Neonatologia Flashcards

1
Q

Neonato de 2 dias de vida chega ao pronto socorro com erupção cutânea, presença de pápulas e pústulas. Qual diagnóstico mais provável? O que fazer?

A

Eritema tóxico

Lesão benigna, desaparece sozinha em uma semana

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2
Q

A bossa serossanguínea (caput succedaneum) é caracterizado por sangramento…

A

No tecido subcutâneo (hematoma sub-galeal) pelo trauma do parto, ultrapassando as linhas de sutura. Desaparece em alguns dias

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3
Q

O céfalo-hematoma é caracterizado por sangramento…

A

Sub-periosteal pelo trauma do parto, não ultrapassando as linhas de sutura. Desaparece em semanas ou meses

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4
Q

A permanência de fontanelas grandes (principalmente a anterior) está relacionada a que doenças?

A
Acondroplasia
Hipotireoidismo congênito
Rubéola congênita
Hidrocefalia
Osteogênese imperfecta 
Trissomias (21, 13, 18)
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5
Q

Qual a frequência respiratória normal do neonato?

A

Entre 40-60 IRPM

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6
Q

Quais os principais fatores de risco para doença da membrana hialina?

A
Prematuridade (principal)
Asfixia
Mãe diabética
Sexo masculino
Etnia branca
Partos múltiplos/Gestações múltiplas 
Parto cesáreo
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7
Q

Qual o padrão radiológico da doença da membrana hialina?

A

Infiltrado retículo-granular fino difuso (vidro moído), associado a broncograma aéreo e volume diminuído

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8
Q

Qual a clínica da doença da membrana hialina?

A

Taquipneia e sinais de esforço respiratório

Surgimento logo após nascimento e piora ao longo do primeiro dia de vida

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9
Q

Como é o tratamento da doença da membrana hialina?

A

Surfactante exógeno

CPAP (com selo d’água)

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10
Q

Quais os fatores de risco para pneumonia neonatal?

A

Corioamnionite clínica
Rotura de membranas amnióticas > 18 horas
Trabalho de parto prematuro sem causa aparente
Colonização materna por estreptococo do grupo B

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11
Q

Quais os sinais clínicos da pneumonia neonatal?

A
Manifestações respiratórias (desconforto respiratório)
Intolerância alimentar
Letargia
Hipotonia
Hipo ou hipertermia
Distensão abdominal
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12
Q

Quais os patógenos comuns na pneumonia neonatal precoce (primeiras 48 horas)?

A
Streptococcus agalatiae (grupo B)
E. coli
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13
Q

Quais os patógenos comuns na pneumonia neonatal tardia (após 7° dia de vida)?

A

Straphylococcus aureus
Gram negativos
Fungos

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14
Q

Quais fatores de risco para pneumonia neonatal fúngica?

A

Menos de 1 kg
NPT
Antibioticoterapia prévia

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15
Q

Qual a fisiopatologia da Taquipneia Transitória do Recém-Nascido?

A

Dificuldade na reabsorção do líquido pulmonar após nascimento

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16
Q

Em quais neonatos a Taquipneia Transitória do Recém-Nascido é mais comum?

A

Pré-termos tardios e a termos com fatores de risco

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17
Q

Quais os fatores de risco para Taquipneia Transitória do Recém-Nascido?

A

Cesariana eletiva sem trabalho de parto
Asfixia perinatal
Diabetes e asma brônquica materna
Policitemia

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18
Q

Qual quadro clínico da Taquipneia Transitória do Recém-Nascido?

A

Taquipneia (60-100 IRPM) quase exclusivamente

Desconforto respiratório leve e raramente

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19
Q

Como está a radiografia na Taquipneia Transitória do Recém-Nascido?

A
Diminuição da transparência pulmonar
Estrias radiopacas em direção ao hilo
Espessamento das cisuras
Hiperaeração 
Cardiomegalia e derrame pleural discretos
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20
Q

Quais os fatores de risco para Síndrome da Aspiração Meconial?

A
RN termo/pós-termo
Sofrimento fetal (asfixia perinatal)
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21
Q

Qual a clínica da Síndrome da Aspiração Meconial?

A

Sinais de insuficiência respiratória nas primeiras horas de vida
Expiração prolongada
Estertores em ambos campos pulmonares

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22
Q

Como é a radiografia na Síndrome de Aspiração Meconial?

A

Infiltrado alveolar grosseiro
Pneumotórax
Volume aumentado

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23
Q

Qual tratamento da Síndrome de Aspiração Meconial?

A

Ventilação mecânica
Antibioticoterapia
Surfactante

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24
Q

Quais os motivos para icterícia fisiológica do RN?

A

Produção exagerada
Captação e Conjugação Deficientes
Aumento do Ciclo Êntero-Hepático (Aumento da atividade da beta-glicoronidase)

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25
Q

Quais características apontam para icterícia não fisiológica?

