PED 1 (2ª parte) Flashcards

1
Q

Valores de referência:

  1. Bilirrubina direta (BD): ?
  2. Bilirrubina indireta (BI): ?
A
  1. BD: 0,1-0,4 mg/dl.
  2. BI: 0,2-0,9 mg/dl.
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2
Q

Principais causas de hiperbilirrubinemia direta?

A

Colestase

OU

disfunção hepatocelular.

(em RN, pensar em atresia de vias biliares)

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3
Q

Principais causas de hiperbilirrubinemia indireta? (4)

A
  1. Fisiológica;
  2. Hemólise;
  3. Síndrome de Gilbert;
  4. Associadas a amamentação.
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4
Q

Icterícia fisiológica do RN

Surgimento?

A

Após 24h de vida (2º-3º dia de vida).

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5
Q

Icterícia fisiológica do RN

Duração?

A

Em média, 7 dias.

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6
Q

A icterícia no RN surge com bilirrubinas a partir de…

A

5 mg/dl.

(fígado / icterícia - five)

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7
Q

Icterícia fisiológica do RN

Fisiopatologia? (3)

A
  1. ↑Produção de bilirrubina;
  2. ↓Captação e conjugação;
  3. ↑Ciclo êntero-hepático (Betaglucoronidase).
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8
Q

O RN possui _____ (muitas/poucas) hemácias pelo reflexo da hipóxia intra-uterina e a meia-vida é mais _____ (longa/curta).

A

Muitas; curta.

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9
Q

O reflexo da hipóxia intra-uterina induz a produção de _____ (HbF/HbS/HbA), que possuem meia vida de _____ (60/90/120) dias.

A

HbF; 90.

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10
Q

A baixa captação e conjugação de bilirrubina no RN decorre da…

A

imaturidade hepática.

(diminuição da atividade da glicuroniltransferase e da captação.)

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11
Q

V ou F?

No período intra-uterino a placenta excreta bilirrubina indireta.

A

Verdadeiro.

(mecanismos hepáticos de captação/conjugação precisam amadurecer nos primeiros dias de vida, pois na vida intrauterina, a conjugação não é útil, já que a Bb é excretada na forma indireta)

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12
Q

O aumento do ciclo êntero-hepático no RN decorre do…

A

aumento da atividade da betaglicuronidase.

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13
Q

A função da betaglicuronidase é hidrolisar bilirrubina __________ (conjugada/não-conjugada), tornando-a __________ (reabsorvível/excretável).

A

Conjugada; reabsorvível.

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14
Q

V ou F?

Nos primeiros dias de vida o trânsito intestinal é rápido e - por isso - há pouca colonização bacteriana no TGI.

A

Falso

Nos primeiros dias de vida o trânsito intestinal é lento e - sem nexo causal - há pouca colonização bacteriana no TGI.

(compromete a degradação de bilirrubina conjugada em estercobilina.)

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15
Q

Icterícia fisiológica do RN

Quando afastar? (6)

A

SINUCA

  1. Surgimento < 24 h;
  2. Icterícia persistente (termo: > 8 dias; Pré-termo > 14 dias);
  3. Nível de bilirrubina (termo: > 12; Pré-termo > 14);
  4. Ultrapassa zona 3 Kramer (umbigo);
  5. Colestase (hiperbilirrubinemia direta, acolia, colúria…);
  6. Acumulação > 5 mg/dl/dia.
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16
Q

Fatores de risco maiores para hiperbilirrubinemia grave? (6)

A
  1. Icterícia < 24h;
  2. Incompatibilidade sanguínea;
  3. Idade gestacional entre 35-36 semanas;
  4. Irmão tratado com fototerapia;
  5. Cefaloematoma/equimoses;
  6. Asiáticos.
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17
Q

A progressão da icterícia ocorre no sentido…

A

crânio-caudal.

(passou do umbIGO é perIGO)

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18
Q

A quantificação da icterícia é feita ao exame físico pelas…

A

Zonas de Kramer.

(icterícia fisiológica dificilmente excede a zona 3)

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19
Q

Icterícia com surgimento antes de 24h de vida, deve-se pensar em…

A

anemia hemolítica.

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20
Q

Icterícia hemolítica

Causas? (3)

A
  1. Formas isoimunes;
  2. Esferocitose;
  3. Defciência de G6PD.
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21
Q

Icterícia hemolítica

Formas isoimunes?

