PC-DF - Raciocínio Lógico - 2024 (Pós-Edital) Flashcards

1
Q

A seguinte afirmação é uma proposição: A quantidade de formigas no planeta Terra é maior que a quantidade de grãos de areia.

A

Uma proposição lógica é uma oração declarativa à qual pode ser atribuída UM, e APENAS UM, dos dois
possíveis valores lógicos: verdadeiro ou falso.
Note que a afirmação do enunciado se enquadra nessa definição:
* Temos uma oração, que pode ser identificada com a presença do verbo “é”;
* A oração em questão é declarativa. No caso em questão, declara-se algo sobre a quantidade de
formigas no planeta Terra;
* Pode-se atribuir um, e apenas um, dos dois possíveis valores lógicos à oração declarativa em
questão: ou é verdadeiro que “a quantidade de formigas no planeta Terra é maior que a quantidade
de grãos de areia”, ou então é falso que “a quantidade de formigas no planeta Terra é maior que a
quantidade de grãos de areia”.
O gabarito, portanto, é CERTO.
Gabarito: CERTO.

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2
Q

I. A ouvidoria da justiça recebe críticas e reclamações relacionadas ao Poder Judiciário do estado.
II. Nenhuma mulher exerceu a presidência do Brasil até o ano 2018.
III. Onde serão alocados os candidatos aprovados no concurso para técnico judiciário do TJ/PR?
Assinale a opção correta.
a) Apenas a sentença I é proposição.
b) Apenas a sentença III é proposição.
c) Apenas as sentenças I e II são proposições.
d) Apenas as sentenças II e III são proposições.
e) Todas as sentenças são proposições.

A

Uma proposição lógica é uma oração declarativa à qual pode ser atribuída um, e apenas um, dos dois
possíveis valores lógicos: verdadeiro ou falso. Observe que as sentenças I e II se enquadram nessa definição.
Especial atenção pode ser dada à sentença II, que utiliza o quantificador “nenhum”.
A frase III é uma sentença interrogativa e, portanto, não é uma proposição.
Gabarito: Letra C.

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3
Q

(CESPE/ANA/2024) P1: Eu não tenho meios para contatar socorro.
A negação de P1 pode ser corretamente expressa por “Eu tenho meios para não contatar socorro”.

A

Para negar uma proposição simples formada por uma oração principal e por orações subordinadas,
devemos negar o verbo da oração principal. Removendo as orações subordinadas da proposição original,
temos:
P1: “Eu não tenho meios para contatar socorro.”
P1: “Eu não tenho meios para ISSO.”
Note que P1 é uma sentença declarativa negativa. Para negar proposição P1, basta remover o “não” da
oração principal:
~P1: “Eu tenho meios para ISSO.”
Voltando aos termos da proposição original, temos a seguinte negação:
~P1: “Eu tenho meios para contatar socorro.”
Note que o item erra ao escrever “para não contatar socorro”.
Gabarito: ERRADO.

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4
Q

(CESPE/PC PE/2024) P: “Meu celular vale muito mais que o que me acusam de tentar roubar.”
A negação da proposição P pode ser expressa corretamente por:
a) “Meu celular vale muito menos que o que me acusam de tentar roubar.”.
b) “Meu celular não vale muito mais que o que me acusam de tentar roubar.”.
c) “Meu celular não vale pouco menos que o que não me acusam de não tentar não roubar.”.
d) “Meu celular vale pouco mais que o que me acusam de tentar roubar.”.
e) “Meu celular vale muito mais que o que não me acusam de tentar roubar.”.

A

Para negar uma proposição simples formada por uma oração principal e por orações subordinadas,
devemos negar o verbo da oração principal. Removendo as orações subordinadas da proposição original,
temos:
P: “Meu celular vale muito mais que o que me acusam de tentar roubar.”
P: “Meu celular vale muito mais que ISSO.”
Ao negar a proposição P, temos:
~P: “Meu celular não vale muito mais que ISSO.”
Voltando aos termos da proposição original, temos a seguinte negação:
~P: “Meu celular não vale muito mais que o que me acusam de tentar roubar.”
Gabarito: Letra B.

