Pneumo Flashcards
Como se classifica cronologicamente a tosse?
Aguda: até 3 semanas
Subaguda: de 3 a 8 semanas
Crônica: acima de 8 semanas
Quais as principais causas de tosse aguda?
IVAS, traqueobronquite aguda, sinusite, exposição a alérgeno
Qual a principal causa de tosse subaguda?
Tosse pós-infecciosa
Quais as principais causas de tosse crônica?
Após excluir uso de IECA e tabagismo, as 3 principais são: asma/hiper-reatividade bronquica, sinusite crônica com gotejamento pós nasal e DRGE
Como podemos clssificar a dispnéia?
Podemos usar o MRC, que varia de 0 a 4, sendo:
0: tem falta de ar somente quando faz exercício intenso
1: tem falta de ar quando sobe ladeira ou escadas
2: Precisa parar quando anda no próprio passo
3: precisa parar quando anda menos de 100 metros
4: falta de ar ao se vestir ou tomar banho
Quais as definições de ortopneia, platipneia, trepopneia e DPN?
Ortopneia: piora com decúbito dorsal
Platipneia: piora em pé e melhora deitado
Trepopneia: piora ao deitar-se de lado
DPN: surge durante a noite, após um período em decúbito.
Quais as principais etiologias que causam dispnéia?
Asma, DPOC, doença intersticial pulmonar, doença vascular pulmonar, ICC
Como se define hemoptise maciça?
Acima de 600 ml em 24h ou 30ml por hora
Quais as pincipais causas de hemoptise?
Tuberculose pulmonar, bronquite, pneumonia, infecção por fungo Aspergillus, ICC, broquiectasia, TEP, estenose mitral, síndrome de Goodpasture, carcinoma bronquico
Etapas diagnósticas da hemoptise
História clínica, RX, TC e broncoscopia (quando há repercussão hemodinâmica)
Etiologia e acometimento de cianose central/periférica
Central: pode ser causada por shunt cardíaco e costuma se apresentar tanto na pele quanto mucosa
Periférica: ocorre em tromboses arteriovenosas e poupa mucosa oral
Qual a primeira conduta que deve ser feita no paciente cianótico?
Estimar saturação de hemoglobina por meio de oxímetro de pulso ou gasometria
Paciente cianótico e sem hipóxia, qual provável diagnóstico?
Meta-hemoglobinemia: aumento de hemoglobina com íon férrico ao invés de ferroso, reduzindo a liberação de O2 pelas hemácias
Níveis até 3% são normais!
Como é feito o diagnóstico e tratamento da meta-hemoglobinemia?
O diagnóstico é feito com espectrofotometria, que identifica as concentrações de hemoglobina, oxi-hemoglobina, meta-hemoglobina e carboxi-hemoglobina. Com valores acima de 3%.
Tratamos com azul de metileno 0,1-0,2 ml/Kg , IV, correndo por 5 min.
Qual a diferença entre volume residual e capacidade residual funcional
O primeiro é o volume que permanece no pulmão após a expiração forçada e o segundo é o volume que permanece após uma expiração usual
Diferença entre a capacidade pulmonar total e capacidade vital
A CPT é o todo o volume de ar obtido durante a inspiração forçada e a CV é esse volume subtraído do volume residual
Diferença entre CVF e VEF1
A Capacidade Vital Forçada é o volume máximo expirado com esforço máximo após uma inspiração forçada máxima. O Volume expiratório forçado de primeiro segundo corresponde a parcela exalada no primeiro segundo da manobra de obtenção da CVF
Diferença entre PFE e TFE
Ambos são obtidos durante a manobra de CVF. O Pico de Fluxo Expiratório representa o fluxo, expressa em L/min, e o Tempo Expiratório Forçado representa o tempo, expresso em segundos.
Quais são os testes que avaliam a função pulmonar?
O principal deles é a Espirometria, Pletismografia, teste da capacidade de difusão de CO, Teste de exercício Cardiopulmonar e gasometria são os principais
Qual dos parâmetros de função pulmonar não pode ser obtido pela espirometria?
A Espirometria consegue estimar bem o volume inspiratorio forçado e Expiratório Forçado, obtendo facilmente a CVF, porém não pode estimar o Volume Residual (VR), e por conta disso impossibilita sabe a Capacidade residual funcional (CRF) e a Capacidade pulmonar total (CPT)
Como se avalia o Volume Residual?