A
  1. Incompatibilidade ABO;
  2. Incompatibilidade RH;
  3. Incompatibilidade por antigeno irregular.
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22
Q

Icterícia hemolítica

Incompatibilidade ABO?

A

Mãe O com RN A ou B (forma clássica).

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23
Q

Icterícia hemolítica

Incompatibilidade Rh?

A

Mãe Rh (-) com RN Rh (+).

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24
Q

Icterícia hemolítica

Incompatibilidade por antigenos irregulares?

A

Coombs + sem justificativa plausível.

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25
Q

A icterícia por incompatibilidade ___ (ABO/Rh) demanda sensibilização prévia e é típica de filhos de multíparas.

A

Rh.

(Coombs indireto positivo indica sensibilização prévia)

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26
Q

Coombs direto

A

Avaliado no sangue do RN, busca anticorpos diretamente ligados à superfície das hemácias.

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27
Q

Coombs indireto

A

Avaliado no sangue da gestante, busca anticorpos circulantes.

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28
Q

Eluato

A

É um teste que identifica anticorpos maternos no sangue fetal

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29
Q

V ou F?

O coombs direto será sempre (+) na incompatibilidade Rh, enquanto na incompatibilidade ABO pode ser (+) ou (-).

A

Verdadeiro.

(Pois as hemácias ainda não apresentam muitos antigenos A/B em sua superfície)

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30
Q

Icterícia hemolítica

Esferocitose?

A

Defeito na membrana plasmática das hemácias que reduz sua meia-vida.

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31
Q

Esferocitose é um tipo de _______ (anemia/talassemia) de caráter ________ (hereditário/adquirido).

A

Anemia; hereditário.

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32
Q

V ou F?

A esferocitose se caracteriza por hemácias microcíticas (pequenas) e com baixa concentração de hemoglobina, de forma esférica e sem palidez central.

A

Falso

A esferocitose se caracteriza por hemácias microcíticas (pequenas) e com alta concentração de hemoglobina (normocrômicas, porém concentradas), de forma esférica e sem palidez central.

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33
Q

Icterícia hemolítica

Quais formas cursam com esferócitos?

A

Esferocitose e Incompatibilidade ABO.

  1. Coombs direto (+): Incompatibilidade ABO;
  2. Coombs direto (-): não define o diagnóstico.
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34
Q

Icterícia hemolítica

Deficiência de G6PD (Glicose-6-Fosfato Desidrogenase)?

A

Deficiência enzimática associada a um menor limiar de hemólise.

(a enzima auxilia na produção de substâncias que as protegem de fatores oxidantes.)

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35
Q

Icterícia hemolítica Deficiência de G6PD

Hematoscopia?

A

Corpúsculos de Heinz

E

hemácias mordidas.

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36
Q

Icterícia hemolítica Deficiência de G6PD

Achado clínico clássico?

A

Cheiro de naftalina.

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37
Q

Exames para investigação da icterícia neonatal? (4)

A
  1. Bilirrubina total e frações;
  2. Hematócrito, Hb e reticulócitos;
  3. Tipagem ABO e Rh;
  4. Coombs direto.
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38
Q

Icterícia do aleitamento materno

Achados à anamnese? (5)

A
  1. Má alimentação / dificuldade com amamentação;
  2. Perda de peso além do esperado (>10% na primeira semana sem recuperar);
  3. Diminuição do trânsito intestinal;
  4. Aumento da circulação entero-hepática;
  5. Ínicio na primeira semana (normalmente).
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39
Q

V ou F?

A icterícia do aleitamento materno é diferente da icterícia do leite materno. A primeira está ligada com problemas relacionados às mamadas.

A

Verdadeiro.

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40
Q

V ou F?

A icterícia do aleitamento materno tem ínicio, normalmente, na primeira semana de vida.

A

Verdadeiro.

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41
Q

Icterícia do aleitamento materno

Conduta?

A

Corrigir a técnica de amamentação.

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42
Q

Icterícia tardia sem colestase, pensar em…

A

icterícia do leite materno (≠ icterícia do aleitamento materno).