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5
Q

P1: Sou mau, e isso é bom.
P2: Nunca serei bom, e isso não é mau.
Dado o contexto em que se apresentam, as afirmações “isso é bom”, presente em P1, e “isso não é
mau”, presente em P2, são proposições logicamente equivalentes.

A

O item afirma que as proposições “Isso é bom” e “Isso não é mau” são logicamente equivalentes.
Nessa questão, a banca tenta induzir o concurseiro a acreditar que podemos negar a proposição “Isso é
bom” com a proposição “Isso é mau”. Seguindo esse raciocínio equivocado, chamando a proposição “Isso
é bom” de p, teríamos:
~p: “Isso é mau.”
Continuando com esse raciocínio equivocado, ao negar ~p: “Isso é mau” com a palavra “não”, teríamos a
dupla negação da proposição p:
~(~p): “Isso não é mau.”
Como a dupla negação corresponde à proposição original, teríamos que p: “Isso é bom” seria equivalente
a ~(~p): “Isso não é mau”.
Esse raciocínio está equivocado justamente porque a negação de “Isso é bom” não está corretamente
expressa por “Isso é mau”. Isso porque o antônimo “mau” não nega corretamente a palavra “bom”, pois
não abarca a possibilidade de “isso” não ser bom nem mau. O gabarito, portanto, é ERRADO.
Gabarito: ERRADO.

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6
Q

P: Não quero ser ninguém além de mim.
A negação da proposição P pode ser expressa por “quero ser alguém além de mim”.

A

Para resolver essa questão, devemos considerar o significado real da proposição P.
Note que “Não quero ser ninguém além de mim” tem o sentido de “Não quero ser alguém além de mim”.
Isso porque, na língua portuguesa, essa suposta dupla negação utilizando “não” e “ninguém” ao mesmo
tempo só serviu para enfatizar o fato de que a pessoa realmente não quer ser outra pessoa a não ser ela
mesma.
Logo, considerando que o sentido da proposição P é “Não quero ser alguém além de mim”, a negação de P
pode ser obtida removendo-se o “não”. Obtemos:
~P: “Quero ser alguém além de mim.”
O gabarito, portanto, é CERTO.
Gabarito: CERTO.

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7
Q

(CEBRASPE/SEFAZ AC/2024) Uma criança deseja ficar brincando no parquinho. A mãe diz ao filho:
— “Filho, não quero que se molhe. Quando começar a chover ou chegar uma criança grande, vamos
embora. Não pise na água ou vamos embora.”
Após alguns minutos, a mãe tomou a criança pela mão e eles foram embora.
Considerando que a mãe tenha cumprido estritamente sua palavra, é correto concluir que
a) chegou uma criança grande.
b) a criança desobedeceu à mãe, caso não tenha chegado uma criança grande nem começado a chover.
c) é possível que não tenha chegado uma criança grande, não tenha começado a chover nem a criança tenha
pisado na água.
d) a criança pisou na água, caso não tenha chegado uma criança grande ou não tenha começado a chover.
e) começou a chover.

A

letra c

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8
Q

(CESPE/MPE RO/2023) Considerando que P, Q e R representem proposições lógicas simples, assinale a
opção que expressa corretamente a seguinte proposição: A beleza esplendorosa da lua inspira todos os
apaixonados como o mar cristalino inspira os mais belos sentimentos nos navegadores.
a) P
b) P∨Q
c) P∧Q
d) P∧(Q∧R)
e) P→Q

A

Letra e

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8
Q

Um astronauta, após sofrer um acidente e acabar sozinho em um planeta
distante, apresentou para si o seguinte argumento:
P1: Eu não tenho meios para contatar socorro.
P2: Mesmo que tivesse, levaria 4 anos para o socorro conseguir chegar aqui.
P3: Se o oxigenador estragar antes de chegar o socorro, eu sufoco.
P4: Se o reciclador de água estragar antes de chegar o socorro, eu morro de sede.
P5: Se o habitador artificial se romper antes de chegar o socorro, eu implodo.
P6: Se nada disso acontecer, a comida acabará.
C: Morrerei aqui.
Com base na situação hipotética apresentada, considerando que P1, P2, …, P6 sejam premissas e C,
conclusão, julgue o item seguinte.
Considere que a forma pronominal “disso”, em P6, refira-se aos consequentes das proposições P3, P4 e
P5. Nesse caso, a tabela verdade de P6 terá mais de 30 linhas.

