Pré-eclâmpsia Flashcards

1
Q

Definição?

A
  • Síndrome hipertensiva que ocorre em gestantes após as 20 semanas, associada a proteinúria, envolvimento sistêmico e/ou RCU
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2
Q

Valores para diagnóstico da hipertensão na gestação?

A

≥ 140x90 em duas aferições com intervalo mínino de 4 horas

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3
Q

Epidemiologia?

A
  • 4% gestações nos EUA
  • 2-8% no mundo (considerando PE pós parto)
  • PE grave: 0,5% desenvolvidos, 1% desenvolvimento
  • Eclampsia: 0,1%
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4
Q

Etiologia?

A
  • Insuficiência da invasão normal das células trofoblásticas > má adaptação das arteríolas espiraladas maternas + distúrbios de hiperplacentação (dg, mola, gemelaridade)
  • Sistema imunológico?

# Anormalidade genética no cromossomo 13, anormalidades imunológicas e isquemia ou infartos placentários

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5
Q

Como é a hipótese fisiopatológica do envolvimento do sistema imunológico materno na PE?

A
  • Problemas na adaptação do sist imun ao trofoblasto → problemas na perfusão trofoblástica → HIPOXIA
  • Hipóxia + reoxigenação → ERO (peroxidação lipídica membranas celulares), ativaç sist inflamatório, apoptose (limita placentação), fatores anti angiogênicos →
    ATIVAÇÃO GENERALIZADA SISTEMA INFLAMATÓRIO + DISFUNÇÃO ENDOTELIAL UNIVERSAL + LIMITAÇÃO VASCULARIZAÇÃO PLACENTÁRIA
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6
Q

Fonte de fornecimento de sangue para o feto?

A

Arteríolas espiraladas

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7
Q

Fisiopatologia?

A
  • Invasão trofoblástica insuficiente + má adaptação das arteríolas espiraladas > ↑ citocinas pró inflamatórias + disfunção endotelial + ↓ fluxo placentario
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8
Q

Frequência de PE pós partos? Até quantos dias pode se desenvolver?

A
  • 25% são pós parto

- Até 6 semanas, principalmente nos primeiros 4 dias

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9
Q

Resultado da ativação/disfunção endotelial que leva a Insuficiência múltiplos órgãos?

A

Espasmo arteriolar

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10
Q

Alterações e consequências da ativação/disfunção endotelial? (4)

A
  • Vasoconstrição > ↑ RVP > ↑ PA
  • Alterações permeabilidade > edema
  • Ativação sist coagulação > microtrombos + ↓ plaquetas
  • Vasoespasmo > isquemia
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11
Q

Alterações da PE nos rins? (2) Consequências? (2)

A
  • Glomeruloendoteliose
  • Esclerose focal
  • Proteinúria
  • Comprometimento TFG
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12
Q

Alterações da PE no fígado?

A
  • Isquemia > disfunção > ↑ transaminases

- Edema ± hemorragia → distensão cápsula → risco de ruptura hepática e hemorragia maciça

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13
Q

Por que há redução do fluxo útero placentário?

A
  • Espasmo vascular
  • Intensidade variável
  • Maior redução se comorbidades

redução útero placentaria > RCIU, alteração doppler umbilical ou art uterina alterados

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14
Q

Alterações possíveis no cérebro?

A
  • Isquemia

- Agravo: edema > convulsão (eclampsia) ou AVE

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15
Q

Alteração possível nos pulmões?

A

Edema pulmonar

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16
Q

Fatores de risco?

