PONTO 21 - ME2 - Monitorização Flashcards

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1
Q

Defina Monitorização

A

significa aferição contínua, ou quase contínua, das variaveis do paciente ao longo do tempo, a fim de guiar o DIAGNOSTICO e TRATAMENTO

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2
Q

Quais são as peculiaridades da cardioscopia realizado na pratica anestésica?

A
  • Raramento utiliza-se o sistema de 12 derivações, sendo mais comum o de 3 a 5 canais;
  • o posicionamento das derivações dos membros é feito no tronco do paciente, a fim de reduzir artefatos por eventual movimentação dos membros e facilitar a instalação e o manejo dos cabos;
  • Os músculos conduzem bem os sinais de ECG, mas sua contração pode gerar interferências. Já os ossos são maus condutores, mas impõem menos
    interferências. Por esse motivo, recomenda-se que os eletrodos sejam posicionados, dentro do possível, em áreas planas, pouco musculosas e longe de proeminências ósseas ou de pregas da pele;
  • O sistema de três canais possui apenas os cabos de RA, LA e LL
  • sistema de cinco canais, que é capaz de monitorizar, simultaneamente, sete derivações (DI, DII, DIII, aVR, aVL, aVF e uma derivação precordial, geralmente posicionada em V5).
  • No intervalo inferior das faixas de frequencias estão os sinais elétricos oriundos de movimentos ou da respiração (< 0,5 Hz). Acima
    de 40 Hz estão artefatos oriundos de corrente elétrica, eletrocautério, fasciculações e tremores. Logo, alguns monitores têm disponibilizado diferentes faixas de filtros de frequência a
    depender do propósito desejado pelo usuário (monitorização: 0,5-40 Hz; diagnóstico: 0,05-130 Hz)
  • frequência cardíaca medida no ECG nem sempre é igual à frequência de pulso, sendo que esta é a que tem maior relevância clínica.
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3
Q

Quais são as derivaçoes precordiais mais importantes e suas correspondencias diagnosticas?

A
  • V4 ou V5 (quando se desejar detectar isquemia) ou V1 (quando se desejar detectar arritmias)
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4
Q

Qual o padrão de eletrodos de acordo com a AHA e IEC?

A
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5
Q

Como funciona a medição da PNI?

A
  • Pela técnica de oscilometria. O manguito deve ser posicionado 2-3 cm acima da fossa antecubital e com o centro da bolsa inflável centralizado sobre a artéria braquial (ou sobre a radial se no antebraço) já que é no centro que ocorre a compressão máxima. A bolsa de borracha deve ser capaz de envolver 40%-50% da circunferência do braço;
  • Inicialmente, o manguito é insuflado até um valor bem acima da pressão arterial sistólica (PAS) presumida pelo monitor e, em seguida, ele vai-se esvaziando em decréscimos de 4 a 10 mmHg intercalados com pausas que permitem a detecção e mensuração de várias pequenas oscilações
    na pressão dentro do manguito (para evitar artefatos). Essas oscilações são causadas pela pulsação arterial durante o esvaziamento do manguito e usadas para estimar a pressão arterial média (comumente, no ponto em que há as maiores flutuações na pressão dentro do manguito).
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6
Q

Quais implicações geradas pelo tamanho e posicionamento do manguito sobre a medida da pni?

A
  • Pode haver medidas falsamente baixas com o uso de manguitos grandes e medidas falsamente altas com manguitos pequenos (idealmente, só deve ser possível inserir uma polpa digital entre o
    braço e o manguito);
  • em manguitos posicionados distantes em relação ao coração (por exemplo, no tornozelo), a PAS tende a ser superestimada e a PAD tende a ser subestimada.
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7
Q

Qual a frequência mínima de segurança para medição da PNI?

A

No mínimo, a cada 5 minutos. Dentre as complicações associadas com medidas repetidas desnecessariamente da pressão arterial estão dor; edema do membro; petéquias; estase venosa; tromboflebite; neuropatia periférica e síndrome compartimental.

