Prescrições no PS Flashcards
- ABSCESSO SUBCUTÂNEO.?
ABSCESSO SUBCUTÂNEO:
- Calor úmido.
- Drenagem com assepsia e anestesia local com Lidocaína 2%
- Tratamento da dor e da febre:
- Dipirona 1g/2ml + AD 8ml EV;
- Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml: 1 ampola IM.
- Antibioticoterapia ambulatorial:
- Cefalexina: 500mg VO de 6/6h por 7 dias.
- Cefadroxil: 500mg VO de 12/12h por 7 dias.
- ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA/DELIRIUM TREMENS.?
ABSTINÊNCIA ALCOÓLICA / DELIRIUM TREMENS:
- Excluir outras causas (IH, TCE, HDA, infecções, etc.).
- SG 5% 1000ml EV;
- Complexo B: 1 ampola + AD EV;
- Diazepam: 5 a 10mg EV lento, até 8/8h, de horário ou se agitação motora. Pode ser feito Valium® 10mg, 1 comprimido VO, 1-3x ao dia. OBS: O álcool causa resistência aumentada aos benzodiazepínicos, o que pode exigir doses mais altas de Diazepam.
- Haloperidol (Haldol®) 5mg/ml: ½ a 1 ampola IM de 4/4h, se necessário (em caso de delírios e alucinações).
- ACIDENTES OFÍDICOS.?
ACIDENTES OFÍDICOS
- Monitorar paciente: cabeceira elevada; ECG contínuo; oxímetro de pulso; diurese (sonda vesical de demora); eletrólitos; coagulograma;
- Hidratação venosa abundante: SF 0,9% 50- 100ml/kg EV;
- Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: 1 ampola + AD EV;
- Dipirona 1g/2ml: 1 a 2 ampolas EV;
- Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml: 1 ampola + AD EV, se necessário;
- Lidocaina 2%: aplicar no local da picada;
- Em caso de acidente elapídico (cobra coral), utilizar anticolinesterásico (Neostigmina - dose de ataque: por via venosa, 0,25mg, nos adultos ou 0,05mg/kg, nas crianças; manutenção: 0,05 a 01mg/kg, via intravenosa, a cada 4 horas, precedido de Atropina via intravenosa 0,5mg/kg adultos ou 0,05mg/kg nas crianças).
- Soro específico: apenas para pacientes com quadro clínico exuberante e alterações laboratoriais.
- AGITAÇÃO PSICOMOTORA:
- ALERGIA/ REAÇÃO ALÉRGICA.?
ALERGIA/ REAÇÃO ALÉRGICA
- Prometazina (Fenergan®) 50mg/2ml: 1 ampola IM (12/12h). Criança: 0,5mg/kg IM.
- Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 ampola EV (12/12h).
- Cimetidina: 01 ampola + AD 10 ml EV lento;
- Adrenalina: 0,3 ml IM (em caso de anafilaxia ou cianose central).
- AMIGDALITE ESTREPTOCÓCICA.?
- AMIGDALITE AGUDA NÃO-ESPECIFICADA.?
AMIGDALITE ESTREPTOCÓCICA
- Pronto-atendimento
- Penicilina benzatina (Benzetacil®): 1 ampola (1200000 UI) IM, em dose única.
- Diclofenaco (Voltaren®) 75mg, 1amp IM.
- Dipirona 1g/2ml + AD (8ml) EV.
- Tratamento ambulatorial
- Antibioticoterapia: Amoxicilina 500mg VO, de 8/8h; Azitromicina 500mg VO, 1x/dia; etc.
- Anti-inflamatórios: Diclofenaco de sódio 50mg VO, de 8/8h; Nimesulida 100mg VO, 12/12h a 8/8h.
- Paracetamol 500mg de 8/8h, se febre.
AMIGDALITE AGUDA NÃO-ESPECIFICADA
- Dipirona 1g/2ml: 1 ampola + AD EV;
- Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml: 1 ampola IM;
- Ambulatorial: Nimesulida (Optaflan®, Nisufar®) 100mg, 12/12h a 8/8h.
- Avaliar a necessidade de antibioticoterapia.
- ANAFILAXIA/ CHOQUE ANAFILÁTICO.?
ANAFILAXIA/ CHOQUE ANAFILÁTICO
- Avaliação inicial; verificar permeabilidade de vias aérea; Monitorização (oximetria de pulso, pressão arterial, etc.); proceder com cricotireoidostomia se necessário.
