PEDIATRIA - completo Flashcards

1
Q

Doenças exantemáticas:
Exantema + febre SIMULTÂNEOS:
Quais as duas hipóteses principais?
Quais seus macetes a guardar?

A
  1. Sarampo = PARAMPO 36
    Por que o macete?
    - P = Paramixovírus (agente etiológico)
    - 3 = vacinação de bloqueio até 3 dias
    - 6 = imunoglobulina pós exposição até 6 dias
  2. Rubéola = RUBOLA, que TOGA bola
    Por que o macete?
    - Bola = clínica clássica de ADENOMEGALIAS
    - Toga = Togavírus (agente etiológico)
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2
Q

Sarampo (PARAMPO 36):
Agente etiológico
Transmissão
Clínica de fase prodrômica (2)
Quais as características do exantema? (3)
Qual a descamação clássica?

A

Agente etiológico:
Paramixovírus

Transmissão:
AEROSSÓIS:
- 6 dias antes-4 dias pós surgimento do RASH

Clínica de fase prodrômica:
1. Febre alta progressiva
2. Enantema de KOPLIK (PATOGNOMÔNICO)
- pápulas esbranquiçadas em cavidade oral

Quais as características do exantema?
1. MORBILIFORME
2. Início em região RETROAURICULAR
3. Progressão craniocaudal

Qual a descamação clássica?
Furfurácea

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3
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?

A

Qual a alteração visualizada?
Enantema de KOPLIK

Quando pode ser encontrada?
Achado PATOGNOMÔNICO do Sarampo (PARAMPO 36).
Ocorre na fase prodrômica da doença.

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4
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?

A

Qual a alteração visualizada?
Descamação FURFURÁCEA.

Quando pode ser encontrada?
Típica em prova de SARAMPO (PARAMPO 36).

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5
Q

Sarampo (PARAMPO 36):
Qual a conduta quando diagnóstico?
Quais as principais complicações? (3)

A

Qual a conduta quando diagnóstico?
1. 2 doses de Vitamina A (Dia 1 e Dia 2 do diagnóstico)
2. Notificação compulsória imediata (em até 24h)

Quais as principais complicações?
1. Otite média aguda (OMA): mais comum
2. Pneumonias: maior causa de morte, por maior prevalência
3. Encefalite: maior letalidade

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6
Q

Sarampo (PARAMPO 36):
Profilaxia pré exposição
Profilaxia pós exposição
- vacinação
- imunoglobulina

A

Profilaxia pré exposição:
Calendário básico do MS:
1. Tríplice viral aos 12 meses +
2. Tetraviral aos 15 meses

Profilaxia pós exposição:
1. Vacinação de bloqueio
- Até 3 dias da exposição
- Indicado para suscetível MAIOR QUE 6 meses

  1. Imunoglobulina
    - Ate 6 dias da exposição
    - Indicado para:
    a. Imunossupressos
    b. Gestante suscetível
    c. MENORES DE 6 meses
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7
Q

Rubéola (RUBOLA):
Agente etiológico
Transmissão
Clínica clássica (2)
Pode haver enantema?

A

Agente etiológico:
Togavírus (TOGA a bola)

Transmissão:
- Gotículas
- 5-7 dias antes à 5-7 dias pós rash

Clínica clássica:
1. LINFADENOPATIA (retroauricular, occipital e cervical)
2. Exantema: RUBEOLIFORME
- de progressão craniocaudal rápida

Pode haver enantema?
Sim, mas não é patognomônico:
Precedido ou não de manchas de FORSCHEIMER

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8
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?

A

Qual a alteração visualizada?
Manchas de FORSCHEIMER (enantema)

Quando pode ser encontrada?
Pode ser encontrada na Rubéola (RUBOLA), apesar de nem sempre estar presente e não ser patognomônico.

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9
Q

Rubéola (RUBOLA):
Profilaxia pré- exposição
- Calendário básico vacinal

A

Calendário básico do MS:
1. Tríplice viral aos 12 meses +
2. Tetraviral aos 15 meses

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10
Q

Síndrome da rubéola congênita:
Tríade clássica
Quais as cardiopatias mais comuns? (2)
Diagnóstico
Há tratamento?
Como prevenir? (2)

A

Tríade clássica:
1. Surdez neurossensorial
2. Catarata
3. Cardiopatia congênita (sopro ao exame físico)

Quais as cardiopatias mais comuns?
1. Persistência do canal arterial
2. Estenose pulmonar

Há tratamento?
Apenas o manejo de sequelas

Como prevenir?
1. Vacinação da população
2.Evitar contato de RN com gestante nos primeiros 1-2 anos de vida
- pois ele elimina o vírus nas suas secreções

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11
Q

Doenças exantemáticas:
Exantema APÓS a febre:
Quais as duas hipóteses principais?

A
  1. EXANTEMA SÚBITO (roséola)
    - febre desaparece subitamente antes do surgimento do exantema
  2. ERITEMA INFECCIOSO
    - exantema ocorre por processo imunomediado após uma infecção de via aérea superior, geralmente quando esta já resolvida
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12
Q

EXANTEMA SÚBITO (roséola):
Agente etiológico
Paciente típico
História clássica
Qual o principal diagnóstico diferencial em prova?
Qual a principal complicação?

A

Agente etiológico:
Herpesvirus humano tipo 6 ou 7

Paciente típico:
Lactente > 6 meses
- é a doença exantemática mais comum nesse grupo
- não costuma ocorrer abaixo dos 6 meses, pois há anticorpos maternos nas circulação

História clássica:
Febre alta que some subitamente e após surge exatema maculopapular iniciado em TRONCO.

Qual o principal diagnóstico diferencial em prova? Farmacodermia, mas essa cursa com prurido, eosinofilia e história de exposição a fármaco.

Qual a principal complicação?
Crise Febril

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13
Q

ERITEMA (não) INFECCIOSO:
Agente etiológico
Por que o macete do (não) infeccioso?
Primeira fase clínica
Segunda fase clínica
Terceira fase clínica

A

Agente etiológico:
Parvovírus Humano B19

Por que o macete do (não) infeccioso?
Porque a fase exantemática é um processo imunomediado que ocorre após uma infecção, nesse momento já resolvida.
NÃO HÁ TRANSMISSÃO QUANDO RASH.

Quais as fases clínicas?
1. Primeira fase:
Face esbofeteada
2. Segunda fase:
Exantema RENDILHADO em tronco e membros, poupa palma e planta mãos e pés
3. Terceira:
Recidivas por 1-3 semanas de rash após exposição ao sol, estresse, esforço físico.

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14
Q

Doenças exantemáticas:
Qual a alteração visualizada?
Quando pode ser encontrada?

A

Qual a alteração visualizada?
Face esbofeteada

Quando pode ser encontrada?
Clássica da primeira fase clínica do Eritema Infeccioso.

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15
Q

ERITEMA (não) INFECCIOSO:
Qual a complicação principal?
Qual o paciente de maior risco?
Por que ocorre?

A

Qual a complicação principal?
Crise anêmica aguda do tipo Aplástica.

Qual o paciente de maior risco?
Pacientes que apresentem Anemia Hemolítica.

Por que ocorre?
1. Parvovírus Humano B19 infecta células precursoras de novos eritrócitos na MEDULA óssea
2. Há interrupção temporária na produção de novos eritrócitos
3. Paciente com anemia hemolítica dependem de produção constante de hemácias, sem isso ANEMIA GRAVE

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16
Q

Doenças exantemáticas:
Exantema com vesículas:
Quais as três principais hipóteses diagnósticas?

A
  1. VARICELA 54:
    Por que 54?
    5 = até 5 dias para vacinação de bloqueio pós-exposição
    4 = até 4 dias para imunoglobulina pós-exposição
  2. Monkeypox (cai bem menos):
    - Lesões dolorosas e não pruriginosas
  3. Doença Mão-pé-boca
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17
Q

VARICELA 54:
Agente etiológico
Transmissão
Há fase prodrômica?
Características do exantema

A

Agente etiológico:
Vírus varicela-zóster

Transmissão:
AEROSSÓIS
- do surgimento até todas as lesões virarem crostas

Há fase prodrômica?
Na pediatria não há no geral, em adolescentes e adultos pode haver sinais e sintomas inespecíficos (febre, tosse).

Características do exantema:
1. Vesicular
2. Pruriginoso
3. Polimorfismo regional (lesões em fases diferentes de evolução)
4. Distribuição centrípeta
5. Acomete mucosas

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18
Q

VARICELA 54:
Quais são as fases de evolução das lesões?
Como chamamos a presença de lesões em diferentes fases de evolução?

A

Quais são as fases de evolução das lesões?
Mácula > vesícula > pústula > crosta

Como chamamos a presença de lesões em diferentes fases de evolução?
POLIMORFISMO REGIONAL, em prova = Varicela

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19
Q

VARICELA 54:
Como é feita a profilaxia pré-exposição?
Quais as principais complicações? (5)

A

Como é feita a profilaxia pré-exposição?
Vacinação - Calendário básico do MS:
1. Tetraviral aos 15 meses
2. Varicela aos 4 anos

Quais as principais complicações?
1. Infeção bacteriana das lesões: mais comum
- Streptococcus grupo e S. aureus
2. Varicela progressiva: mais grave
3. Varicela congênita
4. Ataxia cerebelar aguda
5. Encefalite

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20
Q

VARICELA 54:
Quais as indicações de Aciclovir via oral? (5)
Quais as indicações de Aciclovir endovenoso? (3)

A

Tratamento nem sempre estará indicado.

Quais as indicações de Aciclovir via oral?
1. > 12 anos
2. 2° caso no mesmo domicílio
3. Doença pulmonar ou cutânea crônica
4. Corticoide em dose não imunossupressora
5. Uso de AAS

Quais as indicações de Aciclovir endovenoso?
1. Imunossupressos
2. Recém Nascidos (questionável, depende da referência)
3. Varicela progressiva

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21
Q

VARICELA 54:
Por que está indicado o tratamento com Aciclovir via oral em usuários de AAS?

A

Pelo risco de SÍNDROME DE REYE:
- síndrome que pode ocorrer em usuários de AAS que contraem Influenza ou Varicela:

Pode ser grave, cursando com:
1. Encefalopatia
2. Hepatopatia

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22
Q

Varicela 54:
Profilaxia pós contato (CAI MUITO):
VACINAÇÃO DE BLOQUEIO:
Quando fazer?
Qual a idade mínima?
Indicações do Ministério da Saúde (2)

A

Quando fazer?
Até o quinto dia, sendo o ideal até o terceiro dia pós-exposição.

Qual a idade mínima?
> 9 meses

Indicações - MS:
1. Internados > 9 meses = bloqueio hospitalar
2. > 9 meses e < 7 anos = surto em creche/escola

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23
Q

Varicela 54:
Profilaxia pós contato (CAI MUITO):
IMUNOGLOBULINA HIPERIMUNE:
Até quando pode ser feita?
Quais as indicações? (5)

A

Até quando pode ser feita?
Até o quarto dia

Quais as indicações?
1. Imunossupressos

  1. Gestantes suscetíveis (não vacinadas)
  2. Recém nascidos (< 28 dias) prematuros:
    - IG < 28 semanas sempre
    - IG >= 28 semanas se mãe nunca teve varicela
  3. Recém nascidos de mãe com diagnóstico de Varicela de 5 dias antes até 2 dias após o parto
  4. < 9 meses hospitalizado
    - para evitar surto hospitalar
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24
Q

Doença Mão-pé-boca:
Agente etiológico
Clínica (2)
Complicação principal

A

Agente etiológico:
Coxsackievirus A16

Clínica:
1. Vesículas e úlceras em cavidade oral
2. Exantema vesicular em mãos, pés e nádegas

