ONCOLOGIA Flashcards

1
Q

Principal causa de morte por câncer no Brasil e no Mundo

A

Câncer de pulmão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Tumores mais comuns no Brasil (4 primeiros)

A

Próstata, Mama, Colorretal e Pulmão

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

Tipos histológicos do câncer de pulmão

A

Não pequenas células: (80-85%)
Adenocarcinoma (40-45%)
Epidermoide (30%)
Grandes células (10-15%)

Pequenas células - Oat-cell (15-10%)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Tumor de pulmão que vem aumentando sua incidência

A

Adenocarcinoma (relacionado a não-fumantes)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

Tumores de pulmão de localização geralmente central

A

Epidermoide e pequenas células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

Tumores de pulmão de localização geralmente periférica

A

Adenocarcinoma e Grandes células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Tumores de pulmão que mais se apresentam com cavitação

A

Epidermoide e Grandes células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

O que é?
Câncer de pulmão
Variante menos agressiva do adenocarcinoma.
Cresce ao longo do alvéolo sem invadi-lo.
Geralmente em não-fumantes.
Prognóstico melhor que adenocarcinoma.

A

Carcinoma bronquíolo-alveolar.

Pode se manifestar como massa, infiltrado difuso multinodular ou opacidade em vidro fosco na TC

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

O que é?

Tosse, hemoptise, dispneia, dor torácica, sibilância, pneumonite obstrutiva e cavitação

A

Câncer de pulmão.
Tumores centrais: mais tosse, hemoptise e sibilos.
Tumores periféricos: tosse e mais dor torácica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

O que é?
Dor torácica + atrofia das mãos e dor no ombro com irradiação ulnar + ptose palpebral, miose, enoftalmia e anidrose hemifacial

A

Síndrome de Pancoast:
Destruição do gradil costal (dor torácica) +
Invasão do plexo braquial (atrofia de mãos e dor no ombro) +
Síndrome de Horner (ptose palpebral + miose + enoftalmia + anidrose - compressão da cadeia simpática cervicotorácica)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

O que causa Síndrome de Pancoast?

A

Tumor do sulco superior (pulmão). Geralmente epidermoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

O que é?

Edema facial de membros superiores + pletora + turgência jugular + veias sobressalentes no tórax

A

Síndrome da Veia Cava Superior

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

O que causa Síndrome da Veia Cava Superior?

A

Idosos: Tumores volumosos à direita (pulmão). Principalmente Oat-Cell
Jovens: Linfoma

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Principais síndromes paraneoplásicas associadas a Carcinoma de Pulmão do tipo Pequenas Células

A

SIAD, Cushing, Síndromes neurológicas (Eaton-Lambert, encefalopatia límbica, degeneração cerebelar subaguda)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

Principal síndrome paraneoplásica associada a Adenocarcinoma de Pulmão

A

Osteoartropatia hipertrófica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Principal síndrome paraneoplásica associada a Carcinoma Epidermoide de Pulmão

A

Hipercalcemia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Formas de diagnóstico de Câncer de Pulmão

A

Escarro e Broncoscopia pros centrais.
Biópsia percutânea por agulha fina, Videotoracoscopia e Toracotomia pros periféricos.

Depende da amostra tecidual do epitélio brônquico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Subtipo de câncer de pulmão que tem aumentado sua incidência e é mais frequente em mulheres e pacientes jovens (<45 anos)

A

Adenocarcinoma

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é?
Biópsia de lesão em brônquio direito:
células com citoplasma escasso, núcleos hipercromáticos e nucléolos proeminentes, com distribuição difusa e áreas com formação de rosetas ou trabéculas

A

Carcinoma de pequenas células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Características histológicas do Carcinoma de pequenas células?

A

células com citoplasma escasso, núcleos hipercromáticos e nucléolos proeminentes, com distribuição difusa e áreas com formação de rosetas ou trabéculas

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
21
Q

Câncer de pulmão

Qual tipo histológico se apresenta com mais frequência em estágio avançado no momento do diagnóstico?

