POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Flashcards
evapotranspiração.
À soma da evaporação com a transpiração
USO CONSUNTIVO DA ÁGUA
Envolve consumo direto da
água
Irrigação de culturas,
utilização industrial,
abastecimento humano
USO NÃO CONSUNTIVO DA
ÁGUA
Não envolve consumo
direto da água
Geração de energia
elétrica, pesca, navegação,
lazer
Segundo o relatório da conjuntura de recursos hídricos do Brasil de 2021 (relativo à situação de 2020)3, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, a atividade que faz maior uso de água no Brasil é a
irrigação de culturas agrícolas, que consome 50% de toda a água consumida no país.
Se uma indústria despeja seus efluentes não tratados em um rio por meio de uma tubulação específica, esse problema pode ser facilmente constatado durante uma
fiscalização ambiental.
Trata-se de uma carga pontual de poluição, proveniente de uma
fonte estacionária.
Agora, imagine uma grande área agrícola que na qual são utilizados agroquímicos, como
fertilizantes e agrotóxicos, em excesso. A poluição causada por tais produtos decorrerá do
escoamento superficial provocado pelas chuvas e pela percolação no solo das águas que
nele infiltrarem, atingindo reservatórios de água superficiais e subterrâneos.
Este é um típico caso de poluição difusa
De maneira bem objetiva, a carga orgânica de poluição/contaminação é resultado da multiplicação da vazão pela concentração do parâmetro de interesse, normalmente DBO ou DQO:
𝐂𝐚𝐫𝐠𝐚 = 𝐜𝐨𝐧𝐜𝐞𝐧𝐭𝐫𝐚çã𝐨 × 𝐯𝐚𝐳ão
kg DBO/dia,
Na ausência de dados de DBO, pode-se considerar uma carga per capita que representa a contribuição
de cada indivíduo por unidade de tempo
𝐂𝐚𝐫𝐠𝐚 = 𝐩𝐨𝐩𝐮𝐥𝐚çã𝐨 × 𝐜𝐚𝐫𝐠𝐚 𝒑𝒆𝒓 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕a
O valor de 54 g de DBO gerado por dia por indivíduo é um padrão tradicionalmente estabelecido
Nesse caso, é preciso fazer um balanço simples considerando que a vazão após o lançamento é dada
pela somatória da vazão do rio antes do lançamento mais a vazão despejada pelo lançamento, seja lá qual for ele (indústria, ETE, emissário):
𝐐𝐀𝐏Ó𝐒 𝐎 𝐋𝐀𝐍Ç𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 = 𝐐𝐑𝐈𝐎 + 𝐐𝐋𝐀𝐍Ç𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓�
𝐂𝐀𝐑𝐆𝐀𝐀𝐏Ó𝐒 𝐎 𝐋𝐀𝐍Ç𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 = 𝐂𝐀𝐑𝐆𝐀𝐑𝐈𝐎 + 𝐂𝐀𝐑𝐆𝐀𝐋𝐀𝐍Ç𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓�
autodepuração.
A capacidade de um curso de água assimilar determinada carga orgânica varia com a concentração de
oxigênio dissolvido, a pressão atmosférica, a temperatura, a concentração de cloretos, com a vazão dos
despejos relativamente à vazão do rio, entre outros fatores.
É possível falar em 4 zonas distintas ao longo do processo de autodepuração:
Zona de degradação
Zona de decomposição ativa:
Zona de recuperação:
Zona de águas limpas:
Zona de degradação:
é a região situada logo após o lançamento de um efluente no rio, sendo
caracterizada por abundância de matéria orgânica que pode ser decomposta. Nessa zona, muitos organismos sensíveis desaparecem e o rio pode adquirir aspecto turvo
Zona de decomposição ativa:
abrange uma região do rio onde microrganismos já estão adaptados à
nova condição (posterior ao lançamento do efluente) e desempenham suas funções de degradação e
assimilação da matéria orgânica e de outros compostos.
Zona de recuperação:
após o intenso consumo de oxigênio na zona anterior, essa região se caracteriza por uma recuperação gradativa da qualidade da água, inclusive com o reaparecimento de
algas e, em seguida, de organismos heterotróficos.