ONCOLOGIA Flashcards
Principal causa de morte por câncer no Brasil e no Mundo
Câncer de pulmão
Tumores mais comuns no Brasil (4 primeiros)
Próstata, Mama, Colorretal e Pulmão
Tipos histológicos do câncer de pulmão
Não pequenas células: (80-85%)
Adenocarcinoma (40-45%)
Epidermoide (30%)
Grandes células (10-15%)
Pequenas células - Oat-cell (15-10%)
Tumor de pulmão que vem aumentando sua incidência
Adenocarcinoma (relacionado a não-fumantes)
Tumores de pulmão de localização geralmente central
Epidermoide e pequenas células
Tumores de pulmão de localização geralmente periférica
Adenocarcinoma e Grandes células
Tumores de pulmão que mais se apresentam com cavitação
Epidermoide e Grandes células
O que é?
Câncer de pulmão
Variante menos agressiva do adenocarcinoma.
Cresce ao longo do alvéolo sem invadi-lo.
Geralmente em não-fumantes.
Prognóstico melhor que adenocarcinoma.
Carcinoma bronquíolo-alveolar.
Pode se manifestar como massa, infiltrado difuso multinodular ou opacidade em vidro fosco na TC
O que é?
Tosse, hemoptise, dispneia, dor torácica, sibilância, pneumonite obstrutiva e cavitação
Câncer de pulmão.
Tumores centrais: mais tosse, hemoptise e sibilos.
Tumores periféricos: tosse e mais dor torácica
O que é?
Dor torácica + atrofia das mãos e dor no ombro com irradiação ulnar + ptose palpebral, miose, enoftalmia e anidrose hemifacial
Síndrome de Pancoast:
Destruição do gradil costal (dor torácica) +
Invasão do plexo braquial (atrofia de mãos e dor no ombro) +
Síndrome de Horner (ptose palpebral + miose + enoftalmia + anidrose - compressão da cadeia simpática cervicotorácica)
O que causa Síndrome de Pancoast?
Tumor do sulco superior (pulmão). Geralmente epidermoide
O que é?
Edema facial de membros superiores + pletora + turgência jugular + veias sobressalentes no tórax
Síndrome da Veia Cava Superior
O que causa Síndrome da Veia Cava Superior?
Idosos: Tumores volumosos à direita (pulmão). Principalmente Oat-Cell
Jovens: Linfoma
Principais síndromes paraneoplásicas associadas a Carcinoma de Pulmão do tipo Pequenas Células
SIAD, Cushing, Síndromes neurológicas (Eaton-Lambert, encefalopatia límbica, degeneração cerebelar subaguda)
Principal síndrome paraneoplásica associada a Adenocarcinoma de Pulmão
Osteoartropatia hipertrófica
Principal síndrome paraneoplásica associada a Carcinoma Epidermoide de Pulmão
Hipercalcemia
Formas de diagnóstico de Câncer de Pulmão
Escarro e Broncoscopia pros centrais.
Biópsia percutânea por agulha fina, Videotoracoscopia e Toracotomia pros periféricos.
Depende da amostra tecidual do epitélio brônquico
Subtipo de câncer de pulmão que tem aumentado sua incidência e é mais frequente em mulheres e pacientes jovens (<45 anos)
Adenocarcinoma
O que é?
Biópsia de lesão em brônquio direito:
células com citoplasma escasso, núcleos hipercromáticos e nucléolos proeminentes, com distribuição difusa e áreas com formação de rosetas ou trabéculas
Carcinoma de pequenas células
Características histológicas do Carcinoma de pequenas células?
células com citoplasma escasso, núcleos hipercromáticos e nucléolos proeminentes, com distribuição difusa e áreas com formação de rosetas ou trabéculas
Câncer de pulmão
Qual tipo histológico se apresenta com mais frequência em estágio avançado no momento do diagnóstico?
Carcinoma de pequenas células
É mais agressivo devido seu alto grau histológico. Se apresenta como doença irressecável em pelo menos 70% dos casos
Neoplasia maligna do pulmão que possui células com imunopositividade para marcadores neuroendócrinos, tais como cromogranina e sinaptofisina?