Complicação principal:
Onicomadese

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25
Doenças exantemáticas: Exantema + faringoamigdalite: Quais as duas principais hipóteses diagnósticas?
1. ESCARLATINA - em prova: principalmente em faixa etária dos 5-15 anos 2. MONONUCLEOSE INFECCIOSA - em prova: principalmente em faixa etária dos adolescentes
26
ESCARLATINA: Agente etiológico Período de incubação Principais marcas clínicas que não exantema (4) Características do exantema Quais os sinais semiológicos? (2) Qual o tipo de descamação?
Agente etiológico: S. pyogenes grupo A, que produz exotoxina causadora da doença Período de incubação: 2-5 dias Principais marcas clínicas que não exantema: a. Língua em morango (enantema) b. Faringite c. Adenomegalia d. Vômitos e dor abdominal (pode parecer abdômen agudo) Características do exantema: 1. MICROPAPULAR 2. Aspecto da pele ao toque de lixa de unha 3. Início no pescoço e tronco 4. Progressão crânio-caudal Quais os sinais semiológicos? 1. Sinal de PASTIA: exantema mais intenso em dobras 2. Sinal de FILATOV: palidez perioral Qual o tipo de descamação? Descamação laminar/lamelar
27
Doenças exantemáticas: Qual o sinal semiológico descrito? A qual doença está mais comumente associado?
Qual o sinal semiológico descrito? Sinal de FILATOV: - palidez perioral A qual doença está mais comumente associado? Escarlatina
28
Doenças exantemáticas: Qual o sinal semiológico descrito? A qual doença está mais comumente associado?
Qual o sinal semiológico descrito? Sinal de PASTIA: - exantema mais intenso em dobras A qual doença está mais comumente associado? Escarlatina
29
Doenças exantemáticas: Qual a alteração visualizada? Quando pode ser encontrada? (2)
Qual a alteração visualizada? Língua em morango / framboesa. Quando pode ser encontrada? 1. Escarlatina 2. Doença de Kawasaki
30
ESCARLATINA: Qual o principal diagnóstico diferencial em prova? Como fazer? - faixa etária - duração da febre - achado clínico ausente na outra patologia
Qual o principal diagnóstico diferencial em prova? Doença de Kawasaki Como fazer? - geralmente as provas seguem: 1. Faixa etária: a. Escarlatina: 5-15 anos b. Kawasaki: abaixo dos 5 anos 2. Duração da febre: a. Escarlatina: não dura mais de 7 dias b. Kawasaki: duração > 5-7 dias 3. Achado clínico ausente na outra patologia: a. Escarlatina: Exsudato faringoamigdaliano b. Kawasaki: Conjuntivite
31
ESCARLATINA: Tratamento: Qual a primeira escolha? Está sempre indicado?
Qual a primeira escolha? 1. Penicilina Benzatina IM dose única 2. Amoxicilina por 10 dias Está sempre indicado? Sim, para prevenção de Febre Reumática, complicação da infecção de orofaringe por S. pyogenes.
32
MONONUCLEOSE INFECIOSA: Agente etiológico Período de incubação Principais achados clínicos? (5) Qual a principal complicação?
Agente etiológico: Vírus Epstein-Barr Período de incubação: 30-50 dias Principais achados clínicos? 1. Faringoamigdalite exsudativa 2. ESPLENOMEGALIA 3. Linfadenopatia generalizada 4. Sinal de Hoagland (edema palpebral) 5. Exantema - principalmente após o início da Amoxicilina, dada de forma equivocada Qual a principal complicação? Risco de ruptura esplênica, há contraindicação para esportes de contato.
33
Doenças exantemáticas: Qual o sinal semiológico descrito? A qual doença está mais comumente associado?
Qual o sinal semiológico descrito? Sinal de HOAGLAND - edema palpebral A qual doença está mais comumente associado? Mononucleose infecciosa
34
MONONUCLEOSE INFECIOSA: Qual a alteração laboratorial típica? Como fazer o diagnóstico laboratorial? Qual o tratamento? (2)
Qual a alteração laboratorial típica? Linfocitose com ATIPIA LINFOCITÁRIA Como fazer o diagnóstico laboratorial? Sorologia: IgM e IgG para EBV Tratamento: 1. Suporte com sintomáticos 2. Corticoide - considerar em quadros graves com risco de insuficiência respiratória por adenomegalia / edema importante (COBRADO EM 2024 - PROVAS RS)
35
Resfriado comum: Agente etiológico Tratamento (3) O que não se deve prescrever? Prevenção Complicação
Agente etiológico: RINOVÍRUS (> 200 sorotipos) Tratamento: 1. Antipiréticos - não de deve alternar 2. Lavagem nasal com SF 0,9% 3. Mel para redução de tosse noturna - se >= 1 ano de idade O que não se deve prescrever? Descongestionante, mucolíticos, AAS Prevenção: Lavagem de mãos (transmissão é por contato direto) Complicação principal: OMA (30% dos casos)
36
Otite Média Aguda: Fatores de risco (4) Agentes etiológicos principais (3) Diagnóstico - otoscopia (4)
Fatores de risco: 1. Idade < 2 anos (tuba mais suscetível à disfunção) 2. Anomalias craniofaciais 3. Síndrome de Down (mesmo sem infecção prévia) 4. Tabagismo passivo Agentes etiológicos principais: 1. S. pneumoniae - único prevenível por vacinação 2. H. influenzae não tipável - 50% são produtores de beta-lactamase 3. Moraxella catharrhalis Diagnóstico: clínica + otoscopia: 1. ABAULAMENTO de MT (mais específico) 2. MT opaca 3. MT hiperemiada 4. Otorreia OBS: MT = Membrana Timpânica
37
Otite Média Aguda: Tratamento: Qual o ATB mais utilizado? Indicações de ATB - < 6 meses - 6 meses a 2 anos - >= 2 anos
Qual o ATB mais utilizado? Amoxicilina 5-10 dias < 6 meses: ATB SEMPRE 6 meses - 2 anos: a. Grave (febre >= 39°C, dor mod-intensa, > 48h) b. Otorreia por OMA c. Bilateral > 2 anos: a. Grave (febre >= 39°C, dor mod-intensa, > 48h) b. Otorreia por OMA
38
Otite Média Aguda: Tratamento: Quando está indicado o uso de Amoxicilina-Clavulanato? (3)
a. Falha terapêutica b. OMA + Conjuntivite - EYEmófilo - quando conjuntivite suspeitamos de Haemophilus (50% é produtor de beta-lactamase) c. Uso < 30 dias de ATB
39
Mastoidite aguda (periostite): Quais os pacientes de maior risco? Clínica (2) Qual a conduta?
Quais os pacientes de maior risco? Principalmente os < 6 meses - por isso faz-se ATB sempre Clínica: 1. Sinais de inflamação retroauricular 2. DESLOCAMENTO DE PAVILHÃO auditivo Qual a conduta? 1. Internação hospitalar 2. TC de crânio e mastoide com contraste 3. ATB EV
40
Otite média serosa (efusão): Por que ocorre? Qual a conduta? (2)
Por que ocorre? Persistência de efusão (líquido), sem inflamação ou infecção, na orelha média após um quadro de otite média aguda. Qual a conduta? 1. Observação por 3 meses 2. Tubo de ventilação se não houver resolução - isso para não atrasar desenvolvimento da fala da criança
41
Miringite bolhosa: Definição Qual o agente etiológico envolvido?
Definição: Quadro de otite média aguda que cursa com bolhas na superfície da membrana timpânica. Qual o agente etiológico envolvido? Mycoplasma pneumoniae
42
Sinusite Bacteriana: Como fazer o diagnóstico? (3) Quando considero uma sinusite CRÔNICA? Agentes etiológicos principais (3) Tratamento
Como fazer o diagnóstico? CLÍNICO: 1. Resfriado arrastado >= 10 dias: Coriza abundante mucopurulenta + tosse intensa 2. Infecção mais grave: Febre alta (>= 39°C) + coriza mucopurulenta >= 3 dias 3. Quadro bifásico Paciente melhora do resfriado e volta a piorar Quando considero uma sinusite CRÔNICA? > 12 semanas Agentes etiológicos principais: 1. S. pneumoniae - único prevenível por vacinação 2. H. influenzae não tipável - 1/2 produtores de beta-lactamase 3. Moraxella catharrhalis Tratamento: Amoxicilina 7 dias após melhora clínica da criança - tratamentos, geralmente, longos
43
Celulite orbitária / pós-septal: Definição Clínica (4) Conduta
Definição: Complicação de sinusite de seio ETMOIDAL, caracterizada por: Infecção dos tecidos adjacentes ao globo ocular. Clínica: a. proptose b. dor à movimentação c. edema na conjuntiva d. inflamação palpebral Conduta: 1. Internação hospitalar 2. TC de seios da face 3. ATB EV
44
Faringite Aguda: Etiologia mais comum Etiologia bacteriana mais comum Clínica quando bacteriana (5) Qual o achado clínico que mais corrobora a hipótese bacteriana?
Etiologia mais comum: Infecção Viral Etiologia bacteriana mais comum: S. pyogenes (B-hemolítico grupo A) Clínica (5-15 anos): 1. Febre alta 2. Odinofagia e exsudato amigdaliano 3. Petéquias no palato 4. Dor abdominal forte e vômitos - pode entrar em diagnóstico diferencial com abdômen agudo 5. Ausência de iVAS Qual o achado clínico que mais corrobora a hipótese bacteriana? Petéquias no pálato
45
Faringite Aguda: Quando suspeita, qual a conduta? Qual a principal vantagem da cultura? Tratamento - opções terapêuticas (4)
Quando suspeita, qual a conduta? - Buscar a confirmação diagnóstica: 1. Testes rápidos Positivo: ATB Negativo: solicitar cultura 2. Cultura de orofaringe (padrão-ouro) Positivo: ATB Negativo: sintomáticos Qual a principal vantagem da cultura? Maior SENSIBILIDADE Tratamento - ATB sempre que confirmação: 1. Penicilina benzatina DU 2. Amoxicilina VO 10 dias 3. Azitromicina VO 5 dias - existe resistência, fazer apenas quando alergias 4. Cefalexina
46
Faringite Aguda Estreptocócica: Complicações SUPURATIVAS: Abcesso periamigdaliano / peritonsilar: Paciente típico Clínica (5) Qual a conduta?
Paciente típico: Adolescentes e adultos jovens Clínica Piora da odinofagia Disfagia Sialorreia Desvio de úvula Trismo Qual a conduta? 1. Internação hospitalar 2. ATB EV ( Clindamicina) 3. Aspiração por otorrino
47
Faringite Aguda Estreptocócica: Complicações SUPURATIVAS: Abcesso retrofaríngeo: Faixa etária típica Qual a clínica? Como investigar?
Faixa etária típica: Primeiros cinco anos de vida, pois há involução dos linfonodos após. Qual a clínica? Dor cervical - diagnóstico diferencial de torcicolo na infância Como investigar? TC de região cervical
48
Faringite Aguda Estreptocócica: Complicações NÃO SUPURATIVAS: Quais são? Qual a única prevenível?
Quais são? 1. GNPE = Glomerulonefrite Pós Estreptocócica - Síndrome nefrítica 2. Febre Reumática Qual a única prevenível? Febre Reumática - se ATB iniciado até NOVE DIAS do início do quadro
49
Herpangina: Agente etiológico Paciente típico Clínica Diagnóstico diferencial principal
Agente etiológico: Coxsackie A Paciente típico: Lactentes e pré-escolares Clínica: Úlceras na parte POSTERIOR da cavidade oral Diagnóstico diferencial principal Doença mão-pé-boca - úlceras em cavidade oral como um todo
50
Febre faringoconjuntival: Qual o agente etiológico? Clínica (3)
Qual o agente etiológico? Adenovírus Clínica: Febre Faringite Conjuntivite
51
Epiglotite aguda: Agente etiológico Fisiopatologia Clínica (5) Diagnóstico Conduta (2)
Agente etiológico: H influenzae do tipo B - geralmente em prova: criança não vacinada Fisiopatologia: Perda da função da epiglote que pode tombar sobre VA e gerar insuficiência respiratória Clínica (muito rápida - evolução de horas): 1. Toxemia 2. Disfagia e Sialorreia 3. ESTRIDOR 4. Posição do tripé 5. Abafamento da voz Diagnóstico: CLÍNICO - não solicitar raio X (mas se solicitado: Sinal do Polegar) Conduta: 1. GARANTIA DE VIA AÉREA - NÃO TENTAR VISUALIZAR VIA AÉREA ANTES 2. ATB e suporte após
52
Laringotraqueíte viral aguda (crupe): Agente etiológico Clínica (4) Diagnóstico Tratamento - com estridor em repouso - sem estridor em repouso Complicação
Agente: Parainfluenza em 75% Clínica: 1. Tosse metálica / de cachorro 2. Afonia / rouquidão 3. Estridor 4. Pródromos catarrais Diagnóstico: clínico Obs: Raio X (sinal da torre / ponta do lápis) Tratamento: 1. COM estridor em repouso: a. Nebulização com adrenalina (1 mg/ml) b. Corticoide VO ou IM (Dexametasona) 2. SEM estridor em repouso: a. Corticoide VO ou IM (Dexametasona) Complicação: Traqueíte bacteriana (crupe membranosa): S. aureus
53
Laringite estridulosa / Crupe espasmódico: O que é? Qual a clínica característica?
O que é? Condição benigna e recorrente que cursa com obstrução de grande via aérea temporária e autolimitada. Qual a clínica característica? Despertar súbito com quadro de crupe, sem sinais infecciosos: 1. Tosse metálica 2. Afonia e rouquidão 3. Estridor
54
Fibrose Cística: Por que ocorre? Clínica - Trato gastrointestinal - Trato respiratório Qual o risco quando sudorese excessiva? (3)
Por que ocorre? 1. Mutação F 508DEL - defeito em proteína CFTR 2. Acúmulo de cloro, sódio e água no intracelular 3. Secreções de glândulas exócrinas se tornam espessas Clínica: 1. TRATO GASTROINTESTINAL: íleo meconial, insuficiência pancreática exócrina e endócrina, doença biliar e cirrose 2. TRATO RESPIRATÓRIO: Tosse, sinusopatia, pólipos nasais, colonização (S. aureus, Pseudomonas) e BRONQUIECTASIAS Qual o risco quando sudorese excessiva? - Nas glândulas sudoríparas ocorre o contrário e o cloro, sódio e água ficam "presos" no extracelular 1. Alcalose metabólica hipoclorêmica 2. Hiponatremia 3. Desidratação
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Fibrose Cística: Rastreamento Diagnóstico Quando diagnóstico, qual a conduta? Tratamento (4)