A

Carcinoma de pequenas células

É mais agressivo devido seu alto grau histológico. Se apresenta como doença irressecável em pelo menos 70% dos casos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
22
Q

Neoplasia maligna do pulmão que possui células com imunopositividade para marcadores neuroendócrinos, tais como cromogranina e sinaptofisina?

A

Oat-cell. Carcinoma de pequenas células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
23
Q

Subtipo de carcinoma broncogênico que mais frequentemente se apresenta como massa cavitada

A

Carcinoma escamoso/epidermoide

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
24
Q

Subtipo de câncer de pulmão menos relacionado a tabagismo?

A

Carcinoma bronquíolo-alveolar

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
25
Q

O que é?

Miose + Ptose palpebral + Anidrose facial + Enoftalmia

A

Síndrome de Horner ou Claude-Bernard-Horner

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
26
Q

O que é?
Fraqueza muscular proximal, mais proeminente em membros inferiores, com sensação de enrijecimento + diminuição dos reflexos profundos + ptose palpebral com movimentação ocular extrínseca preservada + constipação + xerostomia

A

Síndrome de Easton-Lambert

Paraneoplásica associada a Oat-Cell.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
27
Q

Estadiamento do câncer de pulmão: que exames solicitar?

A

TC de tórax, abdome e pelve + RNM de crânio
PET caso disponível (guia mediastinoscopia e ajuda a identificar metástases)

NO OAT-CELL: aspirado e biópsia de medula nos pacientes com alterações no hemograma
NO NÃO PEQUENAS CÉLULAS: avaliar mediastino se paciente tiver doença potencialmente ressecável

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
28
Q

TNM do Carcinoma Não Pequenas Células

A

T1: até 3 cm
T2: 3-5 cm
T3: 5-7 cm ou invade parede torácica, pleura/pericárdio ou nódulo satélite NO MESMO LOBO
T4: > 7cm ou nódulo satélite NO MESMO PULMÃO ou invade diafragma, mediastino, coração…

N1: linfonodos peribrônquicos/perihilares ipsilaterais
N2: linfonodos mediastinais ou subcarinais ipsilaterais
N3: linfonodos contralaterais

M1: metastática (inclui nódulo em pulmão contralateral ou derrame pleural/pericárdico neoplásico)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
29
Q

Estadiamento do Carcinoma Não Pequenas Células

A

Estágios I e II: até T2N1M0 ou T3N0M0
Estágio III: T3-T4 e N1-N2
Estágio IV: M1

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
30
Q

Tratamento do Carcinoma Não Pequenas Células

A

Estágio I: Cirurgia isolada no IA (Nódulo Pulmonar Solitário) ou Cx + QT adj no IB (maior que T2)

Estágio II: Cx + QT adj

Estágio IIIA:
T alto e N baixo: Cx + QT neo/adj ou QT + RT se não for operar
N alto: QT + RT e avaliar Cx de acordo com resposta (controverso)

Estágio IIIB: QT + RT (quando tem N2)

Estágio IV: QT paliativa e RT se obstrução brônquica/SVCS…

Avaliar capacidade funcional antes da cirurgia!!
Pneumec: requer VEF1 >2L e DLCO > 60%
Lobec: requer VEF1>1,5L e DLCO > 50%

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
31
Q

Seguimento do Carcinoma Não Pequenas Células

A

Cessar tabagismo;
TC tórax a cada 4-6 meses nos dois primeiros anos e depois anualmente
Outros exames só se suspeita de metástase

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
32
Q

Estadiamento do Carcinoma de Pequenas Células

A

Doença limitada: tumor confinado a um pulmão e seus linfonodos (um hemitórax)
Doença extensa: tumor não confinado a um hemitórax (maioria dos casos)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
33
Q

Tratamento do Carcinoma de Pequenas Células

A

Doença limitada: QT + RT (cura 15-25%) + irradiação craniana profilática em caso de resposta completa ao tratamento

Doença extensa: QT paliativa

Casos muito seecionados: ressecção cirúrgica

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
34
Q

Exame para estadiamento N do Carcinoma Não Pequenas Células

A

Mediastinoscopia ou Ultrassom endrobrônquico com biópsia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
35
Q

Tratamento do Carcinoma Não Pequenas Células

Exames pré-operatórios para avaliar capacidade pulmonar do paciente.