- Soro fisiológico 0,9% ou Ringer Lactato 1 – 2 litros EV, em jelco calibroso (para crianças, 20ml/kg em bolus).
- Anti-histamínicos:
- Bloqueador H1: Prometazina (Fenergan®) 1 ampola IM;
- Bloqueador H2: Ranitidina 1 ampola
+ AD EV.
- Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 ampola IM. Os corticoides não tem efeito imediato na anafilaxia e, portanto, não devem ser utilizados em monoterapia. A administração precoce tenta prevenir a fase tardia. Portadores de asma podem se beneficiar.
- Em caso de colapso respiratório ou cianose: Adrenalina, lentamente, podendo ser repetido de 5 em 5 minutos, utilizando as seguintes vias:
- SC (em desuso): se cianose periférica;
- IM (principal via): se cianose central;
EV: se administração IM não for eficaz ou se sinais de choque.
SC IM
Adultos
Concentração: 1:1000 (ampola padrão de 1ml) Dose: 0,3 a 0,5ml
(0,3 a 0,5mg)
Crianças
Concentração: 1:1000
Dose: 0,01ml/kg/dose
(máximo: 0,3ml)
EV
Adultos
Concentração: 1:10000 (1 ampola em 9 ml de SF) Dose: 1 a 3ml da solução em infusão lenta (5 minutos)
Crianças
Concentração: 1:10000
Dose: 0,01ml/kg/dose (máximo: 0,3ml)
OBS: Em caso de PCR, injetar 1 a 3mg (+ SF 20ml EV em flush) inicialmente, podendo repetir a cada 3 minutos (levantando o membro após a administração).
- ANGINA ESTÁVEL/ SÍNDROME CORONARIANACRÔNICA
ANGINA ESTÁVEL/ SD CORONARIANACRÔNICA:
- Acido Acetilsalicílico (AAS), 85 a 325mg/dia
VO; ou Clopidogrel, 75mg VO 1x ao dia.
- Nitrato de isossorbida (Isordil®) 5mg VO ou SL. Contraindicações: hipotensão e uso de medicamentos contra impotência sexual a base de sildefanila.
- Nifedipino (Adalat®) 1 cápsula VO (evitar o uso sublingual), se PA elevada.
Propranolol 40mg: 1 comprimido VO.
- Contraindicações: DPOC, Asma.
- Morfina 1 ampola + 8ml AD – fazer 3ml da solução.
- Diazepam 1 ampola IM ou + AD EV.
- ASCITE
ASCITE
- Restrição de sódio: 2g/dia, equivalente a 4-6g de sal (NaCl) ou 2 colheres de chá rasa.
- Realizar restrição hídrica (1 a 1,5 litros/dia) somente se o paciente tiver hiponatremia (Na
< 125).
- Diuréticos via oral: Espironolactona e Furosemida na proporção de 100mg:40mg. Aumentar as doses (dos dois diuréticos concomitantemente e na mesma proporção), a cada 3 a 5 dias, até alcançar um dos alvos: Redução de 0,5kg/dia OU Redução de 1kg/dia com edema. Evitar o uso de diuréticos se ocorrer alteração importante da função renal.
OBS: Em casos de paracenteses de grande volume (definição: retirada > 5 litros de líquido ascítico), devemos repor 6 a 10g de albumina a cada litro de líquido ascítico retirado (incluir na conta os 5 litros retirados inicialmente).
Litros de ascite retirados x 0,8 = número de frascos de albumina (apresentações: Albumina frascos de 10g/50ml)
OBS: Em caso de peritonite bacteriana espontânea (PBE), bacterascite (sintomáticos) ou ascite neutrocítica:
- Cefotaxima: 2g, 2x/dia por 5 dias.
- Ofloxacina: 400mg, 2x/dia por 5 dias.
- Amoxacilina + Ac. Clavulânico: 1,5g, 3x/dia.
- ASTENIA/INAPETÊNCIA
ASTENIA/INAPETÊNCIA
- Soro RL 500 ml IV ou Soro Glicosado 50% + 2 a 3 ampolas de glicose 50%.
- Vitamina C: 1 ampola no soro.
- Complexo B: 1 ampola + AD EV.
- AVC HEMORRÁGICO/ HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA
AVC HEMORRÁGICO/ HEMORRAGIA INTRAPARENQUIMATOSA
- Solicitar tomografia computadorizada de crânio pra confirmar o sangramento.
- Garantir vaga em UTI.
