Métodos quantitativos - teste 2 Flashcards

1
Q

Nos métodos de investigação e análise de dados, o que é que está ao serviço de quê?

A

A estatística está ao serviço da metodologia de investigação científica e o SPSS está ao serviço da estatística.

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2
Q

Quais são as etapas de um projeto de investigação?

A
  • delimitação/definição do problema
  • recolha bibliográfica/consulta de especialistas na área
  • formulação de hipóteses
  • identificação e operacionalização de variáveis
  • definição da amostra, plano, instrumentos e procedimentos
  • recolha dos dados
  • análise dos dados
  • discussão dos resultados
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3
Q

Quais são os 3 passos essenciais numa investigação?

A
  • qual é a análise estatística que me permite responder à questão de investigação?
  • já decidi o que quero fazer e já o realizei
  • obtive gráficos e tenho de saber interpretá-los: os meus resultados suportam ou não a teoria que levou à minha investigação?
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4
Q

O que é uma hipótese?

A

É uma proposição testável que estabelece uma possível relação entre duas variáveis.

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5
Q

O que é que uma hipótese condiciona de imediato?

A
  • o design da investigação
  • o estatuto das variáveis na investigação
  • as técnicas de análise a utilizar no tratamento de dados, recolhidos junto da população-alvo e/ou uma amostra
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6
Q

O que é uma variável?

A

Característica em estudo que varia de indivíduo para indivíduo (ou de situação para situação) e que assume um valor único para cada indivíduo num determinado momento temporal.

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7
Q

Que duas “características” podemos avaliar numa variável?

A
  • estatuto de investigação
  • natureza de medida (que tipo de variável é que tenho na minha investigação? - quantitativa ou qualitativa?)
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8
Q

Como classificar as variáveis quanto à sua natureza de medida?

A
  • variáveis qualitativas/categoriais
  • variáveis quantitativas
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9
Q

O que são variáveis qualitativas/categoriais?

A

Referem-se a qualidades dos indivíduos. Podem ser:
- variáveis dicotómicas (2 categorias)
- variáveis politómicas (3 ou mais categorias)

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10
Q

O que são variáveis quantitativas?

A

São características mensuráveis. Podem ser:
- discretas: apenas podem tomar valores inteiros (exemplo: nº de filhos, ano de escolaridade)
- contínuas: pode tomar qualquer valor inteiro ou fracionário dentro de um continuum (exemplo: altura, peso e temperatura)

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11
Q

O que são variáveis nominais?

A

Variáveis puramente qualitativas. Categorias qualitativas mutuamente exclusivas.

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12
Q

O que são variáveis ordinais?

A

Variáveis em que há recurso a alguma quantificação embora, subjacente a esta quantificação, esteja uma dimensão qualitativa. São, na base, qualitativas, mas há uma coisa que as distingue das nominais: nas ordinais consigo as ordenar do mínimo para o máximo (exemplo: ano de escolaridade, classe socioeconómica). Ordenação das categorias qualitativas.

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13
Q

O que são variáveis intervalares?

A

Naturalmente quantitativas ou numéricas (exemplo: idade, número de filhos). Intervalos idênticos em diferentes pontos da escala.

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14
Q

O que são variáveis proporcionais?

A

Variáveis naturalmente quantitativas ou numéricas com um verdadeiro ponto zero absoluto, o qual representa uma total ausência de característica (exemplo: peso). Zero absoluto.

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15
Q

Qual é a base de tomar decisões estatísticas corretas?

A

É saber identificar as variáveis.

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16
Q

As quatro escalas (nominal, ordinal, intervalar e proporcional) distribuem-se num continuum em termos do nível de quantificação, o que traz que implicações?

A
  • ao nível da formulação das hipóteses
  • ao nível das técnicas de análise de dados passíveis de serem usados
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17
Q

Tendo em conta que a forma como eu trabalho numa análise de dados com os diferentes tipos de variáveis é diferente para cada um deles, quais são as variáveis que nos dão mais liberdade para trabalhar?