Rastreamento: Teste do pezinho com IRT aumentado se positivo: repetir em até 30 dias de vida Diagnóstico: TESTE DO SUOR com Cloro >= 60 em 2 amostras 30-59: inconclusivo > buscar mutações Quando diagnóstico, qual a conduta? Solicitar exame para avaliar tipos de mutações para avaliar se há indicação de moduladores de CFTR no tratamento Tratamento: 1. Limpeza de secreções e controle da inflamação em árvore respiratória 2. Exacerbações tratadas com ATB EV em internação 3. Reposição de enzimas pancreáticas, sódio e vitaminas lipossolúveis 4. Moduladores de CFTR se possível
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Pneumonia Bacteriana na Infância: Quais os principais agentes em < 1-2 meses? Qual o tratamento?
Quais os principais agentes em < 1-2 meses? - germes do canal de parto a. Streptococcus agalactiae (grupo B) b. Gram - entéricos Qual o tratamento? Ampicilina + Gentamicina EV em regime de internação
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Pneumonia Bacteriana na Infância: Quais os principais agentes em < 1-2 meses? Qual o tratamento ambulatorial? Qual o tratamento hospitalar?
Quais os principais agentes em < 1-2 meses? a. S. pneumoniae b. S. aureus (< 1 ano / Porta de entrada / quadros graves) - se suspeita: adicionar Vancomicina / Oxacilina Qual o tratamento ambulatorial? Amoxicilina ou Penicilina Procaína IM REAVALIAÇÃO em 48-72 horas Qual o tratamento hospitalar? Penicilina Cristalina IV ou Ampicilina IV obs. diretrizes vêm falando que se não houver complicações radiológicas = tratamento VO PODE ser considerado mesmo em internados
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Pneumonia Bacteriana na Infância: Clínica Exame físico (5) Sinais de gravidade (4) Diagnóstico Quando está indicada a radiografia de tórax? (3)
Clínica: TAQUIPNEIA + tosse, febre, iVAS Exame físico: 1. Estertores (líquido no alvéolo) - evolução para Síndrome de Consolidação: 2. Aumento do frêmito 3. Macicez à percussão 4. Broncofonia 5. Pectorilóquia afônica Sinais de gravidade: 1. Tiragem subcostal 2. Batimento de asa nasal 3. Gemência (contração da glote) 4. Cianose (< 90-92%) Diagnóstico: CLÍNICO (principalmente por taquipneia) Quando está indicada a radiografia de tórax? a. hospitalização = principal b. dúvida diagnóstica c. suspeita de complicações
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Pneumonia Bacteriana na Infância: Achados da Radiografia de Tórax (6) - Qual o sinal que entra em diagnóstico diferencial? Qual o principal exame laboratorial para avaliação?
Achados da Radiografia de Tórax: 1. Consolidações 2. Aerobroncograma 3. Pneumonia redonda (FOTO NO CARD) 4. Derrame pleural 5. Pneumatocele (S. aureus) 6. Abcessos (nível hidroaéreo no seu interior) (S. aureus, anaeróbios em crianças que broncoaspiram) Qual o sinal que entra em diagnóstico diferencial? Sinal do Barco à vela = TIMO Qual o principal exame laboratorial para avaliação? PROCALCITONINA: alto valor preditivo negativo
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Qual o achado descrito? Qual o germe mais associado?
Qual o achado descrito? Pneumatocele Qual o germe mais associado? Em prova = S. aureus, mas pode estar associado a outros germes como S. pneumoniae
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Qual o achado descrito? Quais os germes mais associados?
Qual o achado descrito? Abcesso pulmonar Qual o germe mais associado? S. aureus Anaeróbios (em crianças que broncoaspiram)
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Qual o achado descrito? Qual o principal diagnóstico diferencial?
Qual o achado descrito? Sinal do Barco à Vela - achado fisiológico representado pelo TIMO Qual o principal diagnóstico diferencial? Consolidações pulmonares em quadros de pneumonia
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Pneumonia Bacteriana na Infância: Indicações de internação hospitalar (6)
1.< 2 meses 2. Tiragem subcostal / SatO2 < 90-92% 3. Comprometimento de estado geral 4. Doença grave concomitante 5. Falha no tratamento ambulatorial - sempre considerar Derrame pleural > resistência microbiana 6. Complicações radiológicas
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Pneumonia Bacteriana na Infância: Derrame Pleural: Como avaliar? (2) Quais os tipos? (2) Qual a conduta perante eles?
Como avaliar? 1. Raio X 2. USG + Toracocentese Diagnóstica Quais os tipos? 1. Exsudato inflamatório TTO: mantém ATB + discussão se há necessidade de drenagem, pois não é obrigatória 2. Empiema: - quando >=1: a. aspecto purulento b. pH < 7,2 c. glicose < 40 d. gram ou cultura + TTO: drenagem terapêutica SEMPRE + manutenção ATB
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Pneumonia Atípica na Infância: Quais as principais diferenças clínicas? (2) Agentes etiológicos principais (2)
Quais as principais diferenças clínicas? 1. Clínica mais arrastada 2. Manifestações extrapulmonares: - Otalgia, mialgia, conjuntivite Agentes etiológicos principais: 1. Mycoplasma pneumoniae (> 5 anos) 2. PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE
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PNEUMONIA AFEBRIL DO LACTENTE: Qual o agente etiológico? Qual a história clássica? Qual a clínica? Qual o ACHADO LABORATORIAL? Qual o tratamento?
Qual o agente etiológico? Chlamydia trachomatis Qual a história clássica? Criança nascida de parto vaginal com história de conjuntivite com 7-14 dias e pneumonia, marcada por taquipneia com 1-3 meses. Qual a clínica? Tosse seca + taquipneia + sibilos esparsos Qual o ACHADO LABORATORIAL? EOSINOFILIA (> 300-400) Qual o tratamento? Macrolídeo
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Coqueluche: Agente etiológico Fases clínicas (3) - manifestações da fase paroxística (5) Qual a clínica em < 6 meses? Achado laboratorial Raio X Tratamento
Agente etiológico: Bordatella pertussis - cocobacilo Gram negativo - exotoxina ataca epitélio traqueo-brônquico Clínica: 1. Fase catarral 2. FASE PAROXÍSTICA a. Paroxismos de tosse b. Guincho inspiratório c. Vômitos após a tosse d. Hemorragias conjuntivais e. Frequência respiratória normal 3. Fase da convalescência Qual a clínica em < 6 meses? APNEIA, crianças menores de 3-6 meses não desenvolvem fase paroxística clássica. APNEIA EM PROVA CUIDADO! Achado laboratorial: REAÇÃO LEUCEMOIDE - indica pior prognóstico - linfocitose, pois a resposta imune é contra a EXOTOXINA Raio X: Infiltrado paracardíaco/ infiltrado perihilar / coração felpudo Tratamento: AZITROMICINA
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Coqueluche: Profilaxia para contactantes domiciliares: Como é feita? (2) Para que é feita? (3)
Como é feita? Azitromicina por 5 dias Se criança < 7 anos: dose de reforço da vacina DTP: 1-6 anos Penta: < 1 ano Para que é feita? 1. Redução da intensidade dos sintomas 2. Redução da duração dos sintomas 3. Redução do período de transmissibilidade
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Bronquiolite Viral Aguda: Definição Agente etiológico principal Clínica (4) Diagnóstico Achados da radiografia de tórax (3)
Definição: Primeiro episódio de sibilância com resfriado em < 2 anos. Agente etiológico principal: Vírus Sincicial Respiratório (VSR) - contato direto - lavagem de mãos melhor forma de prevenção Clínica: 1. SIBILOS DIFUSOS (obstrução de pequena VA) ou Tempo Expiratório Prolongado ou Estertores Difusos + 2. Taquipneia 3. Tosse e iVAS 4. Febre Diagnóstico: CLÍNICO Radiografia de tórax (não é obrigatória nem em internados, achados são inespecíficos): 1. Hiperinsuflação 2. Hipotransparência (atelectasias) 3. Retificação de cúpula diafragmática
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Bronquiolite Viral Aguda: Indicações de internação hospitalar (4) Tratamento hospitalar (3) Não faz parte do tratamento (4)
Indicações de internação hospitalar: 1.< 3 meses 2. Prematuro < 32 semanas 3. Comprometimento de estado geral 4. Sinais de insuficiência respiratória Tratamento hospitalar: 1. Oxigenoterapia se SatO2 < 90-92%: - se possível: com CNAF 2. Hidratação VO/SNG, se não: ISOTÔNICA EV 3. Nebulização com HIPERTÔNICA (quationável?) Não faz parte do tratamento: - as provas adoram: 1. Oximetria contínua - oscilações podem gerar intervenções excessivas 2. Nebulização com beta-2-agonista - na maioria dos casos 3. Corticoides 4. Fisioterapia respiratória
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Bronquiolite Viral Aguda: Pode estar indicado a nebulização com beta-2-agonistas? Quando? (3)
Indicações de nebulização com beta-2-agonistas: 1. HF de asma 2. Dermatite atópica 3. Múltiplos episódios de sibilância
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Bronquiolite Viral Aguda: Prevenção: Como é feita? Quando é feita? Quais as indicações do MS? (2) Quais as indicações da SBP? (3)
Como é feita? Palivizumabe (anticorpo monoclonal VSR) Quando é feita? 1 dose mensal por 5 meses do ano sazonalmente Duração de 4 semanas de cada dose Indicações MS: 1. < 1 ano prematuros < 29 semanas 2.< 2 anos com: a. Cardiopatia Congênita com repercussão hemodinâmica b. Doença Pulmonar da prematuridade grave Indicações SBP: 1. < 1 ano prematuros < 29 semanas 2.< 2 anos com: a. Cardiopatia Congênita com repercussão hemodinâmica b. Doença Pulmonar da prematuridade grave 3. < 6 meses prematuros entre 29-32 semanas
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Bronquiolite Obliterante: Definição Agente principal Quando suspeitar?
Definição: doença pulmonar obstrutiva crônica decorrente de inflamação e fibrose pulmonar Agente principal: Adenovírus Quando suspeitar? Quadro grave de Bronquiolite Viral Aguda com hospitalização Persistência dos sintomas Oxigenoterapia por períodos prolongados
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Imunizações: VACINAS VIVAS: Desvantagens (2) Contraindicações - Quando considero o usuário de corticoide imunossupresso? Quais são elas? (7)
Desvantagens: 1. Podem causar a doença 2. Sofrem interferência de anticorpos maternos na circulação (< 1 ano) Contraindicações: 1. Gestantes 2. Imunossupressos Quando considero o usuário de corticoide imunossupresso? Prednisona >= 2 mg/kg/dia ou 20 mg/dia > 14 dias Quais são elas? - Via Intradérmica: 1. BCG - Via Oral: 2. VOP 3. VORH - Via Subcutânea: 4. Febre amarela 5. Tríplice viral 6. Tetraviral 7. Varicela
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Imunizações: Vacinas NÃO VIVAS: Vantagens (3) Quais são elas? (9)
Vantagens: 1. Não causam doença 2. Podemos associar a imunopotencializador/ adjuvante 3. Podem ser conjugadas e induzir imunidade em < 2 anos para germes encapsulados Quais são elas? - Via intramuscular: 1.Hepatite A 2. Hepatite B 3. Pentavalente (DTP, HIB, HB) 4. Pneumo-10 5. VIP 6. Meningo AC 7. Meningo ACWY 8. HPV 9. Influenza
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Imunizações: Calendário Básico Vacinal da Criança: Quais são as vacinas obrigatórias?
Ao nascer: BCG Hepatite B Aos 2 meses: Penta VIP Pneumo-10 VORH (até 3 meses e 15 dias) Aos 3 meses: Meningo-AC Aos 4 meses: Penta VIP Pneumo-10 VORH (até 7 meses e 29 dias) Aos 5 meses: Meningo-AC Aos 6 meses: Penta VIP Aos 9 meses: Febre Amarela Aos 12 meses: Tríplice viral Pneumo-10 Meninco-AC Aos 15 meses: Tetraviral Hepatite A (12/18 meses - SBP) VOP DTP Aos 4 anos: Varicela VOP DTP Febre Amarela
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Imunizações: Adolescentes ainda não vacinados ou com vacinação incompleta: Quais são as vacinas obrigatórias? (6)
Adolescentes ainda não vacinados ou com vacinação incompleta: 1. Hepatite B: - 3 doses 2. dT: - 3 doses + reforço de 10/10 anos 3. Tríplice viral: - 2 doses 4. Febre amarela: - 1 dose (reforço só se < 5 anos) 5. HPV: - 2 doses (9-14 anos) 6. Meningo ACWY - 1 dose dos 11 aos 14 anos
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Profilaxia pós-exposição para o TÉTANO: Como é feita dependendo da vacinação prévia?
>= 3 doses e última < 5 anos: Não fazer profilaxia >= 3 doses e última 5-10 anos: Ferimento risco mínimo: não fazer Ferimento risco alto: vacinação * idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT >= 3 doses e última > 10 anos: Ferimento risco mínimo: vacinação Ferimento risco alto: vacinação * idoso, desnutrido ou imunossupresso: SAT ou IGAT ** acompanhamento incerto: considero SAT ou IGAT < 3 doses ou incerta: Ferimento risco mínimo: vacinação Ferimento risco alto: vacinação + SAT ou IGAT OBS: SAT ou IGAT = imunização passiva
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Profilaxia pós-exposição para RAIVA: Como é feita dependendo do animal envolvido no acidente?
1. Acidente com animal de produção: Exposição indireta: nada Exposição leve: vacinação Exposição grave: vacinação + soro 2. Acidente com animal silvestre: Exposição indireta: nada Exposição leve: vacinação + soro Exposição grave: vacinação + soro 3. Acidente com cão/gato: - observar animal por 10 dias, se necessário: Exposição indireta: nada Exposição leve: vacinação Exposição grave: vacinação + soro + Amoxi-Clav 3-5 dias OBS: - Vacinação IM ou ID 4 doses (0-3-7-14 dias) - Soro/imunoglobulina: até 7° dia da vacina, depois CI
