Otites externas Flashcards

1
Q

O que são otites externas?

A

Processos inflamatórios que acometem a orelha externa.

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2
Q

Quais estruturas formam a orelha externa?

A

Pavilhão auricular e meato acústico externo (MAE).

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3
Q

Quais são as principais otites externas?

A
  • Otite externa difusa aguda ou “do nadador” (mais comum);
  • Otite externa localizada, circunscrita ou furunculosa;
  • Otomicose;
  • Otite externa maligna, necrozante ou necrotizante;
  • Otite externa herpética (decorrente de herpes zoster);
  • Otite externa eczematosa.
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4
Q

Qual a causa da otite externa difusa aguda?

A

Estagnação de água no MAE, que, em contato com a pele, tem efeito macerativo e forma uma porta de entrada para infecções bacterianas, especialmente por Pseudomonas aeruginosa, Proteus mirabilis e Sthapylococcus aureus.

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5
Q

Qual o quadro clínico mais comum da otite externa difusa aguda?

A

Prurido, plenitude auricular, desconforto, otalgia, otorreia escassa e hipoacusia.

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6
Q

Quais os achados do exame físico da otite externa difusa aguda?

A

Eritema do MAE, edema do MAE, secreção e descamação epitelial.

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7
Q

Como é feito o tratamento da otite externa difusa aguda?

A

Aspiração da secreção e alguns cuidados locais, como evitar manipular o ouvido e evitar a entrada de água no ouvido (com uso de algodão embebido em óleo de amêndoa, por exemplo). Além disso, medicamentos tópicos ou sistêmicos podem ser utilizados.

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8
Q

Como é feito o tratamento tópico da otite externa difusa aguda?

A

O tratamento tópico se dá com gotas otológicas e dura de 7 a 10 dias, dependendo da gravidade do caso, e associa:

  • Antibióticos: Ciprofloxacino (quinolonas) ou gentamicina (aminoglicosídeo).
  • Corticoides: Hidrocortisona.

Se necessário, podem ser utilizados analgésicos sistêmicos, como dipirona ou paracetamol.

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9
Q

Como é feito o tratamento sistêmico da otite externa difusa aguda?

A

O tratamento sistêmico associa os mesmos medicamentos, no entanto depende de condições específicas:

  • Antibióticos: Febre, dor intensa e/ou linfadenopatia.
  • Corticoides ou AINES (3 a 5 dias): Edema e/ou dor intensa.

Nesse caso, o antibiótico utilizado é o ciprofloxacino (quinolona). Se necessário, podem ser utilizados analgésicos sistêmicos, como dipirona ou paracetamol.

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10
Q

Quais as causas da otite externa localizada, circunscrita ou furunculosa?

A

Trauma local ou obstrução de algum folículo piloso no terço distal do MAE, formando uma porta de entrada para infecções por bactérias Gram positivas, especialmente Staphylococcus aureus.

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11
Q

Qual o quadro clínico mais comum da otite externa localizada, circunscrita ou furunculosa?

A

Dor intensa e hipoacusia.

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12
Q

Qual o quadro clínico de casos mais graves de otite externa localizada, circunscrita ou furunculosa?

A

Casos mais graves são caracterizados por celulite (infecção do tecido celular subcutâneo) e linfadenopatia.

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13
Q

Como é feito o tratamento da otite externa localizada, circunscrita ou furunculosa?

A
  • Analgésicos: Dipirona ou paracetamol.
  • Calor local: Compressas quentes.
  • Antibióticos tópicos (cremes ou pomadas): Clindamicina (lincosamidas).
  • Corticoides (tópicos?): Betametasona.

Antibióticos sistêmicos, como as cefalosporinas, podem ser utilizados durante 7 a 10 dias dependendo da gravidade do caso.

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14
Q

Qual intervenção cirúrgica pode ser necessária na otite externa localizada, circunscrita ou furunculosa?

A

Se houver flutuação (iminência de rompimento da lesão), é necessário realizar drenagem cirúrgica.

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15
Q

Quais as causas da otomicose?

A

Trauma local, estagnação de água no MAE, uso prolongado de gotas otológicas de antibiótico e/ou corticoide e imunossupressão, formando uma porta de entrada para infecções fúngicas, especialmente por Candida albicans e Aspergillus sp.

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16
Q

Qual o quadro clínico mais comum da otomicose?

A

Prurido intenso, otalgia, plenitude auricular e otorreia.

17
Q

Quais os achados do exame físico da otomicose?

A

Eritema do MAE, edema do MAE, descamação epitelial e placas leveduriformes ou pontilhados de coloração e formas variadas.

18
Q

Como é feito o tratamento da otomicose?