Pode ser avaliado pela Pletismografia, a diluição com hélio e o Wash Out com Nitrogênio.
O que é o valor percentual predito na espirometria?
É o percentil de função pulmonar esperado pra média populacional, levando em conta a etnia, sexo, altura e idade
Em pacientes com doença pulmonar obstrutiva obtém-se valores maiores de CV ao forçar a expiração do que se expirar lentamente, V ou F?
Mentira, o ar expirado sobre influencia da pressão alveolar (elasticidade pulmonar) e a pressão pleural (feita pela contração de músculos respiratórios), quando esse segundo fica muito intenso pode causar compressão de um seguimento da via aérea e dificultar o fluxo expiratorio, tornando a CV menor.
Quais são os 3 principais parâmetros obtidos na Espirometria?
A espirometria permite medir o volume inspirado, o volume expirado e os fluxos respiratórios, a partir disso pode-se obter o CVF, o VEF1 e a relação entre eles, também chamado de Índice de Tiffeanau
Como se avalia um distúrbio ventilatório restritivo na espirometria?
CVF reduzido
VEF1 reduzido
VEF1/CVF normal
A restrição pulmonar é definida pela redução da CPT, soma da CV com o VR, que não pode ser obtida pela obtida pela espirometria, porém, quando há redução expressiva da CVF (<50%) pode-se inferir que há também CPT reduzido.
Nesse distúrbio a redução da CVF vem acompanhada da redução da VEF1 concomitante, levando a uma relação entre os dois com valores normais.
Como se avalia um distúrbio ventilatório restritivo na espirometria?
CVF reduzido
VEF1 reduzido
VEF1/CVF normal
A restrição pulmonar é definida pela redução da CPT, soma da CV com o VR, que não pode ser obtida pela obtida pela espirometria, porém, quando há redução expressiva da CVF (<50%) pode-se inferir que há também CPT reduzido.
Nesse distúrbio a redução da CVF vem acompanhada da redução da VEF1 concomitante, levando a uma relação entre os dois com valores normais.
Quais as etiologias mais comuns dos distúrbios ventilatórios restritivos?
As causas desse distúrbio pode ser dividida em intrapulmonares ou extrapulmonares, as primeiras sai mais comuns, ocorrendo na fibrose pulmonar, silicose, asbestose ou quando há ressecção pulmonar. No segundo grupo etiológico, tem-se: tumores de parede torácica, derrame pleural, ascite, miastenia gravis, obesidade e cifoescoliose
Como se avalia distúrbio ventilatório obstrutivo na espirometria?
CVF normal
VEF1 diminuído
VEF1/CVF diminuído (<0,7)
Pacientes com obstrução nas vias aéreas inferiores acabam por causar dificuldade de colocar o se pra fora e aumenta o tempo expiratorio por conta disso, sendo necessário pelo menos 10 segundos de fase expiratoria para o teste ser satisfatório.
Em casos mais graves, quando há hiperinflação, há aprisionamento aéreo com aumento de VR, e por conseguinte redução da CVF.
Causas mais comuns de distúrbio ventilatório obstrutivo
Asma e DPOC
Como proceder quando o resultado espirométrico mostra CVF e Índice de Tiffeanau reduzidos?
Nesses casos devemos buscar algum teste que mostre o valor da CPT (CV + VR). Caso não seja possível recomenda-se fazer a subtração CVF - VEF1:
- Se a diferença >25% o distúrbio é obstrutivo (asma)
- Se a diferença é entre 12 e 25% é um distúrbio obstrutivo com CVF reduzida (DPOC c/ hiperinsuflação)
- Se diferença <12% tem distúrbio misto ou combinado (obstrutivo e restritivo)
Quando se diz que há resposta broncodilatadora positiva?
Quando após o uso de Fenoterol ou Salbutamol há:
- melhora do VEF1 em 200ml ou 12% em relação ao valor previsto
- melhora do CVF em 350ml
Pode ser classificada em prova broncodilatadora positiva por fluxo (usando VEF1 como parâmetro) ou por volume (usando CVF como parâmetro)
Como é feita a prova broncodilatadora?
