Obstetrícia Flashcards
Etapas da Manobra de Leopold
1- Delimitação do fundo uterino
2- Situação e posição fetal
3- Mobilidade da apresentação - apresentação fetal
4- Grau de insinuação da apresentação
Formas de calcular a Idade Gestacional
Através da DUM
Através do USG transvaginal do primeiro trimestre
Medida do Fundo uterino
Melhor forma de determinar IG entre 8 e 12 semanas
USG transvaginal do primeiro trimestre. Acima de 12 semana, a medida do comprimento ósseo torna-se menos fiel.
Melhor forma de determinar IG acima de 12 semanas
Através da DUM
Melhor forma de determinar a IG acima de 20 semanas
Pode-se realizar a medida do fundo uterina. Trata-se de uma medida confiável até a 32 semana de gestação, quando a altura uterina deixa de corresponder a IG.
Divisão das consultas do Pré-natal pelo MS
1 consulta no primeiro trimestre
2 consultas no segundo trimestre
3 consultas no terceiro trimestre
Divisão das consultas do Pré-natal - modelo ideal
Primeira consulta e retorno em 15 dias
Até a 28 semana (1x por mês)
28 a 36 semanas = 1 x a cada 2 ou 3 semanas
36 a 40 semanas = 1 x por semana
Exames solicitados na primeira consulta do Pré-natal
Sangue: Hemograma completo, glicemia em jejum, TSH, tipagem sanguínea, fator Rh.
Sorologias:, toxoplasmose, hepatites B, Sífilis, HIV
Urina: Urina tipo 1 e urocultura
Fezes: Parasitológico de fezes
Imagem: colpocitopatologia
Exames solicitados mensalmente no pré-natal
Combs indireto, sorologia para toxoplasmose caso a gestante apresente IgM e IgG + no primeiro exame
Exames solicitados entre 24 e 28 semanas no pré-natal
TOTG e Glicemia em jejum
Exames solicitados na 30a semanas no pré-natal
Glicemia em jejum, VDLR, HIV, HbsAg
Exames solicitados entre 35 e 37 semanas no pré-natal
Pesquisar infecção por GBS
USG é necessário durante o pré-natal?
Não
Caso seja feito USG durante da gravidez, quais tipos e quando devem ser feitas?
USG obstétrica transvaginal: até 10 semanas.
USG morfológica do 1º trimestre: de 11 semanas e 3 dias a 13 semanas e 6 dias.
USG morfológica do 2º trimestre: de 20 a 24 semanas.
USG obstétrica: após 34 semanas.
Imunizações contra-indicadas na gestação
Sarampo, Caxumba, Rubéola, Varicela e Poliomielite
Imunizações no pré-natal
dT x 2 + dTpa = Difteria, Tétano e Coqueluche Influenza Hepatites A e B Pneumococo Meningococo Raiva
Fases da assistência clínica ao parto
- Período pré-monitório
1. Dilatação ou fase ativa
2. Expulsão
3. Delivramento
4. Pós parto
Qual o marco que define o início do trabalho de parto (início da fase ativa)
O trabalho de parto inicia-se com a fase latente: dilatação do colo entre 2 e 3 cm e contrações mais intensas (1,2 cm/h)
Marco que define o fim da fase ativa do trabalho de parto
Apagamento e dilatação do colo em 10 cm
Quando começa e termina a fase de expulsão? Como se faz o diagnóstico da fase de expulsão?
Com a dilatação do colo em 10 cm e a saída total do feto.
Contrações uterinas atingem o máximo de 5 em 10 minutos durando de 40 a 60 segundos
Testes laboratoriais feitos na admissão
HIV, Sífilis, ABO e Rh
Como se define o período de delivramento?
Descolamento e expulsão da placenta e das membranas ovulares.
Formas de implantação da placenta no momento do delivramento. Como se caracteriza o sangramento em cada uma delas?
- Baudelocque-Schultze: a implantação placentária encontra-se no fundo uterino
- Baudelocque-Duncan: a implantação placentária ocorre nas paredes laterais uterinas
Na primeira, o sangue acontece após a saída da placenta e é em menor quantidade, quando comparada a segunda forma de implantação, na qual o sangue precede a saída da placenta
Como definir o período de pós-parto?
Tem início no final do delivramento e estende-se até uma hora após o parto. Este período demanda observação cautelosa pelo risco de hemorragias.
Assistência clínica ao parto na fase de dilatação
Tricotomia (relativo) Alimentos de fácil absorção Hidratação (venosa ou oral) Esvaziamento vesical Toque vagina (1 a cada 2/3 horas) Amniotomia é CI Ocitocina, Analgesia peridural Bem-estar fetal (ausculta a cardíaca a cada 30 minutos)
Assistência clínica ao parto na fase de expulsão
Bem-estar fetal (ausculta cardíaca a cada 5 minutos, cardiotocografia e oximetria de pulso, pH do sangue capilar fetal)
Bem-estar materno
Posicionamento da mãe - da forma mais confortável e mais verticalidade possível
Medidas de proteção do períneo (manobra de Ritgen)
Manobra de pressão suprapúbica - liberar os ombros em caso de distócia
Kristeler está CI
Ocitocina profilática pode ser feita antes da liberação dos ombros
Assistência clínica ao parto na fase de delivramento
Sinal de Ahlfeld: Pinçamento do cordão umbilical próximo à vulva, e com o deslocamento da placenta o local de pinçamento se distancia;
Sinal da placenta: sensação de peso sobre o reto referida pela paciente.