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Sorologia pós vacinal para HBV: Quando indicada? (3) Quando deve ser feita? Quando sorologia é considerada adequada? Qual a conduta se abaixo do esperado? E se gestante?
Quando indicada? Sorologia pós vacinal para 1. Imunossupresso 2. Profissionais da saúde 3. Doentes renais Quando deve ser feita? 30-60 dias após a terceira dose Quando sorologia adequada? Espera-se anticorpos > 10 unidades internacionais Qual a conduta se abaixo do esperado? Se < 10 unidades internacionais: repetir esquema Se sorologia > 60 dias da última dose: aplicar mais uma dose da vacina e medir novamente E se gestante? Gestante com anti-HbS - e HbSAg - vacinada: 1 dose de reforço é recomendada
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Quais as vacinas contra o pneumococo? (3) Quando estão indicadas?
1. Pneumo-23: a. > 2 anos com comorbidades b. Idosos institucionalizados 2. Pneumo-13-C: > 5 anos com HIV, neoplasia, transplantes SEM Pneumo-10 prévia (após essa dose, fazer a segunda dose de Pneumo-23) 3. Pneumo-10: Calendário básico vacinal, pode ser aplicada até os 5 anos Após os 5 anos se indicação: Pneumo-13-C
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Eventos adversos da vacinação com a Pentavalente: Quais são os possíveis eventos? (4) Conduta perante cada um deles
1. Febre alta/choro incontrolável: Tratamento com sintomáticos 2. Hipotonia/Hiporresponsividade/Convulsão: Próxima dose com DTPa (componente Pertussis ACELULAR) 3. Encefalopatia: Próxima dose com DT 4. Anafilaxia: Suspensão completa de vacinação para as condições descritas
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Vacina BCG: Contraindicações (5) Efeitos adversos (3) - conduta se presente
Contraindicações: 1. Peso < 2000g 2. Doença cutânea extensa 3. Imunossupressão 4. Imunomodulador na gestação (6 meses) 5. Comunicante domiciliar bacilífero (profilaxia) Efeitos adversos: Úlcera > 1cm após 12 semanas Abcesso SC Linfadenopatia regional supurada Conduta se efeito adverso: Isoniazida até resolução do quadro
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Imunizações: Contraindicações para a Febre amarela (6)
Contraindicações: 1. < 6 meses 2. Amamentação em < 6 meses (suspensão por 10d) 3. Anafilaxia a ovo 4. Gestação 5. Doença do timo 6. Imunossupressão (HIV se CD4 < 200/15%)
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Imunizações: Contraindicações para a VORH/VOP (5)
Contraindicações: 1. Imunossupressos 2. Contactantes de imunossupressos 3. Hospitalizados 4. Invaginação intestinal prévia (VORH) 5. Malformação congênita de TGI não corrigida (VORH)
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Diarreia: Definição Quando é considerada aguda? Quais as principais complicações? (2)
Definição: 1. Evacuações de consistência diminuída (amolecidas, líquidas) >= 3 vezes/24 horas 2. Mudança no padrão habitual das evacuações em lactentes Diarreia aguda: <= 14 dias Quadro autolimitado, com resolução espontânea. Principal causa é infecciosa. Quais as principais complicações? 1. Desidratação: grande responsável pelos óbitos 2. Desnutrição: maior gravidade se desidratação e piora do prognóstico
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Diarreia: Quais os tipos? (2) Quais os mecanismos do tipo AQUOSA? (3)
Quais os tipos? AQUOSA: maioria DISENTERIA: sangue, muco ou pús nas fezes Quais os mecanismos do tipo AQUOSA? 1. Osmótica: Soluto acumulado gera perda de líquido para TGI por osmose Melhora com a dieta zero/jejum 2. Secretor: Secreção ativa de eletrólitos pelos enterócitos. Secreção de água associada. Secundário a uma toxina produzida pelo agente causador. Mantém-se no jejum. 3. Invasor: Processo inflamatório: invasão da mucosa intestinal por bactéria. Geralmente no IG - cólon. Menor absorção de água em região baixa.
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Diarreia Aquosa Viral: Principal agente - Quais os seus mecanismos? (2) Principal agente dos surtos
Principal agente: Rotavírus - Principal causa de casos graves em < 2 anos - Associação com vômitos Quais os seus mecanismos? 1. Mecanismo osmótico: - achatamento vilositário > diminuição das dissacaridases > acúmulo de LACTOSE no TGI (soluto) 2. Mecanismo secretor: - toxina faz enterócito secretar água e eletrólitos Principal agente dos surtos epidêmicos: Norovírus
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Diarreia Aquosa Bacteriana: Qual a principal? - Quais seus tipos envolvidos? (2) Qual a mais grave, quando ocorre?
Qual a principal? E. coli Quais seus tipos envolvidos? 1. E. coli enterotoxigênica Diarreia aquosa tipo secretória Principal causa da diarreia do viajante 2. E. coli enteropatogênica Diarreia persistente (14-30 dias) Maior risco de desnutrição Qual a mais grave, quando ocorre? Cólera - Extremamente grave - Óbito em poucas horas - Fezes em água de arroz
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Diarreia aquosa: Protozoário mais relevante no Brasil
Giardia lamblia Causador da Giardíase, que cursa com síndrome disabsortiva
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Disenteria: SHIGELLA: Epidemiologia Clínica Tratamento
Epidemiologia: Principal causa de desinteria no nosso meio Clínica: - Diarreia invasiva + sintomas sistêmicos - Sintomas neurológicos (convulsão) - Risco de Síndrome Hemolítico-Urêmica Tratamento ATB - sinais sistêmicos são indicação de ATB justamente pelo risco de Shigellose
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Disenteria: Campylobacter: Qual a sua principal complicação?
Qual a sua principal complicação? Campylobacter é o principal causador de infecção suscedida por Síndrome de Guillan-Barré - Paralisia flácida ascendente por lesão de 2° neurônio motor
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Disenteria: E. coli: Quais são os dois tipos envolvidos? Qual a principal complicação?
Quais são os dois tipos envolvidos? A. Enteroinvasiva: mecanismo invasor. - COM FEBRE - Mais comum B. Êntero-hemorrágica: mecanismo de lesão da parede. - SEM FEBRE - E. coli O157:H7 = Principal causa de SHU Qual a principal complicação? Síndrome Hemolítico Urêmica: - NUNCA USAR ATB SE SUSPEITA, pois pode piorar o quadro
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Disenteria: Salmonella: Qual o grande risco? Quais pacientes são mais suscetíveis a quadros graves? (3) - qual a conduta perante estes?
Qual o grande risco? Pode gerar a bacteremia e sepse grave. Quais pacientes são mais suscetíveis a quadros graves? 1. Hemoglobinopatia S - risco de osteomielite 2. Imunodeprimidos 3. < 3 meses - qual a conduta perante estes? Sempre que um dos citados acima, solicitar corprocultura para buscar o diagnóstico e indicar o tratamento com ATB se confirmado.
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Disenteria: Qual o protozoário mais associado?
Entamoeba histolytica - causadora da amebíase
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Diarreia: Quais os parâmetros para avaliação de gravidade? (4) - Desidratação grave ou Grau III - Desidratação moderada ou Grau II Qual o parâmetro mais específico de desidratação?
Avaliação de gravidade depende de: 1. Condição geral 2. Sede 3. Olhos 4. Sinal da prega Desidratação grave ou Grau III 1. Letárgica/torporosa (hipofluxo cerebral) 2. Incapaz de receber hidratação oral 3. Olhos fundos ou muito fundos 4. Sinal da prega desparece muito lentamente (> 2s) Desidratação moderada ou Grau II 1. Condição: irritada 2. Sede: sedenta 3. Olhos: fundos 4. Sinal da prega: desaparece lentamente Qual o parâmetro mais específico de desidratação? - ponto de corte varia com a referência: 1. Grave: > 9% ou > 10% 2. Desidratação leve a moderada: 3-9% ou 5-10% 3. Sem desidratação: < 3% ou < 5%
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Diarreia: PLANO A: Para quem está indicado? O que inclui? (5) Quais as doses de Zinco?
Para quem está indicado? Criança sem desidratação ou leve. Busca evitar a desidratação. O que inclui? 1. Aumentar a ingestão hídrica 2. Após cada evacuação diarreica: Soro Caseiro (SC) ou Solução de Reidratação Oral (SRO) 3. Manter a dieta habitual saudável 4. Orientar sinais de gravidade 5. Zinco 10-14 dias: pois, reduz a gravidade e o risco de recorrência < 6 meses: 10 mg/dia > 6 meses: 20 mg/dia
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Diarreia: PLANO B: Para quem está indicado? O que inclui? (3) Está indicado antiemético? E se paciente for refratário ao Plano B?
Para quem está indicado? Desidratação moderada. O que inclui? 1. Terapia de Reidratação Oral (TRO) na Unidade de Saúde com SRO o quanto a criança aceitar - objetivo: cerca de 75ml/kg ou 50-100 ml/kg em 4-6 horas) 2. Alimentação suspensa durante TRO, com exceção do Leite Materno 3. Reavaliação frequente: - quando hidratada = alta e Plano A, obrigatoriamente com SRO Está indicado antiemético? Ministério da Saúde recomenda o uso de Ondansetrona para melhor aceitação da TRO, mas varia conforme referência. E se paciente for refratário ao Plano B? a. Leve: pode-se tentar a gastróclise b. Grave: Plano C
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Diarreia: PLANO C: Para quem está indicado? O que inclui? (3) - Posologia - OMS - Posologia - CDC (Nelson)
Para quem está indicado? Desidratação GRAVE. O que inclui? 1. Terapia de reidratação endovenosa 2. TRO assim que possível 3. Reavaliação após 3-6 horas, após hidratação endovenosa - quando hidratada = alta e Plano A, obrigatoriamente com SRO Posologia - OMS: SF 0,9% - total: 100 ml/kg > 1 ano = em 3 horas = 30 ml/kg em 30 minutos + 70 ml/kg em 2h30min < 1 ano = em 6 horas = 30 ml/kg em 60 minutos + 70 ml/kg em 05 horas Posologia - CDC (Nelson): 20 ml/kg o mais rápido possível
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Diarreia: Terapia de Reposição Oral: Por que utilizamos soluções glicossalinas? Quais são as duas opções?
Por que utilizamos soluções de hidratação glicossalinas orais? Transportador preservado para absorção de água é aquele que absorve Na + Glicose Quais são as duas opções? 1. Soro caseiro: 1 copo de água limpa + colher medida (1 colher de sal e 2 de açúcar) ou mão (1 pitada de sal + 1 punhado de açúcar) 2. Solução de reidratação oral (SRO): obrigatório se a criança já estiver desidratada - Recomendar a de Osmolaridade reduzida: 75 mEq/L de sódio (desde 2002 - OMS)
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Diarreia: Está recomendado o uso de Racecadotrila? Está recomendada restrição da lactose?
Está recomendado o uso de Racecadotrila? SBP usa, MS não fala nada sobre. Está recomendada restrição da lactose? Avaliar redução da lactose se suspeita de Diarreia por Rotavírus, pois ele gera atrofia de vilosidades e menor produção de dissacaridases. Recuperação é lenta, podendo a criança manter diarreia persistente por excesso de lactose e soluto na luz do TGI.
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Diarreia: Indicações de ATB (3) Quais as principais opções? - se < 3 meses ou imunossupresso - se 3 meses - 10 anos - se > 10 anos (> 30kg) Por que não tratar todos os casos?
Indicações de ATB: 1. Shigellose (desinteria + comprometimento de estado geral) 2. Salmonella (confirmada em Coprocultura) 3. Cólera Quais as principais opções? < 3 meses ou imunossupresso: Ceftriaxone 3 meses - 10 anos: Azitromicina > 10 anos (> 30kg): Ciprofloxacino Por que não tratar todos os casos? Tratamento aumenta risco de SHU - não tratar qualquer diarreia, apenas se indicação
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Carência de Micronutrientes: Vitamina A (Retinol) Clínica (4) Posso prescrever exógena para gestante?
1. Xeroftalmia: mais precoce 2. Úlceras na córnea 3. Nictalopia 4. Manchas de Bitot (na conjuntiva) Posso prescrever exógena para gestante? Não, Vitamina A é teratogênica
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Carência de Micronutrientes: Vitamina D (Calciferol) Fontes (2) Raquitismo (4) x Osteomalácia Alterações laboratoriais (4) Tratamento
Fontes: 1. Síntese cutânea (90%) 2. Alimentar Clínica: 1. Raquitismo em crianças - Craniotabes (bola de pingue-pongue) - Rosário raquítico - Sulco de Harrison - Alargamento de punhos e tornozelos 2. Osteomalácia em adultos Alterações laboratoriais: 1. Aumento de PTH 2. Redução de fósforo sérico 3. Cálcio sérico normal ou baixo 4. Aumento da FA Tratamento: Suplementação de vitD + cálcio + fósforo
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Vitamina D (Calciferol): Quando está indicada a suplementação? Como fazer a prevenção da deficiência nos primeiros dois anos de vida?
Quando está indicada a suplementação? 1. Se deficiência 2. De rotina em crianças de até 2 anos Como fazer a prevenção da deficiência nos primeiros dois anos de vida? - Entre 1 semana até 1 ano: 400 UI/dia - Entre 1 e 2 anos: 600 UI/dia
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Carência de Micronutrientes: Vitamina K: Função Qual a consequência se deficiência em RN? - Qual a história clássica em prova? Tratamento Prevenção
