Modos Ventilação Mecânica Flashcards
Aprender os modos de ventilação mecânica
Sinais de uso de VM
Spo2 < 90%
Pao2 < 60
+ FREQ RESP
Sinais de esforço
Objetivo vm
- Manutenção das trocas gasosas e correção da hipoxemia e da acidose respiratória associada à hipercapnia.
- Aliviar o trabalho da musculatura respiratória.
- Reverter ou evitar a fadiga da musculatura respiratória; diminuir o consumo de oxigênio, dessa forma reduzindo o desconforto respiratório.
- Permitir aplicação de terapêuticas específicas.
Efeitos da vm
- aumenta crf e área de contato alvéolo capilar
- aumenta volume pulmonar prevenindo atelectasias
Modos ventilatórios controlados
Pressão
Volume
Volume: VCV - Controle do VM; Ideal para cálculos mecânica respiratória -> os ciclos são limitados a fluxo e ciclados a volume. Fixa-se a FR, o VAC e o fluxo inspiratório. O inicio da inspiração (disparo) ocorre de acordo com a FR pré-estabelecida (ex, se FR 12 ipm = disparo a cada 5 s). O disparo ocorre exclusivamente por tempo, ficando o comando sensibilidade desativado. A transição entre a inspiração e a expiração (ciclagem) ocorre após a liberação do volume corrente préestabelecido em velocidade determinada pelo fluxo
Pressão:
PCV - Controle adequado das pressões nas VA -> os ciclos são limitados a pressão e ciclados a tempo. Fixa-se a FR, o tempo inspiratório ou a relação inspiração:expiração (relação TI/TE), e o limite de pressão inspiratória. O disparo continua pré-determinado de acordo com a FR indicada, porém a ciclagem agora acontece de acordo com o tempo inspiratório ou com a relação TI/TE. VAC passa a depender da pressão inspiratória pré-estabelecida, das condições de impedância do sistema respiratório e do tempo inspiratório selecionado pelo operador.
Modos ventilatórios assistidos
Pressão de suporte
Modo de ventilação mecânica espontânea, ou seja, disparado e ciclado pelo paciente, em que o ventilador assiste à ventilação através da manutenção de uma pressão positiva pré-determinada durante a inspiração até que o fluxo inspiratório do paciente reduza-se a um nível crítico, normalmente 25% do pico de fluxo inspiratório atingido. Isto permite que o paciente controle a frequência respiratória e o tempo inspiratório e, dessa forma, o volume de ar inspirado. Assim, o volume corrente depende do esforço inspiratório, da pressão de suporte pré-estabelecida e da mecânica do sistema respiratório. Como desvantagem, este modo funciona apenas quando o paciente apresenta drive respiratório. Muito usado em paciente em processo de desmame.
Ciclo ventilatório, fases
1 Fase inspiratória: Corresponde à fase do ciclo em que o ventilador realiza a insuflação pulmonar, conforme as propriedades elásticas e resistivas do sistema respiratório. Válvula inspiratória aberta;
2 Mudança de fase (ciclagem): Transição entre a fase inspiratória e a fase expiratória;
3 Fase expiratória: Momento seguinte ao fechamento da válvula inspiratória e abertura da válvula expiratória, permitindo que a pressão do sistema respiratório equilibre-se com a pressão expiratória final determinada no ventilador; e
4 Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória (disparo): Fase em que termina a expiração e ocorre o disparo (abertura da válvula ins) do ventilador, iniciando nova fase inspiratória.
Modalidades comuns VM
Ventilação mandatária controlada
Ventilação mandatária assistida
Ventilação mandatária intermitente
Ventilação mandatória controlada: -Volume minuto: dependente da frequência e do volume corrente do ventilador. Indicações: Paciente que não conseguem realizar esforço respiratório, podendo ser por: Traumatismo raquimedular, Depressão do SNC por drogas, Bloqueio neuromuscular.
Ventilação mandatória Assistida: No modo assistido-controlado, o ventilador “percebe” o esforço inspiratório do paciente e “responde” oferecendo um volume corrente determinado. Depende do limiar de sensibilidade da válvula de demanda.
Ventilação Mandatória Intermitente: O ventilador oferece ciclos mandatórios, porém permite que ciclos espontâneos ocorram entre eles.
Ventilação não invasiva
Utilização
Usada em: Exacerbação aguda da DPOC, Edema Agudo do Pulmão, SDRA, Pneumonia Adquirida na Comunidade e Pneumonia Nosocomial (adquirida no ambiente hospitalar), Asma aguda, Desmame, IRA Pós-operatório.
VNI modos
CPAP
BILEVEL (bipap)
EAP
- CPAP: promove pressão positiva constante nas vias aéreas (na fase inspiratória e expiratória), CPAP não ventila o pcte, apenas mantém a via aérea aberta pela pressão positiva. Promove ↑CRF. Indicações: EAP cardiogênico, PO de cirurgia abdominal, Apnéia do Sono Leve/Moderada.
- Bilevel (bipap): apresenta dois níveis de pressão – IPAP (suporte inspiratório) e EPAP (pressão expiratória positiva). Na inspiração a pressão é maior na via aérea do que na expiração. Tem a variação de pressão IPAPEPAP capaz de melhorar a ventilação. Trabalha com ciclagem a fluxo e o pcte dispara a inspiração. Indicações: Hipercapnias agudas, Descanso da musculatura respiratória, EAP cardiogênico e Infecções de imunossuprimidos.
EAP: ↑pressão hidrostática provoca o extravazamento de liquido para o alvéolo, prejudicando as trocas gasosas (leva à hipoxemia). A pressão positiva ajuda a drenar. Geralmente uso CPAP em caso de EAP, mas uso bilevel caso seja EAP com hipercapnia.
Contraindicações vni
-Absolutas (sempre evitar): necessidade de intubação de emergência; parada cardíaca ou respiratória. -Relativas (analisar risco X benefício): Incapacidade de cooperar, proteger as vias aéreas, ou secreções abundantes; Rebaixamento do nível de consciência (exceto acidose hipercápnica em DPOC); Falências orgânicas não respiratórias (encefalopatias, arritmias malignas ou hemorragias digestivas graves com instabilidade hemodinâmica); Cirurgia facial ou neurológica; Trauma ou deformidade facial; Alto risco de aspiração; Obstrução das vias aéreas superiores; Anastomose de esôfago recente (evitar pressurização acima de 20cmH2O) -> pode fazer aerofagia.