Em se caso de retenção placentária, recomendada a extração manual
Ocitocina profilática caso não tenha sido fornecida na fase de expulsão.
Clampeamento do cordão umbilical após a interrupção da pulsação. Caso a mãe tenha HIV, Sífilis.
Fases principais e acessórias de um parto em posição cefálica
Insinuação – Flexão
Descida – Rotação Interna
Desprendimento – Deflexão
Restituição – Rotação externa
O que determina o plano 0 de LEE
O estreito médio - borda inferior da sínfise púbica até as espinha ciáticas
Com relação a posição fetal, o toque vaginal procura identificar que região do polo cefálico feta?
Procura identificar a fontanela labdoide na apresentação cefálica fletida. Se esta não for palpada, estamos diante de uma apresentação cefálica defletida
Principais causas de sangramento vaginal na primeira metade de gestação
Aborto
Doença Trofoblástica Gestacional
Prenhez ectópica
Causas de aborto
Anormalidades cromossômicas Desordens anatômicas Doenças endócrinas Distúrbios imunológicos Infecções
Mnemônico: EI, CAI!!
Como se classifica o abortamento?
- Ameaça de abortamento
- Abortamento inevitável
- Abortamento Incompleto
- Abortamento completo
- Abortamento infectado
- Abortamento retido
Como se manifesta a ameaça de abortamento (Dor, sangramento, Beta HCG, USG, Orifício interno do útero)
Dor discreta ou ausente, Sangramento discreto, Beta HCG positivo USG mostra embrião, BCF presentes e hematoma retrocoriônico Orifício interno fechado
Como se manifesta o abortamento inevitável (Dor, sangramento, Beta HCG, USG, Orifício interno do útero)
Dor em cólicas, Sangramento com coágulos, Beta HCG positivo USG mostra descolamento de embrião e BCF presentes ou ausentes Orifício interno aberto
Como se manifesta o abortamento incompleto (Dor, sangramento, Beta HCG, USG, Orifício interno do útero)
Dor em cólicas, Sangramento variável, Beta HCG negativo ou decrescente USG mostra restos ovulares Orifício interno fechado
Como se manifesta o abortamento completo (Dor, sangramento, Beta HCG, USG, Orifício interno do útero)
Dor ausente, Sangramento discreto ou ausente, Beta HCG negativo ou decrescente USG mostra útero vazio Orifício interno fechado
Como se manifesta o abortamento retido (Dor, sangramento, Beta HCG, USG, Orifício interno do útero)
Dor ausente, Sangramento discreto ou ausente, Beta HCG negativo ou decrescente USG mostra embrião sem BCF Orifício interno fechado
Como se manifesta o abortamento infectado (Dor, sangramento, Beta HCG, USG, Orifício interno do útero)
Dor com sinais de peritonite, Sangramento variável de odor fétido, Beta HCG negativo ou decrescente USG mostra apresentação variável Orifício interno geralmente aberto FEBRE!!
Manejo da ameaça de abortamento
Repouso, antiespasmódico, progesterona exógena (controverso).
Manejo do aborto inevitável
Internação, hidratação, esvaziamento uterino nos casos em que não se resolvem espontaneamente. Imunoglobulina anti Rh em paciente Rh -
Manejo do aborto infectado
profilaxia anti-tetânica, ocitocina e antibióticoterapia (ampicilina ou penicilina cristalina)
Métodos de esvaziamento uterino
AMIU = até 12 semanas Curetagem = grande quantidade ou >12 semanas. Ocitocina ou misoprostol administrado antes do procedimento Microcesariana = em caso de hemorragia
Características da incompetência istmo-cervical (quando ocorre e tto)
Causa importante de aborto tardio = 16 semanas
O tto é a cerclagem do colo uterino feita entre 12 e 16 semanas
Definição de aborto
interrupção da gestação entre 20 e 22 semanas e feto < 500 gramas
Situações de aborto legalizado no Brasil
Estupro
Anencefalia
Risco para a gestante
Principais causas de abortamento tardio
Incompetência Istmo-cervical
HAS
DM
Correlação do Beta HCG e USG. Valor necessário de beta para ser possível observar o feto
2000 de beta permite a visualização por USG.
Fatores de risco para prenhez ectópica
Cirurgia prévia em trompa Uso de DIU Gestação ectópica prévia Salpingites Endometriose Kartagener
Local mais comum de implatação do blastocisto na prenhez ectópica
Prenhez tubária, na região da ampola
Região tubária onde o risco de rotura é maio quando se tem prenhez ectópica tubária
Mais comum no istmo
Como é o sangramento na gravidez ectópica? e por que ocorre?