Função: síntese de fatores de coagulação II, VII, IX e X Qual a consequência se deficiência em RN? Doença hemorrágica do RN Qual a história clássica em prova? Parto domiciliar / sem acompanhamento médico Sangramento pelo coto umbilical Tratamento: Vitamina K IM ou EV - se sangramento: plasma fresco ou reposição dos fatores de coagulação Prevenção: Vitamina K IM ou VO para todo RN de rotina Logo após ao nascimento
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Doença hemorrágica do RN: Forma precoce Forma clássica Forma tardia
a. Precoce: Hemorragia nas primeiras horas de vida - uso de medicamentos maternos (anticonvulsivantes) b. Clássica: Hemorragia entre 2-7° dia de vida - ausência de reposição VO ou IM recomendada a todo RN de rotina após o parto c. Tardia: Hemorragia após 7 dias de vida - doenças disabsortivas
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Carência de Micronutrientes: Vitamina C (ácido ascórbico): Qual a doença característica? Clínica (4)
Qual a doença característica? Escorbuto Clínica: 1. Dor em MMII (posição de rã - antálgica) 2. Hemorragia gengival e cutânea 3. Petéquias perifoliculares 4. Rosário escorbútico
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Carência de Micronutrientes: Vitamina B1 (tiamina): Qual a doença característica? Quais seus dois tipos? Qual a forma clássica no alcoolista?
Qual a doença característica? Beribéri Quais seus dois tipos? - seco: manifestações neurológicas - molhado: IC, IR, edema e cardiomegalia Qual a forma clássica no alcoolista? Encefalopatia de Wernicke - ataxia e convulsão
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Carência de Micronutrientes: Quais as condições clássicas, se deficiência de: Vitamina B3 (niacina) Vitamina B6 (piridoxina)
Vitamina B3 (niacina) Pelagra, doenças dos 3 D's: - Dermatite + Diarreia + Demência Vitamina B6 (piridoxina) Convulsão neonatal refratária ao tratamento clínico
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Refluxo gastroesofágico em lactentes: Por que ocorre? (3) Quando inicia? Quando melhora?
Por que ocorre? 1. Imaturidade do esfíncter gastroesofágico 2. Dieta líquida 3. Posição horizontal Quando inicia? 3 semanas à 12 meses | 1 a 4 meses - dependendo da referência Quando melhora? Começa a melhorar aos 6 meses e desaparece, na maioria dos casos, aos dois anos
112
Avaliação do crescimento pelo MS: Escore Z vs. Percentil
Escore Z x Percentil + 3 = 99,9% + 2 = 97% + 1 = 85% 0 = 50% -1 = 15% -2 = 3% -3= 0,1%
113
Avaliação do crescimento pelo MS: Curvas SUPERIORES avaliadas: Como fazer o diagnóstico de peso elevado? Como fazer o diagnóstico de obesidade em 0-5 anos? Como fazer o diagnóstico de obesidade em 5-19 anos?
Como fazer o diagnóstico de peso elevado? Curva de Peso / idade: - peso elevado: EZ > 2 Como fazer o diagnóstico de obesidade em 0-5 anos? Curvas de IMC / idade ou Peso / estatura 0-5 anos - obesidade: EZ > 3 - sobrepeso: EZ > 2 - risco de sobrepeso: EZ > 1 Como fazer o diagnóstico de obesidade em 5-19 anos? - obesidade grave: EZ > 3 - obesidade: EZ > 2 - sobrepeso: EZ > 1
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Avaliação do crescimento pelo MS: Curvas INFERIORES avaliadas: Como fazer diagnóstico de baixo peso / muito baixo peso? Como fazer o diagnóstico de baixa estatura / muito baixa estatura?
Como fazer diagnóstico de baixo peso / muito baixo peso? Curva de Peso / idade - baixo peso: EZ < - 2 - Muito baixo peso: EZ < -3 Como fazer o diagnóstico de baixa estatura / muito baixa estatura? Curva de Estatura / idade - baixa estatura: EZ < - 2 - Muito baixa estatura: EZ < -3
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Avaliação do crescimento pelo MS: Curvas INFERIORES avaliadas: Como fazer o diagnóstico de magreza / desnutrição?
Curva de IMC / idade ou Peso / estatura - Magreza: EZ < - 2 - Magreza acentuada (desnutrição grave): EZ < - 3 OBS: PACIENTE COM EDEMA = DESNUTRIÇÃO GRAVE
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Como diferenciar Desnutrição aguda de Desnutrição crônica? E se desnutrição pregressa já corrigida?
Como diferenciar Desnutrição aguda de Desnutrição crônica? - Desnutrição aguda: baixo peso - Desnutrição crônica: baixo peso + baixa estatura E se desnutrição pregressa já corrigida? Baixa estatura, com peso normal
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Crescimento: Ganho de PESO: Como esperamos no primeiro ano de vida?
Prmeiro ano de vida: - RN: perda de até 10% do peso e recuperação até 10 dias de vida - 1° trimestre: 700 g / mês - 2° trimestre: 600 g / mês - 3° trimestre: 500 g / mês - 4° trimestre: 400 g / mês O peso, portanto, . duplica com 4-5 meses . triplica com 1 ano
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Crescimento: Ganho de ESTATURA: Primeiro ano de vida Segundo ano de vida Pré-escolar Escolar
Primeiro ano de vida: 25 cm no primeiro ano de vida - 1° semestre: 15 cm - 2° semestre: 10 cm Segundo ano de vida: 12 cm/ano Pré-escolar: 7-8 cm/ano Escolar: 6-7 cm/ano
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Crescimento: Ganho de: PERÍMETRO CEFÁLICO: O que esperamos no primeiro ano de vida?
12 cm no primeiro ano de vida - 1° trimestre: 2 cm/mês - 2° trimestre: 1 cm/mês - 2° semestre: 0,5 cm/mês
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Desnutrição grave: MARASMO: Etiologia e fisiopatologia Clínica (5)
Etiologia: deficiência global de energia e proteínas. Quadro mais insidioso. Consumo de todas as reservas energéticas. Clínica: 1. Ausência de edema 2. Ausência de tecido adiposo 3. Fáscies senil ou simiesca 4. Hipotrofia muscular e hipotonia 5. Ausência de alterações de cabelo ou pele
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Desnutrição grave: KWASHIORKOR: Etiologia Clínica (6) Por que ocorre edema? (2)
Etiologia: Deficiência proteica Ingestão energética normal (rica em carboidratos) (pós suspensão de aleitamento materno) Clínica: 1. EDEMA de extremidades 2. Anasarca 3. Subcutâneo preservado 4. Hepatomegalia (esteatose hepática) 5. Alterações de cabelo: sinal da Bandeira 6. Alterações de pele: lesões hipercrômicas e espessas + descamação e áreas descobertas: padrão de pedra de calçamento Por que ocorre edema? HIPOALBUMINEMIA Maior permeabilidade vascular (reação inflamatória)
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Desnutrição grave: Tratamento: Fase de estabilização (7 dias) Qual o objetivo? Quais os passos? (6)
Qual o objetivo? Evitar a morte Quais os passos? a. Prevenção de hipotermia: aquecer ou manter aquecida b. Prevenção de hipoglicemia: alimentação VO 2-2 horas ou SNG se não tolerar com dieta HABITUAL c. Prevenção da desidratação: Hidratação oral (disfunção miocárdica). Hidratação venosa apenas se franco sinal de choque. d. Prevenção de distúrbios eletrolíticos: - reposição de potássio e magnésio - não repor sódio: preso no intracelular e. Prevenção de infecções: ATB Sem complicações: amoxicilina Com complicações: ampicilina + gentamicina - sempre presumir que a criança está infectada f. Suplementação de micronutrientes - exceção do ferro: aumenta estresse oxidativo
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Desnutrição grave: Tratamento: Por que não iniciamos dieta hipercalórica já na fase de estabilização?
Pelo risco da síndrome da realimentação, quepode cursar com HIPOFOSFATEMIA importante.
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Desnutrição grave: Tratamento: Fase de Reabilitação - marco inicial | duração | conduta (2) Fase de Follow up
Fase de Reabilitação (2 à 6 semanas) Marco inicial: retorno do apetite 1. Dieta hipercalórica e hiperproteica (catch-up) 2. Suplementação de ferro Fase de Follow-up Fase de pesagem semanal em atendimento ambulatorial
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Como avaliar o crescimento? (4) - Velocidade de crescimento - Alvo genético - Idade óssea
1. Avaliar estatura atual 2. Avaliar velocidade do crescimento - marcador mais sensível - escolar (mais cai em prova): < 5 cm/ano - anormal normal: variante normal do crescimento anormal: condições mórbidas 3. Avaliar alvo-genético - homem: pai + mãe + 13 / 2 Baixa Estatura: 1,63 - mulher: pai + mãe - 13 / 2 Baixa Estatura: 1,51 4. Idade óssea: maturação endócrina - radiografia de mão e punho esquerdo - consideramos atrasada quando abaixo de 2 desvios-padrão - na prova: atraso sempre que > 2 anos
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Baixa estatura: Variantes normais de crescimento: Quais são? (2) Como está a velocidade de crescimento? Como está a idade óssea? E a altura dos pais?
Variantes normais do crescimento: 1. Baixa estatura familiar - Velocidade de crescimento normal - Idade Óssea = Idade Cronológica - Pais baixos 2. Atraso constitucional do crescimento e da puberdade (cresce mais devagar e por mais tempo) - Velocidade de crescimento normal - IO < IC - Pais com altura normal
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Baixa estatura: Qual a sua principal marca? Quais são elas? (3) - quais as principais endocrinopatias? (3) - quais as principais doenças genéticas? (2)
Qual a sua principal marca? Velocidade de crescimento anormal Quais são elas? 1. Desnutrição . IMC de emagrecido - pode ser primária ou secundária (D. celíaca) 2. Doenças endócrinas: . IMC de bem nutrido ou obeso a. Hipotireoidismo: mais frequente b. Deficiência de GH c. Hipercortisolismo 3. Doenças genéticas: . alterações fenotípicas a. Displasias ósseas - Acondroplasia b. Síndromes cromossomiais - Síndrome de Turner (45 X0)
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Acondroplasia: Por que ocorre? Pelo que se caracteriza?
Por que ocorre? Por um distúrbio no crescimento dos ossos longos. Pelo que se caracteriza? Tronco e cabeça de tamanho normais e membros curtos.
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Obesidade: Diagnóstico MS: - 0-5 anos e 5-19 anos Diagnóstico CDC
Diagnóstico pelo MS: 0-5 anos: EZ > 3 = obesidade EZ > 2 = sobrepeso (preocupação é ser FR para obesidade) EZ > 1 = risco de sobrepeso 5-19 anos: EZ > 3 = obesidade grave EZ > 2 = obesidade EZ > 1 = sobrepeso Diagnóstico pelo CDC: Só pode ser utilizada em > 2 anos Utiliza percentil do IMC IMC >= 95 = obesidade IMC entre p85 e p94 = sobrepeso
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Obesidade na pediatria: Avaliação complementar obrigatória (6) Comorbidades principais (5)
Avaliação complementar obrigatória: Triglicerídeos Colesterol total LDL HDL Glicemia ALT Comorbidades principais: HAS Dislipidemia DM / resistência insulínica Síndrome metabólica Esteatose hepática
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Síndrome Metabólica na Infância: A partir de que idade posso fazer o diagnóstico? Como faço o diagnóstico? Como fazer a medida da circunferência abdominal?
A partir de que idade posso fazer o diagnóstico? - Crianças < 10 anos: não deveria ser feito - Crianças 10- 16 anos: Como faço o diagnóstico? Circunferência abdominal >= p90 e >= 2: a. Triglicerídeos >= 150 b. HDL < 40 c. PAS >= 130x85 mmHg d. Glicemia de jejum >= 100 ou DM2 Como fazer a medida da circunferência abdominal? - CAIU NO HCPA: 1. Pés paralelos e separados entre si (25-30 cm) 2. Ponto médio entre borda inferior da última costela e crista ilíaca superior 3. Ao final de uma expiração normal
132
Obesidade na pediatria: Tratamento: Quais as 3 principais medidas? Quais os objetivos?
Tratamento: 1. Planejamento alimentar 2. Atividade física: 1 h/dia - lúdica 3. Redução da atividade sedentária: telas > 2 anos: 2 horas/dia < 2 anos: zero Quais os objetivos do tratamento? < 7 anos e sem comorbidades: - manutenção do peso e ganho de altura > 7 anos e/ou comorbidades: - redução do peso
133
Hipertensão em < 13 anos: Como podem ser classificada as pressões? (4) Quando iniciam as medidas de PA? Quantas medidas alteradas são necessárias para o diagnóstico?
Como podem ser classificada as pressões? 1. Normotenso: PA < percentil 90 2. Pressão arterial elevada: PA > que percentil 90 e < que 95 ou PA >= 120x80 mmHg e < 130x80 mmHg 3. Hipertensão Grau I: PA > percentil 95 e < percentil 95 + 12 mmHg ou PA 130-139 x 80-89 mmHg 4. Hipertensão Grau II: PA > percentil 95 + 12 mmHg ou PA >= 140x90 mmHg Quando iniciam as medidas de PA? TODOS: >= 3 anos < 3 anos: História de eventos neonatais ou outras doenças sistêmicas que podem se associar à HAS Quantas medidas alteradas são necessárias para o diagnóstico? 3
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Hipertensão em > 13 anos: Como podem ser classificada as pressões? (4) Quantas medidas alteradas são necessárias para o diagnóstico?
Como podem ser classificada as pressões? 1. Normotenso PA < 120x 80 mmHg 2. Pressão arterial elevada: PA entre 120-129 x < 80 mmHg 3. Hipertensão Grau I: PA 130-139 x 80-89 mmHg 4. Hipertensão Grau II: PA >= 140 x 90 mmHg Quantas medidas alteradas são necessárias para o diagnóstico? 3
