/90 dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, além da organização e funcionamento dos serviços de saúde.

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191
Q

Quais são os objetivos institucionais do SUS, conforme a Lei n. 8.080/90?

A

Resposta:

Verificação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde
Formulação de políticas públicas econômicas e sociais
Prestação dos serviços de saúde por meio do tripé promoção, proteção e recuperação
Prestação de serviços de saúde por meio da assistência e prevenção

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192
Q

Como é realizado o financiamento do SUS?

A

Resposta: O financiamento do SUS é garantido por limites orçamentários mínimos, previstos na Emenda Constitucional n. 29/2000 e posteriormente complementados pela Emenda Constitucional n. 86/2015, que instituiu o chamado orçamento impositivo.

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193
Q

O que estabeleceu a Emenda Constitucional n. 29/00?

A

Resposta: A EC 29/00 assegurou os recursos mínimos para o financiamento das ações e serviços públicos de saúde, adicionando previsões no art. 167 da CF/88.

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194
Q

Qual foi o impacto da Emenda Constitucional n. 86/15 sobre o financiamento da saúde?

A

Resposta: A EC 86/15 instituiu o orçamento impositivo, garantindo a execução obrigatória da programação orçamentária e assegurando a previsão de recursos mínimos para a área da saúde pela União.

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195
Q

Quais são as fontes de recursos para a saúde, conforme o art. 77 do ADCT e a EC 29/00?

A

Resposta:

Recursos da Seguridade Social (com orçamento próprio)
Recursos da União
Recursos dos Estados
Recursos do Distrito Federal
Recursos dos Municípios
Recursos de outras fontes

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196
Q

Onde estão previstos os percentuais mínimos de investimento em saúde para os entes federativos?

A

Resposta:

União: art. 198, §2º, inciso I, da CF (mínimo de 15% da receita corrente líquida)
Estados, DF e Municípios: art. 198, §2º, incisos II e III, da CF, com previsão de lei complementar para definir os percentuais exatos.

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197
Q

Quais foram as mudanças trazidas pela Emenda Constitucional n. 86/15 para o orçamento da saúde?
.

A

Resposta:

Estabelecimento do mínimo de 15% da receita corrente líquida da União para a saúde
Vinculação de 1,2% da receita corrente líquida para emendas parlamentares individuais, sendo 0,6% reservado para ações e serviços de saúde

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198
Q

O que é o orçamento impositivo previsto pela EC 86/15?

A

Resposta: É a obrigatoriedade de execução orçamentária e financeira das programações destinadas a atender emendas parlamentares individuais, conforme os arts. 166, §§9º e 11, da CF, sendo 1,2% da receita corrente líquida reservada para emendas, com 0,6% para saúde.

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199
Q

Qual é o percentual mínimo de aplicação de recursos da União em saúde, segundo a EC 86/15?

A

Resposta: A União deve aplicar 15% da receita corrente líquida no financiamento das ações e serviços públicos de saúde.

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200
Q

Pergunta: O que determina o art. 166, §10 da CF sobre as verbas das emendas parlamentares para a saúde?

A

Resposta: As verbas repassadas a título de emendas orçamentárias não podem ser usadas para pagamento de despesas com pessoal ou encargos sociais.

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201
Q

Como os 0,6% das emendas parlamentares para a saúde são considerados no orçamento da União?

A

Resposta: O percentual de 0,6% das emendas parlamentares individuais para a saúde deve ser considerado dentro dos 15% que a União precisa alocar no orçamento mínimo para saúde.

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202
Q

Em quais casos pode ser elidida a obrigatoriedade de execução das emendas parlamentares?

A

Resposta: A obrigatoriedade de execução das emendas parlamentares pode ser elidida em casos de “impedimentos de ordem técnica”, conforme o art. 166, §13 da CF (redação dada pela EC 100/19).

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203
Q

Quais são as fontes de recursos da União para a saúde, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal?

A

Resposta: As receitas correntes líquidas da União incluem:

Receitas tributárias
Receitas de contribuições
Receitas patrimoniais, industriais e agropecuárias
Receitas de serviços
Transferências correntes
Outras receitas, deduzidas as transferências constitucionais obrigatórias e contribuições previdenciárias patronais.

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204
Q

Como são definidos os recursos da União para a saúde?

A

Resposta: Os recursos da União são definidos com a aplicação de no mínimo 15% da receita corrente líquida do exercício financeiro anterior para ações e serviços públicos de saúde.

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205
Q

Quais são as fontes de recursos dos Estados e do Distrito Federal para a saúde?

A

Resposta: Os recursos dos Estados e do Distrito Federal para a saúde provêm de diversas fontes tributárias, sendo que as parcelas devidas aos Municípios devem ser deduzidas.

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206
Q

Qual é a diferença entre repartição direta e indireta das receitas pela União?

A

Resposta:

Repartição direta: feita com base em critérios objetivos e percentuais definidos na Constituição ou na legislação (exemplo: IPVA, 50% para os Municípios).
Repartição indireta: baseada em parâmetros variáveis, repassada por meio de fundos públicos (exemplo: FUNDEB, que usa critérios como índices populacionais e IDH).

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207
Q

Quais são as fontes dos recursos da saúde para os Estados e o Distrito Federal?

A

Resposta:
a) Percentual sobre a arrecadação integral do ITCMD, ICMS e IPVA, descontados os valores repassados aos Municípios.
b) Percentual sobre a arrecadação do IRPF retido na fonte sobre rendimentos pagos pelos Estados/DF aos seus agentes públicos.
c) Percentual sobre as verbas que a União repassa ao Fundo de Participação dos Estados e do DF (FPE).

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208
Q

Qual é a participação do IR e IPI na composição dos recursos de saúde dos Estados e DF?

A

Resposta:

Percentual sobre os 21,5% do IR e IPI arrecadados pela União e repassados aos Estados via FPE, conforme LC n. 62/89, com alterações pela LC 143/13.
Percentual sobre os 10% do IPI arrecadado pela União, repassados aos Estados/DF proporcionalmente ao valor das exportações de cada um.

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209
Q

Quais são as fontes dos recursos da saúde para os Municípios e o Distrito Federal?

A

Resposta:
a) Percentual sobre a arrecadação integral do IPTU, ITD e ISS.
b) Percentual sobre o IRPF retido na fonte sobre rendimentos pagos pelos Municípios/DF aos seus agentes públicos.
c) Percentual sobre 50% do ITR recolhido em imóveis rurais situados no respectivo Município.
d) Percentual sobre 50% do IPVA recolhido pelo correspondente Estado.

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210
Q

Qual é o percentual do ITR que pode ser retido pelo Município se este fiscalizar e cobrar o imposto?

A

Resposta: O Município pode reter até 100% do ITR se ele próprio fiscalizar e cobrar o imposto sobre imóveis rurais.

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211
Q

O que determinou a Lei Complementar n. 143/13 em relação ao Fundo de Participação dos Estados (FPE)?

A

Resposta: A LC 143/13 preencheu o vazio normativo deixado pela declaração de inconstitucionalidade da LC 68/92, estabelecendo novas regras para o rateio do FPE.

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212
Q

Pergunta: Qual é o percentual do ICMS arrecadado pelos Estados que é destinado aos Municípios?

A

Resposta: 25% do produto da arrecadação do ICMS é destinado aos Municípios, sendo:

¾ com base no valor adicionado das operações do imposto no território do Município
¼ com base nos critérios indicados em lei estadual

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213
Q

Como é feito o rateio do IPI entre os Municípios?

A

Resposta: O rateio do IPI entre os Municípios segue a mesma regra do ICMS, sendo:

¾ com base no valor adicionado no território do Município
¼ com base nos critérios de lei estadual

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214
Q

Como a União repassa verbas para os Municípios por meio do Fundo de Participação dos Municípios (FPM)?

A

Resposta: A União repassa 21,5% do IR e IPI arrecadados ao FPM, e o rateio entre os Municípios é feito proporcionalmente, conforme a Lei Complementar n. 62/89. Cada Município deve aplicar 15% desses recursos em ações e serviços de saúde, conforme a LC 141/12.

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215
Q

O que estabelece o art. 77 do ADCT sobre os percentuais mínimos para a saúde?

A

Resposta:

15% da receita corrente líquida para a União
12% para os Estados e DF
15% para os Municípios e DF

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216
Q

O que definiu a Lei Complementar 141/12 em relação aos percentuais de aplicação mínima na saúde?

A

Resposta: A LC 141/12 mantém os percentuais já previstos no art. 77 do ADCT para a aplicação mínima em ações e serviços de saúde:

15% para a União
12% para os Estados e DF
15% para os Municípios e DF

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217
Q

Quais são os percentuais aplicados pela União em ações e serviços de saúde, conforme o art. 77 do ADCT?

A

Resposta: A União deve aplicar 15% da receita corrente líquida (RCL) em ações e serviços públicos de saúde.

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218
Q

Quais são os critérios de aplicação mínima de recursos na saúde, conforme a LC 141/12?

A

Resposta:

União: valor empenhado no exercício financeiro anterior, acrescido do percentual de variação nominal do PIB.
Estados e DF: 12% sobre a base de cálculo prevista na CF/88.
Municípios e DF: 15% sobre a base de cálculo prevista na CF/88.

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219
Q

O que estabeleceu a EC 95/16 (PEC do Teto) em relação às verbas da saúde?

A

Resposta: A EC 95/16 instituiu um novo regime fiscal por 20 anos, limitando os gastos da União ao valor do exercício anterior, corrigido pela inflação (IPCA), ao invés de aplicar o percentual de 15% da receita corrente líquida.

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220
Q

Qual é o impacto da EC 95/16 sobre os gastos da União em saúde?

A

Resposta: Durante a vigência da EC 95/16, o mínimo aplicado às ações e serviços públicos de saúde será o valor gasto no exercício anterior corrigido pela IPCA, o que pode resultar em uma aplicação menor que 15% da receita corrente líquida.

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221
Q

A EC 95/16 afeta os percentuais mínimos de aplicação em saúde dos Estados, DF e Municípios?

A

Resposta: Não, a EC 95/16 não impôs o teto de gastos aos Estados, DF e Municípios, mantendo os percentuais mínimos de aplicação em saúde previstos na CF/88, embora parte dos recursos dos entes federativos venha da União.

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222
Q

O que é a DRU (Desvinculação de Receitas da União)?

A

Resposta: A DRU é um mecanismo que permite à União desvincular até 30% das receitas provenientes de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico, e taxas, sem prejuízo ao pagamento das despesas do Regime Geral de Previdência Social.

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223
Q

Quais emendas constitucionais trataram da DRU?

A

Resposta: A DRU foi estabelecida pela EC 27/2000 e ampliada pelas ECs 42/03, 56/07, 68/11, 93/16, e 103/19.

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224
Q

Como a EC 103/19 alterou a DRU?

A

Resposta: A EC 103/19 restringiu a desvinculação das receitas da União às contribuições sociais, contribuições de intervenção no domínio econômico, e taxas, mantendo a garantia do pagamento das despesas da Previdência Social.

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225
Q

O que diz o §4 do art. 76 do ADCT, incluído pela Emenda 103/19, sobre a desvinculação de receitas?

A

Resposta: O §4 do art. 76 do ADCT afirma que a desvinculação de receitas não se aplica às receitas das contribuições sociais destinadas ao custeio da seguridade social.

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226
Q

O que é a DREM e como foi criada?

A

Resposta: A DREM (Desvinculação das Receitas dos Estados e Municípios) foi criada pela EC 96/16, permitindo a desvinculação de 30% das receitas de impostos, taxas e multas dos Estados, DF e Municípios, similar à DRU aplicada à União.

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227
Q

Quais são as consequências do descumprimento dos limites mínimos de aplicação em saúde?

A

Resposta: Conforme o art. 160, parágrafo único, inciso II, da CF/88, a União pode condicionar o repasse de receitas tributárias se os Estados, DF ou Municípios:

Não aplicarem os recursos mínimos para saúde previstos no art. 198, §2º, II e III.
Não quitarem débitos com a União, autarquias ou fundações.

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228
Q

Quais exceções ao bloqueio de repasses foram introduzidas pela EC 94/16?

A

Resposta: A EC 94/16 permite o bloqueio de transferências obrigatórias e voluntárias se não houver o pagamento de precatórios, conforme o art. 104, incisos III e IV, do ADCT.

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229
Q

O que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC n. 101/00) sobre transferências voluntárias?

A

Resposta: A LRF proíbe que entes federativos transacionem transferências voluntárias de recursos públicos com a União se não cumprirem os limites mínimos de saúde e educação, conforme o art. 25, §1º da LRF e o art. 167, X, da CF/88.

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230
Q

Existe vedação para suspensão de repasses voluntários destinados à educação, saúde e assistência social?

A

Resposta: Sim, o legislador vedou a suspensão de repasses voluntários destinados à educação, saúde e assistência social, para evitar a interrupção de programas sociais.

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231
Q

O que ocorre se um ente federativo não cumprir a aplicação dos recursos mínimos em saúde, mas já tiver uma transação celebrada?

A

Resposta: Caso já exista uma transação, como um convênio federal com um Município, o descumprimento da aplicação dos recursos mínimos não resultará na suspensão de transferências voluntárias para saúde, educação ou assistência social.

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232
Q

Qual é a hipótese de suspensão das transferências voluntárias, conforme a LC 141/12, art. 39?

A

Resposta: A suspensão das transferências voluntárias pode ocorrer se os Estados, DF ou Municípios não alimentarem os dados no sistema eletrônico centralizado de informações de saúde, conforme o art. 39 da LC 141/12.

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233
Q

Como é qualificado o direito à saúde, conforme a jurisprudência e a legislação?

A

Resposta: O direito à saúde é qualificado como um direito fundamental e um consectário do direito à vida, conforme o art. 2º da Lei n. 8.080/90 e a jurisprudência do STF.

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234
Q

O que determina o art. 196 da CF/88 em relação ao direito à saúde?

A

Resposta: O art. 196 da CF/88 determina que todos os entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) têm a obrigação de garantir o acesso universal e igualitário às ações e serviços de saúde.

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235
Q

Qual foi o entendimento do STF no Agravo Regimental no RE n. 271286/RS sobre o direito à saúde?

A

Resposta: O STF entendeu que o direito à saúde é uma consequência indissociável do direito à vida, e o caráter programático do art. 196 da CF/88 não pode ser ignorado, devendo ser efetivamente cumprido pelos entes federativos.

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236
Q

Qual é o entendimento do STF sobre a responsabilidade dos entes federativos no contexto do SUS?

A

Resposta: O STF entende que há responsabilidade solidária entre União, Estados, DF e Municípios em relação ao dever de desenvolver ações e prestar serviços de saúde, conforme o art. 23, II da CF. Todos os entes podem ser legitimados passivos nas demandas relacionadas ao SUS (ARE 727864 AgR, Relator: Min. Celso de Mello).

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237
Q

Qual foi o entendimento do STJ sobre a responsabilidade solidária no fornecimento de medicamentos e tratamentos pelo SUS?

A

Resposta: O STJ mantém o entendimento de que União, Estados, DF e Municípios têm responsabilidade solidária pelo fornecimento de medicamentos e tratamentos por meio do SUS (STJ, REsp 773657/RS, Rel. Min. Francisco Falcão).

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238
Q
A
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239
Q

Quais são as três hipóteses de judicialização da saúde relacionadas ao SUS?

A

Resposta:
a) Medicamento, tratamento ou procedimento cirúrgico fornecido pelo SUS, mas não disponibilizado à parte autora.
b) Medicamento, tratamento ou procedimento cirúrgico não fornecido pelo SUS, mas com alternativa terapêutica disponível na rede SUS.
c) Medicamento, tratamento ou procedimento cirúrgico não fornecido pelo SUS e sem alternativa terapêutica no SUS com eficácia similar comprovada.

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240
Q

O que caracteriza a primeira hipótese de judicialização da saúde?

A

Resposta: A primeira hipótese ocorre quando o medicamento, tratamento ou procedimento cirúrgico é fornecido pelo SUS, mas não foi disponibilizado à parte autora, e a judicialização força o cumprimento da política pública já existente.

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241
Q

O que caracteriza a segunda hipótese de judicialização da saúde?

A

Resposta: Na segunda hipótese, o medicamento ou tratamento não é fornecido pelo SUS, mas há alternativa terapêutica com eficácia similar. A lide exige prova pericial médica e apoio dos NATs – Núcleos de Apoio Técnico.

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242
Q

O que prescreve o Enunciado n. 18 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre decisões liminares em saúde?

A

Resposta: O Enunciado n. 18 do CNJ prescreve que, sempre que possível, as decisões liminares em saúde devem ser precedidas por notas de evidência científica emitidas pelos Núcleos de Apoio Técnico em Saúde – NATs.

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243
Q

Quem é parte legítima nas ações que envolvem medicamentos não fornecidos pelo SUS e sem alternativa eficaz?
.

A

Resposta: A União é invariavelmente parte legítima nas ações que envolvem medicamentos, tratamentos ou procedimentos cirúrgicos não fornecidos pelo SUS e sem alternativa eficaz na rede pública, geralmente relacionados a medicamentos de alto custo ou experimentais

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244
Q

Qual é o conceito de assistência social conforme a Constituição Federal?

A

Resposta: A assistência social é um ramo da seguridade social que não exige contraprestação prévia do assistido, assim como na saúde. Seu principal benefício é o salário-mínimo garantido a deficientes e idosos que não podem se sustentar, conforme o art. 203, inciso V da CF.

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245
Q

Quais são os objetivos da assistência social previstos no art. 203 da CF?

A

Resposta:

Proteger: a família, maternidade, infância, adolescência e velhice
Amparar: crianças e adolescentes carentes
Promover: a integração ao mercado de trabalho

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246
Q

Pergunta: Quais são os objetivos da assistência social em relação às pessoas portadoras de deficiência?

A

Resposta: Habilitar e reabilitar as pessoas portadoras de deficiência, garantindo sua integração à sociedade.

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247
Q

Qual é o principal benefício mensal garantido pela assistência social aos deficientes e idosos?

A

Resposta: O salário-mínimo de benefício mensal, desde que comprovem não possuir meios de se manter ou de serem mantidos pela família, conforme previsto no art. 203, V da CF.

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248
Q

Qual lei regulamenta a assistência social no Brasil e o que foi incluído com a Lei 12.435/11?

A

Resposta: A assistência social no Brasil é regulamentada pela Lei n. 8.742/93. A Lei n. 12.435/11 incluiu a vigilância socioassistencial e a defesa de direitos no conjunto de provisões socioassistenciais.

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249
Q

Quais são os princípios específicos da assistência social conforme a Lei n. 8.742/93?

A

Resposta:
a) Supremacia do atendimento às necessidades sociais.
b) Respeito à dignidade do cidadão, vedando comprovações vexatórias.
c) Universalização dos direitos sociais.
d) Igualdade de direitos no acesso, com equivalência para populações urbanas e rurais.
e) Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas e projetos assistenciais.

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250
Q

Quais são as diretrizes da assistência social segundo a Lei n. 8.742/93?

A

Resposta:
a) Descentralização político-administrativa.
b) Participação da população.
c) Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política de assistência social.

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251
Q

O que é o SUAS e qual foi o maior legado da Lei n. 12.435/11?

A

Resposta: O SUAS (Sistema Único de Assistência Social) é um sistema descentralizado e participativo, criado para consolidar a gestão compartilhada da proteção social não contributiva entre os entes federados. O maior legado da Lei n. 12.435/11 foi a criação e organização do SUAS.

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252
Q

Flashcard 1
Pergunta: Quais são os principais objetivos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS)?