Semelhante a uma menstruação. O sangramento é resultado de baixos níveis de HCG, o que não é suficiente para garantir a produção de progesterona pelo corpo lúteo. Isso provoca a descamação do endométrio.
Sinais clínicos presentes em caso de gravidez ectópica com rotura de tubas uterinas
Sinal de Blumberg - irritação peritoneal
Sinal de Proust - dor a mobilização do colo uterino e abaulamento do fundo de saco de Douglas
Sinal de Laffon - dor no ombro decorrente de irritação do frênico
Sinal de Cullen - equimose periumbilical
Quando suspeitar de gravidez ectópica (Laboratorial + Imagem)
USG não mostra feto na cavidade uterina e Beta-hCG já atingiu o valor de 2000
Exames diagnósticos de prenhez ectópica
Beta-hCG
USG Tranvaginal
Dopplerfluxometria de artéria tubária = menor resistência e maior fluxo
Progesterona
Indicação de Salpingectomia para prenhez ectópica
Gravidez ectópica recorrente na mesma trompa
Quando a trompa contralateral é normal
Instabilidade hemodinâmica
Indicação de salpingostomia para prenhez ectópica
Quando a trompa contralateral não é normal
Pacientes que ainda querem gestar
Ectopia tubária de pequenas dimensões
Indicação de Metotrexato para prenhez ectópica
Saco gestacional menor que 3,5 cm Feto sem atividade cardíaca Beta-hCG menor que 5000 Sem leucopenia Sem imunossupressão Enzimas hepáticas e renais normais
Indicação de conduta expectante para prenhez ectópica
Quadro clínica estável
Beta-hCG declinante ou entre 1000 e 1500, sendo mais eficaz quando beta é menor que 1000
Como é o perfil do Beta-hCG no abortamento e na prenhez ectópica?
No abortamento, o beta-hCG tende a zerar
Na prenhez ectópica, o beta-hCG tende a aumentar
Como o Beta-hCG deve se comportar após administração de MTX para gravidez ectópica?
Redução de ao menos 15% entre o 4 e 6 dia
Como se usa o MTX na gravidez ectópica?
Se não ocorrer redução do Beta , repete-se o procedimento esperando a mesma redução entre 4 e 6 dia. Pode-se fazer o ciclo com MTX no máximo 3 vezes.
Deve-se administrar MTX nos dias 1,3,5,7. Ácido folínico nos dias 2,4,6,8.
O Beta deve zerar em 4 semanas!
Definição de doença ótrofoblástica gestacional. Tipos de células do trofoblasto e o que elas formam
Grupo de lesões caracterizadas por proliferação anormal do trofoblasto.
- Citotrofoblasto – constituinte do vilo corial. As vilosidades primárias são constituídas pelo citotrofoblasto.
- Sinciciotrofoblasto – constituinte do vilo corial. Realiza a invasão do endométrio, para a implantação do blastocisto.
- Trofoblasto intermediário – de localização extravilositária.
Mecanismo pelo qual ocorre o sangramento na doença ótrofoblástica gestacional e o mecanismo de útero em sanfona
Ocorre a implantação do blastocisto. A área em contato com a parede uterina recebe maior vascularização e é melhor nutrida que o segmento do trofoblasto mais interno. Dessa forma, ocorre necrose do segmento mais interno e sangramento.
Tipos de DTG benigna
Mola hidatiforme completa e incompleta
Tipos de DTG maligna
Mola Invasora
Coriocarcinoma
Tumor placentário do sítio placentário
Fatores de risco da DTG
Idade > 40 anos Intervalo internato curto SOP Abortamento Inseminação artificial Tabagismo Exposição a radiação
Características da mola completa
Eliminação de grandes vesículas Ausência de feto ou âmnio Degeneração hidrópica de todas as vilosidades Sempre diploide Todos os cromossomos de origem paterna
Características de mola parcial
Triploidia é o cariótipo mais frequente
Não apresenta aparência típica de cachos de uva
Tecido fetal está sempre presente
Risco de malignidade
Manifestações clínicas da Mola hidatiforme
Sangramento, Colo uterino, algia, beta-hCG, Ovário…
Sangramento vaginal do tipo intermitente, com aumento de volume de forma gradual
Geralmente indolor
Útero maior que o esperado para a Idade Gestacional e colo amolecido
Altos valores de beta-hCG além de 12 semanas de gestação
Hiperêmese gravídica além do primeiro trimestre
Hiperestimulação da tireoide
Emissão de vesículas
Desenvolvimento de Cistos ovariano tecaluteínicos - ocorre pela hiperestimulação dos ovários pelo hCG
CIVD
Diagnóstico de Mola hidatiforme
Clínica + USG + Laboratorial
Como a Mola completa se apresenta na USG e no laboratorial do beta-hCG?
Mola completa - padrão em floco de neve, massa central heterogênea, espaços anecoico discretos
Mola completa - níveis superiores a 200.000 mUI/ml