Oat-cell. Carcinoma de pequenas células
Subtipo de carcinoma broncogênico que mais frequentemente se apresenta como massa cavitada
Carcinoma escamoso/epidermoide
Subtipo de câncer de pulmão menos relacionado a tabagismo?
Carcinoma bronquíolo-alveolar
O que é?
Miose + Ptose palpebral + Anidrose facial + Enoftalmia
Síndrome de Horner ou Claude-Bernard-Horner
O que é?
Fraqueza muscular proximal, mais proeminente em membros inferiores, com sensação de enrijecimento + diminuição dos reflexos profundos + ptose palpebral com movimentação ocular extrínseca preservada + constipação + xerostomia
Síndrome de Easton-Lambert
Paraneoplásica associada a Oat-Cell.
Estadiamento do câncer de pulmão: que exames solicitar?
TC de tórax, abdome e pelve + RNM de crânio
PET caso disponível (guia mediastinoscopia e ajuda a identificar metástases)
NO OAT-CELL: aspirado e biópsia de medula nos pacientes com alterações no hemograma
NO NÃO PEQUENAS CÉLULAS: avaliar mediastino se paciente tiver doença potencialmente ressecável
TNM do Carcinoma Não Pequenas Células
T1: até 3 cm
T2: 3-5 cm
T3: 5-7 cm ou invade parede torácica, pleura/pericárdio ou nódulo satélite NO MESMO LOBO
T4: > 7cm ou nódulo satélite NO MESMO PULMÃO ou invade diafragma, mediastino, coração…
N1: linfonodos peribrônquicos/perihilares ipsilaterais
N2: linfonodos mediastinais ou subcarinais ipsilaterais
N3: linfonodos contralaterais
M1: metastática (inclui nódulo em pulmão contralateral ou derrame pleural/pericárdico neoplásico)
Estadiamento do Carcinoma Não Pequenas Células
Estágios I e II: até T2N1M0 ou T3N0M0
Estágio III: T3-T4 e N1-N2
Estágio IV: M1
Tratamento do Carcinoma Não Pequenas Células
Estágio I: Cirurgia isolada no IA (Nódulo Pulmonar Solitário) ou Cx + QT adj no IB (maior que T2)
Estágio II: Cx + QT adj
Estágio IIIA:
T alto e N baixo: Cx + QT neo/adj ou QT + RT se não for operar
N alto: QT + RT e avaliar Cx de acordo com resposta (controverso)
Estágio IIIB: QT + RT (quando tem N2)
Estágio IV: QT paliativa e RT se obstrução brônquica/SVCS…
Avaliar capacidade funcional antes da cirurgia!!
Pneumec: requer VEF1 >2L e DLCO > 60%
Lobec: requer VEF1>1,5L e DLCO > 50%
Seguimento do Carcinoma Não Pequenas Células
Cessar tabagismo;
TC tórax a cada 4-6 meses nos dois primeiros anos e depois anualmente
Outros exames só se suspeita de metástase
Estadiamento do Carcinoma de Pequenas Células
Doença limitada: tumor confinado a um pulmão e seus linfonodos (um hemitórax)
Doença extensa: tumor não confinado a um hemitórax (maioria dos casos)
Tratamento do Carcinoma de Pequenas Células
Doença limitada: QT + RT (cura 15-25%) + irradiação craniana profilática em caso de resposta completa ao tratamento
Doença extensa: QT paliativa
Casos muito seecionados: ressecção cirúrgica
Exame para estadiamento N do Carcinoma Não Pequenas Células
Mediastinoscopia ou Ultrassom endrobrônquico com biópsia
Tratamento do Carcinoma Não Pequenas Células
Exames pré-operatórios para avaliar capacidade pulmonar do paciente.
Espirometria (VEF1 > 2L para Pneumectomia e > 1,5L para Lobectomia) Gasometria arterial (PaCO2 em repouso > 45 contraindica cirurgia) Capacidade de difusão do monóxido de carbono (DLCO): > 60% para Pneumectomia e > 50% para Lobectomia
Câncer pulmonar mais associado a metástases linfonodais?
Carcinoma de Pequenas Células
Nódulo pulmonar solitário:
Características de benignidade
Padrão de calcificação em pipoca (geralmente hamartoma, tem densidade de gordura na TC), central, concêntrico ou difuso.