A

Variáveis intervalares e proporcionais.

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18
Q

Dá exemplos de escalas de medida na definição de variáveis nominais.

A

Sexo, estado civil, cor dos olhos, profissão, nacionalidade, partido político e religião.

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19
Q

Dá exemplos de escalas de medida na definição de variáveis ordinais.

A

Classe socioeconómica (alta, média, baixa), grau de ensino (1º ciclo, 2º ciclo, 3º ciclo, secundário, superior), trimestres de gravidez (1º, 2º, 3º), itens de escala Likert.

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20
Q

Dá exemplos de escalas de medida na definição de variáveis intervalares/proporcionais.

A

Idade, peso, altura, anos de escolaridade, nº de semanas de gestação, nº de cigarros por dia, nº de filhos, nº de anos de prática desportiva, tempos de reação, soma de itens de Likert.

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21
Q

Geralmente, as pessoas não leem os resultados num artigo e passam diretamente para a discussão. Qual é o problema disso?

A

O problema é que estamos a passar à frente o passo de sermos nós próprios a interpretar os resultados.

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22
Q

Ao longo da licenciatura é importante fazer o quê?

A

Aprender a ler os resultados de uma investigação.

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23
Q

Diferentes escalas de medida têm…

A

Propriedades matemáticas distintas.

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24
Q

A cada uma das escalas de medida aplicam-se…

A

Diferentes operações estatísticas distintas.

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25
Q

De que é que dependem as decisões de que medida descritiva ou teste inferencial utilizar?

A

Depende da medida subjacente às variáveis em jogo.

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26
Q

Quando possível, porque é que devemos recolher uma variável sobre a forma intervalar?

A
  • a partir de uma variável intervalar é sempre possível chegarmos a uma variável ordinal ou nominal, a partir da recodificação da variável original;
  • o facto de as variáveis intervalares serem bastante mais flexíveis em termos da sua análise, permite o recurso a testes paramétricos (ao contrário de variáveis ordinais e nominais, onde apenas podemos recorrer a testes não-paramétricos)
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27
Q

O estatuto na investigação difere as variáveis em que tipos?

A
  • variável independente (preditor)
  • variável dependente (outcome)
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28
Q

O que é uma variável independente (ou preditor)?

A

É uma característica que o investigador manipula deliberadamente para conhecer o seu impacto numa outra variável, a variável dependente. Pode ser ou não manipulada ATIVAMENTE pelo investigador.

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29
Q

O que é uma variável dependente?

A

Variável (resposta do indivíduo) que se altera quando a VI se modifica.

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30
Q

O que é um plano de investigação?

A

Conjunto de procedimentos e orientações a que uma investigação deve obedecer tendo em vista o rigor e o valor prático da informação recolhida, nomeadamente para a testagem das hipóteses inicialmente formuladas para o problema em estudo.

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31
Q

O que é que um plano de investigação deve especificar?

A
  • junto de quem se vão recolher os dados (os participantes)
  • quem vai recolher os dados (investigadores)
  • quando e como se vão recolher os dados (design)
  • que dados vão ser recolhidos (medidas, instrumentos e variáveis)
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32
Q

Quais são os dois tipos de design (quando e como se vão recolher os dados)?

A
  • design inter-sujeitos
  • design intra-sujeitos
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33
Q

Em que consiste um design inter-sujeitos?

A

Vários grupos independentes de indivíduos são comparados numa determinada dimensão (VD).

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34
Q

Em que consiste um design intra-sujeitos?

A

Os mesmos indivíduos são avaliados em diferentes momentos temporais numa determinada dimensão.

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35
Q

Que conselhos podemos dar a alguém que está a escrever um artigo?

A

Os resultados devem começar com uma descrição concreta dos dados (médias, medianas, mínimo, máximo, desvio-padrão), ou seja, fazer uma análise descritiva dos dados ou representação gráfica - como é que os dados na minha investigação se comportam?

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36
Q

O que é a população-alvo?

A

Universo de indivíduos que estamos interessados em estudar.