A

Resposta:
a) Consolidar a gestão compartilhada da proteção social não contributiva.
b) Definir níveis de gestão.
c) Estabelecer responsabilidades dos entes federativos.
d) Implementar a gestão integrada de serviços e benefícios.
e) Implementar a educação permanente e a gestão do trabalho na assistência social.
f) Afiançar a vigilância socioassistencial e a garantia de direitos.

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253
Q

O que é a vigilância socioassistencial no âmbito do SUAS?

A

Resposta: A vigilância socioassistencial é um conjunto de ações do SUAS que visa à análise permanente das regiões, famílias e circunstâncias que geram vulnerabilidades sociais.

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254
Q

Qual é o papel da defesa de direitos no SUAS?

A

Resposta: A defesa de direitos no SUAS busca dar transparência e informações para os grupos sociais que precisam de projetos ou programas assistenciais. Ela é complementada pela atuação de órgãos como a Defensoria Pública e entidades do terceiro setor

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255
Q

Como o SUAS é integrado?

A

Resposta: O SUAS é integrado por todos os entes federativos e seus respectivos Conselhos de Assistência Social, além de entidades do terceiro setor por meio de convênios, contratos ou ajustes com o poder público.

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256
Q

O que são CRAS e CREAS no âmbito do SUAS?

A

Resposta:

CRAS (Centros de Referência de Assistência Social) operam na esfera municipal para prestar serviços assistenciais básicos.
CREAS (Centros de Referência Especializados de Assistência Social) prestam atendimento especializado e podem ser instalados nas esferas municipal e estadual.

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257
Q

O que é o benefício de amparo social ao idoso e ao deficiente conforme a Lei n. 8.742/93?

A

Resposta: O benefício de amparo social é a garantia de um salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 anos ou mais que comprovem não possuir meios de prover sua própria manutenção ou tê-la provida por sua família, conforme o art. 20 da Lei n. 8.742/93.

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258
Q

Quais são os dois tipos de benefícios assistenciais previstos no art. 203, V da CF?

A

Resposta: Os dois tipos de benefícios assistenciais previstos no art. 203, V da CF são para o deficiente e para o idoso.

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259
Q

O que considera o §3º, do art. 20, da Lei n. 8.742/93 sobre hipossuficiência econômica?

A

Resposta: O §3º, do art. 20, da Lei n. 8.742/93 considera incapaz de prover a própria manutenção a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 do salário-mínimo.

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260
Q

Qual foi a posição do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao critério de 1/4 do salário-mínimo para a renda per capita familiar?

A

Resposta: O STF, em 2013, declarou a inconstitucionalidade superveniente desse critério, considerando-o defasado para caracterizar a situação de miserabilidade no contexto social brasileiro, sugerindo o uso de ½ salário-mínimo como referência.

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261
Q

Qual lei alterou o critério de comprovação de miserabilidade na Lei n. 8.742/93 e o que essa alteração trouxe?

A

Resposta: A Lei n. 13.146/15 alterou o art. 20, §11, da Lei n. 8.742/93, permitindo a consideração de outros elementos probatórios da condição de miserabilidade e vulnerabilidade, além da renda per capita.

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262
Q

O que estabelece a Súmula 79 da TNU sobre a comprovação da condição socioeconômica em ações de benefício assistencial?

A

Resposta: A Súmula 79 da TNU estabelece que é necessária a comprovação das condições socioeconômicas do autor por meio de laudo de assistente social, auto de constatação lavrado por oficial de justiça ou, se inviabilizados, por prova testemunhal.

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263
Q

Quais são os novos requisitos para a concessão e revisão de benefícios assistenciais a partir da Lei n. 13.846/19?

A

Resposta: A Lei n. 13.846/19 incluiu como requisito a inscrição no CPF e no CADÚnico (Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo Federal) para a concessão, manutenção e revisão dos benefícios assistenciais previstos na Lei n. 8.742/93.

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264
Q

O que decidiu a Turma Nacional de Uniformização (TNU) sobre o rol de membros do grupo familiar?

A

Resposta: A TNU decidiu que o rol de membros do grupo familiar indicado no art. 16 da Lei n. 8.213/91 não é exaustivo, permitindo a inclusão de outros membros para fins de análise de benefício assistencial

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265
Q

O que afirma a Constituição Federal de 1988 sobre o dever da família em relação aos idosos e deficientes?

A

Resposta: A Constituição Federal de 1988, no art. 230, afirma que é dever da família amparar as pessoas idosas. Esse dever deve ser interpretado extensivamente para incluir deficientes, conforme jurisprudência.

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266
Q

Qual a posição atual da TNU sobre o conceito de grupo familiar para fins de benefícios assistenciais?

A

Resposta: A TNU atualmente entende que o grupo familiar é aquele definido no art. 16 da Lei n. 8.213/91, não permitindo a inclusão de outros membros para fins de análise de benefícios assistenciais.

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267
Q

O que o art. 34, parágrafo único, da LOAS estabelece sobre a exclusão de benefícios no cálculo da renda familiar per capita?

A

Resposta: O art. 34, parágrafo único, da LOAS estabelece que o benefício assistencial já concedido a qualquer membro da família não será computado para fins do cálculo da renda familiar per capita.

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268
Q

O que o STF decidiu no julgamento do RE 580.963 sobre a exclusão de benefícios assistenciais no cálculo da renda familiar per capita?

A

Resposta: O STF, no RE 580.963, decidiu que não há justificativa para excluir o benefício assistencial ou previdenciário de até um salário-mínimo, recebido por idosos ou deficientes, do cálculo da renda familiar per capita.

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269
Q

O que o Superior Tribunal de Justiça determinou no Tema 640 sobre a exclusão de benefícios assistenciais no cálculo da renda per capita?

A

Resposta: O STJ, no Tema 640, alinhou sua jurisprudência à decisão do STF, estabelecendo que benefícios assistenciais ou previdenciários de até um salário-mínimo não devem ser incluídos no cálculo da renda per capita.

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270
Q

Qual o critério para definir a hipossuficiência econômica de idosos ou deficientes para fins de recebimento do benefício assistencial?

A

Resposta: A hipossuficiência econômica é definida pela Lei n. 8.742/93 como a renda per capita familiar inferior a ¼ do salário-mínimo, mas o STF reconheceu que esse critério está defasado, sugerindo o uso de ½ salário-mínimo como referência.

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271
Q

Qual foi o principal marco para a definição de deficiência no Brasil?

A

Resposta: A Convenção de Nova Iorque sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, internalizada pelo Decreto n. 6.949, de 2009, forneceu uma definição mais clara e completa de deficiência, com ênfase na perspectiva econômica e social.

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272
Q

Qual o status normativo da Convenção de Nova Iorque no ordenamento jurídico brasileiro?

A

Resposta: A Convenção de Nova Iorque foi internalizada pelo rito previsto para as Emendas Constitucionais e, assim, adquiriu status de norma constitucional, conforme o art. 5º, §3º, da CF/88.

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273
Q

O que estabelece a Súmula 80 da TNU sobre os pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS)?

A

Resposta: A Súmula 80 da TNU estabelece que, para pedidos de benefício de prestação continuada (LOAS), é necessária a realização de avaliação social por assistente social ou outras providências para valorar os fatores ambientais, sociais, econômicos e pessoais do requerente.

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274
Q

Em que condições a incapacidade parcial pode gerar direito ao benefício assistencial?

A

Resposta: A incapacidade parcial pode gerar direito ao benefício assistencial se os impedimentos, combinados com as barreiras sociais, econômicas e ambientais, impedirem a participação plena e efetiva da pessoa na sociedade em igualdade de condições com os demais.

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275
Q

O que afirma a Súmula 48 da TNU sobre a concessão de benefício assistencial para pessoa com deficiência?

A

Resposta: A Súmula 48 da TNU afirma que, para a concessão do benefício assistencial de prestação continuada, o conceito de pessoa com deficiência exige a configuração de um impedimento de longo prazo com duração mínima de dois anos, a ser avaliado no caso concreto.

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276
Q

O que é considerado “impedimento de longo prazo” para a concessão do benefício assistencial?

A

Resposta: O impedimento de longo prazo é aquele que produz efeitos por no mínimo 2 anos, conforme o §10º, do art. 20, da Lei n. 8.472/93.

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277
Q

Em que casos é possível fazer uma análise prospectiva da incapacitação permanente para a concessão do benefício?

A

Resposta: Quando a incapacitação é manifestamente permanente, a análise prospectiva pode ser feita, mesmo que o prazo de 2 anos ainda não tenha sido cumprido, permitindo a concessão do benefício de forma antecipada.

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278
Q

Qual benefício assistencial é previsto para trabalhadores portuários que não conseguem se aposentar?

A

Resposta: A Lei n. 12.815/13 prevê um benefício assistencial de 1 salário-mínimo para trabalhadores portuários com mais de 60 anos que não conseguem se aposentar e não possuem meios de subsistência.

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279
Q

O que é o seguro-defeso do pescador artesanal e em quais condições ele é concedido?

A

Resposta: O seguro-defeso é um seguro-desemprego concedido ao pescador artesanal durante o período de defeso, quando há paralisação temporária da pesca para preservação das espécies. Ele é previsto na Lei n. 10.779/03 e regulamentado pelo Decreto n. 8.967/17, com valor de 1 salário-mínimo por até 5 meses.

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280
Q

Quais são as faixas de benefício do Programa Bolsa Família?

A

Resposta: O Programa Bolsa Família possui três faixas de benefício:

Benefício básico: para famílias em extrema pobreza.
Benefício variável: para famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza, com gestantes, crianças de 0 a 12 anos, ou adolescentes de 12 a 15 anos (até 5 benefícios por família).
Benefício variável vinculado ao adolescente: para famílias em situação de pobreza ou extrema pobreza com adolescentes de 16 a 17 anos (até 2 benefícios por família).

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281
Q

Qual é o princípio que assegura o equilíbrio financeiro e atuarial nos regimes previdenciários?

A

Resposta: O princípio do equilíbrio financeiro e atuarial assegura que os regimes previdenciários sejam financeiramente sustentáveis a longo prazo.

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282
Q

O que garante o princípio da universalidade de participação nos planos previdenciários?

A

Resposta: O princípio da universalidade de participação garante que todas as pessoas que cumprem os requisitos legais possam participar dos planos previdenciários.

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283
Q

Qual princípio garante a uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços para populações urbanas e rurais?

A

Resposta: O princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços garante que tanto populações urbanas quanto rurais tenham acesso a benefícios equivalentes.

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284
Q

Como o princípio da seletividade e distributividade influencia a concessão de benefícios previdenciários?

A

Resposta: O princípio da seletividade e distributividade determina que os benefícios devem ser prestados de forma seletiva e distribuída conforme as necessidades e a capacidade econômica da população.

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285
Q

Qual princípio assegura que os salários de contribuição sejam corrigidos monetariamente?

A

Resposta: O princípio dos salários de contribuição corrigidos monetariamente garante que os salários usados como base de cálculo para os benefícios previdenciários sejam atualizados conforme a inflação.

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286
Q

O que assegura o princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios?

A

Resposta: O princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios assegura que os benefícios previdenciários não sejam reduzidos após sua concessão.

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287
Q

Qual princípio garante que o valor do benefício previdenciário não pode ser inferior ao salário mínimo?

A

Resposta: O princípio da garantia do benefício não inferior ao salário mínimo assegura que nenhum benefício previdenciário seja pago em valor inferior ao salário mínimo vigente.

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288
Q

O que estabelece o princípio da gestão quadripartite da previdência social?

A

Resposta: O princípio da gestão quadripartite estabelece que a administração da previdência social deve incluir representantes dos trabalhadores, empregadores, aposentados e do governo.

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289
Q

O que significa o princípio da indisponibilidade dos benefícios previdenciários?

A

Resposta: O princípio da indisponibilidade dos benefícios previdenciários garante que os benefícios previdenciários são direitos irrenunciáveis e inalienáveis dos segurados.

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290
Q

O que é o financiamento da seguridade social?

A

Resposta: O financiamento da seguridade social é o conjunto de recursos utilizados para garantir o custeio das ações de previdência, saúde e assistência social no Brasil.

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291
Q

Quais são as fontes de financiamento da seguridade social no Brasil?

A

Resposta: As fontes de financiamento da seguridade social incluem contribuições sociais pagas por empregadores, trabalhadores, empresas, concursos de prognósticos e a União.

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292
Q

Quais são os tipos de contribuições sociais dos empregadores para a seguridade social?

A

Resposta: Os empregadores contribuem com:
a) Contribuição sobre a folha de salários
b) Contribuição sobre o faturamento (COFINS)
c) Contribuição sobre o lucro líquido (CSLL)

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293
Q

Qual é a principal fonte de financiamento da seguridade social para os trabalhadores?

A

Resposta: A contribuição previdenciária sobre o salário de contribuição é a principal fonte de financiamento para os trabalhadores.

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294
Q

Como a União contribui para o financiamento da seguridade social?

A

Resposta: A União contribui para o financiamento da seguridade social com recursos provenientes dos impostos gerais.

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295
Q

Qual é o papel das empresas no financiamento da seguridade social?

A

Resposta: As empresas contribuem por meio de contribuições sobre a folha de salários, a receita bruta e o lucro líquido.

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296
Q

O que são as contribuições sobre concursos de prognósticos?

A

Resposta: As contribuições sobre concursos de prognósticos referem-se à arrecadação obtida por meio de loterias e concursos de apostas para financiar a seguridade social.

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297
Q

Como a seguridade social é financiada pelo setor rural?

A

Resposta: O setor rural financia a seguridade social por meio da contribuição sobre a comercialização da produção rural, paga tanto pelos empregadores quanto pelos trabalhadores rurais.

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298
Q

Quais são os princípios constitucionais que regem o financiamento da seguridade social?

A

Resposta: Os princípios são:
a) Diversidade da base de financiamento
b) Equidade na forma de participação no custeio
c) Precedência da fonte de custeio

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299
Q

O que é o princípio da diversidade da base de financiamento?

A

Resposta: O princípio da diversidade da base de financiamento determina que a seguridade social deve ser financiada por diversas fontes, como contribuições de empregadores, trabalhadores, concursos de prognósticos, e impostos.

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300
Q

Quem sustenta financeiramente a seguridade social no Brasil?

A

Resposta: A sociedade sustenta a seguridade social, conforme previsto no art. 195, caput, da Constituição Federal de 1988, com recursos provenientes de contribuições sociais e receitas tributárias dos entes federativos.

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301
Q

Quais são as principais fontes de financiamento da seguridade social?

A

Resposta: As fontes incluem contribuições sociais pagas por empregadores, trabalhadores, empresas, além das receitas tributárias da União, Estados, DF e Municípios.

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302
Q

O que acontece em caso de insuficiência financeira no financiamento da seguridade social?

A

Resposta: Em caso de insuficiência financeira, a União é responsável por garantir os recursos necessários, conforme o art. 16, parágrafo único da Lei n. 8.212/1991.

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303
Q

Qual a importância das Emendas Constitucionais n. 29/00 e 86/2015 para o financiamento da saúde?

A

Resposta: As Emendas Constitucionais n. 29/00 e 86/2015 introduziram reformas para garantir a aplicação de limites orçamentários mínimos para a saúde e promover o enxugamento orçamentário nesse setor.

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304
Q

Qual é a disputa central na análise econômica do direito sobre seguridade social?

A

Resposta: A disputa gira em torno de:
a) Defesa da máxima presença do Estado na proteção social, sem embaraços.
b) Argumentação a favor do enxugamento das sobrecargas funcionais e administrativas do Estado.

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305
Q

Quais são as quatro dinâmicas financeiras essenciais abordadas na atividade financeira do Estado?

A

Resposta: As quatro dinâmicas são:

Receita pública
Despesa pública
Orçamento público
Crédito público

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306
Q

Qual o papel dos entes federativos no financiamento da seguridade social?

A

Resposta: A União, Estados, DF e Municípios contribuem com receitas primárias de natureza tributária para financiar a seguridade social.

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306
Q

Quem é o principal financiador da seguridade social no Brasil?

A

Resposta: A sociedade é o principal financiador da seguridade social, tanto direta quanto indiretamente, através de contribuições sociais e demais verbas e recursos públicos.

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307
Q

Como a sociedade financia a seguridade social de forma direta?

A

Resposta: A sociedade financia diretamente a seguridade social por meio do recolhimento das contribuições sociais específicas destinadas a esse fim, conforme o art. 195, incisos I a IV da CF.

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308
Q

Como a sociedade financia a seguridade social de forma indireta?

A

Resposta: De forma indireta, o financiamento ocorre por meio de verbas públicas e recursos tributários repassados pelos entes federativos (União, Estados, DF e Municípios) à seguridade social.

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309
Q

O que decidiu o STJ no TEMA 428 sobre o repasse de custos tributários?

A

Resposta: O STJ decidiu que pessoas jurídicas prestadoras de serviços de energia elétrica podem repassar aos consumidores o custo tributário relativo à incidência do PIS e COFINS.

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310
Q

Por que as reformas previdenciárias devem ser analisadas cuidadosamente pela sociedade?

A

Resposta: Porque as reformas previdenciárias afetam diretamente o financiamento da seguridade social, sendo importante a manifestação de todos os grupos sociais para ponderar os impactos dessas mudanças.

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311
Q

O que compõe uma rubrica orçamentária específica na seguridade social?

A

Resposta: A arrecadação dos valores derivados das contribuições sociais para a seguridade social compõe uma rubrica orçamentária específica

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312
Q

Quais são as subespécies de contribuições que compõem a receita da seguridade social?

A

Resposta: As contribuições sociais para a seguridade social são compostas por diversas subespécies de contribuições previstas no art. 195, incisos I a IV da CF.

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313
Q

Quais são as principais contribuições que compõem a receita da seguridade social?

A

Resposta:

Contribuições previdenciárias cota patronal
Contribuições previdenciárias cota empregado
COFINS
CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
COFINS – Importação
Contribuição sobre a receita dos concursos de prognósticos

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314
Q

Qual decisão do STF foi fundamental para a classificação das contribuições sociais?

A

Resposta: A Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2556, julgada pelo Supremo Tribunal Federal em 2003 (medida cautelar) e 2012 (decisão final).

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315
Q

O que o artigo 11, parágrafo único, da Lei n. 8.212/1991 define?

A

Resposta: O artigo 11, parágrafo único, da Lei de Custeio indica quais são as contribuições sociais da seguridade social, seus sujeitos e as hipóteses de incidência.

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316
Q

Que tipo de receitas estão previstas no artigo 27 da Lei n. 8.212/1991?

A

Resposta: O artigo 27 da Lei n. 8.212/1991 refere-se às “outras receitas da seguridade social”, como, por exemplo, 40% dos leilões de bens apreendidos e 50% dos valores obtidos com crimes como tráfico de drogas e trabalho escravo.

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317
Q

Quais emendas constitucionais foram importantes para as contribuições dos regimes próprios de previdência?
.

A

Resposta:

Emenda Constitucional n. 33/01: Instituiu a possibilidade de Estados, DF e Municípios implementarem contribuições para custeio de previdência e assistência social.
Emenda Constitucional n. 41/2003: Restringiu as contribuições sociais dos entes federativos ao custeio dos sistemas previdenciários, conforme o art. 40 da CF

318
Q

Qual alíquota mínima de contribuição previdenciária os Estados, DF e Municípios devem fixar para seus servidores?

A

Resposta: Devem fixar alíquota mínima igual à fixada para a contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.

319
Q

O que a Emenda Constitucional n. 41/2003 tornou obrigatório para os Estados, DF e Municípios?