A
Início < 24 horas
Aumento > 5 mg/dl por dia
Nível muito elevado (> 12 mg/dl)
Alcança zona 3 (provável nível > 12 mg/dl)
Icterícia persistente
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26
Q

Quais os principais diagnósticos relacionados a icterícia neonatal precoce?

A

Anemia hemolítica (incompatibilidade ABO ou RH)
Esferocitose
Deficiência de G6PD

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27
Q

Criança ictérica nas primeiras 24 horas com hematoscopia demonstrando esferócitos, quais diagnósticos mais prováveis?

A

Esferocitose

Incompatibilidade ABO

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28
Q

O que se espera encontrar na hematoscopia do paciente com deficiência de G6PD?

A

Corpúsculos de Heinz

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29
Q

Na incompatibilidade ABO o Coombs direto está…

A

Positivo ou negativo no RN

Negativo não afasta a possibilidade

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30
Q

Na incompatibilidade do fator RH o Coombs direto está…

A

Sempre positivo no RN

Coombs indireto positivo na mãe

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31
Q

Na icterícia tardia, o aumento da bilirrubina direta, deve-se atentar à…

A

Atresia das vias biliares

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32
Q

Qual tratamento da icterícia neonatal?

A

Fototerapia precoce

Exsanguineotransfusão

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33
Q

Qual cirurgia realizada para tratamento de atresia das vias biliares?

A

Cirurgia da Kasai (Portoenterostomia)

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34
Q

Qual fator de risco isolado mais importante na determinação da mortalidade infantil?

A

Baixo peso ao nascer (< 2.500 g)

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35
Q

Causas de CIUR simétrico?

A

Anomalias genéticas e cromossomiais
Malformações
Infecções congênitas
Exposição a drogas e radiação

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36
Q

Causas de CIUR assimétrico?

A

Doenças clínicas maternas (insuficiência placentária, cardiopatia)
Uso de drogas e tabagismo materno

37
Q

RN de 34 semanas, com tônus em flexão, chorando e placenta intacta, qual próximo passo?

A

Clampear o cordão entre 1-3 minutos

Colo materno, secar e cobrir

38
Q

Passos iniciais do atendimento na mesa de reanimação? Em quanto tempo deve ser feito?

A

Aquecer, Posicionar a cabeça em leve extensão, Aspirar boca e nariz se necessário e Secar (A PAS)
Deve ser realizado no máximo em 30 segundos

39
Q

Qual a temperatura da sala de atendimento para manter o calor?

A

23-26ºC

40
Q

Após a A PAS o que fazer?

A

Avaliar FC e padrão respiratório

41
Q

O que fazer se há alteração na respiração (irregularidade ou apneia) ou frequência cardíaca < 100 BPM?

A

Iniciar Ventilação com Pressão Positiva (VPP) ainda no primeiro minuto

42
Q

Durante o aquecimento do RN, qual particularidade é importante no menor de 34 semanas?

A

Saco plástico + touca dupla

43
Q

Como é feito a avaliação da frequência cardíaca na mesa de reanimação?

A

Auscultando o precórdio com esteto por 6 segundos

44
Q

Como é feita a VPP?

A

40-60 IRPM

45
Q

Qual particularidade é importante em relação ao menor de 34 semanas durante A PAS?

A

Colocação de oxímetro

46
Q

Onde é colado o oxímetro? Em que momento?

A

MSD (pré-ductal)

Ao iniciar a VPP ou durante a A PAZ nos menores de 34 semanas

47
Q

O que mais é realizado ao iniciar a VPP?

A

Colocação de oxímetro e monitor cardíaco

48
Q

Quanto de oxigênio é ofertado na VPP?

A

≥ 34 semanas: iniciar em ar ambiente

< 34 semanas: iniciar com 30%

49
Q

Frequência cardíaca menor do que 100 BPM, qual problema? O que fazer?

A

Ventilação não adequada

Avaliar técnica e pensar em IOT

50
Q

Frequência cardíaca menor do que 60 BPM, o que fazer?

A

IOT (obrigatório)

Massagem cardíaca

51
Q

Frequência cardíaca ainda menor do que 60 BPM após massagem cardíaca, o que fazer?

A

Epinefrina

52
Q

Como é feita a massagem cardíaca?

A

1/3 inferior do esterno

1/3 do diâmetro antero-posterior

53
Q

Proporção massagem e ventilação?

A

3 C: 1 V

54
Q

Como fazer a epinefrina?

A

Via traqueal: uma vez

Intravenosa: pela veia umbilical

55
Q

Quando fazer reposição volêmica? Qual solução? Volume?

A

Palidez ou evidência de choque (DPP)
SF 0.9%
10 ml/kg

56
Q

Menor do que 34 semanas, respirando bem e tônus adequado, o que fazer?

A

Clampear o cordão aos 30-60 segundos e mesa de reanimação

57
Q

RN com alteração de respiração e tônus inadequado?