A
  • Nuliparidade
  • Hipertensão crônica preexistente
  • Distúrbios vasculares (distúrbios renais, vasculopatia diabética, doença autoimune - vasculite/saaf)
  • Diabetes preexistente ou gestacional
  • > 35 (↑ morb/mort) ou < 15
  • História familiar de pré-eclâmpsia
  • PE ou complicações em gestações anteriores
  • Gestação multifetal (↑ morb/mort)
  • Obesidade
  • Distúrbios trombóticos(síndrome do anticorpo antifosfolipídio)
  • Subfertilidade (SOP, embrião doado, técnicas fertilização…)
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17
Q

Classificação? (5)

A
  • Leve/Moderada
  • Grave
  • Eclampsia
  • Síndrome HELLP
  • Hipertensão com sobreposição de PE
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18
Q

Critérios diagnóstico de PE? (PE leve/mod)

A

classificação: de acordo com a PA e envolvimento sistêmico
Após 20 semanas:
1) PA 140-159 e 90-109 + proteinúria, OU
2) PA 140-159 e 90-109 (sem proteinúria) + 1 item: plaquetopenia, ↑ cr (> 1,1 ou 2x basal), hemolise, alteração função hepática (2x basal), edema pulmonar, distúrbios cerebrais, civd, gastrointestinais (dor abd), (confusao, cefaléia, convulsão) ou visuais (turvação, escotomas, diplopia)
3) PA > 140x90 + RCIU

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19
Q

Parâmetros definidores de PE grave?

A
  • PA ≥ 160 ou 110 (2 ocasiões c/ interv 6h, c/ pct em repouso no leito)
  • Proteinúria ≥ 5g/24h (não mais utilizado)
  • EAP/cianose
  • Síndrome HELLP
  • Iminência de eclampsia
  • Ácido úrico ≥ 7
  • Oligúria
  • ↑ TGO/TGP/Cr
  • Complicações fetais
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20
Q

Como é definida a proteinúria? (3)

A
  • Uri 24h: ≥ 300 mg
  • Random: ≥ 1+ (2 amostras interv 4h)
  • Prot/creat ≥ 0.3 mg/dL
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21
Q

Quais são os sinais da iminência de eclampsia?

A
  • Cefaléia
  • Escotomas
  • Dor epigástrica forte (dor em barra de Chaussier)
  • ↑ reflexos
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22
Q

Complicações graves que indicam o término da gestação?

A
  • SNC: eclampsia, PostRevEncefSd, AIT, AVC, DefNeuRev, ECG < 13, descolamento retina, cegueira cortical
  • ACV e AR: HAS grave n controlada, IOT, SaO² <90, choque, EAP, IAM
  • Pqt < 50k
  • IRA por nta devido sepse ou dpp
  • Hematoma hepático
  • DPP, Onda A reversa ducto venoso, morte fetal
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23
Q

O que é a síndrome HELLP?

A
  • Hemólise
  • ↓ plaquetas
  • ↑ transaminases
# sub tipo de pré eclampsia grave 
# pode ocorrer com ou sem hipertensão
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24
Q

Prevenção primária de PE?

A
  • AAS (75-100mg na 11-14 sem) se alto risco
  • Controlar HAS e função renal antes da gravidez
  • ↓ peso
  • Exercícios físicos supervisionados
  • Suplementação cálcio nas pacientes de risco (iniciar após 12 semana)
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25
Q

Prevenção secundária? (1)

A
  • AAS baixa dose (75-150mg/d da 11-14 semanas) nas gestações seguintes
  • Iniciar antes da 16 semana (pode ser mantida até a 36 semana)
# Claros benefícios em alto risco (vários fr), doença grave ou se início precoce
# Dç leve/mod ou tardia: prognóstico bom de qualquer maneira > benefício AAS não claros
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26
Q

Classificação pelo tempo de início?

A
  • Início precoce: < 34 semanas
  • Início intermediário: ≥ 34 sem até 37 sem
  • Início tardio: > 37 sem
  • Pós parto
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27
Q

Manifestações clínicas da PE

A
  • Principalmente assintomática
  • Pode apresentar com: cefaléia, dor abd, distúrbios visuais, dispneia, convulsões, oligúria, ↓.movimentos fetais > geralmente indicam PE grave
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28
Q

Como é a cefaléia da PE?

A
  • Geralmente frontal
  • Acomete até 40% pcts
  • Indica iminência eclampsia
  • Sua presença classifica a PE como grave
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29
Q

Onde e como é a dor abd da PE?

