Ginecologia Flashcards
Definição de prolapso do órgão pélvico
Deslocamento caudal, parcial ou total, de qualquer segmento ou órgão pélvico da sua localização habitual, abrangendo a procidência das paredes vaginais anterior, posterior e ápice e/ou do útero
Por que o POP é mais comum após os 60 anos?
A deficiência estrogênica favorece o enfraquecimento da musculatura pélvica
Elementos que compõem o aparelho de suspensão dos órgãos pélvicos
Peritônio
Fáscia Visceral
Elementos que compõem o aparelho de sustentação dos órgãos pélvicos
Diafragma pélvico
Diafragma urogenital
Fáscia endopélvica
Classificação de Baden Walker e o que a lesão de cada sítio causa (POP0
Parede Anterior: Uretrocele e Cistocele
Parede Posterior: retocele e laceração de períneo
Ápice da vagina: Enterocele e Prolapso de útero ou cúpula vaginal
Fatores de risco para POP
Parto vaginal Macrossomia fetal Trabalho de parto prolongado Episiotomia Laceração de esfíncter anal Idade Genética Mulheres branca Aumento da pressão intra-abdominal (Tosse crônica, constipação)
Sintomas urinários da POP
Incontinência Disúria Infecção urinária de repetição Polaciúria Nictúria Esvaziamento incompleto Retenção urinária
Sintomas Intestinais da POP
Constipação Disquesia Incontinência de flatos Tenesmo Urgência para defecar Prolapso retal
Sintomas sexuais da POP
Dificuldade de penetração
Dispareunia
Falta de sensibilidade genital
Flatulência genital
Como se faz a classificação geral do POP?
1º grau (leve): prolapso até a metade da vagina;
2º grau (moderado): prolapso até o introito vaginal;
3º grau (grave): prolapso que ultrapassa o introito vaginal;
4º grau (grave): prolapso completo.
Como se faz a classificação do prolapso uterino?
1º grau (leve): Colo uterino até o introito
2º grau (moderado): Colo ou parte do corpo uterino atravessam o introito
3º grau (grave): Útero ultrapassa o introito, exteriorizando-se
Como se faz a classificação da rotura perineal?
1º grau: comprometimento de pele e mucosa;
2º grau: comprometimento de pele, mucosa e afastamento dos músculos do assoalho pélvico;
3º grau: além dos comprometimentos anteriores, há a lesão do esfíncter anal;
4º grau: além dos anteriores, há lesão de reto.
Diagnóstico da POP
Anamnese, exame físico
Estudo urodinâmico – indicado para cistocele grau 3 ou 4 (graves) em que a incontinência pode estar mascarada pela obstrução mecânica do colo vesical
Tratamento conservador da POP
Fisioterapia
Pessários
Tratamento Cirúrgico da POP
É o mais indicado nos casos sintomáticos e/ou nos casos de prolapsos graus 3 ou 4.
Uso de Estriol até o momento cirúrgico
Cistocele: colpoplastia anterior
Rotura perineal: colpoperineoplastia
Prolapso uterino: Histerectomia vaginal (grau 2, 3), Colpocleise ou Le Fort (Grau 1)
Prolapso de Cúpula vaginal: Colpossacrofixação
Principais manifestações clínicas das ISTs
Corrimento vaginal Corrimento ureteral Úlceras genitais Verrugas genitais DIP
ISTs que se manifestam com úlceras genitais
Cancro mole Herpes Sífilis primária Linfogranuloma venéreo Donovanose
Características do Cancro mole (Número de lesões, dor, borda, fundo)
Múltiplas
Dolorosa
Bordas irregulares
Fundo profundo, mole e purulento
Características da Herpes genital (Número de lesões, dor, borda, fundo)
Múltiplas vesículas que formam úlceras
Dolorosa
Borda regular
Fundo exulcerado
Características da Sífilis primária (Número de lesões, dor, borda, fundo)
Úlcera única
Indolor
Borda lisa
Fundo limpo e dura
Características do linfogranuloma venéreo (Número de lesões, dor, borda, fundo)
Úlcera única
Indolor
Borda regular
Fundo superficial e limpo
Características da donovanose (Número de lesões, dor, borda, fundo)
Úlcera única
Indolor
Borda irregular
Fundo limpo e friável
Agente etiológico da sífilis e diagnóstico
Treponema pallidum
Microscopia de campo escuro; Sorologias não treponêmicas (VDLR – a partir de duas semanas após o aparecimento da lesão); Sorologias treponêmicas (FTA-abs)
Tratamento da Sífilis adquirida recente, latente recente e terciária
Adquirida recente e latente recente: Penicilina G benzatina (dose única) ou G procaína (10 dias)
Terciária: Penicilina G benzatina 1x/ semanas (3 semanas) ou Procaína (15 dias)
Em caso de alergia a penicilina: Tetraciclina ou eritromicina
Agente etiológico do cancro mole, diagnóstico e tratamento
Haemophilus ducrey
Cultura em meio enriquecido com Hb; Biópsia; PCR
Azitromicina – Ceftriaxone – Ciprofloxacino
Agente etiológico do herpes genital, diagnóstico e tratamento
Herpes simplex 2. Menos frequente o herpes simplex 1
Colposcopia, citologia (células de Tzanack), Sorologia ou PCR (mais aplicado)
Aciclovir – Famciclovir
Agente etiológico do linfogranuloma venéreo, diagnóstico e tratamento
Chlamydia trachomatis
Coloração de gram, Cultura, PCR, imunofluorescência, ELISA
Azitromicina – Tiofenicol
Quadro clínico da infecção gonocócica
Assintomático na maioria dos casos. Quando sintomática, manifesta-se com corrimento amarelado ou esverdeado, com odor desagradável e em grande quantidade. Colo uterino pode estar hiperemiado
Dor pévica, dispareunia, hiperemia vaginal, disúria
Diagnóstico e tratamento de infecção gonocócica
Coloração de gram, cutura, ELISA e PCR (mais utilizada)
Ciprofloxacino – Ceftriaxone – Cefxina – ofloxacina
Quadro clínico da infecção por Chlamydia
Assintomático na maioria dos casos. Quando sintomática, manifesta-se com colo uterino sangrante e friável, muco cervical turvo ou purulento, sensação de desconforto pélvico.