A
Espirometria (VEF1 > 2L para Pneumectomia e > 1,5L para Lobectomia)
Gasometria arterial (PaCO2 em repouso > 45 contraindica cirurgia)
Capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO): > 60% para Pneumectomia e > 50% para Lobectomia
How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
36
Q

Câncer pulmonar mais associado a metástases linfonodais?

A

Carcinoma de Pequenas Células

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
37
Q

Nódulo pulmonar solitário:

Características de benignidade

A

Padrão de calcificação em pipoca (geralmente hamartoma, tem densidade de gordura na TC), central, concêntrico ou difuso.
< 2cm
Sem crescimento nos últimos 2 anos

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
38
Q

Seguimento no Nódulo Pulmonar Solitário benigno

A

RX ou TC ou PET 3-6 meses por 2 anos (não deve haver crescimento)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
39
Q

Nódulo pulmonar solitário:

Características de malignidade

A
Tabagismo
Idade > 35 anos
> 2 cm
Crescimento em 2 anos
Calcificações de padrões salpicado ou excêntrico

Conduta: ressecção ou lobectomia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
40
Q

Carcinoma de Células Renais: Epidemiologia

A

Homens negros
50-70 anos
Tabagismo
Síndromes genéticas associadas: Von Hippel-Lindau (tumores retinianos, cerebelares, espinhais e cistos em vários órgãos) e Esclerose tuberosa (lesões cutâneas, alterações neurológicas, tumores SNC)

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
41
Q

A forma mais comum de carcinoma renal de células claras é associada com que doença?

A

Doença de Von Hippel-Lindau

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
42
Q

Tumor renal de acometimento mais agressivo

A

De ductos coletores (raro!), fora ele, é o de células claras que tem pior prognóstico

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
43
Q

Subtipos do Carcinoma de Células Renais

A

De Células Claras: prognóstico ruim. geralmente solitário, coloração dourada (lipídico). Responde por 90% das metástases

Carcinoma papilífero: prognóstico intermediário

Carcinoma cromofóbico: melhor prognóstico

Do ducto coletor: raro e muito agressivo

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
44
Q

Quadro clínico do Carcinoma de Células Renais

A

Hematúria + massa palpável + dor no flanco = tríade clássica

Mas a maioria é ASSINTOMÁTICA

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
45
Q

Principais síndromes paraneoplásicas associadas ao Carcinoma de Células Renais

A

Hipercalcemia: secreção de rP-PTH
Hipertensão: renovascular ou tumor secretor de renina
Anemia (mais comum) ou eritrocitose (secreção ectópica de eritropoetina)
Síndrome de Stauffer: disfunção hepática não associada a metástases. melhora com ressecção do tumor
Varicocele escrotal: principalmente esquerda, associada a trombo tumoral

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
46
Q

Síndrome paraneoplásica mais comumente encontrada no Carcinoma de Células Renais

A

Anemia

Hipertensão arterial

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
47
Q

Estadiamento do Carcinoma de Células Renais: quais exames?

A

RX de tórax, TC de abdome e pelve

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
48
Q

Qual o melhor exame para avaliar a extensão do tumor renal para a veia cava?