< 2cm
Sem crescimento nos últimos 2 anos
Seguimento no Nódulo Pulmonar Solitário benigno
RX ou TC ou PET 3-6 meses por 2 anos (não deve haver crescimento)
Nódulo pulmonar solitário:
Características de malignidade
Tabagismo Idade > 35 anos > 2 cm Crescimento em 2 anos Calcificações de padrões salpicado ou excêntrico
Conduta: ressecção ou lobectomia
Carcinoma de Células Renais: Epidemiologia
Homens negros
50-70 anos
Tabagismo
Síndromes genéticas associadas: Von Hippel-Lindau (tumores retinianos, cerebelares, espinhais e cistos em vários órgãos) e Esclerose tuberosa (lesões cutâneas, alterações neurológicas, tumores SNC)
A forma mais comum de carcinoma renal de células claras é associada com que doença?
Doença de Von Hippel-Lindau
Tumor renal de acometimento mais agressivo
De ductos coletores (raro!), fora ele, é o de células claras que tem pior prognóstico
Subtipos do Carcinoma de Células Renais
De Células Claras: prognóstico ruim. geralmente solitário, coloração dourada (lipídico). Responde por 90% das metástases
Carcinoma papilífero: prognóstico intermediário
Carcinoma cromofóbico: melhor prognóstico
Do ducto coletor: raro e muito agressivo
Quadro clínico do Carcinoma de Células Renais
Hematúria + massa palpável + dor no flanco = tríade clássica
Mas a maioria é ASSINTOMÁTICA
Principais síndromes paraneoplásicas associadas ao Carcinoma de Células Renais
Hipercalcemia: secreção de rP-PTH
Hipertensão: renovascular ou tumor secretor de renina
Anemia (mais comum) ou eritrocitose (secreção ectópica de eritropoetina)
Síndrome de Stauffer: disfunção hepática não associada a metástases. melhora com ressecção do tumor
Varicocele escrotal: principalmente esquerda, associada a trombo tumoral
Síndrome paraneoplásica mais comumente encontrada no Carcinoma de Células Renais
Anemia
Hipertensão arterial
Estadiamento do Carcinoma de Células Renais: quais exames?
RX de tórax, TC de abdome e pelve
Qual o melhor exame para avaliar a extensão do tumor renal para a veia cava?
RNM
TNM do Carcinoma de Células Renais
T1: < 7cm confinado ao rim
T2: > 7cm confinado ao rim
T3: invade outras coisas mas não ultrapassa a fáscia de Gerota
T4: invade a adrenal ou ultrapassa a fáscia
N1: qualquer linfonodo acometido
M1: metástase
Tratamento do Carcinoma de Células Renais
Doença localizada: nefrectomia radical (considerar parcial se tumor pequeno ou nefropata ou rim único)
Doença avançada: nefrectomia citorredutora (aumenta sobrevida) + imunoterapia (IL-2 ou IFN-alfa). Não responde a QT
Câncer de bexiga: Epidemiologia
Homens idosos
Tabagismo
Exposição a hidrocarbonetos, corantes (arilaminas)
Subtipo mais comum do câncer de bexiga
Carcinoma de células transicionais (carcinoma urotelial)
Manifestações clínicas do câncer de bexiga
Mais comum: hematúria
Pode ter sintomas irritativos
Conduta na hematúria em > 40 anos
CItologia urinária e cistoscopia
Estadiamento do câncer de bexiga: que exames pedir?
TC de tórax, abdome e pelve
Diagnóstico do câncer de bexiga
Citologia urinária e cistoscopia com biópsia
Estadiamento do câncer de bexiga:
Doença superficial: até T1N0M0 (não invade camada muscular) = ressecção tumoral endoscópica + BCG intravesical adjuvante se alto risco
Doença invasiva (a partir de T2): cistectomia radical e linfadenectomia pélvica com QT neo e adjuvante
Doença metastática: apenas QT
Indicações de BCG intravesical no câncer de bexiga
Lesões grandes e multifocais com >40% de envolvimento da bexiga Lesões papilares de alto grau Tumores T1 Carcinoma in situ Tumores > 3cm
Câncer de bexiga:
Carcinoma in situ raramente evolui para tumor infiltrativo
Verdadeiro ou Falso?
