Neonatologia II: Icterícia e Infecções Congênitas Flashcards

1
Q

Principal causa de icterícia neonatal:

A

Icterícia fisiológica.

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2
Q

Excreção fetal de bilirrubina ocorre pela:

A

Placenta (bilirrubina indireta).

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3
Q

Etiopatogenia da icterícia fisiológica (3):

A

(1) produção exagerada de BI (útero = ambiente hipoxêmico ➡️ Ht alto + Hb meia-vida curta);
(2) fígado imaturo;
(3) aumento da circulação êntero-hepática (⬆️ glicuronidase: ainda não há translocação intestinal de bolo fecal): reabsorção e retorno a circulação hepática

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4
Q

Enzima responsável pela reabsorção intestinal de bilirrubina indireta:

A

Glicuronidase.

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5
Q

Enzima responsável pela conjugação de bilirrubina indireta:

A

Glicuroniltransferase.

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6
Q

Como ocorre a conjugação hepática de bilirrubina indireta?

A

BI ➡️ glicuroniltransferase ➡️ BI + ácido glicurônico ➡️ bilirrubina direta

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7
Q

Velocidade de acúmulo da bilirrubina indireta e fase de aparecimento da icterícia fisiológica:

A

⬆️ 3 mg/dL/dia; logo icterícia fisiológica se manifesta apenas em 2-3 dias.

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8
Q

Indícios de provável icterícia não-fisiológica (5):

A

(1) início <24-36 horas;
(2) ⬆️ >5 mg/dl/dia;
(3) nível elevado de bilirrubina (>12 mg/dl ou > zona 3 de Krammer);
(4) icterícia persistente (AT: > 7-10 dias; PT: > 10-14 dias)
(5) sinais de colestase (colúria ou acolia).

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9
Q

Causas de icterícia precoce (anemia hemolítica):

A
  • incompatibilidade materno-fetal;
  • esferocitose;
  • deficiência de G6PD.
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10
Q

Diagnóstico de incompatibilidade materno-fetal Rh:

A
  • mãe Rh (-) ➕ coombs indireto (+) e,

- feto Rh (+) ➕ coombs direto (+).

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11
Q

Diagnóstico de incompatibilidade materno-fetal ABO:

A
  • mãe tipo A e,
  • feto tipo A ou tipo B ➕ cooms direto (+) ou (-)
  • CD (-) não exclui incompatibilidade ABO, mas afasta incompatibilidade Rh.
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12
Q

Cooms direto (-). Quais opções diagnósticas?

A
  • incompatibilidade ABO;
  • esferocitose;
  • deficiência de G6PD.
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13
Q

O que significa o coombs indireto positivo no resultado materno?

A

Sensibilização.

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14
Q

O que significa o coombs direto positivo no resultado fetal?

A

Presença de anticorpos nas hemácias.

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15
Q

Avaliação complementar na icterícia precoce

A

(1) anemia hemolítica:
- bilirrubinograma (⬆️BI);
- hematócrito (⬇️);
- reticulócitos (⬆️);

(2) incompatibilidade materno-fetal:
- tipagem sanguínea;
- fator Rh;
- coomb direto do RN.

(3) esferocitose e incompatibilidade ABO:
- hematoscopia ➡️ esferócitos.

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16
Q

Causas de icterícia persistente ou tardia:

A
  • icterícia do leite materno;

- atresia de vias biliares.

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17
Q

Características da icterícia do leite materno (6):

A
  • ausência de queda/progressão da subida dos níveis de bilirrubina indireta após 4º dia de vida;
  • RN saudável + bom ganho ponderal+ função hepática normal;
  • ausência de hemólise;
  • substância no leite: betaglicuronidase (converte BD ➡️ BI no intestino ⬆️ reabsorção);
  • menor colonização bacteriana intestinal (⬇️ conversão de BD em estercobilina);
  • ⬇️ acentuada da bilirrubinemia com suspensão do leite materno.
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18
Q

Características da atresia de vias biliares (3):

A
  • assintomática nas primeiras 2 semanas de vida ou icterícia fisiológica;
  • icterícia + sinais de colestase a partir da primeira semana;
  • acolia + colúria.
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19
Q

Tratamento da atresia de vias biliares:

A

Portoenterostomia (cirurgia de Kasai), a ser realizada nas primeiras oito semanas de vida.