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37
Q

O que é a amostra?

A

Conjunto mais restrito de indivíduos pertencente à população-alvo que será estudado na investigação em causa. A amostra deve ser representativa da população-alvo.

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38
Q

O que é a amostragem?

A

Processo através do qual a amostra é selecionada a partir da população-alvo.

39
Q

Para que serve a estatística descritiva?

A

Recorrendo a medidas descritivas de tendência central e dispersão, a estatística permite-nos, de forma sucinta e eficaz, descrever um conjunto de dados recolhidos.

40
Q

Quais são os dois ramos principais das técnicas de análise de dados quantitativos?

A
  • estatística descritiva
  • estatística inferencial
41
Q

Quais são as diferentes medidas de estatística descritiva e o que nos permitem fazer?

A
  • medidas de tendência central
  • medidas de dispersão

Permitem-nos descrever um conjunto de dados recolhidos.

42
Q

Para que serve a representação gráfica?

A

Permite-nos averiguar, visualmente, a forma da distribuição dos dados.

43
Q

De que é que depende o tipo de medidas descritivas a utilizar?

A

Depende do tipo de variável que queremos descrever. Descrever uma variável nominal, ordinal ou intervalar é completamente diferente, havendo medidas descritivas adequadas para cada uma delas.

44
Q

Para que uma variável fique bem descrita, o que é necessário?

A

Qualquer variável, para ficar bem descrita, deve incluir, pelo menos, uma medida de tendência central e uma medida de dispersão.

45
Q

O que são medidas de tendência central?

A

Conjunto de medidas que servem para descrever o centro da distribuição dos valores de uma variável na amostra em questão. Descreve onde os valores se centram.

46
Q

Quais são as medidas de tendência central?

A
  • moda
  • mediana
  • média
47
Q

O que é a moda?

A

Valor mais frequente na distribuição (quantas vezes acontece cada um dos valores? aquele que acontece mais vezes é a moda). Pode ser usada em todo o tipo de variáveis mas é mais adequada para variáveis nominais. Caso haja dois valores igualmente frequentes:

  • adjacentes, calcula-se a média de ambos
  • se não adjacente, reportam-se ambas as modas (distribuição bimodal)
48
Q

O que é a mediana?

A

Também designada de percentil 50 ou 2º quartil. Valor até ao qual se encontram pelo menos 50% dos valores da amostra, quando estes estão ordenados de valor mais baixo para o mais elevado (ordenar todos os valores e encontrar o valor do participante que fica no centro da distribuição).

  • nº ímpar de valores ordenados: a mediana é o valor que está no centro da distribuição
  • nº par de valores ordenados: a mediana é calculada através da média entre os dois valores que estão no centro da distribuição

É mais adequada para variáveis ordinais.

49
Q

O que é a média?

A

É o resultado correspondente à soma de todos os scores individuais, dividida pelo nº total de scores (somo todos os valores e divido pelo nº de participantes da amostra).

Adequada para variáveis intervalares.

50
Q

O que são medidas de dispersão?

A

Medidas adicionais para descrição dos dados que fornecem uma indicação do quanto os valores individuais da mesma variável estão próximos ou, pelo contrário, se afastam do centro da sua distribuição.

Traduz a variação dos dados em torno do valor central.

51
Q

Quais são as medidas de dispersão?

A
  • frequências
  • intervalo interquartílico
  • desvio-padrão
52
Q

O que são as frequências?

A

Número de indivíduos em cada categoria.
Adequado para variáveis nominais.

53
Q

O que é o intervalo interquartílico?

A

Diferença entre o 3º quartil e o 1º quartil. Ordeno os valores, encontro o valor que está a 25% e a 75% e subtraio um ao outro.
Indica o quão longe o 1º quartil e o 3º quartil estão do centro.

Adequado para variáveis ordinais.

54
Q

O que é o desvio-padrão?

A

Estimativa da variabilidade média (dispersão) de um conjunto de dados (raíz quadrada da variância). Expresso na mesma unidade de medida dos dados originais.