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ITU na Pediatria: Fatores de risco (6) Qual exame não deve ser solictado? Diagnóstico
Fatores de risco: 1. Sexo masculino < 1 ano (não circuncisado) 2. Sexo feminino >= 1 ano (10:1) 3. Refluxo vesicoureteral 4. Disfunção vesical 5. Obstrução urinária 6. Constipação Diagnóstico: - Depende da Urocultura: 1. Jato médio: >= 100.000 UFC/ml 2. Cateterismo: >= 50.000 UFC/ml 3. Punção suprapúbica (padrão-ouro): qualquer colonização ou >= 50.000 em algumas referências Qual exame não deve ser solictado? Saco coletor: - não dá diagnóstico confiável de ITU - melhor para exclusão de diagnóstico
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ITU na Pediatria: Tratamento: ITU afebril (cistite) (3) ITU febril (pielonefrite) - ambulatorial (3) - hospitalar (2)
- ITU afebril (cistite): 3-5 dias Nitrofurantoína Bactrim Cefalexina - ITU febril (pielonefrite): 7-14 dias a. Ambulatorial: Amoxi-clav Ciprofloxacino Cefuroxima b. Hospitalar (casos graves, < 3 meses): Ceftriaxone Ampi + Genta
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ITU na Pediatria: Agentes etiológicos e particularidades (7)
1. E. coli > 90% dos casos no sexo feminino 2. Proteus Sexo masculino / nefrolitíase por Estruvita 3. Klebsiella Segunda mais comum no sexo feminino 4. Pseudomonas Manipulação uretral 5. Enterococos Gram + mais comum no sexo masculino 6. S. saprophyticus 7. Adenovírus Cistite hemorrágica e urocultura negativa
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ITU FEBRIL na Pediatria: Avaliação complementar com exames de imagem: Qual exame pedir conforme indicação? Quando está indicada profilaxia com ATB?
Indicações: 1. Primeira ITU febril na infância: a. USG de vias urinárias - se alterada: b. Uretrocistografia miccional 2. Se dois episódios de pielonefrite na infância: a. Uretrocistografia miccional Quando está indicada profilaxia com ATB? - < 2 anos: profilaxia até realização de investigação - >= 2 anos: sem profilaxia, mas fazer investigação
139
ITU FEBRIL na Pediatria: Avaliação complementar com exames de imagem: USG de vias urinárias Uretrocistografia miccional Cintilografia renal com DMSA
1. USG de vias urinárias: - boa para avaliar fatores de risco 2. Uretrocistografia miccional: - melhor para diagnóstico e classificação do refluxo vesicoureteral -pedir urinocultura antes, pela manipulação do trato 3. Cintilografia renal com DMSA: - boa para avaliar morfologia do parênquima renal - avaliação de cicatrizes / fibrose
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Refluxo vesicoureteral: Qual a importância? Quais os tipos? (2) Qual o prognóstico? Quando está indicada profilaxia com ATB? Qual o melhor exame para diagnóstico?
Qual a importância? Um dos principais fatores de risco para ITU na pediatria Quais os tipos? Primário (mais comum): inserção anômala do ureter Secundário: a aumento de pressão intravesical Qual o prognóstico? Resolução espontânea até os 5 anos na maioria dos casos Quando está indicada profilaxia com ATB? Quimioprofilaxia ITU para grau >= 3 Qual o melhor exame para diagnóstico? Uretrocistografia miccional
141
Válvula de uretra posterior: Definição Achados intrauterinos (2) Qua o sinal à avaliação por imagem? Qual a conduta?
Definição: Malformação congênita exclusiva do sexo masculino Achados intrauterinos: Hidronefrose fetal bilateral + distensão vesical Qua o sinal à avaliação por imagem? Sinal da fechadura (uretra prostática dilatada) Qual a conduta? Tratamento cirúrgco - Manter sonda até resolução da obstrução
142
ITU na Pediatria: Qual o tratamento profilático? (4) E o Ácido Nalidíxico?
Qual o tratamento profilático? 1. Nitrofurantoína 2. Bactrim 3. Cefalexina - cefadroxila em substituição, com melhor aceitação E o Ácido Nalidíxico? Pode ser usado como tratamento, mas não como profilaxia
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Suplementação de Ferro: Prevenção de Anemia Ferropriva na infância: Parâmetros avaliados Dose e tempo para cada RN E crianças alimentadas por fórmula?
Parâmetros avaliados: IG > 37 semanas PN > 2,5 kg Se sim: 1. Com fator de risco: suplementação dos 3 meses aos dois anos. 2. Sem fator de risco: suplementação dos 6 meses aos dois anos. Dose = 1 mg/kg/dia de FE Se não (prematuro ou baixo peso): Utilizado dos 30 dias aos 2 anos. - No primeiro ano de vida a dose depende a. < 1000g = 4 b. < 1500g = 3 c. < 2500g = 2 d. >= 2500g e < 37 semanas: 2 - Segundo ano de vida: 1 mg/kg/dia de FE Suplementação com fórmula: A partir de 500ml por dia não é necessária a suplementação de Ferro
144
Suplementação de Ferro: Prevenção de Anemia Ferropriva na infância: Recomendação do MS para: > 37 semanas e PN > 2500g
> 37 semanas e PN > 2500g: Ciclos trimestrais de suplementação Aos 6 e aos 12 meses 10-12,5 mg/dia de FE
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Puberdade: Qual a definição? Quando ocorre?
Qual a definição?Puberdade envolve: - Gonadarca - Adrenarca 1. Caracteres sexuais secundários. 2. Desenvolvimento da função reprodutora. 3. Aceleração do crescimento. Quando ocorre? Ocorre dos 8-13 anos em meninas e 9-14 anos em meninos.
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Puberdade: Estadiamento de Tanner em MENINOS
G1: pré-puberal G2: Testículo >= 4ml (Pradder willi) G3: Pênis cresce em comprimento G4: Pênis em diâmetro e glande + pico de crescimento (9-10cm/ano) G5: Pênis do adulto P1: pré-puberal P2: base do pênis P3: sínfise púbica P4: quase adulto P5: raiz das coxas P6: ascende em direção à cicatriz umbilical
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Puberdade: Estadiamento de Tanner em MENINAS
M1: pré-puberal M2: TELARCA (gonadarca) - broto tem que palpar M3: Pico de crescimento (8-9 cm/ano) e mama visível M4: MENARCA e sinal do duplo contorno M5: Mama adulta P1: pré-puberal P2: PUBARCA (adrenarca) - medial grandes lábios P3: Chega à sínfise púbica P4: quase adulto P5: adulto - raiz das coxas
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Puberdade Precoce: Definição Etiologias Central (2) vs. Periférica (3) O que pode incluir a investigação? (6)
Definição: Sinais puberais + aceleração do crescimento Meninas < 8 anos | Meninos < 9 anos Etiologias: 1. Central / verdadeira: GnRH dependente | isossexual - Idiopática (90% em meninas) - Alterações do SNC (> 50% em meninos) - Hamartoma hipotalâmico (produz GnRH) - Neoplasias 2. Periférica / pseudopuberdade: GnRH independente Iso ou heterossexual - Tumores gonadais - Cistos ovarianos - Tumor adrenal | HAC O que pode incluir a investigação? 1. Raio X de mão e punho: IO > IC 2. LH 3. Androgênios adrenais | 17-OH- progesterona 4. RNM de hipotálamo-hipófise (PPC) 5. USG pélvica (PPP em meninas) 6. USG adrenal (tumor adrenal)
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Aleitamento materno: Exclusivo Predominante Complementado Misto ou parcial
Exclusivo: - somente leite materno ou leite humano de outra fonte Predominante: - LM + água ou bebidas a base de água - nunca é recomendado Complementado: - após os 6 meses - leite materno e alimentos sólidos ou semissólidos Misto ou parcial: - LM + fórmula ou leite de vaca
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Aleitamento materno: Como fazer o armazenamento? (2) O que fazer se impossibilidade de Leite Materno?
LHO = leite humano ordenhado. Armazenamento: 1. Geladeira: 12 horas 2. Freezer: 15 dias Se impossibilidade de Leite Materno: Fórmula infantil Quando inevitável: leite de vaca: < 4 meses: diluído com óleo >= 4 meses: não diluído
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Aleitamento Materno: Composição Leite Materno x Vaca: - 10 componentes essenciais e sua importância
Leite Materno: 1. 3 x menos proteína: - menor sobrecarga renal 2. Menor percentual de caseína: - maior digestibilidade 3. Alfa-Lactoalbumina: - menos alergênica - leite de vaca: beta-lactoglobulina 4. Menos eletrólitos: - menor sobrecarga renal 5. Mais lactose: - fezes amolecidas/semilíquidas 6. Altos níveis de colesterol: - bom metabolizador de colesterol - maiores níveis de gordura 7. LC-PUFA = ARA e DHA presentes. - necessários para formação da retina e mielinização do SNC 8. Lactoferrina: - aumentando a BIODISPONIBILIDADE de Ferro - ação bacteriostática 9. Imunoglobulinas, como IgA secretória ambiente específica 10. Fator bífido e oligossacarídeo: - prebióticos - alimento para bactéria saprófitas
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Aleitamento Materno: Colostro: Quando está presente? Pelo que é composto? Quais as principais características?
Quando está presente? Apojadura até o 3-5° dia. Pelo que é composto? Composto por plasma materno (transudação). Quais as principais características? Tem mais eletrólitos, mais proteínas (imunoglobulinas) e maior quantidade de Vitamina A.
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Aleitamento Materno: Frações do leite ao longo da mamada (2) Qual a principal diferença entre elas?
Frações do leite ao longo da mamada: - anterior - posterior: maior concentração de gordura e maior aporte calórico ao lactente POR ISSO É IMPORTANTE TERMINAR A MAMADA NA MESMA MAMA.
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Aleitamento Materno: Contraindicações absolutas maternas (2) Contraindicações relativas maternas (2)
Absolutas maternas: 1. HIV 2. HTLV (vírus linfotrópico da célula humana) Relativas maternas: 1. Herpes simples com lesões em mamas 2. CMV = CI se RN nasceu com < 30 semanas
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Aleitamento Materno: Contraindicação absoluta do lactente Contraindicação relativa do lactente - qual a dose de fenilalanina diária recomendada se Fenilcetonúria?
Absolutas RN: GALACTOSEMIA Erro inato do metabolismo da galactose. Fórmulas sem lactose a base de soja. Relativas RN: FENILCETONÚRIA LM em pouca quantidade + fórmula sem fenilananina. Dose de fenilananina diária recomendada: 40-70 mg/kg/dia.
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Aleitamento Materno: Medicações de CI absoluta (5)
1. AMIODARONA 2. Antineoplásico ou imunossupressores no geral 3. Radiofármacos 4. Linezolida 5. Ganciclovir
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Síndrome dos mamilos curtos: Definição Qual a conduta? E o preparo das mamas? Há indicação de rotina dos bicos de silicone?
Definição: Distúrbio que pode gerar dificuldade na amamentação e lactação. Qual a conduta? Manutenção de aleitamento materno em livre demanada Correção de técnica E o preparo das mamas? Era feito com exercícios para aumento dos mamilos durante a gestação Não é mais recomendado - baixa efetividade - risco de parto prematuro Há indicação de rotina dos bicos de silicone? Não
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12 passos para uma alimentação saudável criança - MS: Quais são? E o sal na dieta da criança?
1. Amamentação >= 2 anos Exclusivo <= 6 meses 2. Alimentos in natura ou minimamente processados 3. Água 4. Comida amassada no início 5. Zero açúcar até os 2 anos de idade 6. Não oferecer ultraprocessados 7. Cozinhar a mesma comida para criança e família 8. Zelar por um momento bom na alimentação 9. Sinais e fome e conversar com a criança durante a refeição 10. Cuidado com higiene 11. Alimentação saudável também fora de casa 12. Proteger da publicidade E o sal na dieta da criança? - SBP orienta que não seja acrescido < 12 meses - MS diz que seja em quantidade mínima
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Transtorno do Espectro Autista: Epidemiologia Critérios diagnósticos Triagem: como e quando? - Quando orientar avaliação especializada? Quando fazemos o diagnóstico?
Epidemiologia: 1Mulher:4Homens Critérios diagnósticos: 1. Déficit persistente na comunicação e interação social (todos): - Reciprocidade socioemocional - Comportamento comunicativo não verbal - Desenvolvimento, manutenção e compreensão de relacionamentos 2. Comportamentos e/ou interesses repetitivos ou restritos (>= 2): - Movimentos, uso de objetos ou fala estereotipados / repetitivos - Insistência / adesão em rotinas - Interesses fixos anormais - Hipo ou Hiperreatividade a estímulos sensoriais Triagem: Questionário M-CHAT R/F entre 18-24 meses - Quando orientar avaliação especializada? Quando pontuação de 8-20 Quando fazemos o diagnóstico? Momento ideal para diagnóstico: 3 anos Podemos fazer diagnóstico: 18 meses
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TDAH: Clínica O que é obrigatório para o diagnóstico? (2) Qual o tratamento? (2)
Clínica: 1. Sintomas de desatenção e/ou 2. Sintomas de hiperatividade-impulsividade Obrigatório para diagnóstico: 1. Sintomas devem estar presentes em >= 2 contextos 2. Prejudicam a qualidade do funcionamento social, acadêmico ou ocupacional Tratamento: 1. Intervenções comportamentais 2. Metilfenidato (psicoestimulante) - agonista dopaminérgico e noradranérgico
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TDAH: Qual a principal forma de tratamento? Quais os fatores relacionados ao nascimento mais comuns? (5)