A

RNM

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
49
Q

TNM do Carcinoma de Células Renais

A

T1: < 7cm confinado ao rim
T2: > 7cm confinado ao rim
T3: invade outras coisas mas não ultrapassa a fáscia de Gerota
T4: invade a adrenal ou ultrapassa a fáscia

N1: qualquer linfonodo acometido

M1: metástase

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
50
Q

Tratamento do Carcinoma de Células Renais

A

Doença localizada: nefrectomia radical (considerar parcial se tumor pequeno ou nefropata ou rim único)
Doença avançada: nefrectomia citorredutora (aumenta sobrevida) + imunoterapia (IL-2 ou IFN-alfa). Não responde a QT

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
51
Q

Câncer de bexiga: Epidemiologia

A

Homens idosos
Tabagismo
Exposição a hidrocarbonetos, corantes (arilaminas)

52
Q

Subtipo mais comum do câncer de bexiga

A

Carcinoma de células transicionais (carcinoma urotelial)

53
Q

Manifestações clínicas do câncer de bexiga

A

Mais comum: hematúria

Pode ter sintomas irritativos

54
Q

Conduta na hematúria em > 40 anos

A

CItologia urinária e cistoscopia

55
Q

Estadiamento do câncer de bexiga: que exames pedir?

A

TC de tórax, abdome e pelve

56
Q

Diagnóstico do câncer de bexiga

A

Citologia urinária e cistoscopia com biópsia

57
Q

Estadiamento do câncer de bexiga:

A

Doença superficial: até T1N0M0 (não invade camada muscular) = ressecção tumoral endoscópica + BCG intravesical adjuvante se alto risco

Doença invasiva (a partir de T2): cistectomia radical e linfadenectomia pélvica com QT neo e adjuvante

Doença metastática: apenas QT

58
Q

Indicações de BCG intravesical no câncer de bexiga

A
Lesões grandes e multifocais com >40% de envolvimento da bexiga
Lesões papilares de alto grau
Tumores T1
Carcinoma in situ
Tumores > 3cm
59
Q

Câncer de bexiga:
Carcinoma in situ raramente evolui para tumor infiltrativo

Verdadeiro ou Falso?

A

Falso.

Ao contrário do carcinoma papilar de baixo grau, o in situ apresenta grande chance de infiltrar a parede vesical. É indicação de BCG intravesical

60
Q

Câncer de bexiga:
Expressão mutada do p53 confere mau prognóstico

Verdadeiro ou Falso?

A

Verdadeiro.

O p53 é um gene supressor tumoral responsável pela apoptose de células com anormalidades genéticas. Sua mutação está relacionada a um pior prognóstico

61
Q

Câncer de bexiga:
Carcinoma escamoso tem melhor prognóstico que o urotelial (de células transicionais)

Verdadeiro ou Falso?

A

Falso.

O carcinoma escamoso geralmente ocorre em pacientes 10 a 20 anos mais jovens do que aqueles com carcinoma urotelial. O prognóstico é ruim porque, geralmente, o diagnóstico é feito tardiamente e não são radiossensíveis

62
Q

Locais mais comuns de metástase no câncer de bexiga

A

Metástase linfática mais comum é para linfonodos pélvicos (principalmente obturadores)
Metástase hematogênica mais comum é o fígado, seguido pelo pulmão

63
Q

Câncer de próstata: Epidemiologia

A

Câncer mais comum no Brasil
Letalidade inferior aos outros cânceres (crescimento lento), mas é uma das principais causas de morte por neoplasia
Incidência em homens idosos: óbito por outras comorbidades

64
Q

Câncer de próstata: Fatores de Risco

A
Idade avançada
História familiar: 1º grau
Genética
Raça negra
Dieta: gordura, carne vermelha defumada

OBS: Vasectomia e HPB não são fatores de risco

65
Q

Câncer de próstata: Quadro clínico

A

Maioria assintomática. Câncer periférico
Se avançado: Sintomas obstrutivos/irritativos
Metástase: principalmente óssea (lesões blásticas)

66
Q

Características patológicas do câncer de próstata

A
Adenocarcinoma (95%)
Multifocais
Zona periférica
Lesão pré-maligna: NIP = Neoplasia Intraepitelial Prostática
Gleason: >7: alto risco
67
Q

Rastreamento pro câncer de próstata, faz ou não?