“Leite = ‘LATE’ em inglês significa “tarde” = + tardio que a icterícia do aleitamento”

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43
Q

Icterícia do leite materno

Etapas da história natural? (3)

A
  1. RN em Aleitamento Materno Exclusivo (AME);
  2. A partir da 2ª semana de vida, existe alguma substância no leite materno que faz com que ele persista ictérico;
  3. Icterícia desaparece com o tempo.
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44
Q

Icterícia do leite materno

Conduta?

A

Expectante!

(suspender amamentação por 24-48h apenas se Bb muito alta)

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45
Q

Icterícia por hiperbilirrubinemia direta sugere…

A

colestase: Acolia e colúria.

(atresia de vias biliares extra-hepáticas; icterícia entre 2-6 semanas de vida)

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46
Q

Atresia de vias biliares extra-hepáticas

Etapas da história natural? (4)

A
  1. Fibrose progressiva da árvore biliar após o nascimento;
  2. Interrupção da drenagem biliar;
  3. Acúmulo intra-hepático lesivo de bile;
  4. Cirrose biliar.
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47
Q

Atresia de vias biliares extra-hepáticas

Exames diagnósticos? (4)

A
  1. USG de vias biliares (sinal do cordão triangular);
  2. Cintilografia hepatobiliar;
  3. Biópsia hepática;
  4. Colangiografia intra-operatória (confirma o diagnóstico).
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48
Q

Atresia de vias biliares extra-hepáticas

Conduta?

A

Cirurgia de Kasai.

(derivação biliodigestiva entre o porta hepatis e uma alça jejunal em Y-de-Roux)

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49
Q

Atresia de vias biliares extra-hepáticas

Quando realizar a Cirurgia de Kasai?

A

Realizar nas primeiras 8 semanas de vida.

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50
Q

Atresia de vias biliares extra-hepáticas

Objetivo da Cirurgia de Kasai? Taxa de sucesso?

A
  1. Restaurar o fluxo biliar em pelo menos 60%.
  2. 50% dos pacientes tornam-se praticamente anictéricos.
51
Q

Complicação mais temida da hiperbilirrubinemia indireta?

A

Kernicterus.

(impregnação bilirrubínica em gânglios da base e núcleos do tronco encefálico)

52
Q

Kernicterus

Grupo de maior risco?

A

RN prematuro.

53
Q

Kernicterus

Manifestações precoces? (3)

A
  1. Letargia;
  2. Recusa alimentar;
  3. Perda do reflexo de Moro.
54
Q

Icterícia por hiberbilirrubinemia indireta

Tratamento? (3)

A
  1. Fototerapia;
  2. Exsanguineotransfusão (Incompatibilidade Rh);
  3. Imunoglobulina.
55
Q

Icterícia por hiberbilirrubinemia indireta

Indicação de imunoglobulina?

A

Causas hemolíticas.

(quando a bilirrubinemia se aproxima dos níveis de exsanguineotransfusão)

56
Q

Icterícia por hiberbilirrubinemia indireta

Mecanismo de ação da fototerapia?

A

Fotoisomerização estrutural.

(mólecula de bilirrubina adsorve o fóton de luz → alteração da sua conformação espacial → torna-se um composo hidrossolúvel e, assim, pode ser eliminada mesmo sem passar pela conjugação)

57
Q

Icterícia por hiberbilirrubinemia indireta

Como garantir a eficácia da fototerapia? (3)

A
  1. Irradiância;
  2. Espectro (azul);
  3. Exposição adequada da superfície corporal.
58
Q

Icterícia por hiberbilirrubinemia indireta

Indicações fototerapia? (3)

A
  1. BT > 15 mg/dL;
  2. Icterícia nas primeiras 24h de vida;
  3. < 35 semanas se:
  • 1-1,5 kg se BT 6-8;
  • 1,5-2,0 kg se BT 8-10;
  • 2,0-2,5 kg se BT> 10.
59
Q

Icterícia por hiberbilirrubinemia indireta

Indicações exsanguineotransfusão?

A

Falha da fototerapia

OU

icterícia por hemólise.

60
Q

V ou F?

Todo PIG apresenta a síndrome do crescimento intrauterino restrito (CIUR).

A

Falso

PIG ≠ CIUR, sendo que no PIG o peso para a IG está abaixo do percentil 10. Existem bebês que são constitucionalmente pequenos e que não sofreram restrição de crescimento intra-útero.