A infecção inicialmente afeta ectocérvice e uretra e progride para as trompas.
Diagnóstico e tratamento de infecção por Chlamydia
Na impossibilidade de exame, o tto deve ser aplicado em mulheres com colo friável e sangrante associado a muco cervical purulento
Cultura, Papanicolau, Sorologia, Imunofluorescência direta, ELISA, PCR
Azitromicina – Doxiciclina – Eritromicina – Tetraciclina
Quadro clínico do condiloma culminado
Apresenta-se como papila única ou múltiplas, as quais podem evoluir ou desaparecer
Diagnóstico e tratamento da infecção pelo HPV
Anatomia patológica
Cauterização química (Ácido ticloroacético), cauterização física, exérese de lesão.
A prevenção ocorre pela vacina bivalente ou tetravalente
Subtipos de HPV
Subtipos 16 e 18 = associados ao CA de colo de útero
Subtipos 6 e 11 = associados ao condiloma culminado
Diagnóstico diferencial do condiloma culminado
Condiloma plano – sífilis secundária
Definição de climatério
Trata-se de um período fisiológico que se inicia desde os primeiros indícios de falha ovariana e termina aos 65 anos
Definição de menopausa
É definida como última menstruação devido a falência ovariana. Só pode ser chamada de menopausa após 1 ano. Perimenopausa: período que precede a menopausa. Pós menopausa: 12 meses após a última menstruação até 65 anos.
Alteraçoes fisiológicas da perimenopausa
Elevação dos níveis de FSH Diminuição dos níveis de inibina Crescimento folicular resistente ao FSH Fase folicular se torna mais prolongada Irregularidade menstrual Queda de estrogênio Em caso de fecundação, a produção de progesterona pelo corpo lúteo é mais baixa
Alterações fisiológicas da menopausa
Elevação dos níveis de FSH
Diminuição dos níveis de inibina
Produção de estradiol se torna desprezível
Ainda apresenta estrogênio pela aromatização periférica e produção adrenal.
Em caso de fecundação, a produção de progesterona pelo corpo lúteo é mais baixa
Queda da produção de androgênios
Não há produção de progesterona
Relação 2:1 FSH:LH
Alterações fisiológicas da pós-menopausa
Amenorreia prolongada Alterações vasomotoras Mudanças de humor Diminuição da espessura do epitélio vaginal Osteoporose – maior remodelamento em osso trabecular (vértebras e ossos longos) Perda do enrugamento vaginal Redução de secreções vaginais Aumento do pH Dispareunia ITU Doenças cardiovasculares
Indicações para densitometria óssea
Sexo feminino > 65 Transição menopausal Adultos >50 com história de fratura Adultos em uso de corticoide Mulheres em reposição estrogênica que deseja interromper Avaliação de resposta terapêutica a TH
Quando a TH deve ser iniciada
No início da falência ovariana ou 10 anos após a menopausa
CI absoluta para TH
Câncer de mama/endométrio Doença hepática grave Sangramento genital não esclarecido História de tromboembolismo agudo Porfiria
CI relativa para TH
HAS DM Lúpus Miomatose Endometriose Doença coronariana Doença de vesícula biliar
Combinações possíveis para TH
Estrogênio = histerectomizadas com libido
Estrogênio + progesterona = não histerectomizadas com libido
Estrogênio + progesterona + testosterona = não histerectomizadas sem libido
Estrogênio + testosterona = histerectomizada sem libido
*Se a histerectomia foi resultado de doença estrogênio dependente, deve-se associar a progesterona no esquema.