A
  • QSD - dor em barra de Chaussier
  • Indica iminência eclampsia ou sd HELLP
  • Ocorre em 16% pcts com doença grave
  • Sua presença classifica a PE como grave
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30
Q

Achados ao exame físico?

A
  • Hipertensão (2/3 medidas)
  • Edema
  • Hierreflexia (raro)
  • Fundoscopia anormal: indica HA antes da gestação
  • AUF diminuida: pode ser RCIU > fazer USG
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31
Q

Em quantos % PE ocorre RCIU?

A

30%

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32
Q

Quando se faz avaliação fetal? (3)

A
  • Suspeita de RCIU (AUF ↓)
  • ↓ movimento fetal
  • Aumento da gravidade da doença

encaminhar para maternidade e USG imediata

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33
Q

Métodos de avaliação fetal?

A
  • USG: 1° → 2x/sem
  • Cardiotocografia
  • PBF (confirma RCIU - 1° → 2sem → 2°)
  • Avaliação líquido amniótico
  • USG Doppler (velocimetria) art umbilical

geralmente realizados na maternidade

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34
Q

Para que se utiliza a cardiotocografia? Frequência de realização?

A
  • Avaliação bem estar fetal
  • Pouco valor prognóstico

• 1° na internação + 2x/semana (maior frequência se outros acontecimentos - sangramento, ↓ mv, ↑ gravidad dç) > diariamente ou continuamente se próximo ao parto

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35
Q

Principal ferramenta de avaliação do RCIU ou repercussões fetais?

A

USG doppler de artéria umbilical

↓ mortalidade perinatal, permite tomar decisões melhores sobre o parto

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36
Q

Frequência de realização da USG doppler art umbilical?

A
  • 1° → na internação
  • Normal: 2x/semana
  • Anormal: mais vezes, inclusive velocimetria de outras artérias ± CTG/Ava liq amn + avaliar parto
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37
Q

Como deve ser a avaliação do líquido amniótico?

A
  • Preferir maior bolsão que ILA

- Associada a velocimetria

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38
Q

Frequência de solicitação da urinalise?

A
  • Somente para o diagnóstico (proteinúria não indica progressão da doença)
39
Q

Testes de acompanhamento (avaliação materna) da PE?

A
  • Hmg
  • Cr
  • Função hepática

pelo menos duas vzs na semana ou mais frequente dependendo da gravidade

40
Q

Principal critério utilizado para classificar a gravidade da doença?

A

Contagem de plaquetas

41
Q

Exames a se solicitar se contagem plaquetária < 100.000 na PE? (2)

A
  • Coagulograma completo
  • Esfregaço sanguíneo
    # descartar ou confirmar Sd HELLP
42
Q

Por que a PE ocorre mais em primíparas?

A
  • Após a primeira gestação aumenta-se a tolerância a fatores imunológicos específicos > adaptações placentárias
43
Q

Risco de recorrência? Maior em que pacientes?

A

10-50%
- Maior nas mulheres com início precoce ou doença grave (50%) e menor se tardio ou dç leve/mod ou se troca de parceiro (10%)

44
Q

Por que a troca de parceiro pode reduzir o risco de recorrência de PE?

A
  • Especialistas acreditam que fatores imunológicos específicos da PE estão associados às adaptações placentárias onde interagem fatores imunológicos maternos e paternos > PE acionada pela circulação sistêmica de fragmentos placentários > mesmo com a tolerância a fatores maternos, permite que fatores paternos afetem a resposta sistêmica

troca de parceiro pode evitar o fator paterno desencadeante da gestação anterior

45
Q

Por que a Obesidade é fator de risco para PE?

A
  • ↑ qnt ↑ IMC
  • Tecido adiposo: fornecedor de mediadores inflamatórios > resp inflam exagerada
  • Dificuldade medir PA > diag exagerado
46
Q

Como o diabetes configura fator de risco para PE?