A

Resposta: A EC n. 41/2003 tornou obrigatório para os Estados, DF e Municípios instituírem contribuições sociais para o custeio de seus regimes próprios de previdência, com alíquotas não inferiores às fixadas pela União.

320
Q

O que a EC n. 103/2019 trouxe de novidade em relação às contribuições previdenciárias dos servidores inativos e pensionistas?

A

Resposta: A EC n. 103/2019 permitiu a progressividade das alíquotas de contribuição previdenciária de acordo com as faixas de pagamento dos proventos e das pensões de servidores inativos e pensionistas.

321
Q

O que prevê o art. 149, §§1º-A, 1º-B e 1º-C, da CF, acrescentados pela EC n. 103/2019, sobre a base de cálculo das contribuições previdenciárias?

A

Resposta: Permite a alteração da base de cálculo das contribuições previdenciárias cobradas de servidores inativos e pensionistas, podendo ser recolhidas sobre o salário mínimo em caso de déficit atuarial.

322
Q

A aplicação da ampliação da base de cálculo das contribuições previdenciárias prevista na EC n. 103/2019 depende de que condição?

A

Resposta: Depende da aprovação de uma lei estadual, do DF ou municipal, conforme previsto no art. 149, §1º, da CF e no art. 35 da EC n. 103/2019.

323
Q

O que prevê o art. 165, §5º, da CF sobre o orçamento da seguridade social?

A

Resposta: Prevê que a seguridade social deve ter um orçamento separado do orçamento geral da União.

324
Q

Quais contribuições entram no orçamento específico da seguridade social?

A

Resposta: Todas as contribuições sociais para a seguridade social previstas no art. 195, incisos I a IV, da CF, além de novas contribuições criadas com base no art. 195, §4º, da CF (contribuições sociais residuais).

325
Q

Como é feita a proposição orçamentária da seguridade social?
.

A

Resposta: A proposição orçamentária da seguridade social é feita de modo integrado por cada ramo da seguridade social (saúde, previdência e assistência), com base nas metas e prioridades estabelecidas pela lei de diretrizes orçamentárias

326
Q

O que diz o art. 195, §2º, da CF e o art. 8º da Lei n. 8.212/1991 sobre a proposição orçamentária da seguridade social?

A

Resposta: Dizem que a proposição orçamentária da seguridade social é formulada por cada órgão responsável, com base nas metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias.

327
Q

O que estabelece o Princípio do Equilíbrio Financeiro e Atuarial no contexto da seguridade social?

A

Resposta: Estabelece a necessidade de equilíbrio entre as receitas arrecadadas para a seguridade social e as despesas decorrentes de seus benefícios, incluindo aspectos financeiros e atuariais, buscando sustentabilidade econômica do sistema.

328
Q

Onde está previsto o Princípio do Equilíbrio Financeiro e Atuarial na Constituição Federal?

A

Resposta: Está previsto nos artigos 40 e 201 da Constituição Federal, com redação introduzida pela Emenda Constitucional n. 20/98.

329
Q

Qual era a situação do Princípio do Equilíbrio Financeiro e Atuarial antes da EC 20/98?

A

Resposta: Antes da EC 20/98, o princípio era apenas implícito, previsto no art. 195, §5º, da Constituição Federal.

330
Q

Quais são os dois aspectos que sustentam o Princípio do Equilíbrio Financeiro e Atuarial?

A

Resposta: O equilíbrio financeiro, que se refere à relação entre arrecadação e despesas, e o equilíbrio atuarial, que considera cálculos complexos relacionados a fatores socioeconômicos e demográficos para garantir a sustentabilidade do sistema previdenciário.

331
Q

O que significa o equilíbrio financeiro no contexto da seguridade social?

A

Resposta: O equilíbrio financeiro busca uma relação coerente entre a arrecadação de contribuições sociais e as despesas dos ramos de proteção da seguridade social, como saúde, assistência e previdência.

332
Q

O que significa o equilíbrio atuarial na previdência social?

A

Resposta: Refere-se à positividade dos cálculos atuariais no sistema previdenciário, considerando variáveis como idade, tempo de contribuição, mortalidade, expectativa de vida e quantidade de contribuintes e beneficiários para garantir a sustentabilidade do sistema.

333
Q

Quais variáveis são consideradas no equilíbrio atuarial?

A

Resposta: São consideradas variáveis como idade dos contribuintes, tempo médio de contribuição, taxa de mortalidade, expectativa de vida, número de contribuintes e beneficiários, entre outros fatores socioeconômicos.

334
Q

Qual a relação entre o equilíbrio financeiro e o equilíbrio atuarial?

A

Resposta: Ambos trabalham para garantir a sustentabilidade da seguridade social. O equilíbrio financeiro foca na harmonia entre receitas e despesas, enquanto o equilíbrio atuarial garante que os cálculos de longo prazo mantenham a solvência do sistema previdenciário.

335
Q

Qual é a importância do equilíbrio atuarial na previdência social?

A

Resposta: O equilíbrio atuarial é essencial para garantir que o sistema previdenciário seja financeiramente sustentável ao longo do tempo, considerando variações demográficas e econômicas que afetam a relação entre contribuintes e beneficiários.

336
Q

Como o equilíbrio financeiro e atuarial afetam a sustentabilidade do sistema de seguridade social?

A

Resposta: Eles asseguram que as receitas arrecadadas sejam suficientes para cobrir as despesas com benefícios sociais e que os cálculos previdenciários levem em conta fatores econômicos e demográficos para garantir a viabilidade do sistema a longo prazo.

337
Q

O que é o sobreprincípio do equilíbrio orçamentário?

A

Resposta: É um princípio geral de natureza público-financeira que impõe à Administração Pública o dever de manter equilíbrio entre receitas e despesas em toda a máquina estatal, aplicável não apenas à seguridade social, mas a todas as atividades, órgãos e entidades administrativas

338
Q

Como o sobreprincípio do equilíbrio orçamentário se relaciona com o princípio do equilíbrio financeiro e atuarial da seguridade social?

A

Resposta: O princípio do equilíbrio financeiro e atuarial da seguridade social é uma manifestação setorial do sobreprincípio do equilíbrio orçamentário, aplicável à seguridade social, que busca a sustentabilidade financeira e atuarial do sistema previdenciário.

339
Q

Qual é a base constitucional do sobreprincípio do equilíbrio orçamentário?

A

Resposta: O sobreprincípio do equilíbrio orçamentário está embasado nos artigos 167, incisos I, II e III, da Constituição Federal de 1988, que impõem restrições à criação de despesas ou créditos adicionais sem prévia dotação orçamentária.

340
Q

Como o princípio do equilíbrio financeiro e atuarial da seguridade social se conecta ao princípio da contrapartida?

A

Resposta: O princípio da contrapartida, previsto no art. 195, §5º, da Constituição Federal, é um corolário direto do princípio do equilíbrio financeiro e atuarial, estabelecendo que nenhuma prestação social será criada sem a correspondente fonte de custeio.

341
Q

Qual é o papel do Senado Federal em relação ao princípio do equilíbrio orçamentário?

A

Resposta: O Senado Federal, conforme o art. 52, incisos VI, VII e IX, da CF, tem a competência de autorizar previamente o endividamento externo dos entes federativos e de fixar limites globais para a dívida consolidada da União, Estados, DF e Municípios.

342
Q

O que significa o princípio do equilíbrio financeiro e orçamentário para a seguridade social?

A

Resposta: Significa que as despesas com benefícios e serviços da seguridade social devem estar em harmonia com as receitas obtidas por meio de contribuições sociais e outras fontes de financiamento, garantindo a sustentabilidade do sistema.

343
Q

Como o equilíbrio financeiro e orçamentário se aplica ao orçamento fiscal da União?

A

Resposta: No orçamento fiscal da União, o princípio do equilíbrio orçamentário impõe que os gastos não ultrapassem as receitas, exceto em casos onde o endividamento ou o crédito seja necessário, desde que previamente autorizado.

344
Q

O que o artigo 167 da Constituição Federal diz sobre o equilíbrio orçamentário?

A

Resposta: O artigo 167, incisos I, II e III, da CF, impede a criação de despesas ou a abertura de créditos sem prévia dotação orçamentária e proíbe a realização de operações de crédito que excedam as despesas de capital, salvo por autorização legislativa

345
Q

Como o princípio do equilíbrio financeiro e atuarial da seguridade social busca a sustentabilidade do sistema previdenciário?

A

Resposta: Ele garante que os cálculos atuariais e financeiros do sistema previdenciário sejam positivos, considerando variáveis como idade, tempo de contribuição, mortalidade e expectativa de vida, assegurando a solvência e a capacidade de pagamento dos benefícios.

346
Q

Como o sobreprincípio do equilíbrio orçamentário afeta a gestão de despesas públicas?

A

Resposta: Ele impõe que as despesas públicas estejam em conformidade com as receitas arrecadadas, evitando o desequilíbrio fiscal e promovendo a responsabilidade financeira na gestão dos recursos públicos.

347
Q

O que diz o artigo 167, inciso III, da Constituição Federal sobre operações de crédito?

A

Resposta: O artigo 167, inciso III, da Constituição Federal permite operações de crédito apenas para a realização de investimentos e abatimento da dívida pública, desde que essas operações estejam de acordo com as metas fiscais da Lei de Diretrizes Orçamentárias e da Lei Orçamentária Anual.

348
Q

O que caracteriza um comprometimento das contas públicas devido a déficit público?

A

Resposta: O comprometimento ocorre quando o déficit público ultrapassa níveis sustentáveis em relação ao PIB, ou seja, quando uma parte significativa do Produto Interno Bruto está atrelada ao pagamento da dívida pública.

349
Q

O que é o princípio contributivo no contexto da seguridade social?

A

Resposta: O princípio contributivo exige que os segurados contribuam para a formação do fundo previdenciário. Ele é aplicável ao regime geral e aos regimes próprios de previdência social, sendo essencial para garantir o equilíbrio financeiro e atuarial do sistema.

350
Q

Em qual modelo o sistema previdenciário brasileiro é baseado?

A

Resposta: O sistema previdenciário brasileiro segue o modelo “bismarckiano”, que exige contribuições para a formação do fundo previdenciário. Esse modelo difere do “beveridgiano”, que não exige contribuições diretas dos segurados.

351
Q

Como o princípio contributivo se relaciona com o princípio da equidade na forma de participação no custeio?

A

Resposta: O princípio contributivo é flexibilizado pelo princípio da equidade na forma de participação no custeio, o que permite variações nas alíquotas de contribuição com base na capacidade econômica do contribuinte, mas a contribuição continua sendo indispensável para a filiação ao sistema previdenciário.

352
Q

Qual é a consequência da falta de contribuição para a previdência social?

A

Resposta: Sem a contribuição, o indivíduo não adquire a qualidade de segurado, o que impede sua filiação ao sistema previdenciário e a cobertura das contingências previstas no art. 201 da Constituição Federal, como morte, idade avançada, incapacidade, reclusão e maternidade.

353
Q

O que flexibiliza o princípio contributivo no sistema previdenciário?

A

Resposta: A flexibilização do princípio contributivo ocorre principalmente por meio da variação das alíquotas aplicadas nas bases de cálculo das contribuições, de acordo com a capacidade econômica do contribuinte.

354
Q

Qual o entendimento predominante sobre a contribuição previdenciária do trabalhador rural em regime de economia familiar?

A

Resposta: O entendimento predominante é que o trabalhador rural em regime de economia familiar está dispensado de comprovar recolhimentos previdenciários. A controvérsia se aplica apenas ao empregado rural e ao contribuinte individual em regime de economia familiar, como o “boia-fria”, mas não ao segurado especial.

355
Q

Os períodos de vínculo de emprego rural podem ser somados aos períodos de segurado especial?

A

Resposta: Sim. Os períodos de vínculo de emprego rural e de trabalho como contribuinte individual “boia-fria”, exercidos em regime de economia familiar, podem ser somados aos períodos de trabalho rural como segurado especial para alcançar a carência necessária e para a redução da idade mínima de aposentadoria.

356
Q

A aposentadoria diferenciada para o trabalhador rural em regime de economia familiar foi mantida após a EC 103/2019?

A

Resposta: Sim. A Constituição Federal de 1988, mesmo após a EC 103/2019, prevê regras de aposentadoria diferenciadas para o trabalhador rural em regime de economia familiar.

357
Q

Quando é exigida a contribuição do produtor rural em regime de economia familiar?

A

Resposta: A contribuição é exigida apenas se houver resultado positivo da comercialização da produção. Ou seja, só há obrigação de contribuição previdenciária se a receita auferida pela comercialização da produção ou pela prestação de serviços rurais ultrapassar o patamar mínimo necessário para a subsistência do grupo familiar.

358
Q

O que caracteriza o regime de economia familiar para o trabalhador rural?

A

Resposta: O regime de economia familiar é caracterizado pela subsistência pessoal ou do grupo familiar, sem a contratação de empregados permanentes. O trabalho é voltado à sobrevivência do trabalhador e de sua família, e não à produção em larga escala para comercialização.

359
Q

O que é a imunidade tributária implícita no regime de economia familiar?

A

Resposta: A imunidade tributária implícita no regime de economia familiar, segundo uma interpretação conjunta dos artigos 201, §7º, II, e 195, §8º, da Constituição Federal, indica que, enquanto a produção não gerar receita superior à subsistência do grupo familiar, não haverá a necessidade de contribuição previdenciária.

360
Q

O que diz o artigo 195, §8º, da Constituição Federal sobre a contribuição do trabalhador rural em regime de economia familiar?

A

Resposta: O artigo 195, §8º, estabelece que o trabalhador rural em regime de economia familiar somente será obrigado a contribuir para a previdência social se houver receita proveniente da comercialização de sua produção agrícola que ultrapasse o necessário para sua subsistência.

361
Q

O que justifica a flexibilização do princípio contributivo para o trabalhador rural em regime de economia familiar?

A

Resposta: A flexibilização é justificada pela conclusão hermenêutica que favorece a pessoa humana vulnerável, com base no princípio pro homine, na isonomia e no princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços da seguridade social, conforme o art. 194, parágrafo único, inciso II, da CF.

362
Q

Qual é o aparente conflito interpretativo na legislação sobre o tratamento do “boia-fria”?

A

Resposta: O aparente conflito surge da previsão do art. 11, V, “g”, da Lei n. 8.213/1991, que enquadra o “boia-fria” como contribuinte individual ao prestar serviços rurais a empresas sem relação de emprego, o que contraria o tratamento favorecido a trabalhadores em regime de economia familiar.

363
Q

Qual é o entendimento prevalente sobre o tratamento tributário do trabalhador rural em regime de economia familiar?

A

Resposta: Prevalece o entendimento de que tanto o segurado especial quanto qualquer trabalhador rural em regime de economia familiar pode receber tratamento tributário diferenciado, ou seja, só contribuem para a previdência social sobre o resultado da comercialização de suas produções

364
Q

Como o “boia-fria”, safrista, diarista ou volante deve ser tratado em relação à previdência social?

A

Resposta: Embora enquadrados como contribuintes individuais pela lei, o entendimento hermenêutico considera que, devido à vulnerabilidade socioeconômica desses trabalhadores, eles também são beneficiados pelo art. 195, §8º, CF, e somente devem contribuir se houver resultado da comercialização de suas produções.

365
Q

Qual é o prazo estipulado pelo art. 143 da Lei n. 8.213/1991 para o trabalhador rural se aposentar por idade?

A

Resposta: O art. 143 estipula um prazo de 15 anos para o trabalhador rural se aposentar por idade nas condições impostas, sem incluir expressamente o termo “em regime de economia familiar”.

366
Q

Qual é a função do art. 39, inciso I, da LBPS em relação ao segurado especial?

A

Resposta: O art. 39, inciso I, da LBPS funciona como o “coração” da lei, dispensando o segurado especial de contribuições previdenciárias se não houver resultado da comercialização de sua produção.

367
Q

Quem é responsável pelo recolhimento previdenciário do empregado rural e do contribuinte individual rural?

A

Resposta: O responsável pelo recolhimento do empregado rural é o empregador, e para o contribuinte individual rural, o tomador de serviço (empresa ou equiparada) é responsável pela retenção e pagamento desde a Lei n. 10.666/03.

368
Q

O que acontece com os contribuintes individuais rurais que trabalharam antes da competência abril/2003?

A

Resposta: Eles devem comprovar os recolhimentos previdenciários feitos diretamente por eles próprios, caso tenham prestado serviço antes da competência abril/2003.

369
Q

Como a norma infralegal garante proteção social aos trabalhadores rurais em regime de subsistência como boias-frias?

A

Resposta: A Instrução Normativa INSS n. 77/2015, art. 8º, inciso V, equipara o safrista ao segurado empregado, permitindo a extensão dessa proteção para diaristas, volantes e boias-frias que trabalham em regime de subsistência.

370
Q

O que o Decreto n. 73.626/1974 conceitua como safrista?

A

Resposta: O safrista é o trabalhador que presta serviços mediante contrato de safra, cuja duração depende de variações estacionais das atividades agrárias, desde o preparo do solo até a colheita.

371
Q

A quem se destina o art. 143 da Lei n. 8.213/1991 (LBPS) no que tange à aposentadoria por idade?

A

Resposta: O art. 143 da LBPS não se destina prioritariamente aos trabalhadores rurais em regime de economia familiar, mas sim àqueles que tinham a obrigação de recolher contribuições previdenciárias sobre o resultado de sua produção.

372
Q

Qual é a principal função do art. 143 da LBPS?

A

Resposta: Flexibilizar as exigências de recolhimento previdenciário para trabalhadores rurais que passaram a ter essa obrigação com a CF/88 e a LBPS, especialmente os que não extrapolam valores de subsistência.

372
Q

A quem o art. 143 da LBPS não é destinado?

A

Resposta: O art. 143 da LBPS não é destinado aos trabalhadores rurais em regime de economia familiar, mas sim àqueles que passaram a ter a obrigação de recolhimento previdenciário sobre o resultado de sua produção.

373
Q

Quem poderia se aposentar sem comprovação de recolhimentos previdenciários entre 24/07/1991 e 24/07/2006?

A

Resposta: Qualquer produtor rural, mesmo sem trabalhar em regime de economia familiar, poderia se aposentar por idade sem comprovação de contribuições, bastando comprovar a atividade rural.

374
Q

O que mudou a partir de 01/01/2011 quanto à aposentadoria de produtores rurais?

A

Resposta: A partir de 01/01/2011, produtores rurais que não trabalham em regime de economia familiar precisam comprovar contribuições previdenciárias para se aposentar.

375
Q

O que um grande produtor rural poderia fazer antes de 31/12/2010 sem comprovar contribuições previdenciárias?

A

Resposta: Um grande produtor rural poderia obter aposentadoria por idade sem comprovar contribuições, bastando mostrar que exercia atividade rural, mesmo que sua produção fosse milionária.

376
Q

A comprovação da carência para a aposentadoria por idade se aplica a quem?

A

Resposta: A comprovação da carência se aplica apenas para a aposentadoria por idade, não sendo necessária para a redução da idade no caso de trabalhadores rurais.

377
Q

A regra para redução da idade para aposentadoria de trabalhadores rurais depende do regime de economia familiar?

A

Resposta: Não. A regra para redução da idade é aplicada a todos os trabalhadores rurais, independentemente do regime de economia familiar, devido à extenuação física do trabalho rural.

378
Q

O que diz o princípio da solidariedade no sistema previdenciário?

A

Resposta: O princípio da solidariedade implica que, em alguns casos, alguém pode contribuir para o sistema previdenciário sem receber retorno ou contraprestação direta.

379
Q

O aposentado que retorna ao trabalho deve contribuir para o INSS?

