ONCOLOGIA Flashcards

1
Q

Principal causa de morte por câncer no Brasil e no Mundo

A

Câncer de pulmão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Tumores mais comuns no Brasil (4 primeiros)

A

Próstata, Mama, Colorretal e Pulmão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Tipos histológicos do câncer de pulmão

A

Não pequenas células: (80-85%)
Adenocarcinoma (40-45%)
Epidermoide (30%)
Grandes células (10-15%)

Pequenas células - Oat-cell (15-10%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Tumor de pulmão que vem aumentando sua incidência

A

Adenocarcinoma (relacionado a não-fumantes)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Tumores de pulmão de localização geralmente central

A

Epidermoide e pequenas células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Tumores de pulmão de localização geralmente periférica

A

Adenocarcinoma e Grandes células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Tumores de pulmão que mais se apresentam com cavitação

A

Epidermoide e Grandes células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

O que é?
Câncer de pulmão
Variante menos agressiva do adenocarcinoma.
Cresce ao longo do alvéolo sem invadi-lo.
Geralmente em não-fumantes.
Prognóstico melhor que adenocarcinoma.

A

Carcinoma bronquíolo-alveolar.

Pode se manifestar como massa, infiltrado difuso multinodular ou opacidade em vidro fosco na TC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O que é?

Tosse, hemoptise, dispneia, dor torácica, sibilância, pneumonite obstrutiva e cavitação

A

Câncer de pulmão.
Tumores centrais: mais tosse, hemoptise e sibilos.
Tumores periféricos: tosse e mais dor torácica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

O que é?
Dor torácica + atrofia das mãos e dor no ombro com irradiação ulnar + ptose palpebral, miose, enoftalmia e anidrose hemifacial

A

Síndrome de Pancoast:
Destruição do gradil costal (dor torácica) +
Invasão do plexo braquial (atrofia de mãos e dor no ombro) +
Síndrome de Horner (ptose palpebral + miose + enoftalmia + anidrose - compressão da cadeia simpática cervicotorácica)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que causa Síndrome de Pancoast?

A

Tumor do sulco superior (pulmão). Geralmente epidermoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

O que é?

Edema facial de membros superiores + pletora + turgência jugular + veias sobressalentes no tórax

A

Síndrome da Veia Cava Superior

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

O que causa Síndrome da Veia Cava Superior?

A

Idosos: Tumores volumosos à direita (pulmão). Principalmente Oat-Cell
Jovens: Linfoma

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Principais síndromes paraneoplásicas associadas a Carcinoma de Pulmão do tipo Pequenas Células

A

SIAD, Cushing, Síndromes neurológicas (Eaton-Lambert, encefalopatia límbica, degeneração cerebelar subaguda)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Principal síndrome paraneoplásica associada a Adenocarcinoma de Pulmão

A

Osteoartropatia hipertrófica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Principal síndrome paraneoplásica associada a Carcinoma Epidermoide de Pulmão

A

Hipercalcemia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Formas de diagnóstico de Câncer de Pulmão

A

Escarro e Broncoscopia pros centrais.
Biópsia percutânea por agulha fina, Videotoracoscopia e Toracotomia pros periféricos.

Depende da amostra tecidual do epitélio brônquico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Subtipo de câncer de pulmão que tem aumentado sua incidência e é mais frequente em mulheres e pacientes jovens (<45 anos)

A

Adenocarcinoma

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é?
Biópsia de lesão em brônquio direito:
células com citoplasma escasso, núcleos hipercromáticos e nucléolos proeminentes, com distribuição difusa e áreas com formação de rosetas ou trabéculas

A

Carcinoma de pequenas células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Características histológicas do Carcinoma de pequenas células?

A

células com citoplasma escasso, núcleos hipercromáticos e nucléolos proeminentes, com distribuição difusa e áreas com formação de rosetas ou trabéculas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Câncer de pulmão

Qual tipo histológico se apresenta com mais frequência em estágio avançado no momento do diagnóstico?

A

Carcinoma de pequenas células

É mais agressivo devido seu alto grau histológico. Se apresenta como doença irressecável em pelo menos 70% dos casos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Neoplasia maligna do pulmão que possui células com imunopositividade para marcadores neuroendócrinos, tais como cromogranina e sinaptofisina?