Falso.
Ao contrário do carcinoma papilar de baixo grau, o in situ apresenta grande chance de infiltrar a parede vesical. É indicação de BCG intravesical
Câncer de bexiga:
Expressão mutada do p53 confere mau prognóstico
Verdadeiro ou Falso?
Verdadeiro.
O p53 é um gene supressor tumoral responsável pela apoptose de células com anormalidades genéticas. Sua mutação está relacionada a um pior prognóstico
Câncer de bexiga:
Carcinoma escamoso tem melhor prognóstico que o urotelial (de células transicionais)
Verdadeiro ou Falso?
Falso.
O carcinoma escamoso geralmente ocorre em pacientes 10 a 20 anos mais jovens do que aqueles com carcinoma urotelial. O prognóstico é ruim porque, geralmente, o diagnóstico é feito tardiamente e não são radiossensíveis
Locais mais comuns de metástase no câncer de bexiga
Metástase linfática mais comum é para linfonodos pélvicos (principalmente obturadores)
Metástase hematogênica mais comum é o fígado, seguido pelo pulmão
Câncer de próstata: Epidemiologia
Câncer mais comum no Brasil
Letalidade inferior aos outros cânceres (crescimento lento), mas é uma das principais causas de morte por neoplasia
Incidência em homens idosos: óbito por outras comorbidades
Câncer de próstata: Fatores de Risco
Idade avançada História familiar: 1º grau Genética Raça negra Dieta: gordura, carne vermelha defumada
OBS: Vasectomia e HPB não são fatores de risco
Câncer de próstata: Quadro clínico
Maioria assintomática. Câncer periférico
Se avançado: Sintomas obstrutivos/irritativos
Metástase: principalmente óssea (lesões blásticas)
Características patológicas do câncer de próstata
Adenocarcinoma (95%) Multifocais Zona periférica Lesão pré-maligna: NIP = Neoplasia Intraepitelial Prostática Gleason: >7: alto risco
Rastreamento pro câncer de próstata, faz ou não?
Pelo MS: não rastreia. Pela Sociedade de Urologia: Rastreia
Rastreamento pro câncer de próstata. Em quem?
Homens > 50 anos até os 79 anos, se houver expectativa de vida maior que 10 anos.
Homens negros ou história familiar positiva: a partir dos 45 anos
Rastreamento pro câncer de próstata. Como?
Toque retal + PSA.
Se algum alterado: USG transretal com biópsia
Alterado como?
Toque retal endurecido, nodular ou irregular.
PSA > 4 mg (ou >10 em algumas fontes) ou > 2,5 com refinamentos em > 60 anos
PSA > 2,5 em < 60 anos
Refinamentos do PSA?
Fração livre <25%
Densidade do PSA > 0,15 (PSA/peso da próstata)
Velocidade de crescimento > 0,75ng/ml/ano
Estadiamento do Adenocarcinoma de próstata: quais exames pedir?
Cintilografia óssea e TC/RNM de pelve
TNM do Adenocarcinoma de próstata
Feito pelo toque retal
T1: não palpável
T2: palpável confinado à próstata (2a: até metade de um lobo, 2b: mais da metade de um lobo, 2c: ambos os lobos)
T3: extensão extracapsular (ex: vesícula seminal)
T4: estruturas adjacentes, exceto vesícula seminal
N1: qualquer linfonodo acometido
M1: metástases
Tratamento da doença localizada: Câncer de próstata
Depende do risco:
Risco baixo: PSA < 10, Gleason < 6 e T < ou igual a 2a)
PTR ou RT ou Vigilância ativa
Risco intermediário (PSA 10-20, Gleason 7, T 2b-2c)
RT + hormonioterapia (6m) ou PTR
Risco alto (PSA > 20, Gleason > 8) RT + hormonioterapia (4 meses neo + 3 anos adjuvante) ou PTR
Tratamento da doença metastática: Câncer de próstata
Terapia hormonal:
Privação androgênica: agonista/antagonista GnRH ou orquiec bilateral
Antiandrogênicos periféricos
Refratários: QT, prednisona, cetoconazol, estrógenos, progestágenos
Sempre é preciso estadiar o câncer de próstata antes de indicar o tratamento
Verdadeiro ou Falso?
