Pancreatite Crônica Flashcards
Definição de Pancreatite Crônica:
Afecção inflamatória com destruição IRREVERSÍVEL e contínua do tecido pancreático
As funções endócrinas e exócrinas na pancreatite crônica estão:
REDUZIDAS
Principal causa de pancreatite crônica?
Consumo alcoólico exagerado por longo período de tempo (alcoólatra)
Quantidade alcoólica que leva a pancreatite crônica:
Consumo moédio de 150 a 175g/dia por 18 anos (em homens) e 11 anos (em mulheres).
Fisiopatologia da pancreatite crônica:
→ Motilidade anormal do esfincter de Oddi
→ Toxicidade direta e efeitos metabólicos
→ Obstrução por coágulo de proteínas.
Tipos de pancreatite crônica:
→ Calcificada
→ Obstrutiva
→ Inflamatória
Tipo de pancreatite crônica mais comum:
Calcificada (95% dos casos)
Principal etiopatogenia da pancreatite crônica calcificada:
Etilismo
Principal etiopatogenia da pancreatite crônica obstrutiva:
Obstrução do ducto de Wirsung
Principal etiopatogenia da pancreatite crônica inflamatória:
Causa Autoimune
Principal população acometida pela pancreatite autoimune (PAI):
Mulheres idosas
Marcador sérico usado para identificar pancreatite crônica de causas autoimunes:
IgG4
Mecanismo patogênico da pancreatite crônica:
Deposição de rolhas protêicas na luz dos ductos pancreáticos → Calcificações dessas rolhas → Estenose dos segmentos ductais, intercalando com segmentos ectásicos em “conta de rosário” → Destruição gradativa do parênquima (↓ função exócrina) e das ilhotas (↓ função endócrina), que são substituídas por fibrose
Causa da formação das rolahs proteicas na luz dos ductos pancreáticos:
Álcool, que provavelmente torna o meio viscoso, propiciando a formação dessas rolhas
Exames que conseguem desenhar o ducto de Wirsung e ver áreas dilatadas e estenosadas “em contas de rosário” na pancreatite crônica:
→ Colangiorressonância
→ Colangiografia endoscópica
→ Pancreatografia endoscópica (CPRE)
Características da pancreatite crônica:
→ Quadro lento
→ Dor gradual
→ Insuficiências endócrinas e exócrinas
Principal achado clínico da pancreatite crônica:
Dor abdominal em região epigástrica de forte intensidade
Consequências clínicas da pancreatite crônica:
→ Desnutrição
→ Diabetes
História clínica, sinais e sintomas clássicos de um paciente com pancreatite crônica:
→ História clínica: paciente é etilista pesado
→ Sintomas clássicos: dor crônica, perda de peso e alterações intestinais (esteatorréia)
→ Em casos mais avançados e graves: Diabetes Mellitus
Mecanismo da dor em pacientes com pancreatite crônica
2 hipóteses:
→ Dilatação do ducto de Wirsung
→ Processo inflamatório da cabeça do pâncreas
Diagnóstico clínico da pancreatite crônica, em ordem de aparecimento
1º → Dor abdominal em região epigástrica de forte intensidade
2º → Perda de peso (diagnóstico diferencial com causas oncológicas)
3º → Esteatorreia
4º → Diabetes Mellitus em casos mais graves e avançados
Qual o mecanismo fisiopatológico da esteatorreia em pacientes com pancreatite crônica?
↓ da função exôcrina (↓ da Lipase pancreática)
Qual o mecanismo fisiopatológico do desenvolvimento de Diabetes Mellitus em pacientes com pancreatite crônica em estágio avançado?
↓ da função endócrina (↓ da Insulina)
Complicações da pancreatite crônica:
→ Compressão do colédoco intrapancreático, levando a icterícia colestática
→ Pseudocistos
Complicações do pseudocisto:
→ Derrames cavitários (Ascite pancreática e Derrame pleural)
→ Trombose da veia esplênica
→ Abscesso retroperitonial
→ Obstrução do colédoco (Biliopatia pancreática)
→ Obstrução do duodeno (estágio mais grave da obstrução do colédoco)
Por que os derrames cavitários e a ascite pancreática são complicações extremamente graves?
Porque o extravasamento das coleções pancreáticas contém enzimas digestivas capazes de digerir os órgão e inflamar o peritônio
Etiopatogenia da trombose da veia esplênica:
A veia esplênica (que vem do baço e se junta na veia mesentérica superior para formar a veia porta) passa bem em cima do pâncreas. Dessa forma, o processo inflamatório intenso do pâncreas pode levar a trombose da veia esplênica
Consequências da trombose da veia esplênica:
O sangue ficará represado retrogradamente, levando a esplenomegalia. Os grandes vasos da grande curvatura do estômago e do fundo gástrico, que drenam na veia esplênica, também ficarão represados. Isso levará a varizes do fundo gástrico (Hipertensão portal segmentar)
Qual vaso está envolvido na hipertensão portal segmentar?
Veia esplênica (trombose), enquanto que a veia mesentérica superior está normalmente drenando para a veia porta.
Tratamento da trombose da veia esplênica:
Esplenectomia + Ligadura da veia esplênica + Ligadura dos vasos fúndicos da grande curvatura do estômago
Por que, diferentemente do tratamento da trombose da veia esplênica, NÃO há realização da esplenectomia no paciente cirrótico?
No cirrótico, cujo problema está dentro do fígado, não pode tirar o baço, já que o fluxo do vaso esplênico é importante para manter a circulação passando no interior hepático
Tratamento do abscesso retroperitonial:
Antibioticoterapia + Drenagem do Abscesso
Quadro clínico principal da obstrução do duodeno:
Vômito
Tratamento da obstrução do duodeno?
Derivação (anastomose do estômago diretamente no jejuno) OU Colocação de prótese duodenal (Stent metálico)
Etiopatogenia da compressão do colédoco intrapancreático:
Processo inflamatório intenso do pâncreas → Cabeça do pâncreas torna-se edemaciada → Compressão do colédoco que passa dentro da cabeça do pâncreas até o duodeno → Icterícia colestática com dilatação das vias biliares intra e extra-hepáticas
Características do pâncreas na pancreatite cronica resultante da compressão do colédoco intrapancreático:
→ Aumento do tamanho pancreático
→ Pâncreas torna-se nodular