A

Oat-cell. Carcinoma de pequenas células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Subtipo de carcinoma broncogênico que mais frequentemente se apresenta como massa cavitada

A

Carcinoma escamoso/epidermoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Subtipo de câncer de pulmão menos relacionado a tabagismo?

A

Carcinoma bronquíolo-alveolar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
O que é? | Miose + Ptose palpebral + Anidrose facial + Enoftalmia
Síndrome de Horner ou Claude-Bernard-Horner
26
O que é? Fraqueza muscular proximal, mais proeminente em membros inferiores, com sensação de enrijecimento + diminuição dos reflexos profundos + ptose palpebral com movimentação ocular extrínseca preservada + constipação + xerostomia
Síndrome de Easton-Lambert | Paraneoplásica associada a Oat-Cell.
27
Estadiamento do câncer de pulmão: que exames solicitar?
TC de tórax, abdome e pelve + RNM de crânio PET caso disponível (guia mediastinoscopia e ajuda a identificar metástases) NO OAT-CELL: aspirado e biópsia de medula nos pacientes com alterações no hemograma NO NÃO PEQUENAS CÉLULAS: avaliar mediastino se paciente tiver doença potencialmente ressecável
28
TNM do Carcinoma Não Pequenas Células
T1: até 3 cm T2: 3-5 cm T3: 5-7 cm ou invade parede torácica, pleura/pericárdio ou nódulo satélite NO MESMO LOBO T4: > 7cm ou nódulo satélite NO MESMO PULMÃO ou invade diafragma, mediastino, coração... N1: linfonodos peribrônquicos/perihilares ipsilaterais N2: linfonodos mediastinais ou subcarinais ipsilaterais N3: linfonodos contralaterais M1: metastática (inclui nódulo em pulmão contralateral ou derrame pleural/pericárdico neoplásico)
29
Estadiamento do Carcinoma Não Pequenas Células
Estágios I e II: até T2N1M0 ou T3N0M0 Estágio III: T3-T4 e N1-N2 Estágio IV: M1
30
Tratamento do Carcinoma Não Pequenas Células
Estágio I: Cirurgia isolada no IA (Nódulo Pulmonar Solitário) ou Cx + QT adj no IB (maior que T2) Estágio II: Cx + QT adj Estágio IIIA: T alto e N baixo: Cx + QT neo/adj ou QT + RT se não for operar N alto: QT + RT e avaliar Cx de acordo com resposta (controverso) Estágio IIIB: QT + RT (quando tem N2) Estágio IV: QT paliativa e RT se obstrução brônquica/SVCS... Avaliar capacidade funcional antes da cirurgia!! Pneumec: requer VEF1 >2L e DLCO > 60% Lobec: requer VEF1>1,5L e DLCO > 50%
31
Seguimento do Carcinoma Não Pequenas Células
Cessar tabagismo; TC tórax a cada 4-6 meses nos dois primeiros anos e depois anualmente Outros exames só se suspeita de metástase
32
Estadiamento do Carcinoma de Pequenas Células
Doença limitada: tumor confinado a um pulmão e seus linfonodos (um hemitórax) Doença extensa: tumor não confinado a um hemitórax (maioria dos casos)
33
Tratamento do Carcinoma de Pequenas Células
Doença limitada: QT + RT (cura 15-25%) + irradiação craniana profilática em caso de resposta completa ao tratamento Doença extensa: QT paliativa Casos muito seecionados: ressecção cirúrgica
34
Exame para estadiamento N do Carcinoma Não Pequenas Células
Mediastinoscopia ou Ultrassom endrobrônquico com biópsia
35
Tratamento do Carcinoma Não Pequenas Células | Exames pré-operatórios para avaliar capacidade pulmonar do paciente.
``` Espirometria (VEF1 > 2L para Pneumectomia e > 1,5L para Lobectomia) Gasometria arterial (PaCO2 em repouso > 45 contraindica cirurgia) Capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO): > 60% para Pneumectomia e > 50% para Lobectomia ```
36
Câncer pulmonar mais associado a metástases linfonodais?
Carcinoma de Pequenas Células
37
Nódulo pulmonar solitário: | Características de benignidade