A

Resposta: Sim, o aposentado que retorna ao trabalho deve contribuir para o INSS, com direito apenas a salário-família e reabilitação profissional.

380
Q

O que decidiu o STF em relação à “desaposentação” e “reaposentação”?

A

Resposta: O STF decidiu que o art. 18, §2º, da Lei n. 8.213/1991, que veda a desaposentação e reaposentação, é constitucional, reafirmando que o aposentado que retorna ao trabalho não pode renunciar ao benefício anterior para obter um mais vantajoso.

381
Q

Qual foi o tema central dos Recursos Extraordinários n.º 661.256 e 827.833?

A

Resposta: A possibilidade de renúncia à aposentadoria (“desaposentação”) para obtenção de um benefício mais vantajoso com base nas contribuições vertidas após a aposentadoria.

382
Q

O que o STF decidiu em relação à “desaposentação” no RE 661.256/SC?

A

Resposta: O STF decidiu que não há previsão legal para a “desaposentação”, sendo constitucional a regra do art. 18, § 2º, da Lei n. 8.213/1991, que veda o recebimento de benefício adicional, exceto salário-família e reabilitação profissional.

383
Q

Qual tese de repercussão geral foi fixada no RE 661.256/SC?

A

Resposta: A tese fixada foi que somente lei pode criar benefícios e vantagens previdenciárias no âmbito do RGPS, não havendo previsão legal para a “desaposentação”.

384
Q

O que diz o art. 18, § 2º, da Lei n. 8.213/1991?

A

Resposta: O art. 18, § 2º, da Lei n. 8.213/1991 veda aos aposentados que permanecem em atividade ou retornam a ela o recebimento de qualquer prestação adicional, exceto salário-família e reabilitação profissional.

385
Q

Qual o fundamento da decisão do STF em relação à “desaposentação”?

A

Resposta: A decisão foi baseada no caráter solidário e distributivo do sistema previdenciário da Constituição de 1988, que não permite a criação de benefícios previdenciários sem previsão legal.

386
Q

O que a regra do art. 18, §2º, da Lei n. 8.213/1991 estabelece?

A

Resposta: A regra do art. 18, §2º, veda aos aposentados que permanecem em atividade ou retornam a ela o recebimento de qualquer prestação adicional, exceto salário-família e reabilitação profissional.

387
Q

Qual a diferença entre os sistemas previdenciários de repartição e capitalização?

A

Resposta: No sistema de repartição, as contribuições são vertidas para um fundo coletivo usado para cobrir as contingências sociais de todos os filiados, enquanto no sistema de capitalização, as contribuições são acumuladas individualmente para o próprio benefício do contribuinte.

388
Q

O que caracteriza a solidariedade distributiva no sistema previdenciário?

A

Resposta: A solidariedade distributiva implica que quem tem maior capacidade contributiva contribui mais, mas o retorno em benefícios previdenciários não é necessariamente proporcional à contribuição feita.

389
Q

A partir de qual Emenda Constitucional passou a ser possível a cobrança de contribuições previdenciárias de inativos e pensionistas nos regimes próprios de previdência?

A

Resposta: A partir da Emenda Constitucional n. 41/2003.

390
Q

O que foi decidido na ADI 2010 sobre a Lei n. 9.783/1999?

A

Resposta: O STF declarou a inconstitucionalidade da Lei n. 9.783/1999, que previa a contribuição para o custeio da previdência dos servidores públicos inativos e pensionistas.

391
Q

O que foi decidido na ADI 3105 sobre a contribuição dos aposentados já em gozo de benefícios antes da EC 41/2003?

A

Resposta: A ADI 3105 decidiu que a contribuição previdenciária também incide sobre os aposentados e pensionistas que já estavam em gozo de benefícios antes da publicação da EC 41/2003, não havendo ofensa ao direito adquirido.

392
Q

O que foi declarado inconstitucional na ADI 3105 em relação à isonomia entre servidores da União, Estados, DF e Municípios?

A

Resposta: O STF declarou inconstitucionais as expressões “cinquenta por cento do” e “sessenta por cento do” no art. 4º, parágrafo único, incisos I e II, da EC 41/2003, por discriminação entre servidores da União e de outros entes federativos.

393
Q

Qual é a base de cálculo para a contribuição previdenciária dos inativos e pensionistas dos regimes próprios após a EC 41/2003?

A

Resposta: A base de cálculo é o valor que exceder o teto do RGPS,

394
Q

Qual foi a regra do “duplo teto” e o que aconteceu com ela após a EC 103/2019?

A

Resposta: A regra do “duplo teto” permitia a imunidade de contribuições até o dobro do teto do RGPS para portadores de doenças incapacitantes. Ela foi revogada pela EC 103/2019.

395
Q

O que a EC 103/2019 acrescentou ao art. 149, §1º da CF?

A

Resposta: A EC 103/2019 incluiu as expressões “aposentados” e “pensionistas”, permitindo a cobrança de contribuições previdenciárias de inativos e pensionistas nos Estados, DF e Municípios.

396
Q

O que é o princípio da prévia fonte de custeio?

A

Resposta: É o princípio que exige a existência de uma fonte de custeio antes da criação, extensão ou majoração de qualquer benefício previdenciário, assistencial ou de saúde

397
Q

Como a Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/00) trata das despesas da seguridade social?

A

Resposta: A LC 101/00 considera as despesas com seguridade social como “despesas obrigatórias de caráter continuado” e impõe exigências para a criação de novas despesas obrigatórias.

398
Q

Quais são as condições para o governo aumentar os gastos com seguridade social?

A

Resposta: O governo deve seguir as condicionantes legais dos artigos 17 e 24 da Lei de Responsabilidade Fiscal.

399
Q

O que deve ser realizado antes de qualquer ação governamental que aumente despesas da seguridade social?

A

Resposta: Deve haver um estudo de impacto orçamentário-financeiro que aborde o exercício em que as alterações entram em vigor e os dois exercícios seguintes.

400
Q

Os regimes próprios e os regimes previdenciários dos militares estão isentos das regras de impacto financeiro?

A

Resposta: Não, eles também devem seguir as rígidas regras financeiras para despesas relacionadas aos seus benefícios.

401
Q

Quais são as exceções fiscais ao princípio da contrapartida, segundo a LRF?

A

Resposta: As exceções estão previstas no art. 24, §1º, incisos I, II e III, da LRF, que incluem concessão de benefícios a dependentes previdenciários, expansão de atendimento e reajuste de benefícios para preservar seu valor real.

402
Q

O que acontece se houver violação das normas da Lei de Responsabilidade Fiscal?

A

Resposta: A violação pode implicar tipificação penal, conforme o art. 359-D do Código Penal

403
Q

O que significa o princípio da destinação vinculada?

A

Resposta: Significa que as contribuições para a seguridade social devem ser usadas exclusivamente para as finalidades constitucionais, como previdência, saúde e assistência social, exceto quando o Constituinte permitir o contrário, como na DRU.

404
Q

Qual a função da conta única do Tesouro Nacional em relação às receitas da União?

A

Resposta: Todas as receitas da União, incluindo as contribuições sociais, são recolhidas para a conta única, mas há mecanismos de controle para garantir que as contribuições sejam usadas conforme sua destinação vinculada.

405
Q

O que dizem os artigos 17 e 18 da Lei 8.212/1991 sobre a destinação das contribuições sociais?

A

Resposta: Eles permitem que parte dos recursos da seguridade social sejam usados para pagar encargos previdenciários da União e despesas com pessoal e administração do INSS.
Esses flashcards sintetizam os pontos principais sobre as regras financeiras, exceções fiscais e o princípio da destinação vinculada na seguridade social.

406
Q

Pergunta: O que permite o art. 167, inciso VIII, da CF, sobre o orçamento da seguridade social?

A

Resposta: Permite a cobertura de déficit de empresas, fundações e fundos com recursos da seguridade social, desde que haja prévia autorização legislativa.

407
Q

Quais são as contribuições protegidas da DRU (Desvinculação das Receitas da União) desde a EC n. 103/2019?

A

Resposta: Contribuições previdenciárias, cota patronal e cota do empregado, COFINS, CSLL, contribuição sobre receita de concursos de prognósticos e COFINS na importação de bens/serviços.

408
Q

Quais contribuições sociais ainda podem ser afetadas pela DRU?

A

Resposta: Contribuições sociais gerais, contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE), e contribuições no interesse de categorias profissionais.

409
Q

O que é o princípio da noventena ou da anterioridade mitigada?

A

Resposta: Estabelece que as contribuições sociais para a seguridade social só podem ser exigidas após 90 dias da publicação da respectiva lei, mesmo dentro do mesmo exercício fiscal.

410
Q

O que é o princípio da diversidade da base de financiamento da seguridade social?

A

Resposta: A Constituição prevê que o financiamento da seguridade social deve ser compartilhado entre poder público, trabalhadores e empresas para garantir sua sustentabilidade.

411
Q

O que significa o princípio da equidade na forma de participação do custeio?

A

Resposta: Refere-se à capacidade contributiva, onde as contribuições são proporcionais ao porte, atividade econômica e utilização de mão de obra, garantindo justiça no financiamento da seguridade social.

412
Q

Como a EC n. 103/2019 expande o princípio da equidade no custeio da seguridade social?

A

Resposta: Permite que as bases de cálculo e as alíquotas das contribuições previdenciárias e COFINS possam ser diferenciadas com base em critérios como atividade econômica, uso intensivo de mão de obra e porte da empresa.

413
Q

Quais são as duas espécies de contribuições relacionadas à manutenção financeira da ordem social?

A

Resposta: Contribuições para a seguridade social (art. 195, CF) e contribuições sociais gerais (art. 149, CF).

414
Q

Quais são as exceções em que os Estados, DF e Municípios podem instituir contribuições sociais?

A

Resposta: 1ª Exceção: Para custeio dos regimes próprios de previdência social de seus servidores (art. 40 e 149, §1º, CF).
2ª Exceção: Contribuição extraordinária em caso de déficit atuarial (art. 149, §1º-B, CF)

415
Q

Quando a União pode instituir novas contribuições para a seguridade social?

A

Resposta: A União pode instituir novas contribuições mediante lei complementar, conforme art. 154, I, CF.

416
Q

O que caracteriza a relação jurídico-tributária no custeio da seguridade social?

A

Resposta: É uma relação entre o Estado (sujeito ativo) e o contribuinte ou responsável tributário (sujeito passivo), referente à obrigação de recolher as contribuições sociais.

417
Q

Qual é o papel do tomador de serviço na responsabilidade tributária?

A

Resposta: O tomador de serviço (pessoa jurídica) é responsável por reter e recolher a contribuição previdenciária do contribuinte individual, conforme a Lei n. 10.666/03.

418
Q

O que são as contribuições sociais dentro da classificação tributária?

A

Resposta: São uma espécie de tributo, pertencente ao gênero das contribuições especiais, conforme a classificação pentapartite dos tributos.

419
Q

O que define a classificação pentapartite dos tributos?

A

Resposta: Os tributos são classificados em cinco espécies: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e contribuições especiais.

420
Q

Qual o viés extrafiscal das contribuições, segundo o STF no julgamento do Tema 470?

A

Resposta: As contribuições têm um forte viés extrafiscal, desempenhando funções além da arrecadação, como o controle e a regulamentação de atividades econômicas.

421
Q

O que o STF decidiu no Tema 470, referente às instituições financeiras?

A

Resposta: O STF considerou constitucional a incidência de alíquota diferenciada, 2,5% a mais, para instituições financeiras na cobrança de contribuições previdenciárias, conforme a Lei n. 7.787/89, mesmo antes da EC 20/98.

422
Q

Quais são as três subespécies de contribuições especiais?

A

Resposta: 1. Contribuições sociais em sentido estrito (sociais gerais)
Contribuições de intervenção no domínio econômico (CIDE)
Contribuições no interesse de categorias profissionais ou econômicas.

423
Q

Quais são as principais contribuições sociais para a seguridade social previstas no art. 195 da CF?

A

Resposta: Contribuição previdenciária (cota patronal e cota empregado), COFINS, CSLL, COFINS-Importação, e contribuição sobre concursos de prognósticos.

424
Q

O que é a contribuição previdenciária patronal?

A

Resposta: É uma contribuição paga pelos empregadores, prevista no art. 195, inciso I, alínea “a”, da CF/88, regulamentada pelos artigos 22 a 24 da Lei n. 8.212/1991.

425
Q

Para onde é destinada a arrecadação das contribuições previdenciárias?

A

Resposta: As contribuições são destinadas ao Fundo do Regime Geral de Previdência Social, vinculado ao Ministério da Previdência Social, conforme o art. 250 da CF.

426
Q

O que são contribuições parafiscais?

A

Resposta: Contribuições que possuem natureza que destoa da fiscalidade tributária, objetivando atender demandas sociais e econômicas específicas.

427
Q

O que é a contribuição social de iluminação pública?

A

Resposta: Uma contribuição especial que não se destina ao custeio da seguridade social, mas sim ao financiamento da iluminação pública.

428
Q

Qual é a função da Lei Complementar n. 101/00 (Lei de Responsabilidade Fiscal) no contexto da previdência social?

A

Resposta: Regulamenta o Fundo do Regime Geral de Previdência Social e reforça o controle de despesas obrigatórias de caráter continuado, como as da seguridade social.

429
Q

O que é o segurado facultativo do RGPS?
.

A

Resposta: O segurado facultativo é aquele que se filia ao RGPS de forma voluntária, sem a obrigatoriedade de contribuir, mas a relação tributária permanece, ou seja, a contribuição previdenciária continua sendo um tributo

430
Q

Quais são as novas alíquotas de contribuição do segurado após a EC 103/2019?

A

Resposta: As novas alíquotas progressivas são: 7,5% até R$ 1.039,00; 9% entre R$ 1.039,01 e R$ 2.089,60; 12% entre R$ 2.089,61 e R$ 3.134,40; e 14% entre R$ 3.134,41 e R$ 6.101,06.

431
Q

O que é a COFINS e sobre o que incide?

A

Resposta: A COFINS é uma contribuição social para a seguridade social, que incide sobre a receita ou faturamento das empresas e entidades equiparadas, conforme o art. 195, I, “b”, CF.

432
Q

O que mudou com a EC 42/2003 em relação à COFINS?

A

Resposta: A EC 42/2003 permitiu o regime de incidência não cumulativa da COFINS, evitando a incidência em cascata, o que poderia aumentar os custos de produção.

433
Q

O que foi revogado pela EC 103/2019 em relação à COFINS?

A

Resposta: A EC 103/2019 revogou a possibilidade de substituir a contribuição previdenciária patronal pela contribuição social sobre a receita ou faturamento.

434
Q

O que o STF decidiu no Tema 515 sobre a elevação da alíquota da COFINS?

A

Resposta: O STF decidiu que é constitucional a majoração diferenciada de alíquotas de COFINS para instituições financeiras, elevando a alíquota de 3% para 4%.

435
Q

O que é a CSLL e sobre o que incide?

A

Resposta: A CSLL é a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das empresas e entidades equiparadas, conforme o art. 195, I, “c”, CF, regulamentada pela Lei n. 7.689/88.

436
Q

O que é a contribuição sobre a receita de prognósticos?

A

Resposta: Trata-se de uma contribuição prevista no art. 195, III, CF, que incide sobre a receita de concursos de prognósticos, sendo regulamentada pelos artigos 26 e 27 da Lei n. 8.212/1991 e pelo Decreto n. 3.048/1999.

437
Q

Quem é o sujeito passivo na contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos?
.

A

Resposta: O sujeito passivo é a pessoa jurídica que realiza o concurso de prognósticos, não o apostador

438
Q

O que é a COFINS-importação e onde está prevista?

A

Resposta: A COFINS-importação é uma contribuição social sobre a importação de bens ou serviços, prevista no art. 195, IV, CF e regulamentada pela Lei n. 10.865/04.

439
Q

Qual é a diferença entre contribuições sociais gerais e contribuições para a seguridade social?

A

Resposta: Contribuições sociais gerais não estão necessariamente vinculadas ao financiamento da seguridade social, enquanto as contribuições para a seguridade social são destinadas ao financiamento da previdência, assistência e saúde.

440
Q

O que são as contribuições ao PIS/PASEP e qual a dúvida na doutrina sobre sua classificação?

A

Resposta: São contribuições previstas no art. 239 da CF e há dúvida na doutrina se elas são contribuições para a seguridade social ou contribuições sociais gerais.

441
Q

O que é o salário-educação e qual sua alíquota?

A

Resposta: O salário-educação é uma contribuição recolhida pelas empresas com base no total de remunerações pagas aos empregados, com alíquota de 2,5%.

442
Q

Qual foi o entendimento do STF sobre a natureza jurídica do FGTS?

A

Resposta: O STF entendeu que o FGTS não possui natureza tributária e não pode ser enquadrado como contribuição social geral.

443
Q

O que determinou a Súmula Vinculante n. 8 do STF sobre a prescrição e decadência das contribuições sociais?

A

Resposta: A Súmula Vinculante n. 8 declarou inconstitucionais os artigos 45 e 46 da Lei n. 8.212/1991, determinando que apenas lei complementar pode tratar de prescrição e decadência tributárias.

444
Q

Quais são as características essenciais do RGPS (Regime Geral de Previdência Social)?

A

Resposta: Filiação obrigatória, necessidade de contribuições para financiamento, princípio da solidariedade social, e cobertura das contingências sociais previstas na CF/88 e Lei 8.213/1991.

445
Q

Quais são as contingências sociais cobertas pelo RGPS?

A

Resposta: Doença, invalidez, morte, idade avançada, proteção à maternidade, desemprego involuntário, salário-família, e reclusão do segurado instituidor.

446
Q

Como funciona a contribuição do trabalhador rural em regime de economia familiar no RGPS?

A

Resposta: O trabalhador rural em regime de economia familiar só contribui se houver resultado da comercialização de sua produção; caso contrário, não há contribuição efetiva.

447
Q

Qual é o grande déficit da Previdência Social e a sua principal causa?

A

Resposta: O grande déficit decorre principalmente do setor rural, especialmente dos trabalhadores rurais em regime de economia familiar que, em grande parte, não contribuem.

448
Q

Como é regulado o processo administrativo previdenciário no INSS?

A

Resposta: É regulado pela Lei 9.784/1999, sem um regulamento específico. A decisão deve ser proferida em 30 dias após a conclusão da instrução processual, mas não há prazo específico para o fim da instrução.

449
Q

Qual medida foi adotada pelo INSS em 2019 para melhorar a governança e o atendimento?

A

Resposta: A Portaria 3.213, de 11 de dezembro de 2019, instituiu o Sistema de Governança do INSS, com o objetivo de aprimorar o processo decisório e melhorar o desempenho institucional.

450
Q

Qual o entendimento jurisprudencial quanto ao prazo para análise de requerimentos administrativos no INSS?

A

Resposta: O TRF4 considerou razoável o prazo de 180 dias para análise de requerimentos administrativos, em função da implantação de novos sistemas e da busca pela melhoria tecnológica do INSS.

451
Q

Quais são as características gerais do Regime Geral de Previdência Social (RGPS)?

A

Resposta: Público, contributivo, baseado no equilíbrio financeiro e atuarial, filiação obrigatória para trabalhadores em geral, de repartição, fundo único, solidário, gestão quadripartite e custeio tripartite.

452
Q

Quais são os dois grandes grupos de segurados no RGPS?

A

Resposta: Segurados obrigatórios e segurados facultativos.

453
Q

Onde está regulamentada a filiação dos segurados obrigatórios do RGPS?