Qual a principal forma de tratamento? Agonistas NORAdrenérgicos e DOPAminérgicos (Metilfenidato) Quais os fatores relacionados ao nascimento mais comuns? 1. Nicotina e álcool 2. Baixo peso e prematuridade 3. Infecções congênitas / estresse materno 4. Hipóxia neonatal 5. Obesidade durante a gestação
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Enurese noturna: Definição Clínica (frequência, duração e idade) Primária vs. Secundária
Definição: parassonia (distúrbio indesejável durante o sono) Clínica: Perda involuntária de urina >= 2 noites na semana >= 3 meses >= 5 anos de idade Primária: paciente nunca foi seco. Secundária: paciente foi seco por >= 6 meses e retornou.
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Neurofibromatose: Definição Clínica clássica em prova (7)
(CAI NO HCPA) Definição: Síndrome genética autossômica dominante, que cursa com: - Crescimento tumoral de nervos - Alterações de pele - Anormalidades ósseas Clínica clássica em prova: 1. Manchas café com leite 2. Dificuldade de aprendizagem 3. Distúrbios comportamentais 4. Nódulos de Lisch na íris 5. Escoliose 6. Puberdade precoce 7. Hamartomas
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Sopro de Still: Epidemiologia Características (4) Há tendência à diminuição se ... (2) Onde é melhor auscultado? (2)
Epidemiologia: Tipo mais frequente de sopro na infância Principalmente entre 3-7 anos de idade Características: 1. Intensidade baixa 2. Sempre na sístole (início) 3. Vibratório 4. Sem frêmitos / estalidos associados Há tendência à diminuição se 1. Em posição ortostática ou sentada 2. Se pressão no esteto Onde é melhor auscultado? 1. Borda esternal esquerda média e inferior (sem irradiação para o ápice) 2. Entre a borda esternal baixa e o apêndice xifoide na posição supina
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Sopro na infância: Quais os sinais de alerta? (5)
- sinais que falam contra Sopro de Still (benigno) e à favor de cardiopatias: 1. Pansistólicos 2. Diastólicos isolados ou contínuos 3. Sopros graus III ou mais 4. Sopros rudes 5. Sopros associados com B2 anormal ou cliques
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Febre: Definição Quando tratar com antipirético? (3) Prevenção da crise febril? Febre sem sinais de localização - definição Febre de origem indeterminada - definição
Definição: Temperatura axilar > 37,2-37,3°C (ou > 37,8°C - último tratado de pediatria da SBP) Quando tratar com antipirético? 1. Comorbidades que podem descompensar (pneumopatia, cardiopatia) 2. Incômodo ou comprometimento de estado geral 3. Temperaturas mais altas a. 38°C b. 39°C (tratado brasileiro de pediatria) O tratamento da febre com antipiréticos NÃO é capaz de prevenir a crise febril, pois ocorrem nas VARIAÇÕES de temperatura. Febre sem sinais de localização: Febre com até 7 dias sem causa evidente após anamnese e exame físico Febre de origem indeterminada: Febre > 3 semanas sem esclarecimento diagnóstico após avaliação complementar
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Febre sem sinais de localização: Quais as possíveis etiologias? (3) Bacteremia é sempre sinal de mau prognóstico? Qual a primeira conduta?
Quais as possíveis etiologias? 1. Doença infecciosa autolimitada 2. Fase prodrômica de uma doença benigna 3. Infecção bacteriana grave (atraso no diagnóstico pode acarretar em pior prognóstico) a. Bacteremia (hemocultura +) b. ITU c. Pneumonia oculta d. Artrite séptica, Meningite, etc Bacteremia é sempre sinal de mau prognóstico? Não, paciente pode evoluir: a. resolução espontânea b. infecção grave Qual a primeira conduta? Avaliar se há comprometimento do estado geral 1. Se toxemia: Internação + Exames + ATB empírico 2. Se bom estado geral: Varia conforme a idade do paciente
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Febre sem sinais de localização: Conduta se bom estado geral < 30 dias (3)
Conduta: 1. Internação hospitalar 2. Exames laboratoriais e culturas (hemo, uro, LCR) 3. ATB empírica (Ampi + Cefotaxima)
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Febre sem sinais de localização: Conduta se bom estado geral 1-3 meses: Quais os exames iniciais para avaliação? (3) Quem considero baixo risco? Qual a conduta se alto risco?
Quais os exames iniciais para avaliação? 1. Pesquisa de vírus respiratório 2. Hemograma 3. EQU Quem considero baixo risco? - baixo risco para infecção bacteriana Critérios de Rochester 1. Leucócitos: 5000-15000 2. Bastões < 1500 3. EAS <= 10 leucócitos/campo Risco para infecção bacteriana: a. Baixo risco: acompanhamento b. Alto risco: internação + exames + ATB (Ceftriaxone)
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Febre sem sinais de localização: O que fazer se bom estado geral e 3 - 36 meses? Vacinada vs. Não vacinada
1. Vacinada (pelo menos 2 doses de penta e 2 doses de pneumo-10): a. Pesquisa para vírus respiratório b. Considerar EQU/Urocultura (menina < 2 anos, menino < 1 ano sem circuncisão ou menino < 6 meses) 2. Não vacinada: a. TAX < 39°C: reavaliação + considerar a EQU/Urocultura b. TAX >= 39°C: EQU e urocultura EQU normal: Solicitar hemograma Análise hemograma: 1. < 20.000 leuc / < 10.000 neut: acompanhamento 2. Alterado: hemocultura + radiografia de tórax (pneumonia oculta) e Iniciar ATB empírico
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Escabiose: Transmissão Período de incubação Clínica - Qual o primeiro sintoma?
Transmissão: contato pele a pele Período de incubação: até 3 semanas Clínica: lesões papulovesiculares / em túnel eritematosas pruriginosas (principalmente à noite). Qual o primeiro sintoma? PRURIDO precede lesões na maioria dos casos
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Escabiose: Para quem indico o tratamento? Drogas mais utilizadas (2) Qual o tratamento em < 2 meses? Após o tratamento prurido pode persistir?
Para quem indico o tratamento? Tratamento é indicado para TODOS OS CONTACTANTES, para parar a propagação da doença, pois infectados podem ser assintomáticos. Drogas mais utilizadas: 1. Permetrina tópica (crianças) 2. Ivermectina sistêmica (adultos) Tratamento se < 2 meses: Enxofre precipitado Após o tratamento prurido pode persistir? Por até 4 semanas
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Síndrome da Pele Escaldada Estafilocócica (Ritter): Definição Clínica (7) Qual a conduta? (3) Prognóstico
Definição: Infecção sistêmica por S. aureus fagotipo II na corrente sanguínea Clínica: Rash difuso Bolhas flácidas (líquido estéril) Descamação de mãos e pés Hiperemia conjuntival Língua avermelhada Náusea e vômitos Hipotensão arterial Qual a conduta? 1. Internação 2. ATB endovenoso 3. Cuidado para não gerar infecção de pele secundária Prognóstico: Potencialmente fatal, importante fazer o tratamento adequado.
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Marcos do Desenvolvimento Infantil: Quais são avaliados? (4)
Motor: locomoção Adaptativo: motricidade fina Pessoal-social: interação com outros indivíduos Linguagem
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Marcos do Desenvolvimento Infantil: O que esperamos de: Recém nascido
1. Motor: Postura Tônico Cervical (PTC) e tônus fletido 2. Adaptativo: fixa a visão 3. Social: prefere a face humana 4. Linguagem: chora
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Marcos do Desenvolvimento Infantil: O que esperamos de: 1 mês
1. Motor: PTC, levanta o queixo em prona 2. Adaptativo: acompanha o objeto a cerca de 90° (com os olhos) 3. Social: sorri sozinho (não resposta para estímulo) 4. Linguagem: chora
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Marcos do Desenvolvimento Infantil: O que esperamos de: 2 meses
1. Motor: PTC, levanta a cabeça em prona 2. Adaptativo: segue o objeto em 180°, pois mexe a cabeça 3. Social: sorri socialmente 4. Linguagem: emissão de sons vogais (vocaliza)
178
Marcos do Desenvolvimento Infantil: O que esperamos de: 3 meses
1. Motor: PTC, levanta a cabeça e o tronco, sustentação PENDULAR da cabeça 2. Adaptativo: estende a mão para objetos 3. Social: contato social 4. Linguagem: mistura vogais e consoantes
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Marcos do Desenvolvimento Infantil: O que esperamos de: 4 meses
1. Motor: cabeça centralizada, mãos na linha média, sustenta a cabeça 2. Adaptativo: pega cubital 3. Social: ri alto, gargalha 4. Linguagem: continua com sons vogais + consoantes
180
Marcos do Desenvolvimento Infantil: O que esperamos de: 6-7 meses
1. Motor: sustenta o tronco, rola e senta com apoio 2. Adaptativo: pega radial e transfere objetos entre as mãos 3. Social: prefere o principal cuidador, entende núcleo familiar, gosta de espelho 4. Linguagem: possílabos vogais que repete
181
Marcos do Desenvolvimento Infantil: O que esperamos de: 9-10 meses
1. Motor: senta sem apoio, PODE engatinhar, fica em pé com apoio e dá passos laterais 2. Adaptativo: pinça polegar-dedo (assistida ou inferior), soltando objeto se retirado 3. Social: estranha, acena, brinca de cadê 4. Linguagem: polissílabos ainda sem significado
182
Marcos do Desenvolvimento Infantil: O que esperamos de: 12 meses
1. Motor: anda com apoio, levanta sozinha 2. Adaptativo: pega com pinça e entrega objeto se solicitado 3. Social: interage (vestir, brincar), pequenas brincadeiras 4. Linguagem: algumas palavras com significado (mamá, papá, auau)
183
Lesões não intencionais na infância costumam predominar em regiões ...
Regiões extensoras, parte da frente do corpo e extremidades
184
Qual a principal causa de hemorragia digestiva em crianças?
Divertículo de Meckel (50% dos casos).
185
A água corresponde a ..... % do leite materno
90%, sendo seu principal constituinte NÃO É NECESSÁRIO DAS ÁGUA para os lactentes até os 6 meses de vida
186
Qual a principal causa de rinossinusites na infância?
Infecção VIRAL
187
Linfadenite cervical aguda: Quais os agentes etiológicos mais envolvidos? Quais as opções de ATB? (3)
Quais os agentes etiológicos mais envolvidos? 1. S. aureus 2. S. Beta-hemolítico do grupo A Quais as opções de ATB? Amoxicilina, Clindamicina e Cefalexina.
188
Mielomeningocele: Definição Como se apresenta? Quando é necessário cirurgia de urgência?
Definição: é um defeito da coluna vertebral e da medula espinhal, que acontece nas primeiras semanas de gestação. A coluna vertebral, a medula espinhal e o canal da medula não se formam normalmente. Como se apresenta? Tumefação dorsal mediana, principalmente em coluna lombar e sacral. Quando é necessário cirurgia de urgência? Quando há extravasamento de LCR, pois isso significa que não há envoltório íntegro e que existe risco de infecção de SNC.
189
Marcos do desenvolvimento infantil: Quando é esperada a pinça completa (polpa-polpa)? Quando é esperado apontar? Quando é esperado sentar sem apoio?
Quando é esperada a pinça completa (polpa-polpa)? 10-12 meses Quando é esperado apontar? 13-15 meses Quando é esperado sentar sem apoio? 6-9 meses
190
Qual a posição de sono recomendada ao lactente?
SUPINA
191
O andador é ............... para crianças em prol do desenvolvimento da marcha em crianças, pois ....
Contraindicado Pois permite que as crianças alcancem lugares que não alcançariam, aumentando o risco de acidentes. Além de que pode atrasar o processo de desenvolvimento da marcha.
192
Qual a indicação de tratamento endovenoso em ambiente hospitalar para ITU na infância por critério de idade? Quais os esquemas preferenciais? (3)
< 3 meses Quais os esquemas preferenciais? 1. Ceftriaxone 2. Cefotaxima 3. Ampicilina + Aminoglicosídeo
193
Puericultura: Quantas consultas são recomendadas no primeiro ano? E no segundo ano? E após?
Quantas consultas são recomendadas no primeiro ano? 7: Primeira semana Mês 1 Mês 2 Mês 4 Mês 6 Mês 9 Mês 12 E no segundo ano? 2: Mês 18 Mês 24 E após? Anual
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Medida de PA na infância: Quanto tempo de repouso é recomendado? Com que idade passamos a medir sentado? Como medimos antes disso? A partir de que idade fazemos a medida? Quais são as variáveis consideradas nas tabelas de HAS em crianças? (3)
Quanto tempo de repouso é recomendado? Depende da referência: 2-3 minutos ou 5 minutos Com que idade passamos a medir sentado? >= 3 anos Como medimos antes disso? Decúbito dorsal A partir de que idade fazemos a medida? >= 3 anos < 3 anos em casos selecionados de maior risco Quais são as variáveis consideradas nas tabelas de HAS em crianças? IMC Sexo Estatura
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Quadro de invaginação intestinal e suboclusão intestinal em paciente pediátrico. É identificado massa tumoral associada. Qual o provável diagnóstico?
Linfoma de Burkitt (NH).
196
Vacinas orais: Se vômito ou cuspe se deve readministrar?
Não
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Suco de fruta: Quando pode ser iniciado na infância o consumo?
SBP: 12 meses MS: 9 meses - mas a SBP já liberou até nota de repúdio contra essa nova recomedação