A
  • Placenta maior
  • Aumento da doença vascular inflamatória
  • Estado inflamatório > ↑ resposta inflamatória materna
47
Q

O que a presença de convulsões na PE indica? Qual a conduta?

A
  • Eclampsia

- UTI > estabilizar > parto

48
Q

Como classificar oligúria na PE?

A
  • < 500 ml/24h

- < 30 ml/h por duas horas consecutivas

49
Q

Quando dispneia presente, o que pensar?

A
Edema agudo de pulmão 
# principal causa de morte depois do parto (EAP é mais provável no pós parto)
50
Q

Como e pq da utilização do PBF?

A
  • Confirmar/descartar RCIU

- Só é possível avaliação do crescimento com intervalo de pelo menos duas semanas entre dois exames de PBF

51
Q

Informações que o exame único de PBF pode fornecer? (3)

A
  • Peso fetal
  • Se é pequeno para o fundo do útero
  • Informações ao neonatologista sobre a necessidade de parto imediato
52
Q

Quais são os quatro tipos de achados à velocimetria da artéria umbilical por Doppler?

A
  • Normal
  • Fluxo diástolico final reduzido
  • Diastole zero (indica necessidade de parto em alguns dias)
  • Diastole reversa > parto
53
Q

Quais são os resultados que podem ser encontrados na avaliação do maior bolsão do liq amniótico? (2)

A
  • ≥ 2 cm → normal

- < 2 cm → aumento da morbidade fetal (considerar realização de parto)

54
Q

A dosagem do fator de crescimento placentário tem qual benefício?

A
  • Diag mais cedo de PE quando diminuído
55
Q

Diagnósticos diferenciais?

A
  • HA crônica: < 20 sem, retinopatia
  • Hipertensão gestacional: s/ proteinúria ou siste
  • Epilepsia: HA nl, história pregressa
  • SAAF: abortos, TVP, AIT, AVC > anticorpos
  • PTT
  • SHU
  • Doença renal
  • Doença hepática
  • Colelitíase
  • Doença pancreática
56
Q

Como é a base do manejo da PE?

A

• Encaminhar para alto risco + hospital

  • Monitoramento
  • Decisão sobre data e método do parto
  • ↓ PA
  • Controle convulsão
  • Manejo hidroeletrolítico
57
Q

Quando se considera internação hospitalar?

A
  • Para todas as pacientes para avaliação inicial
    • Se dç leve/mod e controlada > ambulatório alto risco
    • Avaliação completa para DHEG já na internação > PA 6/6h na enfermaria e constante na UTI
    • PA monitorada para avaliar variação dos níveis, necessidade de intervenção e resposta a terapia
58
Q

Visão geral do tratamento PE antes do parto?

A
  • Internação e monitoramento
  • Decisão sobre o parto
  • ± Corticoides
  • Se PA ≥ 160x110 → terapia anti hipertensiva
  • Se convulsões → sulfato de magnésio
59
Q

Visão geral do tratamento PE pós parto?

A
  • Monitoramento estrito do equilíbrio hidro eletrolítico

- ± anti hipertensivos ± sulfato magnésio

60
Q

Tratamento definitivo da PE?

A

Parto

61
Q

Plano de parto na paciente estável (PA controlada, sem convulsões)?

A
  • < 32 semanas: prolongar gestação + corticóides + monitoramento materno e fetal (se PA ≥ 160x110 → terapia anti hipertensiva por 15 dias > parto)
  • 32-36 semanas: individualizar + corticóides (< 34 sem). Geralmente se prolonga a gestação até a 37 semana se estável (reduz taxa de desconforto respiratório no lactente)
  • ≥ 37 semanas: parto

se gravidade da doença aumentar: considerar parto imediato

62
Q

Se paciente instável (PA não controlada o convulsões), qual a conduta?

A
  • Estabilizar: sulfato de magnésio ± terapia anti hipertensiva
  • Após estabilização: considerar parto
63
Q

Qual a via de parto a se escolher?

A
  • < 32 semanas: cesárea
  • 32-36 semanas: individualizar
  • ≥ 37 semanas: normal (a menos que condição materna impeça)
64
Q

Qual tipo de anestesia preferir?