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8
Q

Quando optamos pela medição da PAI?

pressão arterial invasiva

A
  • Em casos em que se esperam grandes variações da pressão arterial
  • Grandes sangramentos ou desvios hídricos
  • Nos casos em que as comorbidades do paciente requerem um manejo mais minucioso da pressão arterial
  • A cateterização arterial também é recomendada quando a aferição não invasiva é difícil ou não confiável (obesidade, arritmia, queimaduras)
  • Em pacientes que necessitam de coletas repetidas de sangue arterial para análise laboratorial
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9
Q

Como funciona a medição da PAI?

A

São utilizados equipos acoplados a transdutores de pressão que convertem o sinal mecânico da onda de pulso em sinais elétricos. Os sinais elétricos são, então, enviados ao monitor, expondo o valor medido. Para qualquer desses sistemas é necessário informar ao monitor um nível zero de referência, habitualmente estabelecido na borda superior do coração ou, em um paciente deitado, no ponto aproximadamente 5 cm abaixo da borda esternal e no quarto espaço intercostal.

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10
Q

As distorções de onda de pulso caracterizadas como subamortecimento e supermortecimento significam o que? Qual sua implicancia clinica e como medir?

A
  • superamortecimento: presença de bolhas de ar ou coágulos no sistema; acotovelamento
    do cateter arterial e uso de equipos/extensões inadequados (excessivamente complacentes). A
    resolução desses problemas corrige o amortecimento excessivo das ondas de pulso;
  • a maioria dos equipos de medição da pressão arterial tende a ser intrinsecamente
    subamortecida
    .
  • Ondas subamortecidas tendem a superestimar a PAS e subestimar a PAD, com pouco efeito sobre a
    PAM. Em contraste, ondas superamortecidas apresentam contornos atenuados e valores falsamente reduzidos
    na pressão de pulso (redução na PAS e elevação na PAD), também com pouca influência nos valores
    da PAM.
  • tais desvios do amortecimento da onda de pulso podem ser avaliados através de
    um rápido “teste de flush” de 300 mmHg no equipo. O amortecimento é considerado adequado quando a abertura e o fechamento da válvula de flush (pressurizada a 300 mmHg) resulta em uma oscilação grande e uma oscilação pequena, retornando em seguida à linha de base. Quando ocorrem três ou mais oscilações antes do retorno à linha de base, considera-se que há subamortecimento e quando há um ou nenhuma
    oscilação, o sistema está superamortecido
    .
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11
Q

Cite as complicações possiveis da PAI.

A
  1. dor local
  2. embolia aerea
  3. trombose
  4. hematoma
  5. pseudoaneurisma
  6. isquemia
  7. infecção

A. radial: teste de allen NÃO é bom preditor de complicações isquemicas

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12
Q

Qual o significado clinico da PVC?

Pressão venosa central

A

A pressão venosa central reflete o equilíbrio entre o volume sanguíneo na circulação central, a capacitância venosa dessa região e a função cardíaca direita. Ela requer a colocação de um cateter cuja ponta esteja em uma veia da circulação central. Valores normais estão em torno de 4 a 8 mmHg.

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13
Q

Descreva as ondas da pressão venosa central.

A

Composta de três ondas ascendentes (a, c, v) e duas descendentes (x, y):
* A onda mais proeminente é a onda a, decorrente da contração atrial e que ocorre logo após a onda p no ECG.
* quando o átrio relaxa, ocorre uma redução na pressão atrial, que logo é seguida pela discreta onda c, decorrente da contração isovolumétrica do VD, que gera um abaulamento da válvula tricúspide para dentro do átrio direito, logo após a onda R no ECG.
* O relaxamento atrial se completa durante a sístole ventricular, produzindo os
mais baixos valores de pressão atrial, representados pela curva x.
* o aumento do retorno venoso para os átrios enquanto a válvula tricúspide continua fechada, gera a onda v
* abertura da válvula tricúspide, reduzindo a pressão atrial e dando origem àonda y

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14
Q

Por que a PVC não é um bom parâmetro?

A

Tal fato decorre de a PVC ser resultado da interação complexa de muitas variáveis fisiológicas peculiares a cada paciente (tônus vascular; contratilidade do ventrículo direito; volume sanguíneo), tornando difícil utilizá-la como parâmetro estático de fluido-responsividade ou de contratilidade, especialmente em um contexto dinâmico como o perioperatório.