- O2 inalatório sob cateter nasal (3 litros/minuto), se paciente consciente.
- Garantir acesso venoso.
- Garantir PAS entre 140-160 mmHg (PA média deve ser mantida abaixo de 130 mmHg). Se pico hipertensivo, iniciar Nitroglicerina (Tridil®) 5mg/ml: 1 a 2 ampolas + SF 0,9% 100ml EV em BIC, 5 a 10 ml/hora, inicialmente (ajustar de acordo com medidas seriadas da pressão).
- Evitar hipertensão intracraniana. Manter a pressão de perfusão cerebral (PPC) > 70 mmHg e a pressão intracraniana (PIC) < 20 mmHg. Pode-se optar por medidas anti- edema:
- Utilizar Manitol 20%: dose de 0,5 a 1g/kg de peso (dose máxima de 2g/kg) EV em bolus de 30min, a cada
6 ou 8h. Sugestão de prescrição: Manitol 20% (250ml) – fazer 1 bolsa EV rápida e 1 bolsa EV lenta (correr em 30 a 60 minutos).
- Elevar a cabeceira do leito até 45º.
- Hiperventilação: o objetivo é reduzir a PaCO2 para níveis entre 30 e 35 mmHg, determinando vasoconstricção cerebral quase imediata.
- Sedação e/ou bloqueio neuromuscular, se necessário. Optar por Benzodiazepínicos, Barbitúricos ou Propofol.
- Anticonvulsivantes: alguns autores recomendam profilaticamente em hemorragias lobares e profundas com inundação ventricular. Opta-se pela Fenitoína (Hidantal®) 2 a 3ml (100 a 150mg) + AD EV, de 8/8h.
- Corticosteroides: atualmente, não têm sido recomendados pelos seus efeitos colaterais e pela falta de benefício clínico.
- Encaminhar para serviço de neurocirurgia se:
- Hemorragia cerebelar > 3cm de diâmetro (especialmente se há deterioração neurológica ou compressão do tronco encefálico e hidrocefalia secundária à obstrução ventricular);
- Hemorragia lobar com deterioração neurológica, principalmente em pacientes jovens.
OBS: Pacientes com pequenas hemorragias (< 10 cm3), déficits neurológicos discretos, bem como pacientes com hemorragias extensas e quadro neurológico muito grave (escala de coma de Glasgow ≤ 4), em geral, não têm indicação cirúrgica.
- Medidas de suporte:
- Recorrer a protetor gástrico: Omeprazol EV ou VO, em jejum.
- Entubação orotraqueal em todo paciente com comprometimento de vias aéreas ou Glasgow < 8 pontos.
- Passar sonda nasoentérica em todos os pacientes que apresentem disfunção da deglutição e risco de aspiração.
- Medidas para evitar escaras de decúbito: colchão caixa de ovos, mudança de decúbito a cada 2h.
- Fisioterapia motora e respiratória iniciada ainda no pronto-socorro.
- AVC HEMORRÁGICO/ HEMORRAGIA SUBARACNOIDE (HSA)
AVC HEMORRÁGICO/ HEMORRAGIA SUBARACNOIDE (HSA) [I60.9]
- Solicitar tomografia computadorizada de crânio pra confirmar o sangramento.
- Garantir vaga em UTI.
- O2 inalatório sob cateter nasal (3 litros/minuto), se paciente consciente.
- Garantir acesso venoso.
- Tratamento das complicações neurológicas:
- Ressangramento (1º – 7º dias): medidas gerais (repouso absoluto, ansiolíticos, analgesia, laxantes), tratamento de pressão arterial muito elevada, além do tratamento do próprio aneurisma roto (cirúrgico ou endovascular).
- Vasoespasmo (3º – 14 dias): hipertensão arterial farmacologicamente induzida, hipervolemia e hemodiluição. O uso de Nimodipina 60mg 4/4h (por 21 dias), segundo alguns estudos, parece melhorar o prognóstico do vasoespasmo.
- Hidrocefalia: ocorre devido à formação de coágulos, que bloqueiam a drenagem liquórica. Tratamento: derivação ventrículo- externa (DVE), para os casos graves.
- Convulsões: podem ocorrer em 25% dos casos nas primeiras 24h. Preferir outros anticonvulsivantes que não a Fenitoína (estudos mostraram piora do prognóstico).
- Tratamento do aneurisma roto propriamente dito (neurocirúrgico x vascular): a escolha do método terapêutico depende de vários aspectos, como o estado clínico do paciente, a localização e as características anatômicas d aneurisma roto, bem como a experiência do médico e do assistente.