A

Resposta: No artigo 12 da Lei 8.212/1991, artigo 11 da Lei 8.213/1991, e no artigo 9º do Decreto 3.048/1999. Detalhes adicionais podem ser encontrados nos artigos 2º a 57 da Instrução Normativa INSS 77/2015.

454
Q

Qual princípio orienta a filiação ao RGPS para os trabalhadores que atuam no território nacional?

A

Resposta: O princípio da territorialidade da filiação ao RGPS.

455
Q

A distinção entre trabalhador rural e urbano se baseia em quê?

A

Resposta: Na natureza da atividade ou serviço prestado pelo empregado ou contribuinte individual, independentemente de estar na cidade ou no campo.

456
Q

Como o STJ e a Turma Nacional de Uniformização tratam a atividade de administrador de fazenda?

A

Resposta: O STJ considera o administrador de fazenda como trabalhador rural, enquanto a Turma Nacional de Uniformização segue a literalidade da Instrução Normativa INSS 77/2015, que classifica-o como empregado urbano ou contribuinte individual urbano, dependendo da relação de trabalho.

457
Q

Existe uma lei no Brasil que define o que é trabalhador rural?

A

Resposta: Sim, a Lei 5.889/1973, que tem um rol exemplificativo, permitindo diferentes interpretações, como a do administrador de fazenda ser considerado trabalhador rural.

458
Q

Qual é a primeira subespécie de segurado obrigatório do RGPS?

A

Resposta: O segurado empregado, conforme o artigo 12, inciso I, da Lei 8.212/1991 e o artigo 9º, inciso I, do Decreto 3.048/1999.

459
Q

Todos os segurados empregados se enquadram na definição de contrato de trabalho da legislação trabalhista?

A

Resposta: Não, existem casos de segurados obrigatórios que não seguem a caracterização tradicional de contrato de trabalho com elementos como remuneração e pessoalidade.

460
Q

Quem é considerado segurado empregado no Brasil para o RGPS?

A

Resposta: Aquele que presta serviço urbano ou rural à empresa, não eventual, com subordinação e remuneração, entre outros casos específicos como os trabalhadores em missões diplomáticas e ocupantes de cargo em comissão.

461
Q

O trabalhador de uma missão diplomática ou consular é segurado empregado do RGPS?

A

Resposta: Sim, exceto se for um não-brasileiro sem residência permanente no Brasil ou um brasileiro amparado pela previdência do país da missão.

462
Q

Quem é considerado segurado empregado no exterior?

A

Resposta: Brasileiros que trabalham como empregados em sucursais ou agências de empresas nacionais no exterior, além de estrangeiros domiciliados e contratados no Brasil para trabalhar no exterior por empresas nacionais, entre outros casos específicos.

463
Q

O menor aprendiz é considerado segurado empregado?

A

Resposta: Sim, o menor aprendiz é segurado obrigatório do RGPS, pois tem um contrato de aprendizagem conforme o art. 428 da CLT.

464
Q

Qual é a diferença entre menor aprendiz e aluno-aprendiz em termos de segurado do RGPS?

A

Resposta: O menor aprendiz é segurado empregado com contrato de trabalho especial. O aluno-aprendiz, por sua vez, está vinculado a escolas técnicas federais e pode ou não receber pecúnia, dependendo do caso.

465
Q

Quem é considerado segurado empregado no caso de trabalho temporário?

A

Resposta: Aquele que presta serviço temporário a uma empresa de trabalho temporário para substituir pessoal ou para atender ao acréscimo extraordinário de serviços.

466
Q

O servidor público ocupante de cargo em comissão é segurado do RGPS?

A

Resposta: Sim, os servidores públicos ocupantes de cargo em comissão na União, autarquias federais e fundações públicas federais são segurados empregados do RGPS.

467
Q

O brasileiro que trabalha para a União no exterior é segurado do RGPS?

A

Resposta: Sim, desde que não seja segurado na forma da legislação vigente do país do domicílio.

468
Q

Qual é o requisito essencial para caracterizar o tempo de serviço do aluno-aprendiz, conforme entendimento recente do STF?
.

A

Resposta: O requisito essencial é a comprovação da efetiva execução do ofício para o qual o aluno recebia instrução, não sendo relevante a percepção de remuneração direta ou indireta

469
Q

Segundo o STF, em 2017, o que caracteriza o tempo de serviço como aluno-aprendiz?

A

Resposta: O elemento essencial é a execução do ofício para o qual o aluno recebia instrução, mediante encomendas de terceiros, independentemente de remuneração direta ou indireta

470
Q

Pergunta: O aluno-aprendiz é considerado segurado empregado se não houver vínculo de emprego?

A

Resposta: Sim, conforme decisões recentes, o STF abrandou a exigência de vínculo empregatício, bastando a comprovação da execução de atividades para terceiros.

471
Q

Qual foi o entendimento do STF no julgamento do RMS n. 18.538/GB de 1968?

A

Resposta: O STF entendeu que, para contar o tempo de serviço como aluno-aprendiz, era necessário haver vínculo de emprego e pagamento.

472
Q

O que o TCU considera essencial para contar o tempo de serviço como aluno-aprendiz?

A

Resposta: O TCU considera essencial a execução de atividades para atender encomendas de terceiros, e não apenas a percepção de alimentação, fardamento ou auxílio financeiro.

473
Q

O que diz a Súmula n. 96/TCU sobre o tempo de serviço de aluno-aprendiz?

A

Resposta: A Súmula n. 96/TCU prevê a contagem de tempo de serviço do trabalho prestado por aluno-aprendiz, desde que comprovada sua retribuição pecuniária, para efeito de concessão de aposentadoria.

474
Q

Qual foi o novo entendimento do STF no MS 31518/DF sobre o aluno-aprendiz?

A

Resposta: O STF entendeu que o elemento essencial é a execução de ofícios recebendo instrução para atender encomendas de terceiros, independentemente de remuneração.

475
Q

Quais são os requisitos simultâneos exigidos pela TNU para cômputo do tempo de serviço prestado como aluno-aprendiz?

A

Resposta: (i) Retribuição pecuniária ou em auxílios materiais; (ii) À conta do orçamento; (iii) A título de contraprestação por labor; (iv) Na execução de bens e serviços destinados a terceiros.

476
Q

O que regulamenta a Lei n. 5.889/1973 em relação ao empregado rural?

A

Resposta: A Lei n. 5.889/1973 define o empregado rural como a pessoa física que presta serviço de natureza não eventual em propriedade rural ou prédio rústico, com dependência e salário.

477
Q

O empregado rural perde a cobertura previdenciária caso o empregador não recolha as contribuições ao INSS?

A

Resposta: Não. O empregado rural continua sendo segurado obrigatório do RGPS, mesmo sem recolhimento pelo empregador, e pode usufruir dos benefícios previdenciários.

478
Q

Em que casos o trabalhador de missão diplomática ou repartição consular no Brasil não será segurado do RGPS?

A

Resposta: Quando for um não-brasileiro sem residência permanente no Brasil ou um brasileiro coberto pela legislação previdenciária do país da missão diplomática ou consular.

479
Q

Qual é a regra sobre a filiação de brasileiros que trabalham em organismos internacionais dos quais o Brasil é membro?

A

Resposta: Brasileiros civis que trabalham em organismos internacionais dos quais o Brasil é membro efetivo, mesmo domiciliados no exterior, estão cobertos pelo RGPS, salvo se forem segurados no país onde trabalham.

480
Q

O que decidiu o STF no RE 351.717 sobre a inclusão de detentores de mandato eletivo como segurados do RGPS?
.

A

Resposta: O STF declarou inconstitucional a inclusão de detentores de mandato eletivo como segurados obrigatórios do RGPS pela Lei n. 9.506/1997, pois criou uma nova fonte de custeio sem lei complementar

481
Q

Após a EC n. 20/1998, o que mudou na incidência das contribuições previdenciárias sobre detentores de mandato eletivo?

A

Resposta: Após a EC n. 20/1998, a Constituição passou a permitir o alargamento da incidência das contribuições previdenciárias para detentores de mandato eletivo, não exigindo mais lei complementar para isso.

482
Q

O que define a Lei n. 10.887/2004 em relação aos detentores de mandato eletivo?

A

Resposta: A Lei n. 10.887/2004 vincula detentores de mandato eletivo ao RGPS como segurados obrigatórios, corrigindo a inconstitucionalidade da Lei n. 9.506/1997 após a EC n. 20/1998.

483
Q

Quais são as condições para que estagiários sejam considerados segurados facultativos do RGPS?

A

Resposta: Estagiários são segurados facultativos quando suas atividades estão de acordo com a Lei n. 11.788/2008; caso contrário, podem ser considerados segurados empregados.

484
Q

O aluno-aprendiz tem direito a contar seu tempo de serviço para aposentadoria?

A

Resposta: Sim, desde que haja retribuição pecuniária ou em auxílios materiais e a execução de bens e serviços destinados a terceiros.

485
Q

O trabalhador rural temporário pode ser segurado do RGPS?

A

Resposta: Sim, se contratado por produtor rural pessoa física, com contrato temporário de até dois meses por ano, conforme a Lei n. 5.889/1973.

486
Q

O que caracteriza o trabalhador avulso para fins previdenciários?

A

Resposta: O trabalhador avulso presta serviços a diversas empresas sem vínculo empregatício, por meio de órgão gestor, em atividades urbanas ou rurais.

487
Q

Qual benefício assistencial é concedido ao trabalhador avulso portuário?

A

Resposta: Trabalhador avulso portuário com mais de 60 anos e sem meios de prover sua subsistência pode receber benefício assistencial de até 1 salário-mínimo, conforme Lei n. 9.719/1998.

488
Q

O que caracteriza o segurado empregado doméstico?

A

Resposta: O empregado doméstico presta serviços contínuos a pessoa física ou família, sem fins lucrativos, com subordinação e remuneração, conforme a Lei Complementar n. 150/2015.

489
Q

Qual é a idade mínima para ser segurado facultativo do RGPS?

A

Resposta: A idade mínima é de 16 anos, conforme o Decreto n. 3.048/1999.

490
Q

Qual é o critério para comprovar tempo de serviço como segurado especial?

A

Resposta: O tempo de serviço deve ser comprovado com início de prova material e pode ser complementado com prova testemunhal.

491
Q

Qual é a idade mínima exigida para filho de produtor rural ser considerado segurado especial?

A

Resposta: A idade mínima é de 16 anos, conforme a Lei n. 11.718/2008.

492
Q

O segurado especial precisa morar no imóvel rural que explora?

A

Resposta: Não, o segurado especial pode morar em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel.

493
Q

Quem pode ser segurado facultativo?

A

Resposta: Segurados facultativos incluem donas de casa, estudantes, membros de conselho tutelar e brasileiros residentes no exterior, conforme o Decreto n. 3.048/1999.

494
Q

O que é a filiação ao RGPS?

A

Resposta: Filiação é o vínculo jurídico entre o segurado e o INSS, estabelecendo direitos e deveres no regime previdenciário.

495
Q

Quais são as atividades rurícolas que caracterizam o segurado especial?

A

Resposta: Exploração de atividade agropecuária em área de até 4 módulos fiscais, pesca artesanal ou extrativismo vegetal.

496
Q

O segurado especial pode contratar empregados?

A

Resposta: Não, exceto em condições específicas, como colheitas sazonais, por prazo não superior a 120 dias no ano.

497
Q

O que caracteriza o segurado facultativo quanto ao vínculo com o RGPS?

A

Resposta: O segurado facultativo não exerce atividade remunerada, devendo contribuir voluntariamente para o sistema previdenciário.

498
Q

A filiação do segurado obrigatório ocorre com ou sem contribuição?

A

Resposta: A filiação ocorre automaticamente com o exercício de atividade remunerada, independente de contribuição.

499
Q

O trabalhador rural que trabalha em regime de economia familiar é obrigado a contribuir ao INSS?

A

Resposta: O trabalhador rural em regime de economia familiar só é obrigado a contribuir se houver comercialização de sua produção.

500
Q

O que é necessário para o segurado facultativo ser considerado filiado ao RGPS?

A

Resposta: O segurado facultativo deve realizar o ato formal de inscrição e o pagamento da primeira contribuição.

501
Q

O segurado especial pode residir em área urbana?

A

Resposta: Sim, desde que a residência seja em aglomerado urbano próximo ao imóvel rural onde exerce sua atividade.

502
Q

O que caracteriza o trabalhador avulso portuário?

A

Resposta: Trabalhador que presta serviços em portos, como estiva e capatazia, sem vínculo empregatício, intermediado por órgãos gestores.

503
Q

O trabalhador avulso pode receber benefícios previdenciários?

A

Resposta: Sim, o trabalhador avulso tem direito aos mesmos benefícios dos demais segurados obrigatórios, como aposentadoria e auxílio-doença.

504
Q

Qual é a regra para o tempo de serviço do trabalhador rural anterior a novembro de 1991?

A

Resposta: O tempo de serviço anterior a novembro de 1991 só será reconhecido mediante indenização das contribuições previdenciárias.

505
Q

O que é tempo de contribuição no RGPS?

A

Resposta: É o tempo correspondente aos períodos para os quais houve contribuição obrigatória ou facultativa ao RGPS.

506
Q

O trabalhador temporário é segurado obrigatório do RGPS?

A

Resposta: Sim, o trabalhador temporário é segurado obrigatório, com contrato regido pela Lei n. 6.019/1974.

507
Q

Quais são os elementos para caracterizar um contrato de trabalho doméstico?

A

Resposta: Continuidade, subordinação, pessoalidade, e prestação de serviços sem fins lucrativos no âmbito residencial, conforme LC n. 150/2015.

508
Q

O segurado empregado tem direito a cobertura previdenciária mesmo se o empregador não recolher contribuições?

A

Resposta: Sim, o empregado continua sendo segurado do RGPS, independente do recolhimento das contribuições pelo empregador.

509
Q

Como o tempo de serviço anterior a 1991 pode ser considerado no RGPS?

A

Resposta: O tempo de serviço anterior a 1991 pode ser considerado mediante indenização das contribuições não recolhidas.

510
Q

Quais são os segurados obrigatórios do RGPS?

A

Resposta: Empregados, empregados domésticos, trabalhadores avulsos, contribuintes individuais, segurados especiais, entre outros.

511
Q

O que caracteriza o safrista como segurado obrigatório?

A

Resposta: O safrista, também conhecido como boia-fria, é um trabalhador rural temporário que presta serviços de curta duração, conforme a Lei n. 5.889/1973.

512
Q

Qual é a alíquota de contribuição para o empregado doméstico?

A

Resposta: A alíquota é progressiva, variando conforme a faixa salarial, conforme LC n. 150/2015.

513
Q

O estudante pode ser segurado facultativo?

A

Resposta: Sim, desde que não exerça atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório.

514
Q

O que é a inscrição no RGPS?

A

Resposta: A inscrição é o ato formal de cadastramento do segurado junto ao INSS, vinculando-o ao sistema previdenciário.

515
Q

Como o tempo de contribuição pode ser comprovado?

A

Resposta: O tempo de contribuição pode ser comprovado por meio do CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais) e outros documentos.

516
Q

Qual é a responsabilidade do contribuinte individual em relação às suas contribuições?

A

Resposta: O contribuinte individual é responsável pelo recolhimento de suas próprias contribuições ao INSS.

517
Q

Quem são os segurados especiais?

A

Resposta: São trabalhadores rurais, pescadores artesanais, seringueiros e extrativistas que trabalham em regime de economia familiar.

518
Q

O tempo de serviço fictício pode ser considerado no RGPS?

A

Resposta: Não, o tempo fictício foi abolido pela EC n. 103/2019, exceto para períodos anteriores a 1998 em caso de direito adquirido.

519
Q

O que é a contagem recíproca?

A

Resposta: É o aproveitamento de tempo de contribuição em diferentes regimes previdenciários, mediante compensação financeira entre os regimes.

520
Q

O que é necessário para o trabalhador avulso ser considerado segurado do RGPS?

A

Resposta: O trabalhador avulso precisa prestar serviços a diversas empresas, sem vínculo empregatício, por meio de um órgão gestor

521
Q

Qual é o limite de terra que o segurado especial pode explorar?

A

Resposta: O segurado especial pode explorar até 4 módulos fiscais.

522
Q

O trabalhador avulso rural é segurado obrigatório?

A

Resposta: Sim, o trabalhador avulso rural que presta serviços de natureza rural é segurado obrigatório do RGPS.

523
Q

O segurado especial é obrigado a contribuir ao INSS?

A

Resposta: Sim, mas apenas quando houver comercialização de sua produção

523
Q

Quais atividades se enquadram como segurado especial?

A

Resposta: Produção agropecuária, seringueiro, extrativismo vegetal, pesca artesanal, desde que em regime de economia familiar.

524
Q

Como é feita a contagem do tempo de contribuição no RGPS?

A

Resposta: O tempo de contribuição é contado de acordo com os períodos para os quais houve recolhimento de contribuições.

525
Q

A filiação ao RGPS do segurado facultativo ocorre automaticamente?

A

Resposta: Não, o segurado facultativo deve formalizar a filiação e recolher a primeira contribuição.

526
Q

O que é necessário para a contagem do tempo de serviço rural anterior a 1991?

A

Resposta: É necessário indenizar o INSS pelas contribuições não recolhidas no período.

527
Q

O tempo de serviço rural pode ser utilizado para aposentadoria em outro regime?

A

Resposta: Sim, mediante contagem recíproca e indenização das contribuições não recolhidas

528
Q

O que caracteriza a prestação de serviços do trabalhador avulso?

A

Resposta: O trabalhador avulso presta serviços a diversas empresas, sem vínculo empregatício, por intermédio de um órgão gestor.

529
Q

O segurado facultativo pode recolher contribuições em atraso?

A

Resposta: Sim, mas o recolhimento em atraso só conta para efeito de tempo de contribuição, não para carência.

530
Q

Como é feito o recolhimento das contribuições do contribuinte individual?

A

Resposta: O contribuinte individual é responsável por recolher suas próprias contribuições, inclusive em atraso, se necessário.

531
Q

O segurado especial pode comprovar tempo de serviço sem documentos?

A

Resposta: Não, o segurado especial precisa apresentar início de prova material, complementado por prova testemunhal.

532
Q

O que é a contribuição retroativa no RGPS?

A

Resposta: A contribuição retroativa é o recolhimento das contribuições em atraso para contar como tempo de contribuição no RGPS.

533
Q

O tempo de serviço fictício pode ser utilizado para aposentadoria?

A

Resposta: Não, a EC n. 103/2019 aboliu o tempo de serviço fictício, exceto para períodos anteriores a 1998.

534
Q

Quais são as duas espécies de prestações previdenciárias?

A

Resposta: Benefícios (obrigações de pagar) e serviços (obrigações de fazer).

535
Q

Quantos benefícios previdenciários existem no total?

A

Resposta: Existem 10 benefícios previdenciários, sendo 2 destinados a dependentes.

536
Q

Quais são os dois serviços previdenciários oferecidos pelo RGPS?

A

Resposta: Serviço social e reabilitação profissional.

537
Q

O que são benefícios programáveis?

A

Resposta: Benefícios que podem ser antecipadamente planejados, como aposentadorias.

538
Q

Quais benefícios não exigem carência?

A

Resposta: Auxílio-acidente, salário-família, pensão por morte, serviço social e reabilitação profissional.

539
Q

Quais benefícios exigem carência mista?

A

Resposta: Salário-maternidade, auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

540
Q

O que são benefícios substitutivos da remuneração?
.

A

Resposta: Benefícios que substituem o salário, como aposentadorias, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão

541
Q

Qual benefício previdenciário não está sujeito ao teto do RGPS?