61
Q

Caracterize o CIUR simétrico. (3)

A
  1. Bebê é pequeno por inteiro (peso, perímetro cefálico e comprimento);
  2. Alterações do crescimento são precoces no 1º trimestre;
  3. Associado a infecções congênitas de 1º trimestre e anomalias cromossomiais.
62
Q

Caracterize o CIUR assimétrico. (3)

A
  1. PC normal para a IG, mas maior que o restante do corpo;
  2. Associado à insuficiência placentária de 3º trimestre;
  3. Crescimento cerebral preservado, mas o restante do corpo é comprometido.
63
Q

V ou F?

Principal hormônio de crescimento intrauterino é o GH.

A

Falso

Principal hormônio de crescimento intrauterino é a insulina.

64
Q

Infecções congênitas

Forma de contaminação?

A

Hematogênica-transplacentária.

65
Q

V ou F?

A maior parte das crianças com infecções congênitas será assintomática.

A

Verdadeiro.

(suspeitar quando mãe doente ou com sorologia positiva)

66
Q

Encontrando ___ (IgM/IgG) no RN deve-se pensar em infecção ativa. Se ___ (IgM/IgG) a transferência de anticorpos maternos deve ser considerada.

A
67
Q

Infecções congênitas

Tríade da apresentação pré-natal?

A

PAC

  1. Prematuridade.
  2. Abortamento;
  3. CIUR.
68
Q

Qual o período gestacional mais comum de ocorrer infecções congênitas?

A

3º trimestre.

(placenta mais vascularizada / criança quase totalmente formada com menor risco de malformações graves)

69
Q

Em qual período gestacional as infecções congênitas são mais graves?

A

1º Trimestre.

(ainda em formação, apresentando mais sintomas ao nascer / transmissão durante o 1º trimestre é menos provável)

70
Q

V ou F?

Na sífilis pode haver transmissão em qualquer estágio da doença materna.

A

Verdadeiro.

(primária, secundária ou terciária)

71
Q

Qual forma de sífilis com maior risco de transmissão vertical?

A

Sífilis primária.

(quase 100% de transmissão)

72
Q

Síflis congênita precoce surge em…

A

< 2 anos.

73
Q

Síflis congênita

Apresentação precoce (< 2 anos)? (5)

A

COMER

  1. Condiloma plano (classicamente orificial);
  2. Osso (osteocondrite/periostite);
  3. Mucosas (placas mucosas);
  4. Exantema vesico-bolhoso (pênfigo palmo-plantar);
  5. Rinite sifilítica.
74
Q

Sífilis congênita

Achado radiológico patognomônico?

A

Sinal de Wimberger.

(rarefação óssea da medial da metáfise proximal da tíbia)

75
Q

Sífilis congênita precoce​

Lesões ósseas?

A
  1. Osteocondrite: lesões muito dolorosas (pseudoparalisia de Parrot);
  2. Periostite: duplo contorno na radiografia.
76
Q

Sífilis congênita precoce​

Caracterize a rinite sifilítica.

A

Obstrução nasal importante com secreção sanguinolenta.

77
Q

Sífilis congênita tardia

Apresentação? (7)

A
  1. Fronte olímpica;
  2. Tibia em sabre;
  3. Nariz em sela;
  4. Rágades;
  5. Alterações dentárias: Hutchindon e molares em amora;
  6. Articulações de clutton;
  7. Ceratite intersticial (Sal e pimenta)
78
Q

Sífilis congênita

Achados à punção lombar? (3)

A
  1. VDRL (+);
  2. Hipercelularidade (> 25/mm³);
  3. Hiperproteinorraquia (> 150 mg/dL).
79
Q

Sífilis na gestante

Critérios de tratamento materno adequado? (5)

A
  1. Administração de penicilina benzatina;
  2. Início do tratamento até 30 dias antes do parto;
  3. Esquema adequado à fase da sífilis (doses e intervalo);
  4. Avaliar risco de reinfecção;
  5. Queda do VDRL (2 diluições em 3 meses ou 4 em 6 meses).
80
Q

RN de mulher com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada

Conduta inicial? (8)

A
  1. VDRL;
  2. Hemograma;
  3. Radiografia de ossos longos;
  4. Líquor;
  5. Perfil hepático;
  6. Eletrólitos;
  7. Avaliação oftalmológica e audiológica;
  8. Radiografia de tórax.

(realizar todos os exames em todos os RNs)

81
Q

O VDRL em RNs deve ser dosado em sangue _______ (periférico/de cordão).