Adequado para variáveis intervalares.

55
Q

Quais são 3 tipos de representação gráfica?

A
  • gráfico circular
  • gráfico de barras
  • histograma
56
Q

Quais são os dois aspetos a ter em consideração na construção de um gráfico?

A
  • a sua eficácia na transmissão da informação pretendida
  • a sua componente estética
57
Q

O que é um gráfico circular?

A

Representação gráfica da frequência relativa (%) de cada categoria da variável. Particularmente eficaz quando as variáveis não têm demasiadas categorias.

Adequado para variáveis nominais e ordinais.

58
Q

O que é um gráfico de barras?

A

Representação gráfica da distribuição de frequências. Barras com a mesma largura e espaços entre as barras.

Adequado para variáveis nominais e ordinais.

59
Q

O que é um histograma?

A

Representação gráfica da distribuição da variável. Barras adjacentes que representam a frequência do intervalo. Intervalos com a mesma amplitude.

Adequado para variáveis intervalares/contínuas.

60
Q

Qual é a vantagem do Syntax no SPSS?

A

Permite escrever quaisquer notas que consideremos importantes. Apenas é necessário ter o cuidado de começarmos cada linha de texto com um (ou mais) asterisco(s) e terminá-la com um ponto final.

61
Q

O que é que a estatística inferencial nos permite?

A

Permite retirar conclusões acerca da população-alvo com base nos resultados obtidos na amostra daí recrutada através de um processo de inferência estatística. Engloba todos os testes estatísticos (de associações, diferenças inter ou intra-sujeitos) que permitem concluir, recorrendo a probabilidades estatísticas, se as diferenças ou associações encontradas na amostra estarão ou não presentes na população-alvo. Permite-nos dar o passo da amostra para a população-alvo.

62
Q

Qual é a essência da estatística inferencial?

A

É poder tirar conclusões acerca da população-alvo com base na amostra.

63
Q

Porque é que a amostra deve ser representativa da população-alvo e não enviesada?

A

Tentamos estudar a amostra para representar a população-alvo e, se for um retrato enviesado, não sei até que ponto aquilo que vou estudar está presente na população.

64
Q

Quais são as duas maneiras de seleção da amostra?

A
  • amostragem probabilística
  • amostragem não probabilística
65
Q

O que é a amostragem probabilística?

A
  • aleatorização dos participantes (garante a maior representatividade da população-alvo)
66
Q

Os testes estatísticos trabalham sempre com duas hipóteses estatísticas, quais são?

A

A hipótese nula e a hipótese alternativa.

67
Q

O que nos diz a hipótese nula?

A

Na população não há associação ou diferenças. Os resultados na amostra devem-se ao acaso.

68
Q

Como se comporta a hipótese nula nos testes de associação?

A

Não há associação entre as variáveis A e B.

69
Q

Como se comporta a hipótese nula nos testes de diferenças inter-sujeitos?

A

Não há diferenças entre os grupos 1 e 2 ao nível da variável X.

70
Q

Como se comporta a hipótese nula nos testes de diferenças intra-sujeitos?

A

Não há diferenças entre os momentos temporais 1 e 2 ao nível da variável Y.

71
Q

O que nos diz a hipótese alternativa?

A

Diz sempre que há associação entre variáveis ou diferenças entre grupos/momentos temporais. Os resultados não são devidos ao acaso e é bastante provável que estes existam na população-alvo.

72
Q

Como se comporta a hipótese alternativa nos testes de diferenças inter-sujeitos?

A

Há diferenças entre os grupos 1 e 2 ao nível da variável X.

72
Q

Como se comporta a hipótese alternativa nos testes de associação?

A

Há associação entre as variáveis A e B.

73
Q

Como se comporta a hipótese alternativa nos testes de diferenças intra-sujeitos?

A

Há diferenças entre os momentos temporais 1 e 2 na variável Y.

74
Q

Em que diferem as hipóteses de investigação das hipóteses nula/alternativa?