A

Resposta: Salário-maternidade para seguradas empregadas e trabalhadoras avulsas.

542
Q

Quais benefícios podem ser concedidos mais de uma vez?

A

Resposta: Salário-maternidade, auxílio-reclusão e auxílio-doença

543
Q

Quais são os segurados obrigatórios?

A

Resposta: Empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual e segurado especial.

544
Q

Quais leis promoveram as principais mudanças no rol de dependentes?

A

Resposta: Leis n. 9.032/1995, n. 12.470/2011, n. 13.135/2015 e n. 13.146/2015.

545
Q

Quais são os dependentes de 1ª classe?

A

Resposta: Cônjuge, companheiro(a), filho(a) menor de 21 anos, filho inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave.

546
Q

O concubinato é aceito para fins previdenciários?

A

Resposta: Não, o concubinato não é aceito para fins previdenciários.

547
Q

Como é feita a prova da união estável após a Lei n. 13.846/2019?

A

Resposta: Exige-se início de prova material, não sendo admitida prova testemunhal isolada.

548
Q

Até que idade o filho não emancipado pode ser dependente do segurado?

A

Resposta: Até 21 anos, exceto se inválido ou com deficiência.

549
Q

A invalidez após os 21 anos impede o filho de ser dependente do segurado?

A

Resposta: Não, a invalidez pode ser causa de dependência mesmo após os 21 anos, desde que comprovada.

550
Q

O enteado e o menor tutelado são considerados dependentes?

A

Resposta: Sim, desde que comprovada a dependência econômica.

551
Q

O menor sob guarda é considerado dependente?

A

Resposta: Não, o menor sob guarda foi excluído do rol de dependentes após a Lei n. 9.528/1997.

552
Q

Quem são os dependentes de 2ª classe?

A

Resposta: Os pais do segurado, desde que comprovada a dependência econômica.

553
Q

Quem são os dependentes de 3ª classe?

A

Resposta: Irmão não emancipado, menor de 21 anos, inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave.

554
Q

O que é o período de graça?

A

Resposta: Período durante o qual o segurado mantém a qualidade de segurado sem contribuir ao INSS.

555
Q

O período de graça conta como tempo de contribuição?

A

Resposta: Não, o período de graça não pode ser contado como tempo de contribuição.

556
Q

A concessão judicial de um benefício previdenciário mantém a qualidade de segurado?

A

Resposta: Sim, a qualidade de segurado é mantida mesmo que o benefício seja concedido judicialmente.

557
Q

O aviso prévio indenizado conta para a manutenção da qualidade de segurado?

A

Resposta: Sim, o período de graça começa após a projeção do aviso prévio indenizado.

558
Q

O que é carência em relação aos benefícios previdenciários?

A

Resposta: Carência é o número mínimo de contribuições necessárias para o segurado ter direito a determinados benefícios.

559
Q

Quais benefícios exigem carência?

A

Resposta: Aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial e auxílio-reclusão.

560
Q

O que caracteriza um benefício vitalício?

A

Resposta: Benefício pago até o falecimento do beneficiário, como aposentadoria por invalidez.

561
Q

O salário-família pode ser acumulado com outro benefício?

A

Resposta: Sim, o salário-família pode ser pago junto a outros benefícios, desde que preenchidos os requisitos.

562
Q

O auxílio-acidente substitui a remuneração do segurado?

A

Resposta: Não, o auxílio-acidente é um benefício indenizatório e não substitui a remuneração.

563
Q

Quais benefícios não podem ser concedidos mais de uma vez?

A

Resposta: Aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial e auxílio-acidente (salvo nova lesão).

564
Q

Quais benefícios exigem afastamento do trabalho para concessão?

A

Resposta: Aposentadoria por incapacidade permanente (invalidez) e auxílio-doença.

565
Q

A pensão por morte exige comprovação de dependência econômica para o cônjuge?

A

Resposta: Não, a dependência do cônjuge é presumida de forma absoluta.

566
Q

A emancipação do filho maior de 21 anos afeta sua condição de dependente?

A

Resposta: Sim, se emancipado, o filho maior de 21 anos perde a condição de dependente, salvo se inválido ou com deficiência.

567
Q

O que é benefício instantâneo?

A

Resposta: Benefício pago em uma única parcela, como o salário-maternidade em casos específicos.

568
Q

Quais são os requisitos para o dependente irmão menor de 21 anos?

A

Resposta: Deve ser não emancipado e comprovar dependência econômica em relação ao segurado.

569
Q

Quais são os critérios para dependência econômica no caso dos pais?

A

Resposta: Substancialidade e habitualidade da ajuda financeira fornecida pelo segurado.

570
Q

Qual é a regra de presunção da dependência econômica dos dependentes de 1ª classe?

A

Resposta: A dependência é presumida de forma absoluta.

571
Q

A aposentadoria por idade exige afastamento do trabalho?
.

A

Resposta: Não, o segurado pode continuar trabalhando após a concessão da aposentadoria por idade

572
Q

Quais são os dependentes com deficiência considerados na 1ª e 3ª classe?

A

Resposta: Filhos e irmãos inválidos, com deficiência intelectual, mental ou grave.

573
Q

O que é uma prestação previdenciária programável?

A

Resposta: Uma prestação que pode ser antecipadamente planejada, como a aposentadoria.

574
Q

A união estável pode ser comprovada apenas por testemunhas?

A

Resposta: Não, é necessário início de prova material, exceto em caso de força maior ou caso fortuito.

575
Q

O irmão inválido pode ser dependente, mesmo que sua invalidez ocorra após os 21 anos?

A

Resposta: Sim, desde que a invalidez ocorra antes do falecimento do segurado instituidor.

576
Q

O que caracteriza um benefício temporário?

A

Resposta: Um benefício pago por um período limitado, como o auxílio-doença.

577
Q

Quais são os dois serviços previdenciários previstos no RGPS?

A

Resposta: Serviço social e reabilitação profissional.

578
Q

A qualidade de segurado pode ser mantida após o término do contrato de trabalho?

A

Resposta: Sim, a qualidade de segurado pode ser mantida durante o período de graça, que varia de 3 a 36 meses.

579
Q

Como é definido o benefício de reabilitação profissional?

A

Resposta: Trata-se de um serviço de obrigação do INSS para reabilitar segurados incapacitados parcial ou temporariamente.

580
Q

Quais são os requisitos para o segurado especial manter a qualidade de segurado?
.

A

Resposta: Deve continuar exercendo atividades rurais em regime de economia familiar

581
Q

Qual o impacto da Lei n. 13.135/2015 no rol de dependentes?

A

Resposta: Retirou a exigência de que o irmão fosse não emancipado para ser considerado dependente.

582
Q

A pensão por morte é vitalícia?

A

Resposta: Não necessariamente. O tempo de recebimento da pensão varia conforme a idade do cônjuge e a dependência dos filhos.

583
Q

O que é o período de graça no Regime Geral de Previdência Social (RGPS)?

A

Resposta: É o período em que o segurado mantém sua qualidade de segurado sem recolher contribuições. Esse período pode variar entre 6, 12 ou até 24 meses, conforme a situação do segurado.

584
Q

O período de graça pode ser contado como tempo de contribuição?

A

Resposta: Não, o período de graça não é contado como tempo de contribuição, especialmente após a EC n. 20/1998, que eliminou a possibilidade de tempo fictício de contribuição.

585
Q

O que é carência no contexto previdenciário?

A

Resposta: Carência é o número mínimo de contribuições exigidas para que o segurado tenha direito a um determinado benefício previdenciário.

586
Q

O período de graça pode ser considerado para carência?

A

Resposta: Não, o período de graça não conta para a carência, pois não há recolhimento de contribuições nesse período.

587
Q

O segurado especial pode prorrogar o período de graça?

A

Resposta: Sim, desde que existam contribuições efetivas comprovando mais de 120 recolhimentos pagos ou se o segurado especial optar pelo regime de contribuinte individual.

588
Q

Como funciona a prorrogação do período de graça para o segurado que contribuiu por mais de 120 meses?

A

Resposta: O segurado pode prorrogar o período de graça por mais 12 meses após 120 meses de contribuições ininterruptas, e essa prorrogação é incorporada definitivamente ao seu patrimônio jurídico.

589
Q

Como é possível prorrogar o período de graça no caso de desemprego involuntário?

A

Resposta: Pode ser prorrogado por mais 12 meses com a comprovação de desemprego involuntário, geralmente por meio de registro da demissão no Ministério do Trabalho ou pagamento do seguro-desemprego.

590
Q

Quais outros meios podem comprovar desemprego involuntário além do seguro-desemprego?

A

Resposta: A inscrição no SINE ou outros meios admitidos em direito podem comprovar o desemprego involuntário. A ausência de anotação de novos vínculos na CTPS por si só não é suficiente.

591
Q

O período de graça do segurado facultativo é igual ao dos outros segurados?

A

Resposta: Não, o período de graça do segurado facultativo é de até 6 meses, sendo menor do que o dos segurados obrigatórios.

592
Q

A Instrução Normativa INSS n. 128/2022 oferece benefícios específicos ao segurado facultativo?

A

Resposta: Sim, a IN 128/2022 prevê um período de graça de 12 meses para o segurado facultativo após cessação de benefício por incapacidade ou de salário-maternidade.

593
Q

Em que situações o período de graça pode ser estendido além dos 12 meses?

A

Resposta: O período de graça pode ser estendido em casos como segregação compulsória (doença), livramento de preso ou licenciamento de militares, com prorrogações variáveis.

594
Q

O que é consignação no contexto previdenciário?

A

Resposta: Consignação é o desconto realizado em benefícios previdenciários para quitar obrigações do segurado, como pensão alimentícia, empréstimos bancários ou valores recebidos indevidamente.

595
Q

Qual é o limite de descontos em benefícios previdenciários para consignação?

A

Resposta: O desconto para empréstimos consignados tem o limite de 30% do valor do benefício, e para pagamentos retroativos pode chegar a 100%.

596
Q

Existe alguma hipótese de isenção de imposto de renda em benefícios previdenciários?

A

Resposta: Sim, benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez decorrente de acidente em serviço estão isentos de imposto de renda.

597
Q

Valores recebidos por tutela antecipada podem ser devolvidos se a decisão for revogada?

A

Resposta: Sim, os valores devem ser devolvidos em caso de revogação da decisão judicial, exceto quando a decisão foi confirmada em segunda instância.

598
Q

Qual é a tese firmada no Tema 692 do STJ?

A

Resposta: Valores de benefícios previdenciários recebidos por tutela antecipada posteriormente revogada devem ser devolvidos, exceto em casos de sentença confirmada em segunda instância.

599
Q

Qual é o prazo decadencial para o INSS revisar benefícios concedidos?

A

Resposta: O prazo é de 10 anos para revisar a concessão de benefícios, exceto em casos de má-fé do segurado, quando o prazo pode ser estendido.

600
Q

O que caracteriza a suspensão de um benefício previdenciário?

A

Resposta: A suspensão ocorre quando o pagamento é temporariamente interrompido devido a atos ou omissões do segurado que afetem a manutenção do benefício.

601
Q

O que é o cancelamento de um benefício previdenciário?

A

Resposta: O cancelamento é a anulação total ou parcial de um benefício por parte do INSS, geralmente por fraude ou erro administrativo.

602
Q

O que é a autotutela administrativa no contexto previdenciário?

A

Resposta: Autotutela administrativa é o poder do INSS de revisar ou anular atos administrativos, como a concessão de benefícios, quando há ilegalidade ou erro.

603
Q

A aposentadoria e o auxílio-acidente podem ser acumulados?

A

Resposta: Não, o auxílio-acidente é cancelado ao conceder a aposentadoria, salvo para auxílios concedidos antes da Lei n. 9.528/1997, que têm direito adquirido à acumulação.

604
Q

A EC n. 103/2019 alterou as regras de acumulação de benefícios. Qual foi uma das principais mudanças?

A

Resposta: Agora, não é mais permitido acumular mais de uma pensão por morte no mesmo regime, seja no RGPS ou RPPS.

605
Q

Quais são as exceções à regra de acumulação de benefícios previdenciários após a EC n. 103/2019?

A

Resposta: Pensão de um regime + aposentadoria de outro regime, pensão de um regime não militar + pensão de regime militar, entre outras situações específicas.

606
Q

Após a EC n. 103/2019, como funciona o recebimento de benefícios acumuláveis?

A

Resposta: O segurado recebe o benefício de maior valor integralmente e uma parte do segundo benefício, calculada conforme a legislação vigente.

607
Q

O que é o abono anual no RGPS?

A

Resposta: O abono anual é o equivalente ao 13º salário pago aos beneficiários da previdência social, exceto para quem recebe salário-família.

608
Q

Quais os requisitos básicos para a concessão de benefícios previdenciários?

A

Resposta: São a qualidade de segurado e o cumprimento da carência, quando aplicável.

609
Q

Em que situações a suspensão de um benefício pode ocorrer?

A

Resposta: A suspensão pode ocorrer quando o segurado pratica atos incompatíveis com a manutenção do benefício ou deixa de cumprir obrigações junto ao INSS.

610
Q

O que é necessário para a concessão de um benefício vitalício?

A

Resposta: A concessão de um benefício vitalício depende do cumprimento dos requisitos legais, e o benefício é pago por toda a vida do segurado, como aposentadoria por idade ou pensão por morte em algumas circunstâncias.

611
Q

O que é o princípio do tempus regit actum na previdência social?

A

Resposta: É o princípio que assegura o direito adquirido às regras vigentes no momento da concessão do benefício, aplicando-se a acumulações de benefícios anteriores à EC n. 103/2019.

612
Q

A Instrução Normativa INSS n. 128/2022 alterou a forma de desconto em benefícios previdenciários?

A

Resposta: Sim, a IN 128/2022 definiu limites para descontos obrigatórios, eletivos e por determinação judicial, com limite de 30% para empréstimos consignados e valores indevidos.

613
Q

O que é o salário de contribuição no RGPS?
.

A

Resposta: O salário de contribuição é a base de cálculo utilizada para determinar a contribuição previdenciária devida pelos segurados, sendo fundamental para o cálculo dos benefícios

614
Q

Qual é o limite máximo para o salário de contribuição?

A

Resposta: O salário de contribuição possui um limite máximo, estabelecido em lei, que não pode ser ultrapassado. Esse teto é necessário para a sustentação financeira e atuarial do sistema previdenciário.

615
Q

Qual a relação entre o salário de contribuição e o teto dos benefícios previdenciários?

A

Resposta: O teto do salário de contribuição é fixado com base no limite máximo dos benefícios previdenciários. Não há uma ligação direta entre a contribuição e o benefício pago.

616
Q

Quais são os quatro tipos de segurados no RGPS e como isso afeta o salário de contribuição?

A

Resposta: Os segurados são: empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso e contribuinte individual. Cada um tem regras específicas para o cálculo do salário de contribuição, conforme o art. 28 da Lei n. 8.212/91.

617
Q

Qual a função do salário de contribuição para o empregador?

A

Resposta: O salário de contribuição também é a base de cálculo para a contribuição do empregador, incidindo sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho.

618
Q

O que diferencia a base de cálculo das contribuições do trabalhador e do empregador?

A

Resposta: A base de cálculo é idêntica, mas a diferença está nos limites mínimo e máximo aplicáveis, que são distintos para o trabalhador e para o empregador.

619
Q

Como o salário de contribuição impacta o cálculo do benefício previdenciário?

A

Resposta: O salário de contribuição forma o Período Básico de Cálculo (PBC), que é utilizado para calcular o salário de benefício e, posteriormente, a renda mensal inicial (RMI) do benefício previdenciário.

620
Q

O que é o Período Básico de Cálculo (PBC)?

A

Resposta: O PBC é o período durante o qual os salários de contribuição são contabilizados para o cálculo do salário de benefício. Ele reflete a média das contribuições feitas ao longo da vida laboral.

621
Q

O que mudou com a EC n. 103/2019 em relação ao salário de contribuição?

A

Resposta: Após a EC n. 103/2019, o cálculo do salário de benefício passou a considerar 100% dos salários de contribuição do PBC, eliminando a regra de descarte dos 20% menores salários.

622
Q

Qual é a base constitucional para o salário de contribuição?

A

Resposta: A base constitucional para o salário de contribuição está nos artigos 195, II e 201, §11 da Constituição Federal de 1988, que definem as regras para a incidência de contribuições e a formação dos benefícios.

623
Q

Como o Supremo Tribunal Federal (STF) trata a relação entre contribuição e benefício previdenciário?
.

A

Resposta: O STF defende que deve haver uma correlação entre contribuição e benefício, ou seja, não pode haver contribuição sem benefício, nem benefício sem contribuição.

624
Q

Qual é o princípio que orienta o STF nas decisões sobre contribuição previdenciária?

A

Resposta: O princípio da solidariedade, aliado ao equilíbrio financeiro e atuarial, orienta as decisões do STF, garantindo que o sistema previdenciário seja sustentável.

625
Q

O que é a retributividade no sistema previdenciário?

A

Resposta: A retributividade significa que os benefícios pagos ao segurado devem estar diretamente relacionados às contribuições vertidas ao sistema previdenciário

626
Q

O que são parcelas remuneratórias no contexto do salário de contribuição?

A

Resposta: Parcelas remuneratórias são aquelas pagas ao trabalhador de forma habitual, que integram a base de cálculo do salário de contribuição e, consequentemente, geram impacto nos benefícios previdenciários.

627
Q

Qual a diferença entre parcelas remuneratórias e indenizatórias?

A

Resposta: Parcelas remuneratórias são aquelas que integram o salário de contribuição, enquanto as indenizatórias, como verbas de rescisão, não integram e não geram contribuição previdenciária.

628
Q

Como se determina se uma verba deve ou não integrar o salário de contribuição?

A

Resposta: Deve-se avaliar se a verba tem natureza remuneratória e se gera repercussão nos benefícios previdenciários. Se for indenizatória, não será incluída no salário de contribuição.

629
Q

Quais verbas não integram o salário de contribuição?

A

Resposta: Benefícios previdenciários (exceto salário-maternidade), férias indenizadas, auxílio-alimentação in natura e ajuda de custo, entre outras, não integram o salário de contribuição.

630
Q

Qual a relação entre o salário-maternidade e o salário de contribuição?

A

Resposta: O salário-maternidade é uma exceção à regra dos benefícios previdenciários e integra o salário de contribuição, incidindo sobre ele a contribuição previdenciária.

631
Q

Quais parcelas relativas às férias não integram o salário de contribuição?

A

Resposta: Férias indenizadas e o terço de férias indenizado não integram o salário de contribuição, mas o terço constitucional de férias gozadas pode ser incluído.

632
Q

O aviso prévio indenizado integra o salário de contribuição?

A

Resposta: Não, o aviso prévio indenizado não integra o salário de contribuição, conforme entendimento do STJ.

633
Q

Parcelas pagas durante os 15 dias que antecedem o auxílio-doença integram o salário de contribuição?

A

Resposta: Não, essas parcelas não integram o salário de contribuição, conforme decisão do STJ.

634
Q

Adicional de periculosidade e adicional noturno integram o salário de contribuição?

A

Resposta: Sim, esses adicionais integram o salário de contribuição, pois têm natureza remuneratória.

635
Q

O adicional de insalubridade integra o salário de contribuição?

A

Resposta: Sim, o adicional de insalubridade integra o salário de contribuição, pois é uma verba remuneratória.

636
Q

O terço de férias gozadas integra o salário de contribuição?

A

Resposta: A jurisprudência diverge, mas o STJ decidiu que o terço de férias gozadas não integra o salário de contribuição.

637
Q

Qual o entendimento do STF sobre o salário-maternidade?

