Modelos Psicodinâmicos Flashcards

1
Q

O que significa “psicodinâmica”?

A

Psico- mente
Dinâmica- movimentos
Movimentos a mente aka inconsciente que influenciam os pensamentos, emoções e comportamentos conscientes

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2
Q

O que é que engloba os movimentos da mente?

A

-Forças pulsionais inconscientes
-Investimento psíquico orientado para o objeto
-Transformações progressivas ao longo do desenvolvimento
-Relação e representação em permanente dialética
-Ambiente relacional como espaço potencial

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3
Q

O que são forças pulsionais inconscientes?

A

A libido e agressividade (por exemplo) e os seus destinos como a projeção e o recalcamento

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4
Q

O que é o Investimento psíquico orientado para o objeto

A

Estamos sempre abertos a vincularmo-nos aos objetos

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5
Q

O que são as Transformações progressivas ao longo do desenvolvimento

A

Ao longo do desenvolvimento vamos tendo organizações e modos de funcionamento mais integrados e complexos. Por exemplo, um psicótico e um bebé têm a mesma organização mental fragmentada, para podermos ajudar um psicótico temos que compreender que foi um bebé e perceber o funcionamento mental arcaico

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6
Q

O que é a relação e representação em permanente dialética?

A

As representações de objeto que temos são subjetivas, a representação que tenho da minha mãe é subjectiva e não fiel à realidade, criando assim um paradoxo.

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7
Q

Porque é que o ambiente relacional é um espaço potencial?

A

O ambiente relacional permite a elaboração e expressão do sofrimento do sujeito e como tal a patologia é uma tentativa fracassada de comunicar e equilibrar necessidades de relação com o mundo exterior

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8
Q

Qual o objetivo da terapia psicodinâmica?

A

Consciencializar processos inconscientes, alertar experiências emocionais e resolver conflitos tendo em conta que não existem conflitos externos sem existirem conflitos internos (é um espelho). Visa também a mudança da vida psicológica do indivíduo englobando a sua identidade, matriz relacional e equilíbrio entre angustias e sistema defensivo

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9
Q

Psicanálise Clássica

A

topográfica, dinâmica, genética, estrutural, económica e adaptativa. Estamos sempre à procura de satisfazer desejos inconscientes (libido e agressividade)

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10
Q

Psicologia do Ego

A

Semelhante à psicanálise clássica, porém dá mais ênfase ao Ego dotando-o de mais capacidades e dá mais importância às relações interpessoais

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11
Q

Teoria das relações de objeto

A

Surge a ideia de matriz relacional, o objeto é amado/investido antes de ser apercebido e é a satisfação/frustração das necessidades que leva à organização/desorganização

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12
Q

Psicologia do Self

A

Um self saudável e organizado é criado através de experiências com relações empáticas, caso essas relações não existam o sujeito vai se sentir desorganizado e com falha de valor

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13
Q

Modelos interpessoais

A

Dá importância aos relacionamentos (reais ou de fantasia) tendo em conta as trocas e satisfação das necessidades do indivíduo. Instauram-se ciclos relacionais que repetem, compensam e tentam equilibrar necessidades relativas a tarefas de desenvolvimento que ficaram comprometidas

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14
Q

Psicanálise relacional

A

Tem em conta que somos seres relacionais e estamos sempre à procura de vínculos. Existem múltiplas configurações de Self-objeto e múltiplos estados do self que só acordam quando determinadas relações se estabelecem

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15
Q

Como é a patologia em dinâmica?

A

A patologia é vista como estando num continuo entre normal e patológico, no segundo polo está o funcionamento mental mais arcaico
A patologia vem de perturbações nas organizações e modos de funcionamento ao longo da história do indivíduo. Sendo os sintomas vistos como linguagem polissémica, não o foco da intervenção mas como útil na comunicação do sofrimento

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16
Q

Qual a diferença entre a patologia para as primeiras abordagens e as mais contemporâneas

A

Enquanto as primeiras viam a patologia como uma fixação e não satisfação das necessidades do inconsciente, as ultimas abordagens olham para a patologia como um resultado das experiências precoces (falhadas) e sobrecarga traumática com impacto na estruturação da identidade e na matriz relacional

17
Q

Quais os trabalhos que são feitos na terapia psicodiâmica?