A

Limpeza cuidadosa do MAE e alguns cuidados locais, como evitar manipular o ouvido e evitar a entrada de água no ouvido (com uso de algodão embebido em óleo de amêndoa, por exemplo). Além disso, medicamentos tópicos podem ser utilizados. Se necessário, podem ser utilizados analgésicos, como dipirona ou paracetamol.

19
Q

Como é feito o tratamento tópico da otomicose?

A

Antifúngicos (ciclopirox olamina ou o isoconazol) em gotas otológicas (contraindicadas se houver perfuração da membrana timpânica), solução ou creme. Esse tratamento dura de 14 a 21 dias.

20
Q

O que é a otite externa maligna ou necrosante?

A

A otite externa maligna ou necrosante corresponde à evolução da otite externa difusa aguda para um quadro infeccioso grave associado a Pseudomonas aeruginosa, que pode levar a óbito em 20% dos casos. Ela é comum em pacientes que apresentam comorbidades como diabetes e em pacientes idosos e/ou imunossuprimidos .

21
Q

Qual a causa da otite externa maligna ou necrosante?

A

Disseminação de toxinas bacterianas para regiões adjacentes à orelha externa.

22
Q

Qual o quadro clínico mais comum da otite externa maligna ou necrosante?

A

Prurido, otalgia, dor na articulação temporomandibular, supuração piossanguinolenta e tecido de granulação em assoalho de MAE.

23
Q

Qual o quadro clínico de casos mais graves de otite externa maligna ou necrosante?

A

Paralisia facial, osteomielite, meningite, abscesso cerebral, trombose, septicemia e até óbito.

24
Q

Como é feito o acompanhamento da otite externa maligna ou necrosante?

A
  • Tomografia computadorizada de ossos temporais para investigação de erosões ósseas;
  • Ressonância nuclear magnética de ossos temporais para investigação de acometimento intracraniano;
  • Cintilografia com tecnécio-99 para detecção de osteíte ou osteomielite;
  • Cintilografia com gálio-67 para acompanhamento da resposta ao tratamento.
25
Q

Como é feito o tratamento geral da otite externa maligna ou necrosante?

A

Controle da imunossupressão, limpeza local e debridamento do tecido necrótico. Durante o procedimento, realizar biópsia da lesão para afastar neoplasia, como carcinomas.

26
Q

Como é feita a antibioticoterapia na otite externa maligna ou necrosante?

A
  • Antibioticoterapia intravenosa: Ceftazidime (cefalosporina) e ciprofloxacino (quinolona) durante 14 a 21 dias;
  • Antibioticoterapia de manutenção domiciliar: Ciprofloxacino 400 mg/dia até normalização da cintilografia com gálio-67.
27
Q

Quais exames podem ser realizados no caso de otite externa maligna ou necrosante?

A

Dosagem de proteína C reativa (PCR), leucograma e velocidade de hemossedimentação (VHS).

28
Q

Qual a causa da otite externa herpética?

A

Reativação do vírus varicela-zoster latente em gânglios neurais devido a imunossupressão, sendo mais comum após a 6ª década de vida.

29
Q

Qual o quadro clínico mais comum da otite externa herpética?

A

Formação de vesículas dolorosas, que se rompem e formam úlceras no pavilhão auricular e no MAE. Quando essas úlceras cicatrizam, ocorre a formação de crostas. Os três tipos de lesão podem existir simultaneamente e causam dor intensa.

30
Q

Qual o quadro clínico de casos mais graves de otite externa herpética?

A
  • Paralisia facial: Acometimento do VII par craniano.
  • Hipoacusia e vertigem: Acometimento do VIII par craniano (menos comum).

O acometimento de um ou de ambos os pares cranianos é denominado síndrome de Ramsey-Hunt. Em casos de paralisia facial, são necessários cuidados oculares para evitar úlcera de córnea, como uso de colírios e oclusão.

31
Q

Como é feito o tratamento da otite externa herpética?

A

Antivirais, como aciclovir ou valaciclovir, durante 7 dias. Dependendo da intensidade da dor, pode ser necessário o uso de analgésicos. O uso de vitaminas do complexo B e de corticoides é discutível para prevenção de neuralgia pós-herpética.

32
Q

O que é cerume?

A

O cerume é produto da secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas presentes no MAE, bem como da descamação epitelial do terço distal do MAE.

33
Q

Qual a função do cerume?

A

Ele exerce funções protetoras devido ao seu aspecto oleoso, seu odor característico e seu pH ácido.

34
Q

Qual o quadro clínico mais comum do cerume impactado?

A

Hipoacusia, plenitude auricular, zumbido, otalgia e vertigem.

35
Q

Como é feito o tratamento do cerume impactado?

A

Lavagem, curetagem ou aspiração.