A
  • Preferir regional (raqui, epi) à geral, para evitar resposta hipertensiva (resposta neurovegetativa) à intubação e extubação, e edema de laringe
65
Q

Quando é indicado o manejo da hipertensão?

A

Se PA ≥ 160x110
- Estudo Chips: manejo da PA se ≥ 140x90 melhora peso fetal, ↓ taxa de prematuridade, ↓ HAS grave, ↓ casos de plaquetopenia, ↓ necessidade de transfusão

66
Q

Quais a drogas de escolha para manejo da hipertensão? (3)

A
  • Labetalol > droga de escolha (n disponível br)
  • Nifedipino (escolha no Brasil)
  • Metildopa
67
Q

Modelo para predição de desfechos maternos graves?

A
  • fullPIERS calculator
  • Risco de desfecho fatal ou complicação grave nos próximos 7 dias
  • IG, dispneia/dor torácica, SpO², plaquetas, Cr, AST/TGO
68
Q

Drogas de escolha na crise hipertensiva?

A
  • Nifedipino
  • Hidralazina
  • Labetalol
  • Nitroprussiato de sódio: somente se não resposta aos outros medicamentos ou encefalopatia hipertensiva
69
Q

Desvantagens do uso da Hidralazina?

A
  • Maior taxa de:
    Hipotensão materna
    DPP
    Bradicardia fetal

sempre que for utilizar Hidralazina, associar expansão do plasma

70
Q

Em quem evitar Labetalol?

A
  • Asmáticas
  • Insuficiência cardíaca
  • Afrocaribenhas
71
Q

Passo a passo do manejo do tto da hipertensão aguda (PA ≥ 160x110)?

A

1) DLE + SG 5% IV
2) Nifedipina 10mg VO > repetir a cada 30 min se necessário (Max 30mg)
- ausência de resposta após uma hora (PA > 155x105)? (associar ou trocar)
3) Hidralazina 5mg IV > repetir (5-10mg) a cada 20 min se necessário (Max 30mg) até resposta adequada

opções: Labetalol, Nitroprussiato

72
Q

Como deve ser o Monitoramento durante a terapia anti hipertensiva?

A
  • PA de 5/5 min
  • CTG
  • Manter PA < 160x90 e > 135x85
  • Dor abd forte e persistente > USG/TC para avaliação de hemorragia subcapsular e distensão da cápsula hepática
73
Q

Qual droga se utiliza para a prevenção/tto da eclampsia?

A
  • Sulfato de magnésio IM/IV
    (superior ao diazepam, hidantoína)
    # ↓ incidência mas não evita
    # eclampsia não traz maiores riscos para a mãe
74
Q

Quando está indicado o uso de sulfato de magnésio nas pacientes com PE? (3)

A
  • Durante trabalho de parto
  • Previamente a cesariana
  • Iminência de eclampsia

sulfato magnésio ↓ incidência eclampsia, mas não evita

75
Q

Se comprovado o hematoma hepático, qual a conduta?

A
  • Controla rigoroso da PA

- Indicar cesariana (período expulsiva do parto normal pode resultar em ruptura hepática)

76
Q

Quais são os esquemas de utilização do sulfato de magnésio? (3)

A
  • Pritchard (ataque IV + manutenção IM)
  • Zuspan (atq + man IV)
  • Sibai (atq + man IV)
77
Q

Como é o esquema de Pritchard?

A
  • A: 4g IV + 10g IM
  • M: 5g IM 4/4h por 24h

regime de baixa dosagem

78
Q

Como é o esquema de Zuspan?

A
  • Ataque: 4g IV MgSO⁴ (em 20-30min)
  • Manutenção: 1g/h/24h ou até o parto

regime de baixa dosagem

79
Q

Esquema de Sibai?

A
  • A: 6g IV
  • M: 2g/h/24h ou até o parto

regime de alta dosagem

80
Q

Monitorização durante o uso de sulfato de magnésio?