A

Sejam as proposições simples:
s: “Eu sufoco.”
m: “Eu morro de sede.”
i: “Eu implodo.”
a: “A comida acabará.”
Observe que os consequentes das proposições P3, P4 e P5 são, respectivamente, as proposições simples s,
m e i.
Segundo a questão, a forma pronominal “disso” da proposição composta P6 se refere às proposições simples
s, m e i. Portanto, note que a proposição P6 pode ser descrita como (~s∧~m∧~i)→a:
(~s∧~m∧~i)→a: “Se [(eu não sufocar) e (eu não morrer de sede) e (eu não implodir)], então [a comida
acabará].”
Consequentemente, observe que P6 apresenta 4 proposições simples distintas: s, m, i e a.
Sabemos que se uma proposição for composta por 𝒏 proposições simples distintas, o número de linhas da
tabela-verdade será 𝟐
𝒏
. Para a proposição P6, temos 𝒏 = 𝟒. Logo, o número de linhas da tabela-verdade da
proposição é:
2
4 = 16 linhas
Gabarito: ERRADO.

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9
Q

) Considere a seguinte proposição P:
“Se produz as informações de que o Brasil necessita, o IBGE ajuda o país a estabelecer políticas públicas e
justifica o emprego dos recursos que lhe são destinados.”
Verifica-se que a quantidade de linhas da tabela-verdade da proposição P que apresentam valor lógico F é
igual a
a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5

A

Considere as seguintes proposições simples:
p: “O IBGE produz as informações de que o Brasil necessita.”
a: “O IBGE ajuda o país a estabelecer políticas públicas.”
j: “O IBGE justifica o emprego dos recursos que lhe são destinados.”
Note que a proposição P é uma condicional em que se omite o “então”, podendo ser escrita como p→(a∧j).
p→(a∧j): “Se [produz as informações de que o Brasil necessita], [(o IBGE ajuda o país a estabelecer políticas
públicas) e (justifica o emprego dos recursos que lhe são destinados)].”
Vamos construir a tabela-verdade de p → a∧j.
Dá 3 falsos no final.
Letra C.

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10
Q

Tabela verdade do bicondicional?

A

P↔Q
V V V
V F F
F V F
F F V

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11
Q

Tabela Verdade da Implicação P→Q
Como transforma em soma?

A

P→Q = ~P + Q
V V V
V F F
F V V
F F V

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12
Q

é logicamente equivalente à proposição “Se não há débito fiscal, então não há cobrança”.
a) Há débito fiscal e há cobrança.
b) Não há débito fiscal ou não há cobrança.
c) Há débito fiscal ou não há cobrança.
d) Não há débito fiscal ou há cobrança.
e) Não há débito fiscal e não há cobrança.

A

Sejam as proposições simples:
d: “Há débito fiscal.”
c: “Há cobrança.”
A proposição original pode ser descrita pela condicional ~d→~c:
~d→~c: “Se [não há débito fiscal], então [não há cobrança]”
Veja que as alternativas não apresentam uma condicional como possível equivalência. Logo, não se deve
utilizar a equivalência contrapositiva, dada por p→q ≡ ~q→~p.
Outra equivalência fundamental que se pode utilizar com o conectivo condicional é a seguinte: p→q ≡
~p∨q. Para aplicar essa equivalência, devemos realizar o seguinte procedimento:
* Nega-se o primeiro termo;
* Troca-se a condicional (→) pela disjunção inclusiva (∨); e
* Mantém-se o segundo termo.
Para o caso em questão, temos:
~d→~c ≡ ~(~d)∨~c

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13
Q

(CEBRASPE/SEFAZ AC/2024) Uma criança deseja ficar brincando no parquinho. A mãe diz ao filho:
— “Filho, não quero que se molhe. Quando começar a chover ou chegar uma criança grande, vamos
embora. Não pise na água ou vamos embora.”
Após alguns minutos, a mãe tomou a criança pela mão e eles foram embora.
Ainda considerando o texto, assinale a opção em que está apresentada uma exortação que, sob o ponto
de vista lógico, tenha o mesmo significado daquela feita pela mãe em “Não pise na água ou vamos
embora”.
a) Se não pisar na água, não vamos embora.
b) Não pise na água e não vamos embora.
c) Pise na água e vamos embora.
d) Não pise na água e vamos embora.
e) Se pisar na água, vamos embora.