TH em mulheres sintomáticas, mas que menstruam
Estrogênio nos primeiros 14 dias do ciclo + Estrogênio e Progesterona nos 14 dias seguintes. Deve-se interromper para permitir a menstruação e depois retorna com o esquema = Simulação do ciclo menstrual
Principais patologias benignas da mama
Mastite aguda
Alteração funcional benigna da mama
Tumores benignos: Papilomas intraductais e fibroadenomas
A mastite aguda é provocada majoritariamente por
Staphylococcus aureus e Streptococcus spp
Manifestações clínicas da mastite aguda e tratamento
Febre Calafrios Cefaleia Dor Hiperemia Edema Calor
Tratamento com antitérmico, analgésicos. Não é necessário suspender lactação
Diagnóstico diferencial da mastite aguda
Carcinoma inflamatório = edema linfático e infiltração no tecido celular subcutâneo, pele com aspecto de “casca de laranja”
Definição e características da AFBM
Modificações do tecido mamário cujo substrato anatômico básico é:
Fibrose do estroma
Proliferação epitelial mínima
Múltiplos cistos.
Manifestações clínicas da AFBM
Mastalgia
Nodularidade e/ou adensamento
Descarga papilar
Cisto simples
Classificação da mastalgia
Cíclica ou Acíclica
Grau 1: levemente dolorida, sem interferência em atividades de vida diária (AVD)
Grau 2: mamas doloridas, alterando qualidade de vida, mas não interfere AVD
Grau 3: mamas intensamente doloridas interferindo com AVD
Diagnóstico da AFBM
Clínco + USG (<40) ou Mamografia (para mamas mais densas)
Tratamento da AFBM
Dieta, exercícios físicos e controle da ansiedade e tensões emocionais
Tratamento não funcional: AINEs; analgésicos; vitamina E associada à vitamina C.
Tratamento funcional: ácido gamalinolênico; danazol; análogos de GnRH.
Tipos e características dos papilomas intraductais
Central: mais comum, solitário, baixa taxa de bilateralidade, 40 a 50 anos, principal causa de descarga serosanguinolenta
Periférico: múltiplos, na periferia da mama, tem maior taxa de bilateralidade e maior risco para CA de mama, 30 a 40 anos
Diagnóstico e tratamento de papilomas
Clínica + USG + PAAF
Excisão de todo o papiloma
Manifestações clínicas de fibroadenoma
Nódulo indolor, fibroelástico, móvel. Podem ser bilaterais. Podem aumentar de tamanho e enfartar na gravidez e lactação, causando dores. Tumor benigno mais comum
Calcificação em pipoca
Rastreamento para CA de mama
O MS indica o rastreio a partir dos 50 anos até os 69, com mamografia bianual.
SBM indica a partir dos 40 anos com rastreio anual e sem idade final.
Classificação BIRADS e conduta
BIRADS 0: repetir exame
BIRADS 1: acompanhamento anual
BIRADS 2: acompanhamento anual
BIRADS 3: acompanhamento semestral
BIRADS 4: estudo histopatológico e biópsia percutânea
BIRADS 5: estudo histopatológico e biópsia percutânea
BIRADS 6: CA confirmada
Indicação de PAAF
Cistos simples maiores que 1,5 cm ou em caso de cisto complicado
Características de tumor maligno das mamas
Unilateral, firme, endurecido, consistência pétrea e descarga papilar pode estar presente.
Fatores de risco para CA de mama
Sexo Idade > 40 anos Raça branca Antecedente familiar Menarca precoce e menopausa tardia Nuliparidade Obesidade Álcool Sedentarismo Genética (BRCA1 e BRCA2)
Investigação do nódulo mamário
PAAF – diferencia lesões císticas de lesões sólidas
USG - diâmetro ântero-posterior > diâmetro latero-lateral
Mamografia – principal método de rastreio para CA de mama
RM – alta sensibilidade e valor preditivo positivo para tumores invasores maiores que 2 mm
CINTILOGRAFIA
TC – não possui valor no estudo do tecido mamário
RX simples – rastreio de lesões ósseas e pulmonares
*Para nódulos subclínicos – Estereotaxia guiada por MMG ou USG e Radioguided Ocult Lesion Localization
Principal forma de disseminação do carcinoma da mama
Via linfática e depois hematogênica
Características do carcinoma in situ
Lesão restrita ao epitélio (não infiltra estroma). Pode ser lobular (originárias de ácinos) ou ductal (originárias de ácinos ou ductos)
Exames de estadiamento de CA de mama
- Cintilografia óssea
- RX de tórax
- USG de abdome e pelve
- LDH e fosfatase alcalina
- TCs de tórax, abdome e pelve em substituição ao RX de tórax e USG de abdome e pelve – pacientes com estágio IIB e III.