A

Periférico.

82
Q

RN de mulher com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada

Conduta, se líquor alterado?

A

Penicilina G cristalina, 50.000 UI/kg/dose, IV por 10 dias.

83
Q

RN de mulher com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada

Conduta, se alterações que não sejam na punção lombar?

A

Penicilina G cristalina (IV) ou procaína (IM), 50.000 UI/kg/dose por 10 dias.

(preferência pela procaína por ser ambulatorial: IM dose única diária)

84
Q

RN de mulher com sífilis não tratada ou inadequadamente tratada

Conduta, se todos os exames normais?

A

Penicilina G benzatina em dose única de 50.000 UI/kg, IM.

(VDRL “normal” = negativo)

85
Q

RN de mulher com sífilis adequadamente tratada

Conduta inicial?

A

Solicitar VDRL do sangue periférico em todos os casos!

(mãe e RN)

86
Q

RN de mulher com sífilis adequadamente tratada

Conduta, se alterações clínicas e VDRL positivo (>2 diluições)?

A
  1. Solicitar demais exames;
  2. Penicilina cristalina ou procaína (procaína apenas se o LCR for normal) por 10 dias.
87
Q

RN de mulher com sífilis adequadamente tratada

Conduta, se RN assintomático e VDRL < que duas diluições acima do materno?

A

Acompanhamento clínico.

88
Q

RN de mulher com sífilis adequadamente tratada

Conduta, se RN sintomático e VDRL < que duas diluições acima do materno?

A
  1. VDRL reagente: colher exames e tratar (penicilina cristalina ou procaína);
  2. VDRL não-reagente: considerar outras infecções congênitas.
89
Q

Sífilis congênita

Como é feito o acompanhamento? (3)

A
  1. VDRL seriado (1, 3, 6, 12 e 18 meses);
  2. Punção lombar semestral (se alterada);
  3. Avaliação auditiva e visual (6/6 meses até 2 anos).
90
Q

Toxoplasmose congênita

Gestantes de risco?

A

Adquiriu infecção aguda durante gestação e/ou imunossuprimidas infectadas antes da gestação.

91
Q

Toxoplasmose congênita

Cronologia da soroconversão materna?

A
  1. Dias após infecção há IgM (+) por até 1 ano;
  2. Duas semanas após infecção há IgG (+) por toda vida.
92
Q

Toxoplasmose congênita

Conduta após o diagnóstico materno?

A

Espiramicina

E

Investigação fetal (USG e amniocentese p/ PCR de líquido amniótico).

93
Q

Toxoplasmose congênita

Investigação RN? (4)

A
  1. Sorologia;
  2. Fundo de olho;
  3. Imagem de SNC;
  4. Avaliação de LCR.
94
Q

Toxoplasmose congênita

Tríade clínica?

A

Tríade de Sabin

  1. Hidrocefalia;
  2. Coriorretinite (“Farol de neblina”);
  3. Calcificações difusas (Toxo: Todo o parênquima).
95
Q

Toxoplasmose congênita

Como tratar o RN?

A

Sulfadiazina + Pirimetamina + Ácido folínico ± Corticoide.

96
Q

Toxoplasmose congênita

Quando indicar corticoide?

A

Coriorretinite grave

OU

Proteína no LCR > 1 g/dL.

97
Q

Toxoplasmose congênita

Objetivo do tratamento no RN?

A

Reduzir parasitemia no 1º ano de vida.

(manter o tratamento no 1º ano de vida)

98
Q

Principal causa de surdez neurossensorial não-hereditária na infância?

A

Citomegalovirose congênita.

99
Q

V ou F?

A citomegalovirose neonatal pode ocorrer tanto pela infecção aguda quanto pela reativação ou reinfecção pelo CMV.

A

Verdadeiro.

100
Q

Citomegalovirose neonatal

Clínica? (6)

A
  1. Assintomático (90%);
  2. Microcefalia;
  3. Calcificações intracranianas periventriculares;
  4. Surdez neurossensorial;
  5. PIG;
  6. Exantema petequial purpúrico.
101
Q

Citomegalovirose neonatal

Apresentação radiológica clássica?

A

Calcificações periventriculares.

Circunda Meu Ventrículo”

102
Q

Citomegalovirose neonatal

Tratamento?