Falso.
Pacientes com sinais de doença de baixo risco não demandam estadiamento.
Estadiamento obrigatório para:
Gleason > ou igual a 8
PSA > 10
Extensão extraprostática na USG ou no toque
Outros indícios clínicos de metástase (dor óssea, fígado com alterações…)
Câncer de próstata: Seguimento pós tratamento
PSA 6 semanas pós-procedimento, de 6/6 meses durante 2 anos.
Pós PTR: PSA indetectável em 4 semanas.
Pós RT: Não tem consenso. Alguns autores sugerem <1 ng/ml, valores que não aumentam ou bx negativa dois anos após o tratamento
Câncer de próstata: Recidiva
Recidiva bioquímica
Pós PTR: valor acima de 0,2 a 0,4 repetido em 3 exames com no mínimo 15 dias de intervalo. PSA que permanece em valores mínimos e volta a subir
Pós RT: Critério de Phoenix: aumento de 2 ng/ml acima do nadir.
Tratamento da recidiva
Se recidiva local: Terapia de Resgate
Se operou, agora irradia. Se irradiou, agora opera.
Se persistência do PSA por metástase: Terapia hormonal (Leuprolide e Groserelina)
Hiperplasia Prostática Benigna: Fatores de Risco
Idade (principal)
Presença dos testículos (estímulo hormonal)
História familia
HPB: Quadro clínico
Sintomas obstrutivos (70-80%): retenção urinária, esforço miccional, hesitação, jato urinário fraco e intermitente, tenesmo vesical... Sintomas irritativos (50-70%): urgência urinária, nictúria, polaciúria, dor suprapúbica...
Sintomas intermitentes (períodos mais sintomáticos intercalados com menos sintomáticos)
HPB: Diagnóstico
Excluir outras causas: ITU, prostatite, bexiga neurogênica…
PSA pode estar elevado, geralmente < 4
Toque retal pode ter próstata aumentada e SEM nódulos
IPSS NÃO ENTRA NO DX! Avalia severidade dos sintomas
HPB: Tratamento farmacológico
Sintomas obstrutivos: antiandrogênicos (finasterida)
Sintomas irritativos: alfabloqueadores (tamsulosina)
HPB: Indicações de tratamento cirúrgico
Pacientes muito sintomáticos ou com retenção urinária, ITU recorrente, hematúria persistente, cálculos ou divertículos vesicais, hidronefrose…
HPB: Tratamento cirúrgico
RTU de Próstata é o método de escolha pra próstatas até 80-100g. Demais casos: adenectomia prostática suprapúbica
HPB: Deve pedir exames no diagnóstico?
PSA: afastar câncer de próstata
EAS com urocultura: descartar ITU
USG de vias urinárias: avaliar existência de complicações da HPB
Não faz bx de rotina
Câncer de esôfago: Epidemiologia
Sexo masculino (3:1)
Células escamosas: negros
Adenocarcinoma: brancos
> 40 anos de idade (pico 50-60 anos)
Câncer de esôfago:
Localização dos subtipos:
Carcinoma escamoso?
Adenocarcinoma?
Carcinoma escamoso: terços médio e superior
Adenocarcinoma: terço inferior
Câncer de esôfago: Fatores de risco
Escamoso?
Adenocarcinoma?
Carcinoma escamoso: álcool, tabagismo, fatores alimentares (nitrosaminas), acalásia, estenose cáustica, tilose palmoplantar, bebidas muito quentes (65º)
Adenocarcinoma: DRGE, esôfago de Barret
Câncer de esôfago: Principais manifestações clínicas?
Disfagia e perda ponderal
Câncer de esôfago: Diagnóstico
Exame baritado: sinal da maçã mordida
Confirma com EDA + biópsia
Câncer de esôfago: Classificação endoscópica
Polipoide exofítico: 60%
Escavado ou ulcerado: 25%
Plano ou infiltrativo: 15%
Câncer de esôfago: Estadiamento
Que exames pedir?