Padrão de calcificação em pipoca (geralmente hamartoma, tem densidade de gordura na TC), central, concêntrico ou difuso. < 2cm Sem crescimento nos últimos 2 anos
38
Seguimento no Nódulo Pulmonar Solitário benigno
RX ou TC ou PET 3-6 meses por 2 anos (não deve haver crescimento)
39
Nódulo pulmonar solitário: | Características de malignidade
``` Tabagismo Idade > 35 anos > 2 cm Crescimento em 2 anos Calcificações de padrões salpicado ou excêntrico ``` Conduta: ressecção ou lobectomia
40
Carcinoma de Células Renais: Epidemiologia
Homens negros 50-70 anos Tabagismo Síndromes genéticas associadas: Von Hippel-Lindau (tumores retinianos, cerebelares, espinhais e cistos em vários órgãos) e Esclerose tuberosa (lesões cutâneas, alterações neurológicas, tumores SNC)
41
A forma mais comum de carcinoma renal de células claras é associada com que doença?
Doença de Von Hippel-Lindau
42
Tumor renal de acometimento mais agressivo
De ductos coletores (raro!), fora ele, é o de células claras que tem pior prognóstico
43
Subtipos do Carcinoma de Células Renais
De Células Claras: prognóstico ruim. geralmente solitário, coloração dourada (lipídico). Responde por 90% das metástases Carcinoma papilífero: prognóstico intermediário Carcinoma cromofóbico: melhor prognóstico Do ducto coletor: raro e muito agressivo
44
Quadro clínico do Carcinoma de Células Renais
Hematúria + massa palpável + dor no flanco = tríade clássica | Mas a maioria é ASSINTOMÁTICA
45
Principais síndromes paraneoplásicas associadas ao Carcinoma de Células Renais
Hipercalcemia: secreção de rP-PTH Hipertensão: renovascular ou tumor secretor de renina Anemia (mais comum) ou eritrocitose (secreção ectópica de eritropoetina) Síndrome de Stauffer: disfunção hepática não associada a metástases. melhora com ressecção do tumor Varicocele escrotal: principalmente esquerda, associada a trombo tumoral
46
Síndrome paraneoplásica mais comumente encontrada no Carcinoma de Células Renais
Anemia | Hipertensão arterial
47
Estadiamento do Carcinoma de Células Renais: quais exames?
RX de tórax, TC de abdome e pelve
48
Qual o melhor exame para avaliar a extensão do tumor renal para a veia cava?
RNM
49
TNM do Carcinoma de Células Renais
T1: < 7cm confinado ao rim T2: > 7cm confinado ao rim T3: invade outras coisas mas não ultrapassa a fáscia de Gerota T4: invade a adrenal ou ultrapassa a fáscia N1: qualquer linfonodo acometido M1: metástase
50
Tratamento do Carcinoma de Células Renais
Doença localizada: nefrectomia radical (considerar parcial se tumor pequeno ou nefropata ou rim único) Doença avançada: nefrectomia citorredutora (aumenta sobrevida) + imunoterapia (IL-2 ou IFN-alfa). Não responde a QT
51
Câncer de bexiga: Epidemiologia
Homens idosos Tabagismo Exposição a hidrocarbonetos, corantes (arilaminas)
52
Subtipo mais comum do câncer de bexiga
Carcinoma de células transicionais (carcinoma urotelial)
53
Manifestações clínicas do câncer de bexiga
Mais comum: hematúria | Pode ter sintomas irritativos
54
Conduta na hematúria em > 40 anos
CItologia urinária e cistoscopia
55
Estadiamento do câncer de bexiga: que exames pedir?
TC de tórax, abdome e pelve
56
Diagnóstico do câncer de bexiga
Citologia urinária e cistoscopia com biópsia
57
Estadiamento do câncer de bexiga:
Doença superficial: até T1N0M0 (não invade camada muscular) = ressecção tumoral endoscópica + BCG intravesical adjuvante se alto risco Doença invasiva (a partir de T2): cistectomia radical e linfadenectomia pélvica com QT neo e adjuvante Doença metastática: apenas QT
58
Indicações de BCG intravesical no câncer de bexiga