A

As hipóteses de investigação decorrem da revisão teórica e empírica da área em que o estudo se inscreve, são hipóteses teóricas que determinarão o foco da investigação e, mais concretamente, as variáveis a estudar e qual a relação esperada entre as mesmas. A sua formulação pode variar consoante o tema e a postura teórica do investigador.

As hipóteses nula e alternativa surgem na fase de análise de dados recolhidos. São hipóteses estatísticas, associadas aos próprios testes de inferência estatística, e que estão envolvidos no processo de tomada de decisão perante o resultado obtido em testes estatísticos. São formuladas sempre da mesma forma (H0 - não há associação/diferenças; H1 - há associação/diferenças).

75
Q

Quais são os dois valores de interesse que obtemos em todos os testes estatísticos inferenciais?

A
  • o valor do teste propriamente dito
  • o valor de p (probabilidade associada ao valor do teste obtido) - será o valor de p (que varia entre 0 e 1.00) que determinará se podemos ou não rejeitar a hipótese nula
76
Q

Em que consiste o valor de p?

A

Determina se devemos optar pela hipótese nula ou pela hipótese alternativa, na medida em que nos fornece uma estimativa de quantas vezes o resultado obtido no teste se deverá ao acaso.

77
Q

Quando p<.05, o que podemos dizer?

A
  • rejeitamos a hipótese nula
  • aceitamos a hipótese alternativa
  • os resultados são estatisticamente significativos
  • há associações ou diferenças significativas
78
Q

Quando p>.05, o que podemos dizer?

A
  • retemos a hipótese nula

Contudo, se:

  • p<.10, digo que os resultados são marginalmente significativos e há associação ou diferenças marginalmente significativas
  • p>.10, digo que os resultados não são estatisticamente significativos e não há associação ou diferenças
79
Q

Porque é que não é correto dizer que aceitamos a hipótese nula?

A

Não é correto dizer que aceitamos a hipótese nula, uma vez que tal formulação poderia implicar que esta resposta seria definitiva nesta área de investigação. Ao referir que retemos a hipótese nula estamos a assumir que, na nossa amostra, não temos dados que nos permitam rejeitá-la. Sempre que H0 fica connosco, não digo que a aceito, digo que retenho a H0. Mas quando p<.10, estando tão próximo de p>.05, dizemos que os resultados são marginalmente significativos, não é estatisticamente significativo, mas está próximo de ser.

80
Q

Quais são os dois grandes grupos de testes no domínio da estatística inferencial?

A
  • testes de associação
  • testes de diferenças
81
Q

Qual é a chave da tomada de decisão?

A

É a questão de investigação. Está lá algum verbo que me aponte para uma associação entre variáveis ou algum verbo que me aponte para o efeito entre VI e VD?

82
Q

Qual é o objetivo dos testes de associação?

A

Avaliar se duas (ou mais) variáveis têm alguma relação entre si. Os testes de associação permitem-nos averiguar se a variação de uma variável está associada à variação de outra(s).
Permitem testar a existência (ou não) de uma associação estatisticamente significativa entre as variáveis em causa e, caso essa exista, a força dessa associação.

83
Q

Qual é um cuidado especial a ter em conta nos testes de associação?

A

Este tipo de testes permite-nos tirar conclusões acerca da eventual associação entre as variáveis em estudo, não permitindo, sob circunstância nenhuma, retirar ilações acerca de relações de causa-efeito entre as variáveis em causa.
No âmbito desse tipo de testes, não é correto falar em variáveis independentes e dependentes. Assim, é necessário dar particular atenção à forma como os resultados são relatados de forma que não haja, subentendida, uma relação de causalidade entre as variáveis.

84
Q

Quais são os três passos nos testes de associação?

A

1º passo: grupo de testes (palavra-chave: associação)
2º passo: escala de medida das variáveis (olhar para a questão de investigação e classificar as variáveis que queremos associar)
3º passo: teste de associação adequado

85
Q

O que é o coeficiente de correlação de Pearson e quando o utilizamos?