A
  • PA
  • FC
  • FR
  • Diurese
  • Gluconato de cálcio 10% à cabeceira
  • Regime de baixa dosagem (Pritchard e Zuspan): monitorar mg sérico somente se doença renal
  • Regime alta dosagem (Sibai): verificar mg sérico após 6h
81
Q

Mecanismo de ação do sulfato de magnésio?

A
  • Antagonismo cálcio intracelular
  • ↑ PGl2: alívio vasoespasmo
  • Antagonista NMDA
  • Vasodilatacão periférica
  • ↑ prostaciclina e NO
  • ↓ ECA e agregação plaquetária
  • Broncodilatação
82
Q

Manifestações clínicas da hipermagnesemia?

A
  • 5-9 (4.8-8.4): terapêutica
  • ≥ 10-15: arreflexia (reflexo patelar desaparece)
  • 15-20: paralisia respiratória (pode ocorrer com ↓ níveis)
  • > 20: PCR

Tto: gluconato de cálcio

83
Q

Manejo pós parto?

A
  • Controle da hipertensão e convulsões podem ser mantidos por até 24h após o parto
  • Manejo hidroeletrolítico: 80ml/hora IV até ter liberação de beber livremente + avaliação diurese e pulmonar + gráfico de balanço hídrico
  • Sobrecarga hídrica (pela adm fluidos durante o parto cesariano): diuréticos
84
Q

Quai e como se utilizam os corticóides?

A
  • Betametasona: 12mg IM 24/24h (2 doses)

- Dexametasona: 6mg IM 12/12h (4 doses)

85
Q

Droga e dose para o tratamento crônico da hipertensão durante a gestação?

A
  • Metildopa

- 250-750 mg VO 8/8h

86
Q

Principais causas de morte nas gestantes com PE?

A
  • EAP: maior risco pós parto

- AVC: maior risco na hipertensão descontrolada, se infecções, coagulopatia, condições pró trombóticas subjacentes

87
Q

Monitoramento pós parto?

A
  • Até condição melhorar

- Sem melhora em 6 semanas: reconsiderar diagnóstico e encaminhamento ao especialista

88
Q

Complicações?

A
  • RCIU
  • Eclampsia
  • EAP
  • AVC associado à gestação
  • DPP
  • Ins Ren: NTA > aguda. Necrose cortical > DRC
  • Natimorto: maior probabilidade se PE de início precoce, parto prematuro, doença grave
89
Q

Como se manifesta o DPP? Conduta?

A
  • Maior risco na PE não controlada
  • Dor abd aguda, aumento uterino, sangramento vaginal, alterações cardiovasculares. Mais grave: coagulopatia, choque
  • Bebê vivo: cesárea + esvaziamento uterino
  • Bebê morto: parto normal se estabilidade (coagulação e hemodinâmica)
90
Q

PE está associada a maior risco com quais doenças em longo prazo? (3)

A
  • DM2
  • HAS
  • AVE
91
Q

O que a hiperreflexia indica?

A
  • Irritação neuromuscular > sinal de Iminência de eclampsia
92
Q

Diferença PE e Hipertensão crônica?

A
  • Hipertensão antes da gestação ou < 20 semanas
  • PA ↑ que prevalece > 6 semanas pós parto
  • Gestação pode mascarar: ↓ fisiológica da PA na gravidez
93
Q

Diferença Hipertensão gestacional e PE?

A
  • ↑ PA > 20 semanas +
  • Sem proteinúria, sem sinais sistêmicos, sem RCIU
  • Prevalece até 12 semanas pós parto
94
Q

Normalmente, o parto imediato após a estabilização materna (p.ex., controle das convulsões, começando a controlar a PA) é indicado para quais casos?

A
  • Gestação de≥37 semanas
  • Eclâmpsia
  • Pré-eclâmpsia com características graves se a gestação tem ≥ 34 semanas
  • Degeneração das funções renais, pulmonares, cardíacas ou hepáticas
  • Resultados preocupantes do monitoramento ou teste fetal