``` Lesões grandes e multifocais com >40% de envolvimento da bexiga Lesões papilares de alto grau Tumores T1 Carcinoma in situ Tumores > 3cm ```
59
Câncer de bexiga: Carcinoma in situ raramente evolui para tumor infiltrativo Verdadeiro ou Falso?
Falso. Ao contrário do carcinoma papilar de baixo grau, o in situ apresenta grande chance de infiltrar a parede vesical. É indicação de BCG intravesical
60
Câncer de bexiga: Expressão mutada do p53 confere mau prognóstico Verdadeiro ou Falso?
Verdadeiro. O p53 é um gene supressor tumoral responsável pela apoptose de células com anormalidades genéticas. Sua mutação está relacionada a um pior prognóstico
61
Câncer de bexiga: Carcinoma escamoso tem melhor prognóstico que o urotelial (de células transicionais) Verdadeiro ou Falso?
Falso. O carcinoma escamoso geralmente ocorre em pacientes 10 a 20 anos mais jovens do que aqueles com carcinoma urotelial. O prognóstico é ruim porque, geralmente, o diagnóstico é feito tardiamente e não são radiossensíveis
62
Locais mais comuns de metástase no câncer de bexiga
Metástase linfática mais comum é para linfonodos pélvicos (principalmente obturadores) Metástase hematogênica mais comum é o fígado, seguido pelo pulmão
63
Câncer de próstata: Epidemiologia
Câncer mais comum no Brasil Letalidade inferior aos outros cânceres (crescimento lento), mas é uma das principais causas de morte por neoplasia Incidência em homens idosos: óbito por outras comorbidades
64
Câncer de próstata: Fatores de Risco
``` Idade avançada História familiar: 1º grau Genética Raça negra Dieta: gordura, carne vermelha defumada ``` OBS: Vasectomia e HPB não são fatores de risco
65
Câncer de próstata: Quadro clínico
Maioria assintomática. Câncer periférico Se avançado: Sintomas obstrutivos/irritativos Metástase: principalmente óssea (lesões blásticas)
66
Características patológicas do câncer de próstata
``` Adenocarcinoma (95%) Multifocais Zona periférica Lesão pré-maligna: NIP = Neoplasia Intraepitelial Prostática Gleason: >7: alto risco ```
67
Rastreamento pro câncer de próstata, faz ou não?
Pelo MS: não rastreia. Pela Sociedade de Urologia: Rastreia
68
Rastreamento pro câncer de próstata. Em quem?
Homens > 50 anos até os 79 anos, se houver expectativa de vida maior que 10 anos. Homens negros ou história familiar positiva: a partir dos 45 anos
69
Rastreamento pro câncer de próstata. Como?
Toque retal + PSA. Se algum alterado: USG transretal com biópsia Alterado como? Toque retal endurecido, nodular ou irregular. PSA > 4 mg (ou >10 em algumas fontes) ou > 2,5 com refinamentos em > 60 anos PSA > 2,5 em < 60 anos Refinamentos do PSA? Fração livre <25% Densidade do PSA > 0,15 (PSA/peso da próstata) Velocidade de crescimento > 0,75ng/ml/ano
70
Estadiamento do Adenocarcinoma de próstata: quais exames pedir?
Cintilografia óssea e TC/RNM de pelve
71
TNM do Adenocarcinoma de próstata
Feito pelo toque retal T1: não palpável T2: palpável confinado à próstata (2a: até metade de um lobo, 2b: mais da metade de um lobo, 2c: ambos os lobos) T3: extensão extracapsular (ex: vesícula seminal) T4: estruturas adjacentes, exceto vesícula seminal N1: qualquer linfonodo acometido M1: metástases
72
Tratamento da doença localizada: Câncer de próstata
Depende do risco: Risco baixo: PSA < 10, Gleason < 6 e T < ou igual a 2a) PTR ou RT ou Vigilância ativa Risco intermediário (PSA 10-20, Gleason 7, T 2b-2c) RT + hormonioterapia (6m) ou PTR ``` Risco alto (PSA > 20, Gleason > 8) RT + hormonioterapia (4 meses neo + 3 anos adjuvante) ou PTR ```
73
Tratamento da doença metastática: Câncer de próstata