A

Pelo MS: não rastreia. Pela Sociedade de Urologia: Rastreia

68
Q

Rastreamento pro câncer de próstata. Em quem?

A

Homens > 50 anos até os 79 anos, se houver expectativa de vida maior que 10 anos.
Homens negros ou história familiar positiva: a partir dos 45 anos

69
Q

Rastreamento pro câncer de próstata. Como?

A

Toque retal + PSA.
Se algum alterado: USG transretal com biópsia

Alterado como?
Toque retal endurecido, nodular ou irregular.
PSA > 4 mg (ou >10 em algumas fontes) ou > 2,5 com refinamentos em > 60 anos
PSA > 2,5 em < 60 anos

Refinamentos do PSA?
Fração livre <25%
Densidade do PSA > 0,15 (PSA/peso da próstata)
Velocidade de crescimento > 0,75ng/ml/ano

70
Q

Estadiamento do Adenocarcinoma de próstata: quais exames pedir?

A

Cintilografia óssea e TC/RNM de pelve

71
Q

TNM do Adenocarcinoma de próstata

A

Feito pelo toque retal
T1: não palpável
T2: palpável confinado à próstata (2a: até metade de um lobo, 2b: mais da metade de um lobo, 2c: ambos os lobos)
T3: extensão extracapsular (ex: vesícula seminal)
T4: estruturas adjacentes, exceto vesícula seminal

N1: qualquer linfonodo acometido

M1: metástases

72
Q

Tratamento da doença localizada: Câncer de próstata

A

Depende do risco:

Risco baixo: PSA < 10, Gleason < 6 e T < ou igual a 2a)
PTR ou RT ou Vigilância ativa

Risco intermediário (PSA 10-20, Gleason 7, T 2b-2c)
RT + hormonioterapia (6m) ou PTR

Risco alto (PSA > 20, Gleason > 8)
RT + hormonioterapia (4 meses neo + 3 anos adjuvante) ou PTR
73
Q

Tratamento da doença metastática: Câncer de próstata

A

Terapia hormonal:
Privação androgênica: agonista/antagonista GnRH ou orquiec bilateral
Antiandrogênicos periféricos
Refratários: QT, prednisona, cetoconazol, estrógenos, progestágenos

74
Q

Sempre é preciso estadiar o câncer de próstata antes de indicar o tratamento

Verdadeiro ou Falso?

A

Falso.

Pacientes com sinais de doença de baixo risco não demandam estadiamento.
Estadiamento obrigatório para:
Gleason > ou igual a 8
PSA > 10
Extensão extraprostática na USG ou no toque
Outros indícios clínicos de metástase (dor óssea, fígado com alterações…)

75
Q

Câncer de próstata: Seguimento pós tratamento

A

PSA 6 semanas pós-procedimento, de 6/6 meses durante 2 anos.

Pós PTR: PSA indetectável em 4 semanas.
Pós RT: Não tem consenso. Alguns autores sugerem <1 ng/ml, valores que não aumentam ou bx negativa dois anos após o tratamento

76
Q

Câncer de próstata: Recidiva

A

Recidiva bioquímica

Pós PTR: valor acima de 0,2 a 0,4 repetido em 3 exames com no mínimo 15 dias de intervalo. PSA que permanece em valores mínimos e volta a subir

Pós RT: Critério de Phoenix: aumento de 2 ng/ml acima do nadir.

77
Q

Tratamento da recidiva

A

Se recidiva local: Terapia de Resgate
Se operou, agora irradia. Se irradiou, agora opera.

Se persistência do PSA por metástase: Terapia hormonal (Leuprolide e Groserelina)

78
Q

Hiperplasia Prostática Benigna: Fatores de Risco

A

Idade (principal)
Presença dos testículos (estímulo hormonal)
História familia

79
Q

HPB: Quadro clínico

A
Sintomas obstrutivos (70-80%): retenção urinária, esforço miccional, hesitação, jato urinário fraco e intermitente, tenesmo vesical...
Sintomas irritativos (50-70%): urgência urinária, nictúria, polaciúria, dor suprapúbica...