TC de tórax e abdome
USG endoscópico é o melhor para definir T e N
Broncoscopia para tumores de terço médio e superior
Câncer de esôfago: TNM
T1: invade até submucosa
T2: até muscular própria
T3: até adventícia
T4: estruturas adjacentes
N1: 1-2 linfonodos
N2: 3-6 linfonodos
N3: 7 ou mais linfonodos acometidos
M1: metástase
Câncer de esôfago: Tratamento da doença localizada
T1aN0M0 (até muscular da mucosa): mucosectomia endoscópica: TUMOR PRECOCE
T1bN0M0 (atinge submucosa): esofagectomia + linfadenectomia regional
T > ou igual a 2 e/ou N+: RT + QT neo + esofagectomia + linfadenectomia regional
Câncer de esôfago: Técnicas de esofagectomia
Transtorácica: maior morbimortalidade, risco de deiscência da anastomose com mediastinites e complicações pulmonares
Trans-hiatal: sem incisão torácica, menor morbimortalidade e sem risco de mediastinite (anastomose é cervical), porém risco de hemorragia mediastinal incontrolável e incapacidade de realizar dissecção completa dos linfonodos mediastínicos
Tumor que envolve a junção gastroesofágica é gástrico ou esofágico?
Depende do centro.
Se o centro se localiza tanto na porção esofágica quanto nos 2 cm proximais da cárdia, estadia como esôfago.
Se o centro se localiza distalmente a mais de 2 cm da cárdia, estadia como estômago, mesmo que envolva a JEG.
Tumores da cárdia que não envolvam a JEG estadia como estômago, mesmo que estejam a menos de 2 cm da JEG.
Câncer de esôfago: terapia paliativa
Dilatadores esofágicos (stents): trânsito alimentar
Terapia fotodinâmica
RT (fístula traqueoesofágica contraindica - fazer stent)
Gastrostomia/jejunostomia
Qual o subtipo histológico do câncer de esôfago mais comum no Brasil?
Carcinoma epidermoide/escamoso
Câncer de esôfago: quando é considerada doença avançada? indicação de terapia paliativa?
T4b: invade órgãos nobres: traqueia, aorta, corpo vertebral.. ou M1
T4a: orgãos não nobres: considerar cirurgia!!
Câncer de estômago: Epidemiologia
Segundo tumor que mais mata no mundo
Homens > 50 anos (adenoCA subtipo intestinal)
Mulheres jovens: adenoCA subtipo difuso
Câncer de estômago: Fatores de risco
Baixo nível socioeconômico Grupo sanguíneo A Infecção pelo H. pylori Gastrite crônica atrófica Anemia perniciosa Dieta rica em nitrosaminas Tabagismo Cirurgia gástrica prévia História familiar
Câncer de estômago: Classificação de Borrmann
Tipo I: polipoide Tipo II: ulcerado com bordas elevadas Tipo III: ulcerado com infiltração da parede gástrica Tipo IV: infiltrado difuso Tipo V: nenhuma das anteriores
Câncer de estômago: Classificação de Lauren
Tipo intestinal: mais comum, homens idosos, bem diferenciado, melhor prognóstico
Tipo difuso: menos comum, mulheres jovens, pouco diferenciado, células em anel de sinete, pior prognóstico
Câncer de estômago: Classificação de Borders
Grau histológico: I: bem diferenciado II: moderadamente diferenciado III: pouco diferenciado IV: anaplásico
Câncer de estômago: Manifestações clínicas
Anorexia, saciedade precoce, perda ponderal acentuada
Dor abdominal
Anemia ferropriva
Disfagia baixa se obstruir a cárdia
Câncer de estômago:
Evidências de doença incurável
Massa abdominal, linfadenopatia supraclavicular ou axilar, nódulo umbilical palpável, prateleira de Blumer, acometimento ovariano (tumor de Krukenberg), nodularidade anterior extraluminal na parede do reto
Câncer de estômago: Principais síndromes paraneoplásicas
Acantose nigricans, síndrome de Trousseau (tromboflebite migratória), sinal de Leser-Trelat (ceratose seborreica difusa), neuropatia periférica e dermatomiosite
Câncer de estômago: Diagnóstico
EDA com biópsia e escovado (citologia)
Qual a fisiopatologia do adenocarcinoma gástrico associado a H. pylori?