Terapia hormonal: Privação androgênica: agonista/antagonista GnRH ou orquiec bilateral Antiandrogênicos periféricos Refratários: QT, prednisona, cetoconazol, estrógenos, progestágenos
74
Sempre é preciso estadiar o câncer de próstata antes de indicar o tratamento Verdadeiro ou Falso?
Falso. Pacientes com sinais de doença de baixo risco não demandam estadiamento. Estadiamento obrigatório para: Gleason > ou igual a 8 PSA > 10 Extensão extraprostática na USG ou no toque Outros indícios clínicos de metástase (dor óssea, fígado com alterações...)
75
Câncer de próstata: Seguimento pós tratamento
PSA 6 semanas pós-procedimento, de 6/6 meses durante 2 anos. Pós PTR: PSA indetectável em 4 semanas. Pós RT: Não tem consenso. Alguns autores sugerem <1 ng/ml, valores que não aumentam ou bx negativa dois anos após o tratamento
76
Câncer de próstata: Recidiva
Recidiva bioquímica Pós PTR: valor acima de 0,2 a 0,4 repetido em 3 exames com no mínimo 15 dias de intervalo. PSA que permanece em valores mínimos e volta a subir Pós RT: Critério de Phoenix: aumento de 2 ng/ml acima do nadir.
77
Tratamento da recidiva
Se recidiva local: Terapia de Resgate Se operou, agora irradia. Se irradiou, agora opera. Se persistência do PSA por metástase: Terapia hormonal (Leuprolide e Groserelina)
78
Hiperplasia Prostática Benigna: Fatores de Risco
Idade (principal) Presença dos testículos (estímulo hormonal) História familia
79
HPB: Quadro clínico
``` Sintomas obstrutivos (70-80%): retenção urinária, esforço miccional, hesitação, jato urinário fraco e intermitente, tenesmo vesical... Sintomas irritativos (50-70%): urgência urinária, nictúria, polaciúria, dor suprapúbica... ``` Sintomas intermitentes (períodos mais sintomáticos intercalados com menos sintomáticos)
80
HPB: Diagnóstico
Excluir outras causas: ITU, prostatite, bexiga neurogênica... PSA pode estar elevado, geralmente < 4 Toque retal pode ter próstata aumentada e SEM nódulos IPSS NÃO ENTRA NO DX! Avalia severidade dos sintomas
81
HPB: Tratamento farmacológico
Sintomas obstrutivos: antiandrogênicos (finasterida) | Sintomas irritativos: alfabloqueadores (tamsulosina)
82
HPB: Indicações de tratamento cirúrgico
Pacientes muito sintomáticos ou com retenção urinária, ITU recorrente, hematúria persistente, cálculos ou divertículos vesicais, hidronefrose...
83
HPB: Tratamento cirúrgico
RTU de Próstata é o método de escolha pra próstatas até 80-100g. Demais casos: adenectomia prostática suprapúbica
84
HPB: Deve pedir exames no diagnóstico?
PSA: afastar câncer de próstata EAS com urocultura: descartar ITU USG de vias urinárias: avaliar existência de complicações da HPB Não faz bx de rotina
85
Câncer de esôfago: Epidemiologia
Sexo masculino (3:1) Células escamosas: negros Adenocarcinoma: brancos > 40 anos de idade (pico 50-60 anos)
86
Câncer de esôfago: Localização dos subtipos: Carcinoma escamoso? Adenocarcinoma?
Carcinoma escamoso: terços médio e superior | Adenocarcinoma: terço inferior
87
Câncer de esôfago: Fatores de risco Escamoso? Adenocarcinoma?
Carcinoma escamoso: álcool, tabagismo, fatores alimentares (nitrosaminas), acalásia, estenose cáustica, tilose palmoplantar, bebidas muito quentes (65º) Adenocarcinoma: DRGE, esôfago de Barret
88
Câncer de esôfago: Principais manifestações clínicas?
Disfagia e perda ponderal
89
Câncer de esôfago: Diagnóstico
Exame baritado: sinal da maçã mordida | Confirma com EDA + biópsia
90
Câncer de esôfago: Classificação endoscópica
Polipoide exofítico: 60% Escavado ou ulcerado: 25% Plano ou infiltrativo: 15%
91
Câncer de esôfago: Estadiamento | Que exames pedir?
TC de tórax e abdome USG endoscópico é o melhor para definir T e N Broncoscopia para tumores de terço médio e superior