A

letra e

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14
Q

(CESPE/TCDF/2023) A proposição lógica (A⇒(B⇒C))⇔((A∧B)⇒C) é uma tautologia.

A

certo

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15
Q

(CESPE/FNDE/2023) A proposição (P∨Q)∧(R∧S) é equivalente à proposição ((P∧R)∧S)∨((Q∧R)∧S)

A

certo

16
Q

Julgue o item a seguir, considerando a proposição P: Eu topo assumir o cargo, mas só se meu salário aumentar em 100%.

A proposição P é equivalente a: Eu topo assumir o cargo se, e somente se, meu salário aumentar em 100%.

A

CORRETA.

Temos a seguinte proposição P:

“Eu topo assumir o cargo, mas só se meu salário aumentar em 100%”.

A parte “mas só se” introduz uma sentença bicondicional.

Ou seja, palavras como “SOMENTE SE” e “SÓ SE” criam uma dependência entre as partes de uma proposição composta, que é o principal fundamento da bicondicional.

Ou seja, se a primeira parte for verdadeira, a segunda também deve ser para que a bicondicional seja verdadeira.

Da mesma forma, se a primeira parte for falsa, a segunda também deve ser.

Com isso, podemos reescrever a sentença acima na forma “tradicional” da bicondicional:

“Eu topo assumir o cargo se, e somente se, meu salário aumentar em 100%”.

Logo, de fato, as proposições são equivalentes!

Concurseiro, não confunda.

Seja a sentença abaixo:

“Eu topo assumir o cargo, mas meu salário aumentou em 100%”.

Perceba que não temos a presença do “SÓ SE”.

Logo, a proposição acima contém apenas o “MAS”, que, por sua vez, exerce o papel do conectivo “E”.

Com isso, poderíamos reescrever a sentença acima como:

“Eu topo assumir o cargo e meu salário aumentou em 100%”.

Fique atento!

Portanto, assertiva correta.

17
Q

“Avisei em 1984, mas vocês não me ouviram”, disse James Cameron, diretor do filme O Exterminador do Futuro, acerca dos riscos do avanço descontrolado da inteligência artificial.

Acerca da afirmação precedente, do diretor James Cameron, julgue o item subsequente.

Há apenas uma hipótese de falsidade para a afirmação de James Cameron.

A

INCORRETA.

Temos a seguinte afirmação de James Cameron:

“Avisei em 1984, mas vocês não me ouviram”.

A conjunção “mas”, dentro da lógica proposicional, exerce um papel aditivo, podendo ser substituída pelo conectivo “E”.

18
Q

P: “Desde que se esforce e seja disciplinado, João alcançará seu objetivo”.

Em relação à proposição P anteriormente apresentada, julgue o item a seguir.

A veracidade das proposições “João se esforça” e “João é disciplinado” é suficiente para assegurar a veracidade da proposição P.

A

Temos a seguinte sentença P:

“Desde que se esforce e seja disciplinado, João alcançará seu objetivo”.

Essa sentença expressa uma ideia de condicional devido a partícula “Desde que”…

Logo, ela exerce o papel do “Se”.

Outras partículas são:

Sempre, Quando, Pois …

Com isso, no antecedente da condicional acima temos uma conjunção (E): “João se esforça e é disciplinado”.

Logo, assumindo a veracidade das proposições “João se esforça” e “João é disciplinado”, a conjunção do antecedente será verdadeira.

A ordem importa, então por mais que o antecedente seja verdadeiro, não se pode dizer que a proposição é verdadeira.

19
Q

Considere a seguinte proposição categórica O.

  • O: “Nem todo carneiro é dócil”.

Considerando que x pertença ao conjunto T de todos os animais do mundo, que C(x) represente simbolicamente a propriedade “x é carneiro” e que D(x) represente simbolicamente a propriedade “x é dócil”, assinale a opção que apresenta uma representação simbólica correta da proposição O na linguagem da lógica de primeira ordem.