- AVC ISQUÊMICO
AVC ISQUÊMICO
- Descartar AVC hemorrágico fazendo uso de tomografia, se disponível; uma vez descartada (ausência de imagens hiperdensas sugerindo sangramentos), proceder com as seguintes condutas:
- Garantir vaga em UTI.
- O2 inalatório sob cateter nasal (3 litros/minuto), se paciente consciente.
- Hidratação com SF 0,9%, de acordo com o grau de desidratação do paciente. Não utilizar soluções contendo glicose.
- Terapia trombolítica:
- Se o paciente tiver menos de 4,5 horas de evolução, for descartado o AVC hemorrágico e todas as contraindicações: rtPA/Alteplase (Actylise®) 0,9 mg/kg de peso (dose máxima: 90 mg) – fazer 10% EV em bolus, durante 2 minutos, e o restante, infundido EV em 1 hora.
- Se o paciente tiver mais de 4,5 horas de evolução ou se o serviço não tiver rtPA disponível, optar por: AAS 3 comprimidos (300mg) VO ou via SNE, 24/24h, em todo pacientes com AVCi na entrada ou nas 24h após a trombólise.
- Terapia anticoagulante: utilizar heparina em dose plena (Heparina não-fracionada 4000UI+SF 0,9% 100ml a cada 4h em bomba de infusão contínua ou Enoxaparina 1mg/kg a cada 12h) em casos de AVCi cardioembólico sem transformação hemorrágica. Relativamente, indica-se em casos de AVCi em progressão, trombose de artéria basilar e ataques isquêmicos transitórios de repetição.
- Controle da PA: em caso de trombólise, reduzir PA para nível abaixo de 185x110mmHg; na ausência de indicação de trombólise, reduzir PA para valores abaixo de 220x120mmHg. Nunca reduzir bruscamente. Optar por betabloqueadores (Metoprolol).
- Medidas antiedema: utilizar em casos de AVCi extensos e território de artéria cerebral média.
- Utilizar Manitol 20%: dose de 0,5 a 1g/kg de peso (dose máxima de 2g/kg) EV em bolus de 30min, a cada
6 ou 8h. Sugestão de prescrição: Manitol 20% (250ml) – fazer 1 bolsa EV rápida e 1 bolsa EV lenta (correr em 30 a 60 minutos).
- Elevar a cabeceira do leito até 30º (elevações maiores podem prejudicar o fluxo sanguíneo cerebral).
1. Controle de crises convulsivas: medidas de suporte respiratório, obtenção imediata de acesso venoso e oximetria de pulso. - Em caso de crise única, interromper com Diazepam 10mg EV lentamente, até controle da crise.
- Controlada a crise, pode-se iniciar Fenitoína (Hidantal®) 18 a 25mg/kg em SF0,9% 250ml, em 40 a 50 minutos (ampola de fenitonína: 250mg/5ml).
- Manutenção: Fenitoína 2 a 3ml (100 a 150mg) + AD EV, de 8/8h, por 3 a 4 dias (seguido de manutenção: Fenitoína 100mg 12/12h VO).
- Medidas de suporte:
- Recorrer a protetor gástrico: Omeprazol EV ou VO, em jejum.
- Entubação orotraqueal em todo paciente com comprometimento de vias aéreas ou Glasgow < 8 pontos.
- Passar sonda nasoentérica em todos os pacientes que apresentem disfunção da deglutição e risco de aspiração.
- Medidas para evitar escaras de decúbito: colchão caixa de ovos, mudança de decúbito a cada 2h.
- Fisioterapia motora e respiratória iniciada ainda no pronto-socorro.
- CEFALEIAS PRIMÁRIAS
CEFALEIAS PRIMÁRIAS:
- Em caso de cefaleia migrânea /enxaqueca (G43.9):
- Analgésicos comuns: Dipirona 1g/2ml + Glicose a 50% 1 ampola EV lento.
- Corticoides: Dexametasona (Decadron®) 4 a 10mg EV.
- Anti-inflamatórios não hormonais:
- Diclofenaco (Voltaren®) 1 ampola (75mg/3ml) IM;
- Tenoxicam 20 a 40mg EV ou IM.
- Se ausência de resposta às medidas anteriores: Cetoprofeno 100mg + SF 100ml EV lento.
- Antieméticos: em caso de gastroparesia associada à enxaqueca.
