Nódulos de Tireoide e CA de Tireoide Flashcards
Qual o curso clínico dos nódulos de tireoide?
- Geralmente evolução insidiosa e assintomática;
- Sintomas locais: crescimento rápido, rouquidão, disfagia (sugere malignidade) - pacientes com CA de tireoide, geralmente evoluem sem sintomas;
- Dor local e rápido crescimento (hemorragia) - indicam benignidade;
- Regressão espontânea pode ocorrer.
Quais fatores sugerem malignidade?
- Nódulo com rápido crescimento e muito volume, com sintomas compressivos;
- Nódulos endurecido, pouco móvel, aderido em planos profundos, associado a paralisia ipsilateral de corda vocal, ou linfonodomegalia cervical maior do que 4 cm;
- Síndromes hereditárias, história familiar, sexo masculino e menor do que 20 anos e maior que 70 anos.
Quando o paciente aparece
com um nódulo tireoidiano
quais exames devem ser
feitos?
Precisamos primeiro saber
se essa glândula tireoidiana
funciona ou não funciona,
por isso vamos pedir um
TSH. Então, se houver
nódulo na tireoide com TSH
baixo significa que esse
paciente tem algum tipo de
hipertireoidismo que pode
ser clínico ou subclínico.
Lembre-se que toda vez que você pegar um paciente que tem nódulo na tireoide e o TSH dele vem
baixo, é preciso saber se o excesso de produção hormonal é do nódulo ou se é da glândula toda, por
isso a conduta é pedir uma cintilografia.
Qual hormônio indica carcinoma medular de tireoide?
Calcitonina (somente é dosado quando se pensa nesse quadro)
Qual a indicação de cintilografia?
a indicação da cintilografia é para paciente
que tem nódulo e hipertireoidismo clínico ou
subclínico.
Qual o melhor exame para a avaliação da tireoide?
US.
PAAF
A punção aspirativa por agulha Fina
em geral é um procedimento simples
utilizando-se o transdutor para
localizar o nódulo e entrar com agulha
para aspirá-lo.
RESUMO DA CONDUTA CLÍNICA
na avaliação do nódulo
eu defino se o TSH do paciente está
alto ou não (exame laboratorial), e
como exame de imagem a primeira
opção é a ultrassom. Se o TSH estiver
suprimido eu encaminho o paciente
para cintilografia. Se o TSH está
normal ou alto (mais comum eu irei
seguir critérios para avaliar se esse
paciente tem indicação de punção
aspirativa por agulha fina, se tem
indicação de ir direto para cirurgia ou
se o paciente tem indicação de teste
molecular, (porém o teste molecular não é acessível facilmente por ser caro).
Qual o tratamento para os nódulos de tireoide?
Com relação ao tratamento, além dos
tratamentos cirúrgicos temos a iodoterapia
para pacientes com nódulo hiperfuncionante. A ablação com etanol é indicado para cistos simples, ou nódulos mistos predominantemente císticos, e
nódulos autônomos (aqueles nódulos hiperfuncionantes).
Qual a principal origem do CA de tireoide?
Células foliculares.
Quais os CA de tireoide diferenciados mais comuns?
Com relação ao câncer diferenciado de
tireoide o mais comum é o carcinoma
papilífero (mais comum) e o carcinoma folicular (diagnóstico somente com histopatológico). No
carcinoma papilífero nós temos
disseminação linfática, já no carcinoma
folicular a disseminação é hematogênica e
ele acaba sendo mais agressivo, com
metástase a distância, principalmente para
o pulmão.
O que é a classificação de Bethesda dos Nódulos da tireoide. O que representa e o que fazer a partir dela?
A classificação de Bethesda é a classificação feita para o diagnóstico dos nódulos de tireoide após submetidos a punção ou biópsia.
Após essa punção do nódulo, ele é classificado em 6 categorias diagnósticas.
Bethesda I: Não diagnóstico. São os nódulos onde não foi possível fazer um diagnóstico por não haver células suficientes desse nódulo na punção que permitissem fazer a análise. Seja porque a punção retirou apenas fluido de um cisto ou porque veio muito sangue durante o procedimento e poucas células do nódulo puderam realmente ser avaliadas. Nesses casos, a punção deve ser repetida. Se, pela segunda vez, aparecer essa categoria não diagnóstica, aí esse paciente poderá ser simplesmente acompanhado ou submetido a cirurgia para um diagnóstico preciso dependendo das características desse nódulo.
Bethesda II: benigno. Esses são os nódulos considerados benignos. É o grande alívio dos pacientes. O risco de malignidade nesses nódulos é menor que 3% e esses pacientes podem ser simplesmente acompanhados com ecografia de controle após 1 ano ou 1 ano e meio.
Bethesda III: Atipia de significado indeterminado ou lesão folicular de significado indeterminado. Essa categoria é chamada de indeterminada, onde as células desse nódulo apresentam características parecidas com um nódulo benigno, mas não completamente. O risco de malignidade nesses casos é de 5-15%. Esses nódulos podem também ser acompanhados, como os nódulos benignos ou podem ser submetidos a testes moleculares que podem dizer mais precisamente o risco de malignidade desse nódulo.
Bethesda IV: Neoplasia folicular ou suspeito para neoplasia folicular. Neoplasia não quer dizer câncer. Existem neoplasias benignas e malignas. Essa categoria também é considerada indeterminada como o Bethesda III, só que apresenta um risco maior de malignidade, em torno de 15-30% dos casos. Os testes moleculares também podem ser úteis, mas a cirurgia com retirada da glândula tireoide está indicada para um diagnóstico definitivo. Nesses casos, pode ser retirado apenas um dos lados da glândula, se o outro lado estiver normal.
Bethesda V: suspeito de malignidade. Esses nódulos apresentam características preocupantes, mas não completamente diagnósticas de câncer. Eles têm um risco de malignidade de 60-75% e tipicamente são submetidos à cirurgia da glândula tireoide.
Bethesda VI: maligno. Esses nódulos têm uma chance de 97-99% de realmente serem malignos. Obviamente a cirurgia de tireoide, chamada tireoidectomia, tem sua indicação nesses casos.
Características do carcinoma folicular.
No Carcinoma folicular em geral o pico de incidência é mais tardio, em torno da quinta década de vida. Sabe-se que há uma maior prevalência em áreas com deficiência de iodo mas não se sabe o porquê. O pior prognóstico é para aqueles pacientes que no exame histopatológico tem-se célula Insular,esclerosante difusa, e células de Hurthle.
TTO no CDT?
No tratamento do Câncer de tireoide
até o momento indica-se a
tireoidectomia total convencional, mas
a lobectomia também pode ser
indicada principalmente para pacientes
com carcinoma papilífero clássico
unifocal, com nódulos menores que 1
cm, sem outros acometimentos. O
procedimento de escolha pode ser
definido na hora da cirurgia mas
sempre deve ser conversado antes com paciente, e geralmente os pacientes preferem retirar toda a
glândula
Quais as possíveis complicações de uma tireoidectomia?
hipoparatireoidismo definitivo, dependentes do uso de cálcio e vitamina D ativa, para não evoluírem
com câimbras e tetania.
A lesão de nervo laríngeo recorrente atualmente é rara de ocorrer