92
Câncer de esôfago: TNM
T1: invade até submucosa T2: até muscular própria T3: até adventícia T4: estruturas adjacentes N1: 1-2 linfonodos N2: 3-6 linfonodos N3: 7 ou mais linfonodos acometidos M1: metástase
93
Câncer de esôfago: Tratamento da doença localizada
T1aN0M0 (até muscular da mucosa): mucosectomia endoscópica: TUMOR PRECOCE T1bN0M0 (atinge submucosa): esofagectomia + linfadenectomia regional T > ou igual a 2 e/ou N+: RT + QT neo + esofagectomia + linfadenectomia regional
94
Câncer de esôfago: Técnicas de esofagectomia
Transtorácica: maior morbimortalidade, risco de deiscência da anastomose com mediastinites e complicações pulmonares Trans-hiatal: sem incisão torácica, menor morbimortalidade e sem risco de mediastinite (anastomose é cervical), porém risco de hemorragia mediastinal incontrolável e incapacidade de realizar dissecção completa dos linfonodos mediastínicos
95
Tumor que envolve a junção gastroesofágica é gástrico ou esofágico?
Depende do centro. Se o centro se localiza tanto na porção esofágica quanto nos 2 cm proximais da cárdia, estadia como esôfago. Se o centro se localiza distalmente a mais de 2 cm da cárdia, estadia como estômago, mesmo que envolva a JEG. Tumores da cárdia que não envolvam a JEG estadia como estômago, mesmo que estejam a menos de 2 cm da JEG.
96
Câncer de esôfago: terapia paliativa
Dilatadores esofágicos (stents): trânsito alimentar Terapia fotodinâmica RT (fístula traqueoesofágica contraindica - fazer stent) Gastrostomia/jejunostomia
97
Qual o subtipo histológico do câncer de esôfago mais comum no Brasil?
Carcinoma epidermoide/escamoso
98
Câncer de esôfago: quando é considerada doença avançada? indicação de terapia paliativa?
T4b: invade órgãos nobres: traqueia, aorta, corpo vertebral.. ou M1 T4a: orgãos não nobres: considerar cirurgia!!
99
Câncer de estômago: Epidemiologia
Segundo tumor que mais mata no mundo Homens > 50 anos (adenoCA subtipo intestinal) Mulheres jovens: adenoCA subtipo difuso
100
Câncer de estômago: Fatores de risco
``` Baixo nível socioeconômico Grupo sanguíneo A Infecção pelo H. pylori Gastrite crônica atrófica Anemia perniciosa Dieta rica em nitrosaminas Tabagismo Cirurgia gástrica prévia História familiar ```
101
Câncer de estômago: Classificação de Borrmann
``` Tipo I: polipoide Tipo II: ulcerado com bordas elevadas Tipo III: ulcerado com infiltração da parede gástrica Tipo IV: infiltrado difuso Tipo V: nenhuma das anteriores ```
102
Câncer de estômago: Classificação de Lauren
Tipo intestinal: mais comum, homens idosos, bem diferenciado, melhor prognóstico Tipo difuso: menos comum, mulheres jovens, pouco diferenciado, células em anel de sinete, pior prognóstico
103
Câncer de estômago: Classificação de Borders
``` Grau histológico: I: bem diferenciado II: moderadamente diferenciado III: pouco diferenciado IV: anaplásico ```
104
Câncer de estômago: Manifestações clínicas
Anorexia, saciedade precoce, perda ponderal acentuada Dor abdominal Anemia ferropriva Disfagia baixa se obstruir a cárdia
105
Câncer de estômago: | Evidências de doença incurável
Massa abdominal, linfadenopatia supraclavicular ou axilar, nódulo umbilical palpável, prateleira de Blumer, acometimento ovariano (tumor de Krukenberg), nodularidade anterior extraluminal na parede do reto
106
Câncer de estômago: Principais síndromes paraneoplásicas
Acantose nigricans, síndrome de Trousseau (tromboflebite migratória), sinal de Leser-Trelat (ceratose seborreica difusa), neuropatia periférica e dermatomiosite
107
Câncer de estômago: Diagnóstico
EDA com biópsia e escovado (citologia)