- Metoclopramida (Plasil®) 10mg EV;
- Domperidona (Motilium®) 10mg IM ou VO.
- Se cefaleia em salvas:
- Oxigênio em máscara de Venturi a 100%, 12 l/min por 30 min com o paciente sentado (não deitado) e com cabeça baixa;
- Se ausência de resposta à oxigenioterapia: Cetoprofeno 100mg
+ SF 100ml EV lento.
- Tratamento ambulatorial:
- Cefaliv® (dihidroergotamina + dipirona + cafeína) ou Cefalium® (dihidroergotamina + paracetamol + cafeína): 1 comprimido VO, 6/6h. Na crise repetir a cada 1/1h (máximo 6 comprido).
- Ergotamina (Migrane®, Ormigrein®):
1 comprimido VO, 6/6h. Na crise repetir a cada 1/1h (máximo 6 comprido). Contraindicação: histórico de insuficiência coronariana.
- Acetaminofeno 750 a 1000mg, VO.
- Sumatriptano (Imigran®) 25mg: tomar 1 comprimido VO, de 2/2h, até melhora (dose máxima: 300mg/dia).
- CELULITE
- CELULITE FACIAL
CELULITE
- Higienização c/ SF a 0,9% + Repouso + Elevação do Membro.
- Compressas mornas de Permanganato de potássio (1:10.000).
- Antibioticoterapia:
- Penicilina G Procaína (1ª escolha): 400.000UI IM de 12/12h por 10 dias.
- Dicloxacilina: 500mg VO de 6/6h por 10 dias.
- Cefalosporina de 1ª geração: Cefalexina 500mg VO de 6/6h por 10 dias.
- Oxacilina: 2g IV de 4/4h por 10 dias.
- Vancomicina: 1g IV de 12/12h por 10 dias.
CELULITE FACIAL
- Dipirona 1g/2ml + Água destilada 8 ml EV lento;
- Cefalexina 500mg – 1g VO, 6/6h, por 14 dias.
- CETOACIDOSE DIABÉTICA
CETOACIDOSE DIABÉTICA
- Solicitar: glicemia capilar (HGT), ionograma (Na, K, Cl, HCO3), ureia, creatinina, cetonúria (pode persistir após a correção, não sendo usada para acompanhamento) gasometria arterial e ânion Gap.
- Hidratação venosa (medida mais importante e de maior impacto no tratamento): Soro Fisiológico 0,9% 1000ml EV na 1ª hora (333 gotas/min). Depois, avaliar Sódio sérico:
- Se Na+ baixo (<135mEq/L): manter SF 0,9% EV 250- 500ml/hora, conforme a necessidade do paciente.
- Se Na+ normal ou alto (>145mEq/L): iniciar SF 0,45% (250ml de SF 0,9% + 250ml de água destilada) EV 250- 500ml/hora.
- Insulinoterapia (após 1 hora de reposição volêmica): resolve a acidose e a cetogênese.
- Deve ser feito Insulina Regular 0,1 U/kg (10 a 20UI) EV em bolus (rápida). Posteriormente, fazer 0,1UI/kg/hora de Insulina Regular em BIC. Pode-se diluir
- 25 unidades (0,25ml) em 250ml de soro fisiológico (montando uma solução com 0,1 U/ml) e calcular 1ml/kg/hora em infusão contínua (se o paciente estiver muito edemaciado, pode-se reduzir a infusão hídrica pela metade aumentando a insulina: 50 U + 250ml à 0,5ml/kg/hora).
- Medir glicemia capilar (HGT) a cada hora. Objetivo: reduzir glicemia 50-75mg/dl/hora (não pode reduzir muito bruscamente devido à possibilidade de edema cerebral). Se glicose não baixar na faixa desejada, dobrar a dose (infusão) de insulina na próxima hora.
- Quando glicemia estiver em 200-250mg/dl à iniciar SG 5% 5-10ml/kg/hora (máximo: 250ml/hora) e reduzir a infusão de insulina pela metade (fase de manutenção). Pode-se manter o SG 5% até que o paciente seja capaz de se alimentar por contra própria.
- Após a hidratação venosa, realizar o controle do Potássio (simultaneamente à Insulinoterapia):
* Se K+ alto (> 5,2): não repor potássio e fazer apenas a insulinoterapia. Checar potássio de 2/2 horas.
* Se K+ de 3,3 – 5,2: adicionar 20-30 mEq de Potássio por soro.