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Técnica adequada da Amamentação: Posicionamento (4) Pega (4)
Posicionamento: 1. Criança bem apoiada 2. Cabeça e tronco no mesmo eixo 3. Corpo próximo ao da mãe 4. Rosto de frente para a mama Pega: 1. Boca bem aberta 2. Lábio inferior evertido 3. Mais aréola acima da boca 4. Queixo toca a mama
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Composição do leite materno é considerada variável?
Não, é bastante homogênea, não dependendo de alimentação, raça, idade ou etnia.
200
Constipação Funcional na Infância: Diagnóstico > 4 anos - critérios de Roma IV (6) Solicitar exames complementares? Tratamento - desimpactação - manutenção (2) Posso indicar óleo mineral?
Diagnóstico (> 4 anos): >= 2 critérios de Roma IV por > 1 mês 1. <= 2 evacuações/semana 2. >= 1 episódio/semana de incontinência fecal 3. Postura retentiva ou retenção voluntária 4. Evacuação dolorosa ou endurecida 5. Fezes volumosas 6. Grande massa fecal no reto Solicitar exames complementares? DESNCESESSÁRIO, apenas se dados da anamnese sugerirem doença de base. Tratamento: DESIMPACTAÇÃO: - laxativo em dose alta (PEG) ou enema MANUTENÇÃO: 1. Laxativos: - Polietilenoglicol sem eletrólitos 2. Hábitos: - alimentares (fibras e hidratação) - estímulo a tentar evacuar após às refeições Posso indicar óleo mineral? Risco de pneumonite química grave: Pneumonia Lipoídica. - contraindicado em < 2 anos ou incoordenação da deglutição
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Constipação Funcional na Infância: Quais os sinais de alarme que me fazem pensar em doença orgânica? (10)
1. Início no primeiro mês 2. Não eliminação do mecônio nas primeiras 48 horas de vida 3. HF de Hirschprung 4. Fezes em formato de fita 5. Sangue nas fezes na ausência de fissura anal 6. Déficit de crescimento 7. Febre 8. Vômitos biliosos 9. Anormalidade na tireoide 10. Alterações em exame físico (fístula, distensão abdominal importante)
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Alergia à Proteína do Leite de Vaca: Epidemiologia Manifestações clínicas mais comuns (3) Diagnóstico Conduta: - se aleitamento materno - se fórmula infantil
Epidemiologia: forma de alergia alimentar mais frequente na população pediátrica. Manifestações clínicas mais comuns: 1. Sangue nas fezes (proctocolite) +- muco - não mediada por IgE 2. Diarreia crônica (Enterocolite) 3. Déficit de crescimento (Enterocolite) Diagnóstico: prova terapêutica Tratamento: 1. Em aleitamento materno: suspender LV dieta materna 2. Em uso de fórmula infantil: - fórmula extensamente hidrolisada - se refratários: fórmula de aminoácidos
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Esofagite eosinofílica: Definição Clínica - lactentes e pré-escolares - escolares e adolescentes Diagnóstico (2) Tratamento (3)
Definição: uma das desordens eosinofílicas de TGI com infiltrado de eosinófilos no esôfago. Clínica: - lactentes e pré-escolares: SEMELHANTE AO DRGE: perda de peso, regurgitação, recusa alimentar. - escolares e adolescentes: DISFAGIA E IMPACTAÇÃO ALIMENTAR alteração esofágica com redução de lúmen Diagnóstico: 1. EDA: anéis concêntricos (semelhança à traqueia), exsudatos, sulcos, estrias ou fragilidade de mucosa 2. >= 15 eosinófilos/campo na BIÓPSIA Tratamento: 1. IBP 2. Dieta 3. Corticosteroides deglutidos
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Anemia Transitória do RN: Por que ocorre? Quando ocorre em a termo?
Por que ocorre? Por um down-regulation à EPO após o nascimento pela subida rápida e grande dos níveis de O2 após o início da ventilação pulmonar. Em a termo: níveis de Hb de 9-11 com mínimo entre 8-12 semanas de vida. - em RN prematuro: queda maior e mais rápida.
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Gestante amamentando menor de 6 meses: Vacinação contra febre amarela: Por quanto tempo suspender a amamentação?
Mínimo 10 dias, ideal 28 dias (desde portaria lançada em 2020). HCPA: considera ainda 10 dias
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Cólicas do lactente: Critérios de Roma (3) Por que ocorre? Quadros atópicos aumentam risco?
Critérios de Roma: 1. Início e melhora dos sintomas em bebês com < 5 meses de idade; 2. Períodos recorrentes e prolongados de choro, agitação ou irritabilidade, que ocorrem sem causa óbvia e não podem ser prevenidos ou resolvidos pelos cuidadores.; 3. Sem evidência de falha do crescimento, febre ou doenças associadas. Por que ocorre? Não tem uma etiologia conhecida. A ausência de um fator desencadeante é um dos fatores encontrados nestas crianças. Quadros atópicos aumentam risco? Não, atopia só aumenta risco apenas de condições relacionadas a alergias alimentares.
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Principais benefícios do aleitamento materno para a mãe (7)
1. Prevenção da herorragia pós-parto. Reflexo de Fergusson. OCITOCINA. 2. Método Contraceptivo: exclusiva nos primeiros 6 meses. 3. Remineralização óssea: redução de fraturas do colo de fêmur no período pós-menopausa. 4. Redução do risco de câncer: diminui risco de câncer de mama e ovário. 5. Proteção contra o diabetes tipo 2 6. Perda ponderal 7. Economia e eficácia: o leite materno é bom, barato e limpo.
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Vacinação contra meningococo: Quando fazer?
Calendário básico: 3 meses, 5 meses e 12 meses 5 anos: reforço 11-14 anos: Meningo ACWY visando reforço e imunidade rebanho
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Como avaliar as curvas de crescimento antropométrico de RN < 37 semanas no primeiro ano de vida?
Conforme IDADE CORRIGIDA. OBAS: as curvas são organizadas para 40 semanas, então subtraímos daí a diferença.
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Avaliação do desenvolvimento infantil: O que significa dizer que ... ? - Desenvolvimento adequado - Desenvolvimento adequado com fatores de risco - Alerta para o desenvolvimento - Provável atraso no desenvolvimento
- Desenvolvimento adequado Todos os marcos para a faixa etária presentes - Desenvolvimento adequado com fatores de risco Todos os marcos para a faixa etária presentes, mas existe fator de risco Conduta: reavaliar em 30 dias - Alerta para o desenvolvimento Ausência de >= 1 marcos para a faixa etária ATUAL Conduta: reavaliar em 30 dias - Provável atraso no desenvolvimento Ausência de >= 2 marcos para a faixa etária ANTERIOR Conduta: encaminhar para a avaliação
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2/3 dos pacientes com invaginação intestinal tem .... de idade
< 1 ano
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Crianças < ..... anos raramente apresentam faringoamigdalite bacteriana
3 anos
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Por que ocorre o Sopro de Still?
Estreitamento na via de saída do ventrículo esquerdo
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Intolerância à lactose: Definição Primária vs. Secundária Clínica (3)
Definição: deficiência de lactase. Qual a importância da história familiar? É fator de risco Primária: deficiência ontogênica da lactase. - geralmente não se manifesta nos primeiros meses de vida e vai piorando progressivamente. Secundária: lesão de epitélio intestinal. Clínica: 1. Diarreia osmótica 2. Fermentação da lactose: gases e distensão abdominal 3. Fezes mais ácidas e hiperemia na região perianal
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Pesquisa de S. pyogenes na orofaringe para diagnóstico de faringoamigdalite bacteriana: Como é feita? Qual a comparação entre exames?
Como é feita? Fluxograma: 1. Teste rápido: + = tratamento - = solicitar CULTURA 2. Cultura: + = tratamento - = alta Qual a comparação entre exames? Teste rápido e cultura tem especificidade semelhante. CULTURA É MAIS SENSÍVEL.
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Laringomalácia: Epidemiologia Quando se manifesta? Clínica - posição de piora Conduta na maioria dos casos
Epidemiologia: principal causa (60% dos casos) de estridor crônico. Quando se manifesta? Já nas primeiras semanas de vida. Clínica: Estridor agravado às mamadas, choro, agitação. Piora em posição SUPINA. INSPIRAÇÃO. Conduta: No geral: observação.
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Profilaxia para VSR com Palivizumabe: Como é feita? Qual a dose? Quais as indicações?
15 mg/kg 5 doses ao ano a cada 4 meses, iniciando UM MÊS ANTES DA SAZONALIDADE. Indicações: 1. < 1 ano nascido < 29 semanas 2. < 2 anos com cardiopatia congênita com repercussão hemodinâmica ou pneumopatia da prematuridade grave +- SBP: 3. < 6 meses nascidos entre 29-32 semanas
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Hemorragia retiniana em criança <2-3 anos: Qual a hipótese diagnóstica? Quais as possíveis complicações? (2) O que não podemos esquecer na conduta?
Qual a hipótese diagnóstica? Síndrome do bebê sacudido. Quais as possíveis complicações? 1. Edema cerebral 2. Hemorragias intracranianas (hematomas subdurais) O que não podemos esquecer na conduta? Notificação obrigatória semanal.
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Síndrome da Morte Súbita do Lactente: Definição Quais os fatores de risco? (5) Recomendação: - como deve ser o hábito de dormir do lactente?
Definição: óbito de lactente durante o sono que não apresenta patologia que justifique. Quais os fatores de risco? 1. Posição prona 2. Exposição ao tabaco / tabagista em casa 3. Dormir em superfície macia e cheia de panos 4. Dormir na mesma cama que os pais. 5. Hiperaquecimento da criança, hipertermia Recomendação: Dormir no mesmo quarto que os pais em berço adequado. Colchão firme sem panos. EM POSIÇÃO SUPINA.
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Oferecer fórmula infantil para RN na maternidade: Não deve ser feito, a não ser que muito necessário, pois ...
Está associado maior risco de desenvolvimento de APLV
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Deficiência de Vitamina E: Qual pode ser a causa em período neonatal? Quais as duas manifestações mais clássicas? (2)
Qual pode ser a causa em período neonatal? Exposição a altos níveis de oxigênio nas incubadoras em período neonatal. Principalmente, em prematuros. Quais as duas manifestações mais clássicas? 1. Retinopatia 2. Hemorragia cerebral
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Craniocinostose: Definição Qual a mais comum?
Definição: Compreende o fechamento de uma ou mais suturas cranianas. Qual a mais comum? Fechamento precoce da sutura SAGITAL, qua se esperaria fechar com > 2 anos. - dolicocefalia ou escafocefalia
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Fórmula a base de soja / leite de soja: É autorizado para lactentes com > de ..............
6 meses
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Constipação funcional na pediatria: Pode haver palpação de massa abdominal?
Sim, pela presença de um fecaloma, sendo indicada a terapia de desimpactação
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Quando ocorre a hipogamaglobulinemia fisiológica do lactentes?
Entre 3 e 6 meses, quando há queda dos anticorpos maternos e o lactente ainda não gerou aumento dos seus próprios
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Síndrome / Linfoisticiose Hemofagocítica: Por que ocorre? Faixa etária mais comum Clínica mais comum Tratamento
Por que ocorre? Hiperativação do sistema imune > intensa inflamação sistêmica. Citopenias. Faixa etária mais comum: < 18 meses, mas pode ocorrer em qualquer idade. Clínica mais comum: Febre, hepatomegalia, esplenomegalia, exantema, linfadenopatia e alterações neurológicas (p. ex., convulsão, hemorragia de retina, ataxia, alteração da consciência ou coma). Tratamento: Multimodal Pode incluir: quimioterapia, inibidores de citocinas, supressão imunitária e, algumas vezes, transplante de células-tronco hematopoiéticas.
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Dermatite atópica: Lesões da face tendem a poupar ... E a região da fralda?
Lesões da face tendem a poupar ... Maciço central E a região da fralda? É comumente poupada
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Qual a principal forma de transmissão do CMV de mãe para filho?
Aleitamento materno
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Crianças com < 2 kg ao nascer: Quais as recomendações quanto a vacinação ao nascer?
1. Não tomar a BCG até 2 quilos completos 2. Manter a da Hepatite B
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VSR: Forma de transmissão Prevenção obrigatória Quarto deve ser do tipo ...
Forma de transmissão: Contato direto e gotículas Prevenção obrigatória: de Contato Quarto deve ser do tipo ... Privativo ou Coorte privativa com > 1 m de distância entre os leitos
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Constipação Funcional na Infância: Quais as doenças neuropsiquiátricas associadas? (2)
TEA em até 30% TDAH