Sintomas intermitentes (períodos mais sintomáticos intercalados com menos sintomáticos)

80
Q

HPB: Diagnóstico

A

Excluir outras causas: ITU, prostatite, bexiga neurogênica…
PSA pode estar elevado, geralmente < 4
Toque retal pode ter próstata aumentada e SEM nódulos
IPSS NÃO ENTRA NO DX! Avalia severidade dos sintomas

81
Q

HPB: Tratamento farmacológico

A

Sintomas obstrutivos: antiandrogênicos (finasterida)

Sintomas irritativos: alfabloqueadores (tamsulosina)

82
Q

HPB: Indicações de tratamento cirúrgico

A

Pacientes muito sintomáticos ou com retenção urinária, ITU recorrente, hematúria persistente, cálculos ou divertículos vesicais, hidronefrose…

83
Q

HPB: Tratamento cirúrgico

A

RTU de Próstata é o método de escolha pra próstatas até 80-100g. Demais casos: adenectomia prostática suprapúbica

84
Q

HPB: Deve pedir exames no diagnóstico?

A

PSA: afastar câncer de próstata
EAS com urocultura: descartar ITU
USG de vias urinárias: avaliar existência de complicações da HPB

Não faz bx de rotina

85
Q

Câncer de esôfago: Epidemiologia

A

Sexo masculino (3:1)
Células escamosas: negros
Adenocarcinoma: brancos
> 40 anos de idade (pico 50-60 anos)

86
Q

Câncer de esôfago:
Localização dos subtipos:

Carcinoma escamoso?
Adenocarcinoma?

A

Carcinoma escamoso: terços médio e superior

Adenocarcinoma: terço inferior

87
Q

Câncer de esôfago: Fatores de risco

Escamoso?
Adenocarcinoma?

A

Carcinoma escamoso: álcool, tabagismo, fatores alimentares (nitrosaminas), acalásia, estenose cáustica, tilose palmoplantar, bebidas muito quentes (65º)

Adenocarcinoma: DRGE, esôfago de Barret

88
Q

Câncer de esôfago: Principais manifestações clínicas?

A

Disfagia e perda ponderal

89
Q

Câncer de esôfago: Diagnóstico

A

Exame baritado: sinal da maçã mordida

Confirma com EDA + biópsia

90
Q

Câncer de esôfago: Classificação endoscópica

A

Polipoide exofítico: 60%
Escavado ou ulcerado: 25%
Plano ou infiltrativo: 15%

91
Q

Câncer de esôfago: Estadiamento

Que exames pedir?

A

TC de tórax e abdome
USG endoscópico é o melhor para definir T e N
Broncoscopia para tumores de terço médio e superior

92
Q

Câncer de esôfago: TNM

A

T1: invade até submucosa
T2: até muscular própria
T3: até adventícia
T4: estruturas adjacentes

N1: 1-2 linfonodos
N2: 3-6 linfonodos
N3: 7 ou mais linfonodos acometidos

M1: metástase

93
Q

Câncer de esôfago: Tratamento da doença localizada

A

T1aN0M0 (até muscular da mucosa): mucosectomia endoscópica: TUMOR PRECOCE
T1bN0M0 (atinge submucosa): esofagectomia + linfadenectomia regional
T > ou igual a 2 e/ou N+: RT + QT neo + esofagectomia + linfadenectomia regional

94
Q

Câncer de esôfago: Técnicas de esofagectomia

A

Transtorácica: maior morbimortalidade, risco de deiscência da anastomose com mediastinites e complicações pulmonares

Trans-hiatal: sem incisão torácica, menor morbimortalidade e sem risco de mediastinite (anastomose é cervical), porém risco de hemorragia mediastinal incontrolável e incapacidade de realizar dissecção completa dos linfonodos mediastínicos

95
Q

Tumor que envolve a junção gastroesofágica é gástrico ou esofágico?