108
Qual a fisiopatologia do adenocarcinoma gástrico associado a H. pylori?
Ação bacteriana promove conversão de nitratos da dieta em nitritos que tem ação carcinogênica
109
Como é definido o câncer gástrico precoce?
Tumor confinado à mucosa ou submucosa Independe do número de linfonodos acometidos
110
Câncer gástrico: Como se caracteriza o subtipo intestinal de Lauren?
Histologia bem diferenciada, com formação de estruturas glandulares que lembram o tecido normal
111
Câncer gástrico: Como se caracteriza o subtipo difuso de Lauren?
Histologia pouco diferenciada, apresentando células em anel de sinete
112
Qual é a principal via de disseminação do adenocarcinoma gástrico tipo intestinal?
Via hematogênica
113
Qual a principal via de disseminação do adenocarcinoma gástrico tipo difuso?
Via linfática
114
Indicações de EDA
> 45 anos com sintomas dispépticos | Sintomas dispépticos + sinais de alarme
115
Câncer gástrico: Estadiamento | Quais exames pedir?
TC de tórax e abdome USG endoscópico: melhor para T e N Videolaparoscopia: melhor para detecção de doença peritoneal (geralmente faz no pré-op imediato)
116
Câncer gástrico: TNM
= Esôfago! mas estômago tem adventícia T1: até submucosa T2: até muscular própria T3: atinge adventícia T4: invasão da serosa (peritônio visceral) ou estruturas adjacentes N1: 1-2 linfonodos N2: 3-6 linfonodos N3: > 7 linfonodos M1: metástase
117
Câncer gástrico: Tratamento da doença localizada
T1aN0M0 (tumor precoce, limitado à mucosa, intestinal, não ulcerado, <2cm): mucosectomia endoscópica Demais com doença não metastática: Tumor proximal: gastrec total + Y de Roux + linfadenec a DII Tumor distal: gastrec subtotal + BII + linfadenec a DII QT + RT adjuvante se T3/T4/N+ OBS: Nos EUA usa linfadenec a DI (resseca menos linfonodos). No BR e no Japão é a DII. Tumores avançados: QT neo + cirurgia + QT adj
118
Câncer gástrico: indicação de tratamento adjuvante
Tumor T3/T4 ou N+ OBS: tumores localmente avançados pode fazer QT neo + Cx + QT adj
119
Câncer gástrico: Tratamento da doença metastática
Maioria se beneficia da gastrec paliativa Se não for possível: terapia endoscópica para controlar sangramento, RT antiálgica e hemostática, jejuno para nutrição QT paliativa
120
Linfoma gástrico: quais os tipos?
Maioria: LNH de células B, principalmente difuso de grandes células MALT: associado a H. pylori
121
Linfoma gástrico: LNH células B. Qual o tratamento?
QT com esquema CHOP (Ciclofosfamida + doxorrubicina + vincristina + prednisona) + Rituximab.
122
Linfoma gástrico: MALT. Qual o tratamento?
Erradicar H. pylori já trata 75% dos casos. | Se refratário: = LNH células B: CHOP + Rituximab
123
Qual neoplasia gástrica está mais associada ao H. pylori?
Linfoma MALT
124
Qual o local mais comum de tumores estromais do trato gastrointestinal?
Estômago
125
Sarcoma gástrico: tumor estromal gastrointestinal (GIST)
Não há preferência por sexo Ocorre mais na sexta década de vida É originária das células de Cajal, localizadas na muscular própria ("marca-passo" do tubo digestivo) Marcador de superfície: CD 117 (proteína KIT) Principais manifestações: sangramento digestivo, dor abdominal e dispepsia Maioria é benigno. Características de malignidade: alta frequência mitótica, > 5cm, atipia celular, necrose tumoral, mutação c-kit Tratamento: ressecção cirúrgica com margens livres (não precisa ser subtotal/total, dá pra ser em cunha), sem necessidade de linfadenectomia. Não respondem bem à QT ou RT usual Responde à terapia oral com Mesilato de Imatinibe (Gleevec), mesma droga usada na LMC, em tumores CD117 positivos, irresecáveis ou metastáticos