* Se K+ baixo (<3,3): repor K+ (40 mEq/hora) e adiar a insulinoterapia.
- Após a hidratação venosa, realizar o controle do Potássio (simultaneamente à Insulinoterapia):
- Se pH arterial < 6,9 (acidose grave): repor HCO3 (100 mEq).
- Após estabilização (pH > 7,3; Bicarbonato > 18 mEq/L; Glicemia < 200mg/dl), liberar a dieta e iniciar esquema de insulinização subcutânea (insulina regular 0,5 a 0,8 U/kg). Suspender insulina venosa somente após 1-2 horas da dose de insulina SC. Após estabilização.
- completa, controlar glicemia com Insulina Regular conforme protocolo:
CHOQUE CARDIOGÊNICO
CHOQUE CARDIOGÊNICO
- Garantir vaga em UTI;
- Medidas iniciais gerais e de suporte hemodinâmico;
- Drogas vasoativas:
- Soro glicosado 5% 250ml + Dobutamina 250mg/20ml (2 ampolas) + Noradrenalina 8mg/4ml (1 ampola): correr em 2 horas (gotejamento: 50 gotas/min); OU
- Dopamina (50mg/10ml) 5 ampolas + SF ou SG 200ml (concentraçãoo: 1mg = 1000µg/1ml = 20 gotas ou seja: 50µg/gota): fazer 10µg/kg/min (gotejamento: 0,2 gotas x peso/min).
- AAS 100mg: 3 comprimidos VO;
- Clopidogrel 75mg: 2 a 4 comprimidos VO;
- Clexane 60mg: 1 ampola SC;
- Proceder com exames laboratoriais (solicitar enzimas cardíacas) e eletrocardiograma de 12 derivações;
- Medir diurese.
- COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA(CIVD)
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA(CIVD) [D65]
- Tratar causa de base (septicemia, politrauma, TCE, grandes cirurgias, pró-coagulação relacionada a câncer, leucemia aguda, complicação da gravidez, overdose de anfetamina, aneurisma de aorta abdominal, reação hemolítica transfusional, hemoglobinúria paroxística, venenos de cobra, queimaduras, púrpura fulmonante, etc.);
- Transfundir concentrado de plaquetas (1 unidade para cada 10 kg de peso) se houver nível de plaquetas abaixo de 50.000/μl associado a sangramento ou se o nível das plaquetas estiver abaixo de 10.000/μl, mesmo na ausência de sangramento;
- Plasma fresco congelado (1200ml EV – aproximadamente 5 unidades);
- Suporte clínico.
- CÓLICAS/DOR ABDOMINAL TIPO CÓLICA
CÓLICAS/DOR ABDOMINAL TIPO CÓLICA
- Buscopan® composto (Hioscina + Dipirona) 1 amp (2ml) + AD 10ml EV lento. OBS: Alérgicos à dipirona: Buscopan simples (Hioscina) 1 ampola + AD EV lento.
- CÓLICA NEFRÉTICA / CÁLCULO RENAL OUUROLITÍASE
CÓLICA NEFRÉTICA / CÁLCULO RENAL OU
UROLITÍASE
- Dipirona 1g/2ml + Plasil® 10mg/2ml + Água destilada EV lento (estudos recomendam evitar a Hioscina); e/ou Diclofenaco (Voltaren®) 75mg/3ml – 1 ampola IM (em caso de dúvida diagnóstica com lombociatalgia).
- Se necessário, administrar opioides mais potentes:
- Tramadol (Tramal®) 1 ampola + SF 0,9% 100ml EV lento; ou
- Morfina 1 ampola (1 ml = 10mg) + AD 9 ml à fazer 3 a 5ml da solução.
- Prescrição para alta:
- Tamsulosin (OMNIC®, Secotex®) 0,4mg/dia, por até 4 semanas.
- Se dor:
- Tropinal® (Dipirona 300mg
- Escopolamina 6,5mcg + Hioscina 104mcg + Homatropina 1mg) VO, até de 6/6h; ou
- Paco® (Codeína) VO, até 6/6h.
- Encaminhamento ao urologista:
- Cálculo < 5mm: conduta expectante.
- Cálculo de 6 mm: expectante por até 48h.
- Cálculo > 7 mm: intervenção urológica.
COMA ALCOÓLICO
COMA ALCOÓLICO
- SG 5% 500 a 1000ml + Glicose 50% 6 ampolas;
- Complexo B 1 a 2 ampolas EV (evitar sua injeção no soro).
- CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL:
- Lançar mão dos seguintes passos em caso de distensão e/ou dor abdominal:
- Buscopan® 1 ampola + AD EV;
- Cimetidina 1 ampola + AD EV;
- Luftal® 40 a 60 gotas VO;
- Óleo mineral 30 ml VO;
- Fleet enema: 1 unidade via retal.
- CRISE ASMÁTICA
CRISE ASMÁTICA
- Hidrocortisona 500mg: 1 ampola + AD 5 a 10 ml EV lento; ou Dexametasona (Decadron®) 4mg/ml: 1 ampola IM.
- Terbutalina (Terbutil®) ½ ampola SC.
- Nebulização (NBZ) com:
- SF0,9% 3 a 5 ml. +
- Fenoterol (Berotec®): para crianças, 1 gota para cada 3kg de peso; para adultos, 10 a 20 gotas (evitar em casos de taquiarritmias). +
- Brometo de Ipratrópio (Atrovent®): 10 gotas para menores de 1 ano; 20 gotas entre 1 e 6 anos; 20 a 40 gotas para maiores de 6 anos e adultos.
- Repetir de 20/20 minutos na primeira hora, e depois, de hora em hora, até melhora clínica.
- Última escolha, se não houver melhora:
- Aminofilina 1 a 2 ampolas (240 a 480mg) + 300ml SF 0,9% EV lento (5 a 10 minutos); e/ou
- Adrenalina como broncodilatador na asma grave: 1 ampola + AD 9ml à Fazer 1 a 3 ml cada 20 minutos a 4 horas, conforme necessidade.
- CRISE CONVULSIVA/ CONVULSÕES
CRISE CONVULSIVA/ CONVULSÕES
- Primeiro minuto: Garantir e proteger vias aéreas do paciente (aspirar secreções, retificar pescoço, etc.), monitorar e garantir acesso venoso.
- Ataque inicial:
- Diazepam 1 ampola (10mg) + AD EV à injetar a solução lentamente, até cessar a crise ou 1 ampola pura por via retal, caso o acesso venoso não esteja disponível; ou
- Fenobarbital (Gardenal®) 1 ampola (200mg/ml) IM; ou
- Midazolam 15mg IM.
- “Hidantalizar” o paciente: Fenitoína (Hidantal®) 250mg/5ml: fazer 4 a 5 ampolas + 250ml de SF 0,9% EV em 30 minutos (200 gotas/min).
- Manutenção: Hidantal® 3ml + AD EV, 8/8h. Se repetir a crise, pode-se repetir o Diazepam.
- Se o paciente continuar em crise, considerar estado de mal epiléptico e avaliar a necessidade de sedação (Fentanil 2ml + Midazolam 3ml EV) + intubação orotraqueal.
- Investigar e tratar causa de base. Realizar manutenção com Midazolam (0,75 a 10mcg/kg/min), se necessário.
- Prescrição para tratamento ambulatorial:
- Valproato de sódio 250 ou 500mg: 1 a 2 comprimidos VO, 2x ao dia; ou
- Fenitoína (Hidantal®) 100mg: tomar 1 a 2 comprimidos VO, 2 a 3x ao dia; ou
- Fenobarbital (Gardenal®) 100mg: tomar 1 a 2 comprimidos, 1x ao dia.
- Encaminhar para o neurologista.
- CRISE HIPERTENSIVA
CRISE HIPERTENSIVA
- De um modo geral, tratar apenas se PAD ≥
120 e/ou PAS ≥ 140 em pacientes sintomáticos.
- Captopril 25 e 50mg: 1 comprimido VO ou SL (em desuso). Repetir após 30min até 100mg.
- Para pacientes que já usam Captopril, preferir:
- Bloqueadores dos canais de cálcio: Nifedipina (Adalat®) 20mg: 1 comprimido VO (evitar o uso sublingual), 12/12h (dose máxima: 40mg); ou
- Diuréticos (drogas de 3ª escolha): Furosemida (Lasix®): 1 a 2 ampolas EV direto ou com água destilada EV lento (dose máxima: 60mg). Pode-se repetir de 30 em 30 minutos. Seu uso prolongado pode causar hipopotassemia (se possível, associar um diurético poupador de potássio, como a Espironolactona). OBS: Devido ao fato de induzir hipopotassemia, devemos evitar a Furosemida em casos de arritmias cardíacas.
- Em caso de taquicardias, optar por Propranolol 40mg: 1 comprimido VO. OBS: Evitar Furosemida nestes casos.
