Metabolismo energético Flashcards

1
Q

Como o ATP é obtido?

A

O ATP é a fonte de energia principal para os processamentos celulares e ele pode ser obtido a partir da oxidação de carboidratos, ácidos graxos e também protéinas.

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2
Q

Que substratos estão envolvidos no metabolismo energético?

A
  • Carboidratos: glicólise, ciclo de Krebs e CTE.
  • Ácidos graxos livres: beta-oxidação.
  • Aminoácidos: O esqueleto de carbono dos AAs convergem no ciclo TCA para a conversão em intermediários, incluindo piruvato, acetil CoA, α-cetoglutarato, succinil CoA, fumarato e oxaloacetato (Fig. 38-3). O grupo amino dos AAs pode dar origem à amônia, uma substância altamente tóxica.
  • Corpos cetônicos: fígado sintetiza a partir de acetil-CoA (aminoácidos indiretamente) e exportada para a utilização em outros orgãos e tecidos, como o SNC.
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3
Q

Como a energia é armazenada?

A

O ATP não é armazenado, portanto, o corpo armazena os nutrientes para fazer a maquinaria do metabolismo energético funcionar. Armazena na forma de GLICOGÊNIO, TRIGLICERÍDEOS e também PROTEÍNAS (que também são utilizadas como fonte energética em estados metabólicos especiais, geralmente quando se os glicídeos e TGs não suprem mais as necessidades).

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4
Q

O que é a insulina?

A

É o principal hormônio anabólico. Estimula reposição do estoque de glicogênio a partir da entrada de glicose nas células (glicogênese), aumentando o estoque no fígado e músculos. Promove a síntese proteica e também inibe a proteólise, portanto, é anabólico e ANTICATABÓLICO também. Estimula o armazenamento de TG e também inibe a lipólise. É um hormônio hipoglicemiante, já que coloca glicose para dentros das células e, assim, reduz seus níveis séricos.

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5
Q

Síntese inslina:

A

Síntese – o gene para a insulina codifica a pré-pró-insulina que é processada para pró-insulina enquanto o peptídeo entra no RER. A pró-insulina contém a insulina propriamente dita, o peptídeo C e 4 aas de ligação. Enzimas de conversão processam a pró-insulina, isso já no complexo de Golgi, formando peptídeo C e a insulina, que é um hormônio formado por duas cadeias, uma alfa e uma beta conectados por duas pontes dissulfeto. Ficam armazenados em grânulos secretórios. Se a célula BETA receber o estímulo apropriado, esses grânulos são secretados por exocitose.

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6
Q

Principal estímulo para a insulina:

A

Os níveis de glicose. Uma alta de glicose no sangue aciona mecanismos intracelulares nas células BETA que culminam na secreção da insulina para a circulação sistêmica, com o objetivo de hipoglicemiar, isto é, colocar essa glicose para dentro das células.

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7
Q

Principais reguladores da insulina:

A

QUEM ESTIMULA A CÉLULA BETA – GLICOSE, ÁCIDOS GRAXOS, AMINOÁCIDOS, INERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA (COLINÉRGICA VAGAL), HORMÔNIOS INTESTINAIS (GLP-1, GIP, GASTRINA, SECRETINA).
QUEM INIBE A CÉLULA BETA – A BAIXA DE GLICOSE, FIBRAS SIMPÁTICAS PÓS-GANGLIONARES (NOREPINEFRINA) e EPINEFRINA (MEDULA SUPRARRENAL), OU SEJA, CATECOLAMINAS DE UMA FORMA GERAL VIA RECEPTORES ALFA-ADRENÉGICOS.
Porque na baixa de glicose é importante suprimir a insulina? Pois é um hormônio que tem uma importante atividade anticatabólica, inibindo a mobilização das reservas de glicogênio, lipídios e também de proteínas, ou seja, eventos necessários para uma situação de hipoglicemia, onde a catálise é necessária.

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8
Q

Como a insulina age nas células?

A

A insulina age via IR (receptor de insulina), que é do tipo tirosinocinase. A ligação da insulina ao IR dispara em seu domínio citosólico uma cascata fosforilativa que dá início ao processo de ativação proteico-enzimática que, por fim, culmina na inserção de GLUT4, antes preso em vesículas no citoplasma, na membrana plasmática. GLUT4 na membrana permite a entrada de glicose nas células.

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9
Q

A insulina age da mesma forma em todas as células?

A

NÃO! É importante lembrar que nós temos duas isoformas de GLUTs que merecem destaque, a 2 e a 4. O GLUT2 está presente em todos os tecidos, EXCETO em musculatura esquelética (ME) e tecido adiposo branco (TAB). O GLUT4 está presente na ME e no TAB.
Portanto, é somente nesses tecidos que a insulina atua de fato inserindo o GLUT4 na membrana e assim possibilitando a captação de glicose. Há uma lógica nisso, por exemplo, o cérebro não pode ter a sua oferta de glicose regulada pela insulina, a sua captação tem que ser continua e, por isso, é necessário que ele apresente outras isoformas de GLUT que não sejam depedentes de hormônios e assim possibilitem a contínua captação de glicose.

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10
Q

A insulina age em todas as células?

A

Não, como já dito, a insulina não tem como função somente inserir GLUT4 na membrana. Sua sinalização nas células induz a um estado anabólico, estimulando processos de síntese, e também anticatabólico, depletando processos de catálise, uma função que vai além das células da ME e do TAB. E tudo isso ocorre por uma via complexa de sinalização intracelular.

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11
Q

Papel do peptídeo C?