A

Depende do centro.
Se o centro se localiza tanto na porção esofágica quanto nos 2 cm proximais da cárdia, estadia como esôfago.
Se o centro se localiza distalmente a mais de 2 cm da cárdia, estadia como estômago, mesmo que envolva a JEG.
Tumores da cárdia que não envolvam a JEG estadia como estômago, mesmo que estejam a menos de 2 cm da JEG.

96
Q

Câncer de esôfago: terapia paliativa

A

Dilatadores esofágicos (stents): trânsito alimentar
Terapia fotodinâmica
RT (fístula traqueoesofágica contraindica - fazer stent)
Gastrostomia/jejunostomia

97
Q

Qual o subtipo histológico do câncer de esôfago mais comum no Brasil?

A

Carcinoma epidermoide/escamoso

98
Q

Câncer de esôfago: quando é considerada doença avançada? indicação de terapia paliativa?

A

T4b: invade órgãos nobres: traqueia, aorta, corpo vertebral.. ou M1

T4a: orgãos não nobres: considerar cirurgia!!

99
Q

Câncer de estômago: Epidemiologia

A

Segundo tumor que mais mata no mundo
Homens > 50 anos (adenoCA subtipo intestinal)
Mulheres jovens: adenoCA subtipo difuso

100
Q

Câncer de estômago: Fatores de risco

A
Baixo nível socioeconômico
Grupo sanguíneo A
Infecção pelo H. pylori
Gastrite crônica atrófica
Anemia perniciosa
Dieta rica em nitrosaminas
Tabagismo
Cirurgia gástrica prévia
História familiar
101
Q

Câncer de estômago: Classificação de Borrmann

A
Tipo I: polipoide
Tipo II: ulcerado com bordas elevadas
Tipo III: ulcerado com infiltração da parede gástrica
Tipo IV: infiltrado difuso
Tipo V: nenhuma das anteriores
102
Q

Câncer de estômago: Classificação de Lauren

A

Tipo intestinal: mais comum, homens idosos, bem diferenciado, melhor prognóstico
Tipo difuso: menos comum, mulheres jovens, pouco diferenciado, células em anel de sinete, pior prognóstico

103
Q

Câncer de estômago: Classificação de Borders

A
Grau histológico:
I: bem diferenciado
II: moderadamente diferenciado
III: pouco diferenciado
IV: anaplásico
104
Q

Câncer de estômago: Manifestações clínicas

A

Anorexia, saciedade precoce, perda ponderal acentuada
Dor abdominal
Anemia ferropriva
Disfagia baixa se obstruir a cárdia

105
Q

Câncer de estômago:

Evidências de doença incurável

A

Massa abdominal, linfadenopatia supraclavicular ou axilar, nódulo umbilical palpável, prateleira de Blumer, acometimento ovariano (tumor de Krukenberg), nodularidade anterior extraluminal na parede do reto

106
Q

Câncer de estômago: Principais síndromes paraneoplásicas

A

Acantose nigricans, síndrome de Trousseau (tromboflebite migratória), sinal de Leser-Trelat (ceratose seborreica difusa), neuropatia periférica e dermatomiosite

107
Q

Câncer de estômago: Diagnóstico

A

EDA com biópsia e escovado (citologia)

108
Q

Qual a fisiopatologia do adenocarcinoma gástrico associado a H. pylori?

A

Ação bacteriana promove conversão de nitratos da dieta em nitritos que tem ação carcinogênica

109
Q

Como é definido o câncer gástrico precoce?

A

Tumor confinado à mucosa ou submucosa

Independe do número de linfonodos acometidos

110
Q

Câncer gástrico: Como se caracteriza o subtipo intestinal de Lauren?