- Em última instância, adotar:
o Dinitrato de isossorbida (Isordil®) 5mg SL, sobretudo em casos de síndrome coronariana aguda; ou
- Minoxidil 10mg VO (evitar na fase aguda o IAM; seu uso deve ser associado a um diurético e a um betabloqueador); ou
- Hidralazina 10-20mg EV, 6/6. Indicações: eclampsia.
- Metoprolol 5mg EV (repetir 10/10 min, se necessário até 20mg). Indicações: insuficiência coronariana, dissecação aguda da aorta (em associação ao nitroprussiato de sódio).
- Nitroglicerina (Tridil®) 5mg/ml: 5µg/min; amentar a cada 5-10 minutos (se não houver resposta até 20 µg/min, aumentar 10 µg/min até obter o efeito desejado em intervalos de 3-5 minutos). Dose
máxima: 200 µg/min. Sugestão de prescrição: 1 a 2 ampolas + SF 0,9% 100ml EV em BIC, 5 a 10 ml/hora, inicialmente (ajustar de acordo com medidas seriadas da pressão).
- Nitroprussiato de sódio (Nipride®): 0,25 a 10mg/kg/min EV, em bomba de infusão com equipo fotossensível (tal medicação pode causar hipotensão severa). A dose usual é de 3mg/kg/dia. Sugestão de prescrição: 1 ampola + SF 0,9% 250ml em BIC – iniciar com 5ml/hora, ajustando de acordo com a resposta do paciente. Indicações: maioria das emergências hipertensivas.
- Em caso de agitação psicomotora ou ansiedade: Diazepam (Valium®) – ½ a 1 comprimido VO ou 1 ampola EV.
- Para gestantes: optar por Hidralazina (cada ampola tem 20mg/ml; então, adiciona-se 9 ml de AD e faz-se 2,5ml EV, podendo-se repetir 3 a 4 vezes, em intervalos de 20 a 30 minutos).
- CORPOESTRANHO NO OLHO/ QUEIMADURA OCULAR
CORPOESTRANHO NO OLHO/ QUEIMADURA OCULAR
- Se visível, lavar com água limpa (evitar soro fisiológico);
- Utilizar Regencel® ou Epitezan® (Retinol + Aminoácidos + Metionina + Cloranfenicol): após a retirada do corpo estranho, aplicar na pálpebra inferior (tracionar a pálpebra inferior e aplicar a pomada na região interna da pálpebra, fechando o olho logo em seguida para espalhar o conteúdo), e manter o olho fechado com gaze ou tampão, por 24h ou até avaliação do especialista;
- Lágrima artificial (Lacrifilm®): aplicar 01 gota no olho acometido, de 2/2 a 4/4 horas.
- Encaminhamento ao Oftalmologista.
- DESIDRATAÇÃO
DESIDRATAÇÃO
Em caso de desidratação na vigência da febre (ou devido à infecção), optar por realizar hidratação venosa em duas etapas.
- 1ª Fase - Fase rápida (2 – 4 horas): SF 0,9% ou RL: 20 - 30 ml/kg/hora. OBS: Pode fazer esta dosagem, repetir 2 a 3x o esquema. Após a diurese franca, inicia-se a fase de manutenção.
- 2ª Fase - Fase de Manutenção: Regra de Holliday, fazendo uso de Soro Glicosado a 5%:
- Se até 10kg: Peso x 100ml
- De 10 à 20kg: 1000ml + 50ml para cada kg acima de 10kg
- Mais que 20Kg: 1500ml + 20ml para cada kg acima de 20
Para cada 100 ml de SG 5%, faz-se 1,0 ml destes:
- NaCl 20%;
- KCl 19,1%;
- Gluconato de Ca 10%.
Administrar o volume total dividindo o soro em fases de até 500ml, a cada 12 horas.
Exemplo: Peso= 8kg SG 5% 400ml
Nacl 20%4ml Correr em 12h KCl 19.1%4ml
Gluc. Ca 10%4ml
DESNUTRIÇÃO
DESNUTRIÇÃO
- SF 0,9% 1000ml ou Soro Glicosado 5% (em caso de hipoglicemia) 1000ml EV;
- Glicose 50%: fazer 3 ampolas em cada fase do soro;
- Complexo B: 3 ampolas EV;
- Metoclopramida (Plasil®) 10mg/2ml: 1 ampola + AD EV;
- Cimetidina/Ranitidina 1 ampola + AD EV.