A

Clampear imediatamente e mesa de reanimação

58
Q

RN com circulação placentária não íntegra devem clampear o cordão imediatamente e ir para mesa de reanimação (V/F)

A

Verdadeiro

59
Q

Situações em que se perdeu a integridade da circulação placentária

A

DPP
Placenta prévia
Rotura ou prolapso de cordão
Nó verdadeiro de cordão

60
Q

Qual principal indicador de efetividade da VPP?

A

Aumento da frequência cardíaca

61
Q

O clampeamento tardio do cordão em RN < 34 semanas previne quais problemas?

A

Hemorragia intracraniana

Enterocolite necrosante

62
Q

Quais são as principais diferenças na reanimação de RN < 34 semanas?

A

Touca dupla + saco plástico (não seca)
Oxímetro mesmo antes de VPP
VPP com oxigênio 30%

63
Q

Quando é realizada a aspiração da hipofaringe no RN com líquido meconial?

A

Apenas após a VPP

64
Q

Em que situação é obrigatória a ventilação com IOT?

A

Hérnia diafragmática congênita (Bochdalek)

65
Q

Pontuação 0 no Apgar

A
Respiração: ausente
Frequência cardíaca: ausente
Tônus: flacidez
Irritabilidade reflexa: ausente
Cor: cianose/palidez
66
Q

Pontuação 1 no Apgar

A
Respiração: irregular
Frequência cardíaca: < 100 bpm
Tônus: alguma flexão
Irritabilidade: Alguma reação
Cor: Cianose de extremidades
67
Q

Pontuação 2 no Apgar:

A
Respiração: regular
FC: > 100 bpm
Tônus: movimentos ativos
Irritabilidade: espirros
Cor: róseo
68
Q

Qual momento correto para a triagem neonatal biológica?

A

3º e 5º dia de vida

69
Q

Quais as doenças triadas no teste do pezinho?

A
Hipotireoidismo congênito
Fenilcetonúria 
Hemoglobinopatias (Falciforme)
Fibrose cística
Hiperplasia adrenal congênita
DeFiciência de Biotinidase
70
Q

Quando é realizado o teste do oxímetro?

A

Entre 24h e 48h de vida

71
Q

Como é realizado o teste do oxímetro?

A

Medindo a saturação no MSD (pré-ductal) e nos MIIS (pós-ductal)

72
Q

Quando o resultado do teste do oxímetro é normal?

A

Saturação ≥ 95% nos 2 membros e diferença < 3% entre os membros

73
Q

O fazer se o resultado do teste do oxímetro der alterado?

A

Repetir após 1 hora

Se ainda estiver alterado fazer ECO dentro de 24 horas

74
Q

Quais patologias são buscadas pelo teste do olhinho?

A
Catarata congênita
Retinopatia da prematuridade 
Retinoblastoma
Glaucoma congênito
Descolamento de retina
Hemorragia vítrea
75
Q

Como é feita a triagem auditiva? Qual surdez é testada?

A

Emissão otacústica

Surdez pré-neural

76
Q

Icterícia associada a amamentação precoce, corresponde a?

A

Icterícia do aleitamento materno

77
Q

Icterícia associada a amamentação tardia, corresponde a?

A

Icterícia do leite materno

78
Q

Qual a fisiopatologia da icterícia associada a amamentação?

A

Aumento da circulação êntero-hepática

79
Q

Quando surge a icterícia do aleitamento materno?

A

Entre 2-3º dia

80
Q

Como identificar a icterícia do aleitamento materno?

A

Dificuldades na pega

Perda de peso acentuada nos primeiros dias

81
Q

Quando surge a icterícia do leite materno?

A

Ao redor do 4º dia

82
Q

Como identificar a icterícia do leite materno?

A

Melhora dos níveis com a suspensão

Níveis continuam a subir mesmo após período de icterícia fisiológica (10-14 dias)

83
Q

Relação I/T na sepse neonatal?

A

≥ 0.2

84
Q

Indicações para profilaxia para GBS.

A
  1. História de sepse neonatal por GBS em filho anterior
  2. Bacteriúria por GBS em qualquer trimestre
  3. Rastreio positivo para GBS
  4. Gestante sem rastreio, mas com fator de risco
85
Q

Fator de risco na gestante para GBS?

A

Trabalho de parto prematuro
Ruptura prolongada de membranas ≥ 18 horas
Temperatura materna intraparto ≥ 38ºC
Teste intraparto positivo

86
Q

Quando o rastreio para GBS é realizado?

A

35-37 semanas de gestação

87
Q

Como realizar a profilaxia para GBS?

A

Penicilina G cristalina

Ampicilina

88
Q

Quando não realizar a profilaxia para GBS?

A

Colonização ou bacteriúria em gestação prévia
Cultura negativa no swab atual, mesmo se tiver fator de risco intraparto
Cesariana realizada antes do trabalho de parto em mulher com membranas íntegras, independente de swab