A

Ganciclovir ou valganciclovir IV por 6 semanas → reduzir sequelas

(apenas para casos graves)

103
Q

Citomegalovirose neonatal

Sequela mais comum?

A

Surdez neurossensorial (57%).

Cê Me Vê mas não me ouve!”

104
Q

Rubéola congênita

Condição única para transmissão vertical?

A

Infecção aguda durante a gestação.

105
Q

V ou F?

Mulheres com rubéola infectadas terão grandes chances de transmissão vertical no 1º trimestre.

A

Verdadeiro.

(Rubéola é a exceção)

106
Q

Rubéola congênita

Clínica? (3)

A

Síndrome da Rubéola Congênita

  1. Surdez;
  2. Reflexo vermelho alterado (catarata);
  3. Cardiopatia congênita.
107
Q

Rubéola congênita

Conduta?

A

Tratar sequelas.

108
Q

Precaução de contato para RN portador de rubéola congênita?

A

Gestantes suscetíveis.

(RN apresenta excreção prolongada do vírus)

109
Q

Varicela congênita

Quando ocorre a transmissão vertical?

A

A qualquer momento da gestação!

110
Q

V ou F?

A síndrome da varicela congênita somente ocorrerá se a transmissão ocorrer nas primeiras 20 semanas de gestação.

A

Verdadeiro.

111
Q

Varicela congênita

Clínica? (3)

A

VariCeLa

  1. Várias lesões de pele cicatriciais seguindo um dermátomo;
  2. Cabeça: doença neurológica;
  3. Limbs: hipoplasia de membros.
112
Q

Prevenção de transmissão do HIV

Conduta ao nascer? (7)

A
  1. Parto empelicado;
  2. Clampeamento imediato;
  3. Banho com água;
  4. Aspiração S/N;
  5. Não amamentar;
  6. Solicitar exames (monitorar efeitos adversos da TARV);
  7. Solicitar carga viral.
113
Q

Prevenção de transmissão do HIV

Por que o diagnóstico tem que ser feito pela carga viral do RN?

A

Pois o método ELISA pode representar anticorpos da mãe.

114
Q

Prevenção de transmissão do HIV

Nome da medicação usada para evitar a produção de leite?

A

Carbegolina 1g VO DU

(formula até 6 meses)

115
Q

V ou F?

Ao nascer, o RN filho de mãe HIV +, não poderá receber as vacinas de hep B e BCG

A

Falso

Ao nascer, o RN filho de mãe HIV +, deverá receber as vacinas de hep B e BCG desde que sua situação imunológica permita

116
Q

Prevenção de transmissão do HIV

Como conduzir?

A

Devemos definir o risco de exposição!

117
Q

Prevenção de transmissão do HIV baixo risco

Quem são?

A

Uso de TARV na gestação

E

Carga viral indetectável a partir da 28ª semana

E

Sem falha a adesão à TARV

118
Q

Prevenção de transmissão do HIV baixo risco

Conduta?

A

Apenas Zidovudina (AZT)

  1. Iniciar na sala de parto/<4h (Até 48h);
  2. Manter por 4 semanas
  3. 4mg/kg/dose 12/12h.
119
Q

Prevenção de transmissão do HIV alto risco

Quem são?

A
  1. Ausência de pré-natal ou TARV na gestação;
  2. Início da TARV após 2ª metade;
  3. Indicação de profilaxia no momento do parto e não realizou;
  4. Infecção aguda pelo HIV durante a gestação ou aleitamento;
  5. CV- HIV detectável no 3º trimestre (Recebendo ou não TARV);
  6. Mãe sem CV-HIV conhecida;
  7. Teste rápido positivo para HIV no parto.
120
Q

Prevenção de transmissão do HIV alto risco

Conduta?

A

AZT

+

Lamivudina (3T)

+

Raltegravir

(Não faz mais nivedipina)

121
Q

Conjuntivite neonatal

Etiologias?

A
  1. Química (Nitrato de prata);
  2. Gonocóccica;
  3. Clamydia.
122
Q

Conjuntivite neonatal

Como diferenciar se causada por gonococco ou clamydia?

A

Gonoccoco: 2-5º dia.

Clamydia: >5º dia.

123
Q

HEP B

Conduta de HBsAG positivo na gravidez?

A

Vacina (nas primeiras 12h) + Imunoglobulkina específica (até 1ª semana)