Nefrologia Flashcards

1
Q

Quais as diferenças da hematúria glomerular x urológica?

A

Glomerular: aspecto marrom, cilindros hemáticos e/ou dismorfismo eritrocitário, proteinúria (> 500mg-1g).
Urológica: Aspecto vivo e coágulos, proteinúria < 500mg-1g.

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2
Q

Quais são os sinais/sintomas da síndrome NEFRÓTICA?

A

Proteinúria maciça (> 3,5g/d ou 59mg/kg/d); edema; hipoalbuminemia hipercolesterolemia; hipercoagulabilidade; hipoglobulinemia.

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3
Q

Quais as principais glumerulopatias nefróticas?

A

Doença por lesões mínimas; GESF; Nefropatia membranosa; GN membranoproliferativa;

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4
Q

Quando biopsiar e não biopsiar uma sd. nefrótica?

A

Quando NÃO: CRIANÇAS! (comum apresentar lesões mínicas e resposta a CTC);
Obs.: Adultos, apenas se DM estiver muito evidente na questão
Quando SIM: DEMAIS situações (adultos)

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5
Q

Qual a doença de apresentação nefrótica que possui RESPOSTA DRAMÁTICA ao CORTICOIDE?

A

Doença por lesões mínimas

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6
Q

Quais as causas secundárias de lesões mínimas?

A

AI-LE-LE-SI-MI-E (AINE, Lítio, Linfoma, Sífilis, Micoplasma, Estrongiloidíase)

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7
Q

Quais as causas mais comuns de sd. nefrótica em criança, adulto e idoso?

A

Criança: Doença por lesões mínimas
Adulto: GESF
Idoso: N. membranosa

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8
Q

Quais são as formas etiológicas da GESF?

A

Primária, Hereditária e Secundária (a partir da sobrecarga do néfron - obesidade, hiperfiltração, nefrectomia)

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9
Q

A GESF colapsante pode estar presente em que situações?

A

HIV; Drogas: pamidronato, inibidores de calcineurina (ciclosporina e tacrolimo), anabolizantes; Covid-19

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10
Q

Qual o padrão de acometimeto da GESF visto na Bx renal?

A

Esclerose glomerular em parte do tufo glomerular e em < 50% dos glomérulos da amostra

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11
Q

Quais os anticorpos relacionados a nefropatia membranosa primária?

A

Anti-PLA2R (mais comum) e Anti-THSD7A (raro [< 1%])

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12
Q

Como é descrito a bx renal acometida por N. membranosa?

A

Espessamento da membrana basal com formação de espículas (depósito subepitelial)

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13
Q

Quais as causas secundárias de N. membranosa?

A

Neoplasias (rastreio adequado para idade); Lúpus (nefrite lúpica classe V); Hepatite B

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14
Q

Como é a apresentação clínica da GN membranoproliferativa?

A

Nefrite + nefrótica. Costuma ser grave e cursar com perda de função renal

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15
Q

Qual a característica da microscopia óptica da GN membranoproliferativa?

A

Duplicação da membrana basal

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16
Q

Quais as possíveis causas de GN membranoproliferativa?

A

Autoimune: LES, SJögren, Crioglobulinemia.
Infecções: Hepatite C (relacionada a crio), esquistossomose, endocardite infecciosa.
Neoplasia: paraproteinemia

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17
Q

Quais os estágios de progressão da lesão renal diabética?

A

Hiperfiltração; Microalbuminuria (30-300); Macroalbuminuria (> 300); Perda de função.
Nem sempre respeita essa ordem!!!

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18
Q

Qual o achado característico da biópsia da nefropatia diabética?

A

Nódulos de Kimmmelstiel-Wilson

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19
Q

Qual o tratamento da nefropatia diabética?

A

Controle da DM + anti-proteinúrico (IECA/BRA)

20
Q

Qual a forma de apresentação clássica e a mais comum da Nefropatia por IgA?

A

Clássica: hematúria macroscópica associado a IVAS (sinfaringítica);
Comum: hematúria microscópica (pode haver proteinúria e até perda de função renal);
Obs.: 10% dos casos podem ter apresentação como nefrótica ou nefrítica.

21
Q

Qual o sinal de mau prognóstico da nefropatia por IgA?

A

Proteinúria > 1g/d

22
Q

Hematúria + dor abdominal + lesões purpúricas: esta tríade está relacionada com que doença?

A

Púrpura de Henoch-Schonlein (vasculite por IgA)

23
Q

Alteração urinária + surdez neurossensorial + alteração ocular (ceratocone): esta tríade está relacionada com que doença?

A

Doença de Alport.
Ligada ao X, ou seja, acomete preferencialmente homens.
Boa parte dos casos evolui para doença renal em estágio final.

24
Q

Paciente com sd. nefrótica evolui com dor lombar, hematúria e piora de função renal; este caso está relacionado com que patologia e por quê?