A

Resposta: O STF reconheceu repercussão geral no julgamento do Tema 72, que trata da inclusão do salário-maternidade na base de cálculo da contribuição previdenciária.

638
Q

O adicional de quebra de caixa integra o salário de contribuição?

A

Resposta: Não, o adicional de quebra de caixa não integra o salário de contribuição, conforme jurisprudência do STJ.

639
Q

Participação nos lucros e resultados integra o salário de contribuição?

A

Resposta: Não, a participação nos lucros e resultados não integra o salário de contribuição, desde que seja paga conforme a legislação específica.

640
Q

O auxílio-alimentação integra o salário de contribuição?

A

Resposta: O auxílio-alimentação in natura não integra o salário de contribuição, desde que seja fornecido de acordo com o programa de alimentação do trabalhador.

641
Q

As diárias para viagem integram o salário de contribuição?

A

Resposta: As diárias para viagem não integram o salário de contribuição, desde que não ultrapassem 50% da remuneração mensal do empregado.

642
Q

O auxílio-transporte integra o salário de contribuição?

A

Resposta: Não, o auxílio-transporte, pago de acordo com a legislação própria, não integra o salário de contribuição.

643
Q

O que é o salário de contribuição no RGPS?

A

Resposta: O salário de contribuição é a base de cálculo utilizada para determinar a contribuição previdenciária devida pelos segurados.

644
Q

Qual é o limite mínimo do salário de contribuição?

A

Resposta: O limite mínimo do salário de contribuição é o salário mínimo nacional, salvo quando houver piso salarial estabelecido por convenção coletiva ou lei específica.

645
Q

Qual é o limite máximo do salário de contribuição?

A

Resposta: O limite máximo do salário de contribuição é definido por ato infralegal do Ministério da Previdência e não pode ultrapassar o teto do RGPS.

646
Q

O que acontece se a contribuição mensal for abaixo do limite mínimo?

A

Resposta: Contribuições abaixo do limite mínimo não são computadas para cálculo de benefícios, tempo de contribuição ou carência.

647
Q

Como o segurado pode corrigir contribuições abaixo do limite mínimo?

A

Resposta: O segurado pode complementar a contribuição, agrupar contribuições de outras competências ou usar excedentes de outras contribuições dentro do mesmo ano civil.

648
Q

A contribuição patronal também está sujeita a limites?

A

Resposta: Não, a contribuição patronal incide sobre a totalidade das verbas que compõem o salário de contribuição, sem limites máximos ou mínimos.

649
Q

Quando o fator previdenciário foi introduzido?

A

Resposta: O fator previdenciário foi introduzido pela Lei n. 9.876/99, após a EC n. 20/98.

650
Q

O fator previdenciário ainda é aplicável?

A

Resposta: O fator previdenciário foi extinto pela EC 103/2019, exceto nas regras de transição e para a aposentadoria de deficientes pela Lei Complementar 142/13.

651
Q

O que são prestações previdenciárias programáveis?

A

Resposta: Prestações que dependem de um tempo maior de contribuição e carência, relacionadas a eventos futuros previsíveis, como aposentadorias por tempo de contribuição e por idade.

652
Q

O que são prestações previdenciárias não programáveis?

A

Resposta: Prestações que derivam de um evento futuro incerto, como infortúnios ou acidentes, como auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

653
Q

O que a Emenda Constitucional nº 103/2019 alterou sobre as aposentadorias no RGPS?

A

Resposta: A EC 103/2019 introduziu a exigência de idade mínima para todas as aposentadorias, eliminando a dicotomia entre aposentadoria por tempo de contribuição e por idade.

654
Q

O que é a aposentadoria programada?

A

Resposta: É o novo conceito que substitui as aposentadorias por tempo de contribuição e por idade, unificando-as em um único tipo de benefício com idade mínima e tempo de contribuição.

655
Q

Como são classificadas as aposentadorias programadas no novo regime?

A

Resposta: São classificadas como aposentadoria programada do trabalhador urbano, aposentadoria programada do trabalhador rural e do garimpeiro, e aposentadorias programadas especiais (como para professores e deficientes).

656
Q

Quais são as aposentadorias programadas especiais previstas no novo regime?

A

Resposta: Aposentadoria programada especial para atividades insalubres, para deficientes, para professores e para policiais.

657
Q

O que são as aposentadorias programadas do antigo regime?

A

Resposta: São as aposentadorias que seguem as regras anteriores à Emenda Constitucional nº 103/2019, incluindo as aposentadorias por tempo de contribuição e por idade.

658
Q

Como se dividem as aposentadorias programadas do antigo regime?

A

Resposta: Dividem-se em aposentadorias programadas do regime de transição e aposentadorias programadas dos direitos adquiridos.

659
Q

O que são aposentadorias programadas do regime de transição?

A

Resposta: São as aposentadorias concedidas com base nas regras de transição estabelecidas pela EC 103/2019 para segurados que já estavam no sistema antes da reforma.

660
Q

O que são aposentadorias programadas dos direitos adquiridos?

A

Resposta: São aposentadorias concedidas a segurados que já haviam preenchido os requisitos necessários antes da publicação da EC 103/2019.

661
Q

Quais são as duas categorias de aposentadorias programadas do antigo regime?

A

Resposta: 1. Aposentadorias programadas do regime de transição. 2. Aposentadorias programadas dos direitos adquiridos.

662
Q

Quantas regras de transição existem para a aposentadoria por tempo de contribuição no RGPS?
.

A

Resposta: Quatro regras de transição

663
Q

Quais são as quatro regras de transição para a aposentadoria por tempo de contribuição no RGPS?
.

A

Resposta:

Aposentadoria com pontuação (art. 15 da EC nº 103/2019).
Aposentadoria com idade mínima (art. 16 da EC nº 103/2019).
Aposentadoria com período adicional de 50% (art. 17 da EC nº 103/2019).
Aposentadoria com idade mínima e período adicional de 100% (art. 20 da EC nº 103/2019)

664
Q

Qual regra de transição é aplicada à aposentadoria por idade do trabalhador urbano no RGPS?

A

Resposta: A regra de transição prevista no art. 18 da EC nº 103/2019.

665
Q

Quais são os requisitos para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano na regra de transição?

A

Resposta:

60 anos de idade para mulher e 65 anos para homem.
15 anos de tempo de contribuição.
180 meses de carência.

666
Q

Como é feita a progressão da idade mínima para as mulheres na aposentadoria por idade do trabalhador urbano?

A

Resposta: A idade mínima para mulheres será acrescida de 6 meses a cada ano, a partir de janeiro de 2020, até atingir 62 anos.

667
Q

Quais são as três regras de transição para aposentadorias programadas especiais?

A

Resposta:

Aposentadoria especial estrito senso (exposição a agentes nocivos).
Aposentadoria especial dos professores.
Aposentadoria especial dos policiais.

668
Q

Existe regra de transição para a aposentadoria especial do segurado com deficiência?

A

Resposta: Não, a aposentadoria especial do deficiente segue sendo regida pela Lei Complementar nº 142/2013.

669
Q

Até que ponto a Lei Complementar nº 142/2013 será aplicada para a aposentadoria especial de deficientes?

A

Resposta: Até que uma nova lei seja criada para disciplinar o § 4º-A do art. 40 e o inciso I do § 1º do art. 201 da Constituição Federal, conforme o art. 22 da EC nº 103/2019.

670
Q

Quais são as espécies de aposentadorias programadas baseadas nas regras de transição no RGPS?

A

Resposta:

Aposentadorias programadas por tempo de contribuição (4 espécies).
Aposentadoria programada por idade do trabalhador urbano (1 espécie).

671
Q

Qual é a base da Regra 1 para a aposentadoria nas regras de transição da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A Regra 1, prevista no art. 15 da EC nº 103/2019, baseia-se no sistema de pontos.

672
Q

Quais são os requisitos para a aposentadoria na Regra 1 (sistema de pontos)?

A

Resposta:

30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos para homens.
Somatório de idade e tempo de contribuição de 86 pontos para mulheres e 96 pontos para homens, aumentados em 1 ponto a cada ano, até atingir 100 pontos para mulheres e 105 pontos para homens.

673
Q

Qual é a base da Regra 2 para a aposentadoria nas regras de transição da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A Regra 2, prevista no art. 16 da EC nº 103/2019, baseia-se no sistema de tempo de contribuição + idade mínima.

674
Q

Quais são os requisitos para a aposentadoria na Regra 2 (tempo de contribuição + idade mínima)?

A

Resposta:

30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos para homens.
Idade mínima de 56 anos para mulheres e 61 anos para homens, aumentada em 6 meses a cada ano até atingir 62 anos para mulheres e 65 anos para homens.

675
Q

Qual é a base da Regra 3 para a aposentadoria nas regras de transição da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A Regra 3, prevista no art. 17 da EC nº 103/2019, baseia-se no sistema de tempo de contribuição + pedágio de 50%, com aplicação do fator previdenciário.

676
Q

Quais são os requisitos para a aposentadoria na Regra 3 (tempo de contribuição + pedágio de 50%)?
Resposta:

A

30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos para homens.
Cumprimento de período adicional correspondente a 50% do tempo que faltava para atingir o tempo de contribuição na data da EC nº 103/2019.

677
Q

Qual é a base da Regra 4 para a aposentadoria nas regras de transição da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A Regra 4, prevista no art. 18 da EC nº 103/2019, baseia-se no sistema de idade mínima + tempo de contribuição.

678
Q

Quais são os requisitos para a aposentadoria na Regra 4 (idade mínima + tempo de contribuição)?

A

Resposta:

60 anos de idade para mulheres e 65 anos para homens.
15 anos de contribuição para ambos os sexos.

679
Q

Qual é a base da Regra 5 para a aposentadoria nas regras de transição da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A Regra 5, prevista no art. 20 da EC nº 103/2019, baseia-se no sistema de tempo de contribuição + pedágio de 100%, sem aplicação do fator previdenciário.

680
Q

Quais são os requisitos para a aposentadoria na Regra 5 (tempo de contribuição + pedágio de 100%)?

A

Resposta:

57 anos de idade para mulheres e 60 anos para homens.
30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos para homens.
Período adicional de contribuição correspondente ao tempo que faltava para atingir o tempo mínimo de contribuição na data da EC nº 103/2019.

681
Q

Qual é a pontuação exigida para mulheres e homens na regra de transição do art. 15 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: Mulheres precisam de 86 pontos e homens 96 pontos. A cada ano, 1 ponto é adicionado, até chegar a 100 pontos para mulheres e 105 pontos para homens.

682
Q

Qual será a pontuação necessária em 2033 para se aposentar pela regra de transição do art. 15 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: Em 2033, a pontuação será de 100 pontos para mulheres e 105 pontos para homens.

683
Q

Em 2033, qual será a idade mínima para homens e mulheres se aposentarem pela regra de transição do art. 15?

A

Resposta: A idade mínima será de 70 anos, indistintamente para homens e mulheres.

684
Q

Como é calculado o valor da aposentadoria de uma mulher em 2033 com 30 anos de contribuição pela regra de transição do art. 15?

A

Resposta: A aposentadoria será 90% do Salário de Benefício (SB), sendo 60% + 2% para cada ano acima de 15 anos de contribuição.

685
Q

Qual seria a porcentagem do Salário de Benefício (SB) de uma mulher com 22 anos de contribuição aos 62 anos pela regra permanente?

A

Resposta: A porcentagem seria 74% do SB (60% + 2% por cada ano acima de 15 anos, totalizando 14%).

686
Q

Qual é o coeficiente máximo permitido pela regra de transição do art. 15 da EC nº 103/2019, considerando tempo de contribuição adicional?

A

Resposta: O coeficiente pode ultrapassar 100% do SB, mas é limitado ao teto do RGPS.

687
Q

Qual é a diferença entre as regras de transição dos artigos 17 e 20 e as demais regras da EC nº 103/2019 em relação ao acréscimo de 2%?

A

Resposta: As regras dos artigos 17 e 20 exigem o pagamento de pedágio, e o acréscimo de 2% para anos de contribuição excedentes não se aplica a essas regras.

688
Q

Quando o acréscimo de 2% ao coeficiente do SB se aplica a partir de 20 anos de contribuição?

A

Resposta: O acréscimo de 2% é aplicado para cada ano que exceder 20 anos de contribuição, conforme o art. 26, §2º, da EC nº 103/2019.

689
Q

Quais são as exceções à regra dos 20 anos de contribuição para o acréscimo de 2% ao coeficiente do SB?

A

Resposta: As exceções são: atividades especiais com 15 anos de exposição a agentes nocivos (arts. 19 e 21) e mulheres filiadas ao RGPS, que têm o acréscimo a partir de 15 anos de contribuição.

690
Q

Qual é o tempo mínimo de contribuição exigido para mulheres filiadas ao RGPS para o acréscimo de 2% ao coeficiente do SB?

A

Resposta: Para mulheres filiadas ao RGPS, o tempo mínimo de contribuição é de 15 anos.

691
Q

Qual é o critério de tempo mínimo de contribuição para o acréscimo de 2% por ano ao coeficiente de cálculo do benefício, segundo a regra geral do art. 26, §2º, da EC nº 103/2019?

A

Resposta: O acréscimo de 2% é aplicado para cada ano que exceder 20 anos de contribuição.

692
Q

Quais são as exceções ao critério geral de 20 anos para o acréscimo de 2% ao coeficiente de cálculo do benefício, de acordo com o art. 26, §5º, da EC nº 103/2019?

A

Resposta: As exceções são para:

Aposentadoria especial de atividades que exigem apenas 15 anos de exposição a agentes nocivos;
Mulheres filiadas ao RGPS;
Regras de transição para aposentadoria especial.

693
Q

Qual é a idade mínima exigida para aposentadoria na regra de transição do art. 16 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A idade mínima é de 56 anos para mulheres e 61 anos para homens, com acréscimo de 6 meses por ano, até atingir 62 anos (mulheres) e 65 anos (homens).

694
Q

Qual é o tempo mínimo de contribuição exigido para aposentadoria pela regra de transição do art. 16 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: 30 anos de contribuição para mulheres e 35 anos para homens.

695
Q

Como funciona o sistema de tempo de contribuição + pedágio de 50% previsto no art. 17 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: O segurado deve cumprir um pedágio de 50% do tempo que faltava para atingir 30 anos de contribuição (mulheres) ou 35 anos (homens) na data de 13/11/2019.

696
Q

Qual é a principal diferença no cálculo da RMI para a regra de transição do art. 17 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A RMI é calculada com base no fator previdenciário, conforme o art. 29, §§7º a 9º, da Lei nº 8.213/1991, sem aplicação do art. 26 da EC nº 103/2019.

697
Q

Qual é a idade mínima e o tempo de contribuição exigidos na regra de transição do art. 20 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: Para homens, 60 anos de idade e 35 anos de contribuição; para mulheres, 57 anos de idade e 30 anos de contribuição, com pedágio de 100%.

698
Q

Como é calculada a aposentadoria especial estrito senso na regra de transição do art. 21 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A aposentadoria especial estrito senso utiliza o sistema de pontos, que soma a idade e o tempo de contribuição, com base no tempo de exposição a agentes nocivos.

699
Q

O que ocorre se o trabalhador optar por uma das regras de transição da EC nº 103/2019?

A

Resposta: O trabalhador terá seu benefício calculado conforme as normas específicas de cada regra, podendo incluir pontuação, pedágio ou outros requisitos.

700
Q

Como funciona o sistema de pontuação na regra de transição do art. 15 da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A pontuação é a soma da idade e do tempo de contribuição. A pontuação começa em 86 para mulheres e 96 para homens, com acréscimo anual de 1 ponto até atingir 100 para mulheres e 105 para homens.

701
Q

Qual é o artigo da Emenda Constitucional nº 103/2019 que assegura a proteção ao direito adquirido nas aposentadorias?

A

Resposta: O art. 3º da Emenda Constitucional nº 103/2019 assegura a concessão de aposentadorias e pensões aos segurados que cumpriram os requisitos antes da reforma.

702
Q

O que é necessário para a concessão de aposentadoria com base no direito adquirido?

A

Resposta: O segurado deve ter cumprido todos os requisitos para aposentadoria até 13/11/2019. Não basta apenas estar filiado ao regime.

703
Q

Qual é a principal jurisprudência do STF sobre o direito adquirido a regime jurídico em matéria previdenciária?

A

Resposta: O STF entende que não há direito adquirido a regime jurídico previdenciário, conforme decisão na ADI 3104.

704
Q

O que ocorre com os segurados que cumpriram os requisitos para aposentadoria antes de 13/11/2019?

A

Resposta: Esses segurados podem se aposentar com base nas regras do regime anterior, observando-se a legislação vigente na data em que foram cumpridos os requisitos.

705
Q

O que é a ultratividade da lei previdenciária em relação às aposentadorias por direito adquirido?

A

Resposta: A ultratividade da lei previdenciária permite que as regras vigentes até 13/11/2019 continuem aplicáveis aos segurados que adquiriram o direito de se aposentar antes da reforma.

706
Q

Como era a aposentadoria por tempo de contribuição antes da reforma da previdência?

A

Resposta: A aposentadoria por tempo de contribuição exigia 35 anos de contribuição para homens e 30 anos para mulheres, conforme o art. 201, §7º, I, da CF de 1988 e a Lei nº 8.213/1991.

707
Q

Como é calculada a RMI para quem adquiriu o direito à aposentadoria antes da EC nº 103/2019?

A

Resposta: A RMI deve ser calculada de acordo com a legislação em vigor na data em que foram cumpridos os requisitos, sem aplicação das regras da EC nº 103/2019.

708
Q

Qual legislação regulamentava a aposentadoria por tempo de contribuição antes da Emenda Constitucional nº 103/2019?

A

Resposta: A aposentadoria por tempo de contribuição era regulamentada pelo art. 201, §7º, inciso I, da Constituição Federal, e pela Lei nº 8.213/1991.

709
Q

Qual era o tempo mínimo de contribuição para homens e mulheres antes da reforma da previdência de 2019?

A

Resposta: Para os homens, eram exigidos 35 anos de contribuição; para as mulheres, 30 anos de contribuição.

710
Q

A aposentadoria por tempo de contribuição exigia idade mínima antes da reforma da previdência?

A

Resposta: Não, a aposentadoria por tempo de contribuição não exigia idade mínima, apenas o cumprimento do tempo de contribuição.

711
Q

O que é o fator previdenciário?

A

Resposta: O fator previdenciário é um mecanismo de cálculo que visa reduzir o valor da aposentadoria para quem se aposenta mais cedo, levando em conta idade, tempo de contribuição e expectativa de vida.

712
Q

Em quais aposentadorias o fator previdenciário era obrigatório, facultativo ou dispensado antes da reforma?

A

Resposta: Era obrigatório na aposentadoria por tempo de contribuição, facultativo na aposentadoria por idade e na aposentadoria especial do deficiente.

713
Q

O que estabelecia a regra 85/95 antes da Emenda Constitucional nº 103/2019?

A

Resposta: A regra 85/95 permitia a dispensa do fator previdenciário se, na soma da idade e do tempo de contribuição, a mulher alcançasse 85 pontos e o homem 95 pontos, mantendo o tempo mínimo de contribuição (30 anos para mulheres e 35 anos para homens).

714
Q

Como era calculada a aposentadoria por tempo de contribuição para quem alcançava os pontos 85/95?

A

Para quem atingia os pontos necessários (85 para mulheres e 95 para homens), o cálculo da aposentadoria não aplicava o fator previdenciário, resultando em um benefício mais vantajoso.