Primeiro se realiza uma espirometria normalmente, com coleta do VEF1 e CVF, depois são oferecidos 400 microgramas de Fenoterol ou Salbutamol, Beta-2-agonistas de curta duração, e a espirometria é repetida em 15-20 minutos
Como se classifica, em relação a gravidade, o distúrbio ventilatório obstrutivo ?
Leva em conta o valor do VEF1 em relação ao esperado:
LEVE > 60%
MODERADO entre 41 e 59%
GRAVE < 40%
Como se classifica, em relação a gravidade, o distúrbio ventilatório restritivo?
Leva em conta o valor da CVF em relação ao esperado:
LEVE >60%
MODERADO entre 51 e 59%
GRAVE <50%
Qual o exame ideal para diagnóstico de distúrbios ventilatórios restritivos?
O melhor teste para essa avaliação é a Pletismografia, sendo indicado pra todo paciente com Índice de Tiffeanau normal e CVF reduzido para estimar o valor da CPT e do VR.
- Enquanto distúrbios obstrutivos costumam apresentar valores elevados de CPT e VR (>140% do esperado), os distúrbios restritivos são caracterizados por CPT (<80%) e VR reduzidos.
Quando é recomendado o PFE?
O Pico de Fluxo Expiratório é uma manobra forçada aferida com um medidor portátil que é útil para auxiliar no diagnóstico de asma, assim como seu monitoramento e caracterização de asma ocupacional.
Quando se diagnostica asma por meio do PFE?
É feita avaliando a variabilidade da PFE durante o dia, quando a diferença entre o maior valor e o menor está acima de 20% pode-se dizer que há um distúrbio obstrutivo significativo.
Como é feito o teste de brincoprovocação e qual a sua indicação?
Ele é começa com uma espirometria normal para servir como método comparativo seguido de uma nova espirometria após inalação de substância sabidamente broncoconstrictoras. É indicado para aqueles pacientes com alta suspeita de asma, mas que não tiveram um resultado positivo na espirometria simples
Quais substância são usadas no teste de broncoprovocação?
Histamina, Metacolina e o Carbacol
Quando o teste de broncoprovocação é positivo?
É dito positivo quando há queda de 20% ou mais do VEF1 basal após a inalação da substância broncoconstrictora
Quais são os sinais radiográficos de hiperinsuflação?
Sou sinais de hiperinsuflação: aumento dos espaços intercostais, retificação das costelas e das cupulas diafragmaticas, coração em gota e aumento do diâmetro ântero-posterior do tórax. Podem ser encontrados ainda presença de bolhas e vasos vilares proeminentes nos pacientes com enfisema.
Como é definido a asma?
A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por apresentar hiperatividade das vias aéreas e limitação variável do fluxo de ar nos exames de função pulmonar.
A resposta imune associada a asma é ligada somente com linfócitos Th1, verdadeiro ou falso?
Falso, resposta imune da asma está associada com os linfócitos T, predominante Th2, levando a hiperresponsividade brônquica, produção mucoide e vasoconstricção de via aérea.
Qual o nome do processo que ocorrem em pacientes com asma não tratados adequadamente?
A resposta inflamatória da asma pode levar a proliferação de fibroblastos e deposição de colágeno no tecido, levando a um processo conhecido como remodelamento brônquico,que por sua vez cursa com limitação de irreversível do fluxo aéreo.
O que é resposta Th2 High, quando se trata de asma?
A resposta Th2 High desencadeada principalmente por antígenos, havendo produção de IL-4, IL-5 e IL-13, sendo a primeira responsável pela ativação de células B e e estimulação de produção de IgE, a segunda está intimamente relacionada com a ativação de eosinófilos, e a terceira atua principalmente na musculatura lisa e promovendo remodelamento brônquico.
O que é resposta Th2 Low, quando se trata de asma?
A resposta Th2 Low é aquela desencadeada por irritantes, poluentes e micro-organismos. Esta leva a produção de IL-33, IL-25 e IL-6, que ativam células Th_17, Th1 e neutrófilos, levando a hiperresponsividade brônquica, secreção mucoide e constrição de musculatura lisa
Quais são os principais fatores desencadeadores da asma?
Exposição a alérgenos e irritantes inalatórios mudanças climáticas, exposição ao tabagismo, infecções do sistema respiratório, uso de fármacos, estresse emocional e exercício físico.