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15
Q

Qual o objetivo da monitorização hemodinamica avançada?

A
  • mensurar a a força motriz da hemodinamica (o debito cardiaco) e seus componentes (fc e vs) podendo avaliar pre carga, pós carga e contratilidade.
  • definir o tipo de choque atraves dos parametros supracitados (cardiogenico, obstrutivo, hipovolemico e distributivo) facilitando a escolha do melhor tratamento (otimização da decisão clinica)

Recentemente, esses
monitores começaram a ser usados não apenas para diagnóstico e tratamento, mas para otimização hemodinâmica
preemptiva e guiada por metas, a fim de melhorar os resultados em pacientes de alto risco.

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16
Q

Qual o nome e função do cateter abaixo? Como punciona-lo?

A

Cateter de arteria pulmonar (ou swan ganz): Trata-se de um cateter especial com cerca de 110 cm, dotado de dois lúmens (um proximal e outro na extremidade distal) e equipado com um pequeno balão e um sensor de temperatura em sua ponta.

Para sua instalação, deve-se acompanhar os traçados de pressão exibidos ao longo de sua inserção, ele percorre a circulação venosa
central, o átrio direito e o ventrículo direito, até alcançar a artéria pulmonar. Prosseguindo com a inserção do cateter, ele entrará em sub-ramos cada vez menores da artéria pulmonar, até que o balão encunhe nas paredes de um desses sub-ramos. Quando o cateter está bem posicionado, o lúmen proximal fica localizado na circulação venosa central. O cabo do sensor de temperatura é conectado a um monitor à beira do leito.

17
Q

Como funciona a medição do cateter de arteria pulmonar?

A

A medição é feita atraves da termodiluição.
Para executá-la, informa-se ao monitor que se vai executar uma injeção de salina em determinado volume e temperatura (geralmente resfriada). Em seguida, faz-se a injeção pelo ramo do lúmen proximal. O sensor de temperatura na ponta
do cateter, por sua vez, capta as variações de temperatura sanguínea decorrentes da salina resfriada injetada. Essas variações de temperatura são analisadas dentro de um algoritmo, que gera o valor de DC. Alguns cateteres mais modernos possuem um filamento térmico que se aquece frequentemente, provocando variações de temperatura sanguínea análogas às provocadas pela injeção manual e, desta maneira, permitindo uma medição quase contínua do DC.

18
Q

Descreva os componentes do debito cardiaco.

A

o DC é o produto da interação complexa entre frequência cardíaca, pré-carga, contratilidade e pós-carga. Medidas de contratilidade, por sua vez, devem, idealmente, ser independentes da pré e da pós-carga ventriculares.

19
Q

Quais outros parametros o swan ganz é capaz de medir?

A
  • PVC
  • Pressão de artéria pulmonar (reflete o ventriculo direito)
  • ** Pressão de artéria pulmonar
    ocluída [PAPO]** medida com o balão distal insuflado. (reflete a pressão em território mais
    próximo à circulação esquerda, logo, tende a se correlacionar com a pré-carga do ventrículo esquerdo (VE) de
    maneira mais precisa do que a PVC).
  • De posse das medidas do DC e da PVC, o monitor consegue
    calcular a resistência vascular sistêmica (RVS) utilizada como parâmetro de pós-carga
  • resistência vascular pulmonar
20
Q

Quais são as criticas em relação ao uso do swan ganz?

A

As principais críticas ao uso do CAP dizem respeito às complicações decorrentes de sua invasividade e
à baixa correlação da PAPO com o estado volêmico e o fluido-responsividade
.
Também existem críticas a respeito da não melhora de resultados em pacientes monitorizados com CAP. A respeito disso, é importante frisar que só se alcança melhora de resultados com quaisquer técnicas de monitorização quando elas estão vinculadas à interpretação adequada e a protocolos de tratamento bem estruturados.

o CAP continua sendo considerado o padrão ouro para monitorização do DC.

21
Q
A