Ação bacteriana promove conversão de nitratos da dieta em nitritos que tem ação carcinogênica
Como é definido o câncer gástrico precoce?
Tumor confinado à mucosa ou submucosa
Independe do número de linfonodos acometidos
Câncer gástrico: Como se caracteriza o subtipo intestinal de Lauren?
Histologia bem diferenciada, com formação de estruturas glandulares que lembram o tecido normal
Câncer gástrico: Como se caracteriza o subtipo difuso de Lauren?
Histologia pouco diferenciada, apresentando células em anel de sinete
Qual é a principal via de disseminação do adenocarcinoma gástrico tipo intestinal?
Via hematogênica
Qual a principal via de disseminação do adenocarcinoma gástrico tipo difuso?
Via linfática
Indicações de EDA
> 45 anos com sintomas dispépticos
Sintomas dispépticos + sinais de alarme
Câncer gástrico: Estadiamento
Quais exames pedir?
TC de tórax e abdome
USG endoscópico: melhor para T e N
Videolaparoscopia: melhor para detecção de doença peritoneal (geralmente faz no pré-op imediato)
Câncer gástrico: TNM
= Esôfago! mas estômago tem adventícia
T1: até submucosa
T2: até muscular própria
T3: atinge adventícia
T4: invasão da serosa (peritônio visceral) ou estruturas adjacentes
N1: 1-2 linfonodos
N2: 3-6 linfonodos
N3: > 7 linfonodos
M1: metástase
Câncer gástrico: Tratamento da doença localizada
T1aN0M0 (tumor precoce, limitado à mucosa, intestinal, não ulcerado, <2cm): mucosectomia endoscópica
Demais com doença não metastática:
Tumor proximal: gastrec total + Y de Roux + linfadenec a DII
Tumor distal: gastrec subtotal + BII + linfadenec a DII
QT + RT adjuvante se T3/T4/N+
OBS: Nos EUA usa linfadenec a DI (resseca menos linfonodos). No BR e no Japão é a DII.
Tumores avançados: QT neo + cirurgia + QT adj
Câncer gástrico: indicação de tratamento adjuvante
Tumor T3/T4 ou N+
OBS: tumores localmente avançados pode fazer QT neo + Cx + QT adj
Câncer gástrico: Tratamento da doença metastática
Maioria se beneficia da gastrec paliativa
Se não for possível: terapia endoscópica para controlar sangramento, RT antiálgica e hemostática, jejuno para nutrição
QT paliativa
Linfoma gástrico: quais os tipos?
Maioria: LNH de células B, principalmente difuso de grandes células
MALT: associado a H. pylori
Linfoma gástrico: LNH células B. Qual o tratamento?
QT com esquema CHOP (Ciclofosfamida + doxorrubicina + vincristina + prednisona) + Rituximab.
Linfoma gástrico: MALT. Qual o tratamento?
Erradicar H. pylori já trata 75% dos casos.
Se refratário: = LNH células B: CHOP + Rituximab
Qual neoplasia gástrica está mais associada ao H. pylori?
Linfoma MALT
Qual o local mais comum de tumores estromais do trato gastrointestinal?
Estômago
Sarcoma gástrico: tumor estromal gastrointestinal (GIST)
Não há preferência por sexo
Ocorre mais na sexta década de vida
É originária das células de Cajal, localizadas na muscular própria (“marca-passo” do tubo digestivo)
Marcador de superfície: CD 117 (proteína KIT)
Principais manifestações: sangramento digestivo, dor abdominal e dispepsia
Maioria é benigno.
Características de malignidade: alta frequência mitótica, > 5cm, atipia celular, necrose tumoral, mutação c-kit
Tratamento: ressecção cirúrgica com margens livres (não precisa ser subtotal/total, dá pra ser em cunha), sem necessidade de linfadenectomia.
Não respondem bem à QT ou RT usual
Responde à terapia oral com Mesilato de Imatinibe (Gleevec), mesma droga usada na LMC, em tumores CD117 positivos, irresecáveis ou metastáticos