∀x (C(x) → ¬D(x))

∀x (C(x) → D(x))

¬∃x (C(x) ⋀ D(x))

∃x (C(x) ⋀ ¬ D(x))

∃x (C(x) ⋀ D(x))

A

∃x (C(x) ⋀ ¬ D(x))

20
Q

(CESPE/Pref. B dos Coqueiros/2020) Paulo, Pedro e João têm, cada um, uma única profissão.
Sabe-se que:
* se Paulo é pedreiro, então Pedro não é porteiro;
* se Pedro não é porteiro, então João é encanador.
Com base nessas informações, sabendo-se que João não é encanador, conclui-se que
a) Pedro é porteiro e Paulo não é pedreiro.
b) Pedro é porteiro e Paulo é pedreiro.
c) Pedro não é porteiro e Paulo é pedreiro.
d) Pedro não é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro.
e) Pedro é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro.

A

A questão apresenta um conjunto de afirmações no enunciado e pergunta por uma consequência
verdadeira resultante dessas afirmações.
Vamos seguir as quatro etapas apresentadas na teoria da aula.
Etapa 1: identificar as afirmações que se apresentam em algum dos “formatos fáceis”
Note que temos uma proposição simples verdadeira em “João não é encanador”. É essa afirmação que
devemos atacar primeiro.
Etapa 2: desconsiderar o contexto
Considere as proposições simples:
e: “Paulo é pedreiro.”
o: “Pedro é porteiro.”
j: “João é encanador.”

As afirmações podem ser descritas por:
Afirmação I: e→~o (V)
Afirmação II: ~o→j (V)
Afirmação III: ~j (V)
Etapa 3: obter os valores lógicos das proposições simples
A afirmação III é uma proposição simples verdadeira. Logo, ~j é V. Portanto, j é F.
A afirmação II é uma condicional verdadeira. Como o consequente j é F, o antecedente ~o é F, pois caso
contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F. Portanto, o é V.
A afirmação I é uma condicional verdadeira. Como o consequente ~o é F, o antecedente e é F, pois caso
contrário recairíamos na condicional falsa da forma V→F.
Etapa 4: verificar a resposta que apresenta uma proposição verdadeira
a) o∧~e − Conjunção verdadeira, pois o e ~e são ambos verdadeiros. Esse é o gabarito.
b) o∧e − Conjunção falsa, pois e é falso.
c) ~o∧e − Conjunção falsa, pois ~o e e são falsos.
d) “Pedro não é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro.” − Temos que o é verdadeiro, ou seja,
“Pedro é porteiro”. Além disso, ~e é falso. Portanto, sabemos que “Paulo não é pedreiro”.
e) “Pedro é porteiro, mas não se sabe se Paulo é ou não pedreiro.” − De fato, temos que o é verdadeiro, ou
seja, “Pedro é porteiro”. Apesar disso, note que ~e é falso. Portanto, sabemos que “Paulo não é pedreiro”.
Gabarito: Letra A.

21
Q

(CESPE/FINEP/2024)
P1: A inflação não reflete o aumento do custo de vida do cidadão e os juros básicos da economia caem.
P2: Se a inflação não reflete o aumento do custo de vida do cidadão e os juros básicos da economia
caem, a rentabilidade da renda fixa fica prejudicada.
Logo, …
C: a renda fixa é, na verdade, uma perda fixa.
Na forma como está apresentado, o argumento formado pelas premissas P1 e P2 e pela conclusão C não
é válido sob o ponto de vista da lógica sentencial. Entretanto, acrescentando-se uma premissa, o
argumento passa a ser válido. Assinale a opção que contém uma proposição que, se adotada também
como premissa, tornará o argumento válido.
a) Os índices de inflação são mal calculados.
b) A renda fixa é na verdade uma perda fixa uma vez que a rentabilidade da renda fixa fica prejudicada.
c) Os gastos médios de um cidadão crescem acima da inflação ao longo da vida.
d) A rentabilidade da renda fixa fica prejudicada quando são descontados os impostos e as taxas sobre os
rendimentos dessa modalidade de investimento.
e) Se a renda fixa é na verdade uma perda fixa, a rentabilidade da renda fixa fica prejudicada.