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20
Q

Quanto tempo tenho para diagnosticar e tratar, consequentemente, fornecendo bom prognóstico para atresia de vias biliares?

A

Oito semanas.

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21
Q

Diagnóstico diferencial da atresia de vias biliares:

A

Hepatite neonatal (idiopática ou infecciosa).

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22
Q

Exame de imagem que diferencia atresia de vias biliares e hepatite neonatal:

A

Nenhum. A ultrassonografia e a cintilografia hepática auxiliam na diferenciação, mas não confirmam diagnóstico.

23
Q

Conduta na suspeita de atresia de vias biliares:

A

Laparotomia exploradora ➡️ colangiografia intraoperatória ➡️ cirurgia de Kasai.

24
Q

Tratamento da hiperbilirrubinemia indireta:

A

(1) fototerapia: tornar bilirrubina hidrossolúvel

(2) exsanguineotransfusão.

25
Q

Indicações (de prova) para fototerapia:

A
  • icterícia nas primeiras 24 horas;

- bilirrubina > 17.

26
Q

Manifestações inespecíficas das infecções congênitas:

A

PIG, hepatoesplenomegalia, alterações cutâneas.

27
Q

Manifestação ORL da sífilis precoce (<2 anos):

A

Rinite serossanguinolenta.

28
Q

Manifestações dermatológicas da sífilis precoce (<2 anos):

A
  • pênfigo palmoplantar (precaução de contato!);
  • condiloma plano (ao redor de orifícios)n
  • placas mucosas.
29
Q

Manifestações ósseas da sífilis precoce (<2 anos):

A
  • periostite;

- osteocondrite/metafisite (lesão dolorosa) ➡️ pseudoparalisia de Parrot.

30
Q

Avaliação do RN com suspeita de sífilis congênita:

A
  • VDRL (não-treponêmico) do sangue periférico;
  • hemograma;
  • análise do LCR;
  • Rx de ossos longos;
  • outros: avaliação hepática, eletrólitos.
31
Q

Critérios laboratoriais para diagnóstico de neurossifilis (LCR):

A
  • VDRL (+) ou,
  • células > 25 ou,
  • proteína > 150.
  • em exame coletado <28 dias.
32
Q

Manifestações clínicas da sífilis tardia (>2 anos):

A

Cicatrizes das manifestações da sífilis precoce.

33
Q

Primeiro passo para tratar sífilis congênita:

A

Avaliar tratamento materno.

34
Q

Mãe adequadamente tratada

A
  • penicilina benzatina e;
  • adequado para a fase (doses e intervalo) e;
  • iniciado até 30 dias antes do parto e;
  • avaliado risco de reinfecção e;
  • queda do VDRL (em duas diluições após 3 meses ou quatro diluições após 6 meses).
35
Q

Mãe adequadamente tratada ➕ VDRL RN > materno em duas diluições:

A
  • solicitar exames;
  • penicilina cristalina se neurossífilis, ou
  • penicilina procaína.
36
Q

Mãe adequadamente tratada ➕ VDRL RN não-maior que o materno:

A
  • exame físico normal: acompanhamento;
  • exame físico alterado:
    • VDRL reagente ➡️ sífilis: solicitar exames e tratar
    • VDRL não-reagente: avaliar outras infecções congênitas
37
Q

Mãe não tratada ou inadequadamente tratada:

A

(1) criança é caso: notificar;
(2) realizar exames e tratar todos os casos:
- LCR alterado ➡️ penicilina cristalina, EV, 10 dias;
- qualquer alteração com LCR normal: penicilina cristalina EV ou penicilina procaína, IM, 10 dias;
- assintomático com exames normais (VDRL negativo): penicilina benzatina, dose única.