715
Q

Qual é o artigo da Emenda Constitucional nº 103/2019 que assegura a proteção ao direito adquirido para a aposentadoria por tempo de contribuição?

A

Resposta: O art. 3º da Emenda Constitucional nº 103/2019 garante o direito adquirido aos segurados que cumpriram os requisitos para aposentadoria até 13 de novembro de 2019, permitindo que se aposentem pelas regras antigas.

716
Q

Qual era o tempo mínimo de contribuição exigido para homens e mulheres na aposentadoria por tempo de contribuição antes da reforma previdenciária de 2019?

A

Resposta: 35 anos para homens e 30 anos para mulheres.

717
Q

O que é o fator previdenciário?

A

Resposta: O fator previdenciário é um mecanismo de cálculo que reduz o valor da aposentadoria considerando a expectativa de vida, o tempo de contribuição e a idade do segurado ao se aposentar.

718
Q

Em quais casos o fator previdenciário era obrigatório, facultativo ou dispensado antes da reforma de 2019?

A

Resposta: O fator previdenciário era obrigatório na aposentadoria por tempo de contribuição, facultativo na aposentadoria por idade e na aposentadoria especial do deficiente.

719
Q

Como funcionava o Sistema de Pontos (85/95) criado pela Lei nº 13.183/2015?

A

Resposta: O Sistema de Pontos permitia a dispensa do fator previdenciário se o segurado alcançasse 85 pontos (mulheres) ou 95 pontos (homens), somando idade e tempo de contribuição, com tempo mínimo de 30 anos para mulheres e 35 anos para homens.

720
Q

Qual era a progressividade do Sistema de Pontos 85/95 estabelecida pela Lei nº 13.183/2015?

A

Resposta: A pontuação aumentava em 1 ponto a cada dois anos, a partir de 31 de dezembro de 2018, até atingir 90 pontos para mulheres e 100 pontos para homens em 2026.

721
Q

O que a ADI 2111, em decisão liminar, estabeleceu sobre a constitucionalidade do fator previdenciário?

A

Resposta: O Supremo Tribunal Federal, em decisão liminar, considerou constitucional o fator previdenciário, entendendo que o cálculo da aposentadoria pode ser regulado por lei, conforme o art. 201 da Constituição Federal.

722
Q

Qual é o número mínimo de contribuições exigido como carência para a aposentadoria por tempo de contribuição?

A

Resposta: A carência é de 180 contribuições mensais (15 anos), conforme o art. 25 da Lei nº 8.213/1991.

723
Q

O que o art. 142 da Lei nº 8.213/1991 estabelece para segurados filiados à Previdência Social antes de 24 de julho de 1991?

A

Resposta: A carência para aposentadorias por idade, tempo de serviço e especial obedecerá a uma tabela progressiva.

724
Q

A perda da qualidade de segurado interfere na concessão da aposentadoria por tempo de contribuição e especial?

A

Resposta: Não, conforme previsto no art. 3º da Lei nº 10.666/2003.

725
Q

O que mudou com relação à aposentadoria por tempo de serviço após a EC nº 20/1998?

A

Resposta: A aposentadoria passou a ser por tempo de contribuição, exigindo 35 anos de contribuição para homens e 30 anos para mulheres.

726
Q

O que o art. 52 da Lei nº 8.213/1991 previa originalmente para aposentadoria por tempo de serviço?

A

Resposta: A aposentadoria por tempo de serviço era devida ao segurado que completasse 25 anos de serviço, se mulher, ou 30 anos, se homem.

727
Q

Como era calculada a renda mensal inicial da aposentadoria por tempo de serviço conforme o art. 53 da Lei nº 8.213/1991?

A

Resposta: Era 70% do salário-de-benefício, com acréscimo de 6% por cada ano adicional de serviço, até o máximo de 100%.

728
Q

O tempo de serviço militar é considerado para aposentadoria por tempo de contribuição?

A

Resposta: Sim, desde que não tenha sido usado para inatividade remunerada nas Forças Armadas ou aposentadoria no serviço público.

729
Q

O que o art. 56 da Lei nº 8.213/1991 prevê para professores?

A

Resposta: O professor pode se aposentar após 30 anos de efetivo exercício em funções de magistério, e a professora, após 25 anos.

730
Q

Qual a carência mínima para a aposentadoria por tempo de contribuição e especial?

A

Resposta: 180 contribuições mensais, conforme o art. 25, inciso II, da Lei nº 8.213/1991.

731
Q

O que é necessário para averbar tempo de serviço que não determinava filiação obrigatória ao Regime de Previdência Social?

A

Resposta: O recolhimento das contribuições correspondentes, conforme o Regulamento.

732
Q

O Art. 54 da Lei nº 8.213/1991 ainda possui validade após a EC nº 103/2019?

A

Resposta: Sim, o Art. 54 ainda possui validade.

733
Q

O que ocorreu com a contagem de “tempo de serviço” após a EC nº 20/1998?

A

Resposta: O tempo de serviço foi extinto e substituído pela contagem de tempo de contribuição.

734
Q

O que é “tempo fictício” no contexto previdenciário?

A

Resposta: Tempo fictício é um período contado para aposentadoria sem efetiva contribuição, como a contagem em dobro de períodos não gozados de licença prêmio.

735
Q

O que estabeleceu o Art. 4º da EC nº 20/1998 sobre o tempo de serviço?

A

Resposta: O tempo de serviço considerado pela legislação vigente seria contado como tempo de contribuição até que uma nova lei fosse criada para disciplinar o tema.

736
Q

Como era definido o “tempo de serviço” no Decreto nº 2.172/1997, antes de ser revogado?

A

Resposta: O tempo de serviço era contado de data a data, desde o início até o requerimento ou desligamento de atividade abrangida pela previdência social.

737
Q

Como é definido “tempo de contribuição” no Decreto nº 3.048/1999?

A

Resposta: O tempo de contribuição é o período em que houve efetiva contribuição para a previdência social, sendo computado para fins de aposentadoria.

738
Q

Qual é a diferença entre “tempo de serviço” e “tempo fictício”?

A

Resposta: Tempo de serviço é o período em que o segurado prestou serviço sem, necessariamente, contribuição efetiva. Tempo fictício se refere à contagem de períodos sem trabalho ou contribuição, como tempo em dobro de licença prêmio.

739
Q

O que ocorreu com o tempo de serviço considerado para aposentadoria após a EC nº 103/2019?

A

Resposta: A contagem de tempo de serviço como tempo de contribuição só pode ser considerada para quem adquiriu o direito até 13/11/2019, devido ao direito adquirido.

740
Q

O que o §14 do Art. 201 da Constituição Federal, inserido pela EC nº 103/2019, diz sobre o tempo fictício?

A

Resposta: O §14 veda a contagem de tempo fictício para qualquer regime previdenciário, encerrando definitivamente essa possibilidade.

741
Q

Como a ausência de uma lei específica após a EC nº 20/1998 influenciou a contagem de tempo de serviço no RGPS?

A

Resposta: A ausência de uma lei específica fez com que o tempo de serviço continuasse a ser considerado tempo de contribuição no RGPS até a EC nº 103/2019.

742
Q

O que estabelece o §14 do Art. 201 da Constituição Federal, inserido pela EC nº 103/2019?

A

Resposta: Estabelece a vedação da contagem de tempo de contribuição fictício para concessão de benefícios previdenciários e contagem recíproca.

743
Q

O que diz o Art. 25 da EC nº 103/2019 sobre o tempo de contribuição fictício?

A

Resposta: Assegura a contagem de tempo de contribuição fictício para concessão de aposentadoria no RGPS, conforme a legislação vigente até a entrada em vigor da EC nº 103/2019.

744
Q

Quais eram os requisitos da aposentadoria por tempo de contribuição no antigo regime?

A

Resposta: Carência de 180 meses, 35 anos de contribuição para homens, 30 anos de contribuição para mulheres, e sem exigência de idade mínima.

745
Q

O fator previdenciário era obrigatório em qual tipo de aposentadoria?

A

Resposta: O fator previdenciário era obrigatório na aposentadoria por tempo de contribuição.

746
Q

Qual a diferença entre “tempo de serviço” e “tempo fictício”?

A

Resposta: “Tempo de serviço” é o tempo contado para aposentadoria sem consideração de contribuição efetiva, enquanto “tempo fictício” é um período contado sem que tenha havido efetiva prestação de serviço e contribuição.

747
Q

Quais eram os requisitos para a aposentadoria por idade do trabalhador urbano antes da EC nº 103/2019?

A

Resposta: 65 anos de idade para homens e 60 anos para mulheres, com carência de 180 contribuições mensais.

748
Q

O que ocorre com a contagem de tempo fictício após a EC nº 103/2019?

A

Resposta: A EC nº 103/2019 veda a contagem de tempo fictício para concessão de benefícios, exceto nos casos de direito adquirido anteriores à sua entrada em vigor.

749
Q

O que a tabela progressiva do Art. 142 da Lei nº 8.213/1991 regula?
.

A

Resposta: Regula a carência para aposentadoria para segurados inscritos na previdência social antes de 24 de julho de 1991

750
Q

Qual era a carência para aposentadoria por idade antes da Lei nº 8.213/1991?

A

Resposta: A carência era de 60 meses conforme a antiga Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS).

751
Q

Como a EC nº 103/2019 impactou o conceito de tempo fictício?

A

Resposta: A EC nº 103/2019 extinguiu o conceito de tempo fictício para novos cálculos, preservando apenas os direitos adquiridos antes de sua promulgação.

752
Q

O que diz a jurisprudência sobre a perda da qualidade de segurado em relação à carência para aposentadoria?

A

Resposta: A perda da qualidade de segurado não impede o uso da carência já cumprida, ou seja, o saldo de contribuições permanece no patrimônio jurídico do segurado.

753
Q

O que estabelece o art. 3º da Lei n. 10.666/2003 sobre a aposentadoria por idade?

A

Resposta: A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão de aposentadoria por idade, desde que o segurado tenha cumprido o tempo de contribuição necessário para a carência.

754
Q

O que regula o art. 142 da Lei n. 8.213/1991?

A

Resposta: Regula a tabela progressiva de carência para segurados filiados até 24 de julho de 1991, aplicável a aposentadorias por idade, tempo de serviço e especial.

755
Q

O que decidiu o STJ no AgRg no REsp 512.592/PR sobre a regra de transição do art. 142 da Lei n. 8.213/1991?

A

Resposta: O STJ decidiu que a regra de transição do art. 142 da LBPS se aplica a segurados que tinham contribuições anteriores a 24 de julho de 1991, mesmo que tenham perdido a qualidade de segurado.

756
Q

Como a Medida Provisória n. 767/2017 alterou a regra de recuperação da carência?

A

Resposta: A MP 767/2017 estabeleceu que, após a perda da qualidade de segurado, seria necessário um novo período de carência completo para obter o benefício.

757
Q

Como a Lei n. 13.457/2017 mudou a recuperação de carência após a perda da qualidade de segurado?

A

Resposta: A Lei n. 13.457/2017 permitiu a recuperação da carência com novos recolhimentos, exigindo apenas a metade do prazo de carência para o benefício pretendido.

758
Q

O que a Lei n. 13.846/2019 estabeleceu sobre a recuperação de carência?

A

Resposta: A Lei n. 13.846/2019 determinou que, após a perda da qualidade de segurado, é necessário o recolhimento integral dos prazos de carência para o benefício pretendido.

759
Q

Qual a redação atual do art. 27-A da Lei n. 8.213/1991?

A

Resposta: O art. 27-A estabelece que, após a perda da qualidade de segurado, o segurado deve contar com nova filiação e cumprir integralmente o prazo de carência exigido para os benefícios.

760
Q

O que acontece se um segurado já tiver cumprido a carência para aposentadoria, mas perder a qualidade de segurado?

A

Resposta: A perda da qualidade de segurado não impede o uso da carência já cumprida para a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição, especial ou por idade, conforme estabelecido pela Lei n. 10.666/2003.

761
Q

O que estabelece o art. 142 da Lei n. 8.213/1991?

A

Resposta: O art. 142 estabelece uma tabela progressiva de carência para segurados inscritos até 24/07/1991, aplicável às aposentadorias por idade, por tempo de contribuição e especiais.

762
Q

O que o INSS considera para o uso da tabela progressiva do art. 142 da Lei n. 8.213/1991?

A

Resposta: O INSS adota o entendimento de que basta o implemento do requisito etário para aplicar a tabela progressiva, conforme Parecer CONJUR/MPS 616/2010 e jurisprudência do STJ.

763
Q

Qual jurisprudência consolidou a irrelevância da perda da qualidade de segurado para concessão de aposentadoria por idade?

A

Resposta: O STJ consolidou o entendimento de que a perda da qualidade de segurado é irrelevante para a concessão de aposentadoria por idade, desde que cumpridos os requisitos de idade mínima e carência (REsp 450.078/RS).

764
Q

O que diz o art. 3º, caput e §1º, da Lei n. 10.666/2003 sobre a aposentadoria por idade?

A

Resposta: A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão de aposentadoria por idade, desde que o segurado tenha cumprido o tempo de contribuição necessário para a carência.

765
Q

Qual é a redação do art. 48 da Lei n. 8.213/1991 sobre a aposentadoria por idade?

A

Resposta: A aposentadoria por idade será devida ao segurado que, cumprida a carência, completar 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se mulher.

766
Q

Qual é o critério para a aplicação da tabela progressiva do art. 142 da Lei n. 8.213/1991, conforme a IN n. 128/2022?

A

Resposta: O número de meses de contribuição exigido para carência será o do ano em que o segurado completar o requisito etário, mesmo que a carência seja cumprida em ano posterior.

767
Q

O que ocorre se os requisitos para aposentadoria forem cumpridos antes da EC n. 103/2019, mas o pedido for feito posteriormente?

A

Resposta: O segurado terá direito adquirido, e o benefício será concedido de acordo com as regras vigentes antes da EC n. 103/2019, independentemente da data do requerimento administrativo.

768
Q

O que estabelece o art. 3º da Portaria 450 sobre as regras de transição das aposentadorias?

A

Resposta: As regras de transição para aposentadorias por idade, tempo de contribuição, especial e do professor incidem sobre os requerimentos de segurados filiados ao RGPS até 13 de novembro de 2019, respeitado o direito adquirido, independentemente da data de entrada do requerimento (DER).

769
Q

Como é calculada a Renda Mensal Inicial (RMI) da aposentadoria por idade para casos de direito adquirido?

A

Resposta: A RMI é calculada de acordo com o art. 50 da Lei n. 8.213/1991, permitindo o descarte de 20% dos salários de contribuição mais baixos, sem prejuízo ao segurado, ao contrário da regra desfavorável do art. 26 da EC 103/2019.

770
Q

O que prevê o §6º do art. 26 da Emenda Constitucional n. 103/2019 sobre o descarte de contribuições?

A

Resposta: O §6º permite o descarte de contribuições que resultem em redução do valor do benefício, mas impede o uso dessas contribuições descartadas para outros fins, como o acréscimo de 2% ao cálculo do benefício ou a averbação em outro regime.

771
Q

Qual a diferença entre a regra de cálculo do salário de benefício antes e depois da EC n. 103/2019?

A

Resposta: Na regra anterior (art. 29, I, da Lei n. 8.213/1991), o salário de benefício era calculado com base nos 80% maiores salários de contribuição, enquanto a regra atual da EC 103/2019 não permite o descarte de contribuições sem prejuízo ao segurado.

772
Q

Como é apurada a renda mensal inicial (RMI) da aposentadoria por idade antes da EC n. 103/2019?

A

Resposta: A RMI era calculada com um coeficiente inicial de 70%, acrescido de 1% a cada 12 contribuições, até o limite de 100% do salário de benefício. Na prática, com 180 meses de contribuição, o segurado urbano recebia 85% do salário de benefício.

773
Q

O que ocorre com as contribuições descartadas segundo a regra atual do art. 26 da EC n. 103/2019?

A

Resposta: As contribuições descartadas não podem ser usadas para qualquer finalidade, como acréscimo no cálculo de 2% ou para a obtenção de proventos de inatividade, sendo simplesmente inutilizadas.

774
Q

Como a regra anterior de cálculo do salário de benefício beneficiava o segurado?

A

Resposta: A regra anterior permitia o descarte de 20% dos menores salários de contribuição, o que beneficiava o segurado sem que isso afetasse o tempo total de contribuição ou o acréscimo de 2% ao cálculo do benefício.

775
Q

Quais são os requisitos para a aposentadoria por idade urbana no regime anterior à EC 103/2019?

A

Resposta: Idade mínima de 65 anos para homens e 60 anos para mulheres, carência de 180 meses, com RMI de 70% do SB + 1% por grupo de 12 contribuições, limitado a 100% do SB. A aplicação do fator previdenciário era facultativa.

776
Q

Quais são os requisitos para a concessão da aposentadoria por idade rural após a EC 103/2019?

A

Resposta: Idade mínima de 60 anos para homens e 55 anos para mulheres, com comprovação de atividade rural no período equivalente à carência exigida, mesmo que de forma descontínua.

777
Q
A
778
Q

Quais são as duas espécies de trabalhadores rurais arroladas no art. 201, §7º, II da CF?

A

Resposta: Trabalhadores rurais e trabalhadores que laboram em regime de economia familiar.

779
Q

Quais categorias de segurados rurais do RGPS têm direito à redução da idade mínima para aposentadoria?

A

Resposta: Empregados rurais, contribuintes individuais rurais, trabalhadores avulsos rurais, e segurados especiais (produtor rural, garimpeiro e pescador artesanal).

780
Q

Quais categorias de segurados rurais do RGPS têm direito à redução da idade mínima para aposentadoria?

A

Resposta: Empregados rurais, contribuintes individuais rurais, trabalhadores avulsos rurais, e segurados especiais (produtor rural, garimpeiro e pescador artesanal).

781
Q

Qual é a idade mínima para aposentadoria por idade de segurados especiais?

A

Resposta: 60 anos para homens e 55 anos para mulheres.

782
Q

Qual é a idade mínima para aposentadoria por idade de segurados especiais?

A

Resposta: 60 anos para homens e 55 anos para mulheres.

783
Q

O que define a qualidade de segurado especial?

A

Resposta: A comprovação do desempenho efetivo de atividade rural em regime de economia familiar.

784
Q

O que define a qualidade de segurado especial?

A

Resposta: A comprovação do desempenho efetivo de atividade rural em regime de economia familiar.

785
Q

Qual é o limite de terra para ser considerado segurado especial?

A

Resposta: Um imóvel rural que corresponda a no máximo 4 módulos fiscais.

786
Q

Qual é o limite de terra para ser considerado segurado especial?

A

Resposta: Um imóvel rural que corresponda a no máximo 4 módulos fiscais.

787
Q

Quais são os requisitos de carência para aposentadoria por idade de trabalhadores rurais?

A

Resposta: Comprovar o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo equivalente ao número de meses de contribuição exigidos.

788
Q

Quais são os requisitos de carência para aposentadoria por idade de trabalhadores rurais?

A

Resposta: Comprovar o exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo equivalente ao número de meses de contribuição exigidos.

789
Q

O que diz a jurisprudência sobre o “período imediatamente anterior” ao requerimento de aposentadoria?

A

Resposta: O termo “imediatamente anterior” não significa que o trabalhador tenha que laborar até a véspera do requerimento, mas sim que não tenha transcorrido longo tempo do afastamento da atividade rural.

790
Q

O segurado especial precisa morar no imóvel rural que utiliza para produção?

A

Resposta: Não, pode residir em aglomerado urbano ou rural próximo.

791
Q

O segurado especial pode contar com a colaboração de terceiros?

A

Resposta: Sim, desde que seja a título de mútua colaboração.