A

[A renda fixa é na verdade uma perda fixa] uma vez que [a rentabilidade da renda fixa fica
prejudicada]. CERTO. Esse é o gabarito.
Note que essa proposição é uma condicional da forma em que se inverte o antecedente e o consequente:
“q uma vez que p” corresponde a “Se p, então q”. Portanto, nessa alternativa, temos a condicional r→p:
r→p: “Se [a rentabilidade da renda fixa fica prejudicada], então [a renda fixa é na verdade uma perda
fixa].”
Logo, ficamos com o seguinte argumento:
P1: ~i∧j
P2: ~i∧j→r
P3: r→p
Conclusão: p
Veja que, até o momento, obtivemos que, para que as premissas P1 e P2 sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa, p deve ser falso, i deve ser falso, j deve ser verdadeiro e r deve ser verdadeiro. Note que,
nesse caso, a premissa P3 não pode ser verdadeira, pois teremos a condicional V→F.
Como não é possível que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa, teremos
nesse caso um argumento válido. O gabarito, portanto, é letra B.

22
Q

(CESPE/CBM PA/2023) Todos os bombeiros têm a inata habilidade de respirar debaixo d’água, porque
todos os bombeiros que vivem na região norte do Brasil são excelentes dançarinos, todos os bombeiros
que são dançarinos são filósofos aristotélicos, todos os bombeiros que são filósofos aristotélicos têm a
inata habilidade de respirar debaixo d’água, e todos os bombeiros vivem na região próxima ao Mercado
Ver-o-Peso em Belém do Pará.
Considerando o argumento precedente, assinale a opção correta com relação à lógica de argumentação.
a) Esse argumento é válido e possui mais de duas premissas.
b) O segmento “porque todos os bombeiros que vivem na região norte do Brasil são excelentes
dançarinos” contém uma proposição lógica composta.
c) O segmento “todos os bombeiros vivem na região próxima ao Mercado Ver-o-Peso em Belém do Pará” é
a conclusão desse argumento.
d) Como um filósofo aristotélico é formado por meio de estudos acadêmicos na área de filosofia clássica,
que não faz parte da formação de um bombeiro, esse argumento é inválido.
e) Esse argumento é inválido, pois não possui uma conclusão plausível.

A

letra a KKKKKKKKKKKK

23
Q

(CESPE/Polícia Federal/2021)
P1: Se a fiscalização foi deficiente, as falhas construtivas não foram corrigidas.
P2: Se as falhas construtivas foram corrigidas, os mutuários não tiveram prejuízos.
P3: A fiscalização foi deficiente.
C: Os mutuários tiveram prejuízos.
Considerando um argumento formado pelas proposições precedentes, em que C é a conclusão, e P1 a P3
são as premissas, julgue o item a seguir.
O argumento apresentado não é válido.

A

Etapa 1: desconsiderar o contexto
Sejam as proposições simples:
d: “A fiscalização foi deficiente.”
c: “As falhas construtivas foram corrigidas.”
m: “Mutuários tiveram prejuízos.”
O argumento sugerido pelo item é dado por:
Premissa P1: d→~c
Premissa P2: c→~m
Premissa P3: d
Conclusão C: m
Etapa 2: partir da hipótese de que a conclusão é falsa
Considerando-se que a conclusão é falsa, m é F.
Etapa 3: tentar obter ao menos um caso em que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a
conclusão falsa
Para que a premissa P3 seja verdadeira, d é V.
Para que a premissa P1 seja verdadeira, a condicional em questão não pode ser o caso V→F. Como o
antecedente d é verdadeiro, o consequente ~c não pode ser falso. Logo, ~c deve ser verdadeiro. Portanto,
c é F.
Para que a premissa P2 seja verdadeira, a condicional em questão não pode ser o caso V→F. Veja que, com
os valores obtidos até agora, a condicional é verdadeira, pois temos o caso F→V.
Veja que é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa.
Basta que m seja F, d seja V e c seja F.
Como é possível fazer com que todas as premissas sejam verdadeiras mantendo a conclusão falsa, temos
um argumento inválido. O gabarito, portanto, é CERTO.
Gabarito: CERTO.