A

Utilizamos o coeficiente de correlação de Pearson na presença de duas variáveis intervalares. O teste averigua se duas (ou mais) variavéis intervalares estão associadas. Na presença de associação significativa entre as variáveis, o coeficiente de correlação permite-nos avaliar a direção (positiva ou negativa) e magnitude (variando entre +1 e -1) dessa mesma associação.
- correlação de +1 é uma correlação positiva perfeita e graficamente obtemos um conjunto de pontos que se sobrepõem, na íntegra, a uma diagonal ascendente
- uma correlação de -1 é uma correlação negativa perfeita e graficamente obtemos um conjunto de pontos que se sobrepõem, na íntegra, a uma diagonal ascendente
- correlação de zero: ausência de relação entre as variáveis

86
Q

O que é o coeficiente de correlação de Spearman e quando o utilizamos?

A

Utilizado na presença de 2 variáveis ordinais ou 1 ordinal e 1 intervalar. Teste de associação que explora se duas (ou mais) variáveis ordinais (ou uma variável ordinal e uma intervalar) estão associadas. Permite a avaliação da força e direção dessa associação, variando entre +1 e -1.

87
Q

O que é o coeficiente de correlação de ponto-bisserial e quando o utilizamos?

A

Usado na presença de 1 variável nominal dicotómica e 1 variável intervalar. Teste de associação adequado para analisar a relação entre uma variável intervalar e uma variável nominal dicotómica, ou seja, uma variável nominal que assume apenas dois valores (e os quais devem estar codificados com 0 e 1). Também varia entre +1 e -1.

88
Q

O que é o teste do qui-quadrado e quando o utilizamos?

A

Utilizado na presença de 2 variáveis nominais ou 1 variável nominal e 1 ordinal.
Testa a independência entre as linhas e colunas de uma tabela de contingência que cruza duas variáveis nominais (ou uma variável nominal e uma ordinal), entre as quais se pretende averiguar a existência de uma associação. Este teste permite a avaliação de uma associação, embora de uma forma distinta dos coeficientes de correlação apresentados anteriormente.

89
Q

Em que consistem os testes de diferenças inter-sujeitos?

A

Em qualquer teste de diferenças inter-sujeitos, a hipótese nula (H0), é a de que não há diferenças entre os grupos A e B ao nível da variável Z. Por sua vez, a hipótese alternativa é a de que há diferenças entre os grupos A e B ao nível da variável Z.

90
Q

Quais são os 5 passos nos testes de diferenças inter-sujeitos?

A

1º passo: grupo de testes (palavra-chave: diferenças) - verificar se a questão de investigação é do tipo “há diferenças entre o grupo A e B na variável X”. Temos de ver variáveis independentes e dependentes.
2º passo: design (grupos de sujeitos independentes)
3º passo: nº de grupos de sujeitos independentes definidos pela VI (quantos grupos estão em comparação).
4º passo: escala de medida da VD
5º passo: teste de diferenças inter-sujeitos adequado.

91
Q

Em que consiste o Teste T para Amostras Independentes?

A

A variável dependente é intervalar. Averigua se as médias da variável dependente nos dois grupos em comparação diferem significativamente uma da outra. É de salientar que as médias da variável dependente dos dois grupos em comparação nunca serão exatamente iguais. O que o Teste T para Amostras Independentes faz é avaliar, com base na probabilidade associada ao resultado do teste, se a diferença das médias encontrada se deve ao acaso (o que acontece quando o resultado não é significativo) ou se deverá a diferenças que existem, de facto, na população de onde foram recrutados os dois grupos que estão a ser comparados.

92
Q

Em que consiste o Teste de Mann-Whitney?

A

Averigua se as ordens médias de dois grupos independentes ao nível de uma variável dependente ordinal diferem. Trata-se, portanto, do teste equivalente ao Teste T para Amostras Independentes, na medida em que permite comparar grupos, mas agora ao nível de uma variável dependente ordinal (e não intervalar como no caso do Teste T).