A

Histologia bem diferenciada, com formação de estruturas glandulares que lembram o tecido normal

111
Q

Câncer gástrico: Como se caracteriza o subtipo difuso de Lauren?

A

Histologia pouco diferenciada, apresentando células em anel de sinete

112
Q

Qual é a principal via de disseminação do adenocarcinoma gástrico tipo intestinal?

A

Via hematogênica

113
Q

Qual a principal via de disseminação do adenocarcinoma gástrico tipo difuso?

A

Via linfática

114
Q

Indicações de EDA

A

> 45 anos com sintomas dispépticos

Sintomas dispépticos + sinais de alarme

115
Q

Câncer gástrico: Estadiamento

Quais exames pedir?

A

TC de tórax e abdome
USG endoscópico: melhor para T e N
Videolaparoscopia: melhor para detecção de doença peritoneal (geralmente faz no pré-op imediato)

116
Q

Câncer gástrico: TNM

A

= Esôfago! mas estômago tem adventícia

T1: até submucosa
T2: até muscular própria
T3: atinge adventícia
T4: invasão da serosa (peritônio visceral) ou estruturas adjacentes

N1: 1-2 linfonodos
N2: 3-6 linfonodos
N3: > 7 linfonodos

M1: metástase

117
Q

Câncer gástrico: Tratamento da doença localizada

A

T1aN0M0 (tumor precoce, limitado à mucosa, intestinal, não ulcerado, <2cm): mucosectomia endoscópica

Demais com doença não metastática:
Tumor proximal: gastrec total + Y de Roux + linfadenec a DII
Tumor distal: gastrec subtotal + BII + linfadenec a DII
QT + RT adjuvante se T3/T4/N+

OBS: Nos EUA usa linfadenec a DI (resseca menos linfonodos). No BR e no Japão é a DII.

Tumores avançados: QT neo + cirurgia + QT adj

118
Q

Câncer gástrico: indicação de tratamento adjuvante

A

Tumor T3/T4 ou N+

OBS: tumores localmente avançados pode fazer QT neo + Cx + QT adj

119
Q

Câncer gástrico: Tratamento da doença metastática

A

Maioria se beneficia da gastrec paliativa
Se não for possível: terapia endoscópica para controlar sangramento, RT antiálgica e hemostática, jejuno para nutrição
QT paliativa

120
Q

Linfoma gástrico: quais os tipos?

A

Maioria: LNH de células B, principalmente difuso de grandes células
MALT: associado a H. pylori

121
Q

Linfoma gástrico: LNH células B. Qual o tratamento?

A

QT com esquema CHOP (Ciclofosfamida + doxorrubicina + vincristina + prednisona) + Rituximab.

122
Q

Linfoma gástrico: MALT. Qual o tratamento?

A

Erradicar H. pylori já trata 75% dos casos.

Se refratário: = LNH células B: CHOP + Rituximab

123
Q

Qual neoplasia gástrica está mais associada ao H. pylori?

A

Linfoma MALT

124
Q

Qual o local mais comum de tumores estromais do trato gastrointestinal?

A

Estômago

125
Q

Sarcoma gástrico: tumor estromal gastrointestinal (GIST)

A

Não há preferência por sexo
Ocorre mais na sexta década de vida
É originária das células de Cajal, localizadas na muscular própria (“marca-passo” do tubo digestivo)
Marcador de superfície: CD 117 (proteína KIT)
Principais manifestações: sangramento digestivo, dor abdominal e dispepsia
Maioria é benigno.
Características de malignidade: alta frequência mitótica, > 5cm, atipia celular, necrose tumoral, mutação c-kit
Tratamento: ressecção cirúrgica com margens livres (não precisa ser subtotal/total, dá pra ser em cunha), sem necessidade de linfadenectomia.
Não respondem bem à QT ou RT usual
Responde à terapia oral com Mesilato de Imatinibe (Gleevec), mesma droga usada na LMC, em tumores CD117 positivos, irresecáveis ou metastáticos