A

Trombose de veia renal, devido a hipercoagulabilidade por perda de proteínas que fazem parte da cascata de coagulação (principalmente antitrombina III)

25
Q

Quais as manifestações relacionadas a Sd. NFERÍTICA?

A

Hematúria; proteinúria subnefrótica (< 3,5g/d); hipertensão; edema; piora de função renal

26
Q

Qual o protótipo da Sd. Nefrítica e como ela se apresenta?

A

GN pós-estreptocócica (GNPE); Hipertensão, edema, hematúria e oligúria após um quadro de infecção estreptocócica (faringite ou impetigo).

27
Q

Qual a fisiopatologia envolvida na agressão renal da GNPE?

A

Através do depósito de imunocomplexos.
Obs.: não há bactéria no rim

28
Q

Qual o tempo e os anticorpos relacionados ao desenvolvimento da GNPE após faringite e impetigo?

A

Faringite: 1-2 semanas; ASLO
Impetigo: 4-6 semanas; Anti-DNAse B

29
Q

Como está o C3 e o C4 na GNPE?

A

C3 reduzido; C4 normal

30
Q

Qual o achado característico da microscopia eletrônica na GNPE?

A

“Humps” ou corcovas (são depósitos de imunocomplexos no glomérulo).

31
Q

Qual a principal causa de trombose de veia renal?

A

Nefropatia membranosa

32
Q

Qual a fórmula da osmolaridade plasmática e o valor da normalidade?

A

Osmp = (2xNa) + (Glicose/18) + (Ur/6)
Normal = 280-320

33
Q

Qual a causa mais comum de hiponatremia hipertônica e como ter certeza do valor do sódio nesses casos?

A

Hiperglicemia.
Calcular o sódio corrigido para glicemia; a cada aumento de 100 na glicemia, adicionar 1,6 unidade no sódio medido.

34
Q

Cite 3 causas de pseudo-hiponatremia.

A

Hiperglicemia; paraproteinemia; hipertrigliceridemia

35
Q

Como estará o sódio urinário e a osmolaridade urinária na hiponatremia hipotônica hipovolêmica? E por quê?

A

Na urinário baixo (< 20);
Osmolaridade urinária elevada (> 300).
O rim está tentando compensar a perda de sódio extrarrenal retendo sódio e concentrando a urina.

36
Q

Como tratar a hiponatremia hipotônica hipovolêmica?

A

Reposição volêmica.

37
Q

Como estará o sódio urinário e a osmolaridade urinária na hiponatremia hipotônica hipervolêmica? E por quê?

A

Na urinário baixo (< 20);
Osmolaridade urinária elevada (> 300).
Apesar do paciente estar edemaciado, o volume circulante efetivo normalmente é baixo, logo o rim tenta reter o sódio, levando a diminuição do sódio urinário e concentração de urina.

38
Q

Como tratar a hiponatremia hipotônica hipervolêmica?

A

Corrigir a hipervolemia.

39
Q

Como diferenciar as duas causas de hiponatremia hipotônica isovolêmica (polidipsia primária x SIADH)?

A

Polidipsia primária: Osml urinária baixa (< 100), urina muito diluida (excesso de ingestão hídrica).
SIADH: Osml urinária elevada (> 100), urina muito concentrada (aumento de ADH).

40
Q

Cite possíveis causas de hiponatremia hipotônica hipovolêmica por SIADH.

A

Hidroclorotiazida; ISRS; antidepressivos tricíclicos; carbamazepina; valproato de sódio; haldol; Neoplasias (pulmão, cabeça e pescoço); insuficiência adrenal (mixedema).

41
Q

Qual o tratamento da SIADH?

A

Restrição hídrica.

42
Q

Como é realizada a fórmula de Adrogué?

A

Variação de sódio = (Na da solução - Na do paciente) / ACT + 1

43
Q

Paciente comatoso com hiponatremia grave. Após estabilização, qual a medida de emergência a ser realizada para correção de sódio?

A

Bolus de 100ml NaCl 3% em até 3 etapas.
Após isso, realizar reposição em 24h, considerando variação total de até 10mEq/24h.

44
Q

Como diferenciar diabetes insipidus de causa central x nefrogênica?

A

Através da avaliação à reposição de DDAVP. Se houver melhora, central; se não, nefrogênico.

45
Q

Quais as alterações no ECG presentes na hipocalemia?

A

Progressivamente achatamento da onda T e surgimento da onda U.

46
Q

Quais as alterações no ECG presentes na hipercalemia?

A

Apiculamento da onda T e achatamento da onda P.
Valores muito elevados de K podem levar ao ritmo sinusoidal e, posteriormente, deflagrar uma FV/TV.

47
Q

Cite 4 medicações e 2 doenças que podem levar a hipocalemia.

A

Hidroclorotiazida, furosemida, anfotericina B, aminoglicosídeo.
Leptospirose, hiperaldosteronismo e tubulopatias.