A

Trabalho relacional- trabalhando com a matriz relacional, transferência/contratransferência
Trabalho Interpretativo- significados e trazer ao consciente o que está inconsciente
Trabalho emocional- mexendo com afetos através de uma experiência emocionalmente corretiva
Trabalho desenvolvimentista- transversal a todos os outros corrigindo falhas e défices e potenciando o desenvolvimento

18
Q

O que é a transferência?

A

Projeção e repetição com o terapeuta de dinâmicas inconscientes relativas às relações significativas

19
Q

Quais os tipos de transferência que há?

A

Positiva- aproximação do terapeuta
ou Negativa- afastamento do terapeuta

Neurótica- o paciente trata o terapeuta como se fosse alguém da sua vida (mãe, pai, marido etc)
ou Psicótica- o paciente não faz a diferenciação entre mundo exterior e a terapia, podendo pedir ao terapeuta para lhe arranjar emprego, casa etc

20
Q

O que é a contratransferência?

A

A resposta inconsciente do terapeuta face à transferência do paciente

21
Q

Quais são os tipos de contratransferência?

A

Concordante- o terapeuta sente-se como o self (sente o que o paciente está a sentir)
ou Complementar- o terapeuta sente-se o objeto (sente o que a mãe/pai/etc se sentiriam)

22
Q

Porque é que contratransferência é importante?

A

Sabendo as suas reações inconsciente o terapeuta pode não só compreender melhor as defesas do paciente como também não agir sobre a contratransferência

23
Q

Relação Sanigena

A

Nova relação, com elevado grau de intimidade, é a mesa do puzzle que permite o Handling (conexão de partes desconexas, como a emoção e ação) e o Holding (contenção de processos psíquicos)

24
Q

Intersubjetividade e o seu objetivo

A

Espaço de co-criação que é mais que a partilha de cognições explícitas, que só se elabora por ser uma experiência conjunta. Esta relação empática pode ser caracterizada como Sentir por (dar uma resposta semelhante a que uma mãe daria, por exemplo) ou Sentir com (o terapeuta e o paciente estão em completa sintonia, percebendo a experiência do paciente como se a estivesse a sentir)

O objetivo é aumentar a mentalização, autonomizar a regulação emocional e harmonizar os estados do self

24
Q

Intersubjetividade

A

Espaço de co-criação que é mais que a partilha de cognições explícitas, que só se elabora por ser uma experiência conjunta. Esta relação empática pode ser caracterizada como Sentir por (dar uma resposta semelhante a que uma mãe daria, por exemplo) ou Sentir com (experiência emergente na qual o terapeuta sente-se em sintonia com o paciente, como se percebesse a experiência dele por dentro)

25
Q

Matriz relacional

A

Conjunto de representações dinâmicas, que permite a construção da noção de uma vida mental e experiência prórpia e única

26
Q

Objeto e Self

A

Representações nucleares da matriz relacional

27
Q

Conflitos nucleares

A

Fio condutor do sofrimento do paciente, expressa:
-dificuldades estruturais de diferenciação e integração do self e do objeto
-dificuldade funcionais de relação ou comunicação

28
Q

Sistema defensivo

A

Conjunto de mecanismos para diminuir angustias, podem ser: maduros, arcaicos, adaptativos ou desadaptativos

29
Q

Ciclos relacionais

A

Englobam:
-Repetições de dimensões relacionais (o modo como me senti determina a qualidade das relações)
-Internalização do modelo (o modo como experimentei a relação influencia a forma como me trato)

Os ciclos relacionais podem ser pontuais (ativando face a experiências particulares) ou globais (todas as relações traduzem dimensões semelhantes)

30
Q

Frank Summers

A

A mudança analítica depende do paciente, pois este é que é criativo e melhora através das provisões do terapeuta

31
Q

Jeremy Safran

A

Foca-se na metacognição

32
Q

Paul Wachtel

A

Integra Cognitivo-comportamental na parte dos ciclos relacionais

33
Q

Intervenções de Suporte

A

Reforço de recursos, reduz vulnerabilidades

34
Q

Intervenções Expressivas

A

Potencia a tomada de consciência e explicita padrões disfuncionais

35
Q

traço

A

capacidade de formar laços

36
Q

Estado

A

Capacidade do paciente criar relações