38
Q

Agente etiológico da síndrome da rubéola congênita:

A

Vírus da rubéola.

39
Q

Período de transmissibilidade da rubéola congênita:

A

Alta transmissibilidade no primeiro trimestre (transmissível apenas na infecção aguda).

40
Q

Clínica da síndrome da rubéola congênita:

A
  • surdez;
  • catarata;
  • cardiopatia congênita (PCA e estenose de artéria pulmonar).
41
Q

Tratamento da síndrome da rubéola congênita:

A
  • manejo das sequelas;

- prevenção da transmissão (até dois anos).

42
Q

Agente etiológico da toxoplasmose congênita:

A

Toxoplasma gondii.

43
Q

Período de transmissibilidade da toxoplasmose congênita:

A

Maior no terceiro trimestre, mais grave no primeiro (transmissível na infecção aguda ou na reativação na imunodeprimida).

44
Q

Manifestações clínicas da toxoplasmose congênita:

A

Tríade de Sabin

  • coriorretinite (progressiva se não tratada, podendo levar à cegueira);
  • hidrocefalia (obstrução da drenagem liquórica);
  • calcificações cerebrais difusas (“toxo=todo”).
45
Q

Tratamento da toxoplasmose congênita:

A
  • sulfadiazina
  • pirimetamina
  • ácido folínico
  • 1º ano
  • corticóide: coriorretinite grave ou proteinorraquia >1 g/dL.
46
Q

Agente etiológico da citomegalovirose congênita:

A

Citomegalovírus (herpesvirus).

47
Q

Período de transmissibilidade da citomegalovirose congênita:

A

Transmissível na infecção aguda ou na reativação.

48
Q

Manifestações clínicas da citomegalovirose congênita:

A
  • assintomático;
  • microcefalia;
  • calcificações periventriculares;
  • surdez (sequela. Primeira causa neurossensorial não-hereditária);
  • petéquias (inespecífico).
49
Q

Diagnóstico laboratorial de citomegalovirose congênita:

A

CMV na urina

  • congênita: primeiras três semanas de vida;
  • após terceira semana não é possível saber se congênita ou adquirida.
50
Q

Tratamento da citomegalovirose congênita:

A
  • infecção pós natal: não requer tratamento;
  • infecções congênitas graves:
    • ganciclovir, EV, seis semanas, ou
    • valganciclovir, VO.
51
Q

Cuidados na sala de parto, pós parto imediato e alojamento do RN exposto ao HIV:

A
  • parto impelicado;
  • clampeamento imediato do cordão umbilical;
  • limpeza da criança com chuveiro e compressas macias ainda na sala de parto;
  • aspiração suave das vias aéreas se necessário;
  • lavagem estomacal com soro fisiológico se houver sangue na aspiração gástrica;
  • prescrever cabergolina, 1 mg, VO, dose única para a mãe;
  • notificar a vigilância;
  • prescrever TARV.
52
Q

Orientações para o uso da zidovudina (AZT) no recém-nascido (EV ou VO):

A
  • prescrever a todos RN com exposição;
  • iniciar ainda na sala de parto ou nas primeiras 4 horas;
  • manter por 4 semanas.
53
Q

Indicações de uso da Nevirapina ao RN:

A
  • mãe sem uso de TARV;
  • carga viral desconhecida ou >1.000 cópias no último trimestre;
  • má adesão;
  • presença concomitante de outra IST.
54
Q

Posologia e contraindicações ao uso da nevirapina:

A
  • 3 doses, VO, nos primeiros oito dias de vida.
  • RN com muito baixo peso ao nascer (<1.500 g);
  • mal formação esofagogástrica (apenas VO).