A

Pesquisas recentes mostram que o peptídeo C tem sim uma ação biológica, algo que antes era bastante questionado. Atua na homeostase glicêmica, tornando o controle da glicemia mais efetivo. Observaram isso quando a insulina exógena foi administrada conjuntamente com o peptídeo C e o observou-se uma melhora no controle glicêmico. Insulina exógena é administrada sem o peptídeo C atualmente. Ele também pode ser quantificado e, embora o peptídeo C seja produzido na mesma velocidade que a insulina, sua eliminação é diferente. A insulina é processada e eliminada principalmente no fígado, e o peptídeo C é removido pelos rins. Como a meia-vida do peptídeo C é cerca de 30 minutos e a da insulina é 5 minutos, em geral há cerca de 5 vezes mais peptídeo C que insulina no sangue. Num paciente que admistra insulina exógena, quantificar o peptídeo C é uma maneira de saber como anda a produção endógena de insulina.

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12
Q

O que é glucagon?

A

é o principal hormônio hiperglicemiante, isto é, que eleva a [ ] sérica de glicose por meio de seus efeito no fígado, onde induz gliconeogênese e glicogenólise. O fígado é de fato o seu orgão-alvo, tendo apenas pequenos efeitos nos tecidos periféricos. Produzido pelas células ALFA nas ilhotas.

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13
Q

Regulação do glucagon:

A

Assim como a insulina, o principal regulador da secreção de glucagon é a glicose. Uma queda nos nos níveis de glicose leva a uma maior secreção de glucagon, com o objetivo de hiperglicemiar o organismo.
Uma alta de insulina inibe a secreção de glucagon. Logo, numa hipoglicemia, há um aumento de glucagon tanto pela baixa de glicose diretamente quanto pela baixa de insulina que a acompanha, o que diminui a inibição sobre as células ALFA.
Catecolaminas circulantes nibem a secreção de glucagon via receptores beta-adrenérgicos.
QUEM INIBE AS CÉLULAS ALFA – alta de glicose, ácidos graxos, insulina.
QUEM ESTIMULA AS CÉLULAS ALFA – baixa de glicose, aminoácidos, catecolaminas.

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14
Q

Papel das catecolaminas no metabolismo energético:

A

norepinefrina e epinefrina são liberadas na circulação sistêmica pela medula da suprarrenal e norepinefrina também é o neurotransmissor de neurônios do SNA simpático pós-ganglionares. Um exemplo onde o efeito dessas substâncias é de fácil compreensão é no exercício. Durante a atividade física, ocorre a liberação de catecolaminas, elas inibem a liberação de insulina e estimulam a de glucagon. Inibir a insulina é importante para recrutar as vias catabólicas (quebrar as reservas), algo muito importante no exercício. Estimular glucagon é importante pois ele é hiperglicemiante (ver abaixo). Como a glicose vai entrar no músculo se a insulina não colocou o GLUT4? Há um mecanismo de translocação de GLUT4 independente da insulina, que é desencadeado pela própria atividade física

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15
Q

O que a insulina faz no fígado?

A

que pensar nos gatilhos para liberação de insulina e, logo, para as suas ações hepáticas. Basicamente, insulina é liberada pelas células BETA após as refeições, estimulada principalmente pela alta dos níveis de glicose, mas também pelos outros mecanismos, como a alta de ácidos graxos, aminoácidos, etc.
O fígado responde à insulina aumentando a utilização de glicose hepática via síntese de glicogênio; o excesso de glicose é utlizado para a síntese de ácidos graxos. Glicólise é estimulada para fornecer, através do ciclo de Krebs, síntese de acil CoA graxo. Logo, vias anabólicas de síntese de glicogênio e lipogênese (c/ utilização da glicose) são estimuladas e as vias de hepáticas de glicogenólise, gliconeogênese e lipólise são inibidas.
Insulina e a glicoquinase – o fígado apresenta GLUT2, portanto, a glicose pode entrar livremente no hepatócito se o gradiente de [ ] for forável para tal. O fígado, após a captação pelo GLUT2, prende a glicose fosforilando-a a glicose-6-fosfato e quem faz isso é a enzima glicoquinase. A insulina aumenta e expresão da hexoquinase e, dessa forma, consegue aprisionar a glicose intracelular nos hepatócitos, ou seja, bota glicose para dentro por uma outra via que não envolve em nada o GLUT4. Esse aprisionamente é essencial para os processos supracitados.
Portanto, a insulina e o fígado: aprisiona glicose, síntese de glicogênio, aumento da glicólise para aumentar o piruvato e por conseguinte também o acetil-CoA, síntese aumentada de TG a partir de uma via que envolve o acetil-CoA, inibição da glicogenólise, gliconeogênese (já tem muita glicose exógena, não precisa produzir mais endogenamente) e da lipólise.
[ via VLDL os TG produzidos no fígado são armazenados perifericamente no TAP e ME; também são armazenados no próprio fígado ]

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16
Q

Qual a relação da insulina com a utilização de glicose pelo ME e pelo TAB?

A

A tolerância à glicose refere-se a capacidade do organismo de diminuir a elevação sérica de glicose após uma refeição. Um indivídio intolerante é aquele que não consegue realizar esse controle adequadamente. Um dos modos que a insulina promove essa tolerência é através da translocação de GLUT4 para a membrana de células na ME e no TAB.
Na ME, essa glicose pode ser utilizada para repor os estoques de glicogênio e/ou utilizada como fonte energética para o trabalho muscular. No TAB, a glicose é utilizada para a glicólise, como fonte de energia para as células adiposas.
Como no fígado e no ME, o consumo excessivo de carboidratos também pode levar à lipogênese estimulada por insulina no TAB.

17
Q

Qual a relaçaõ da insulina com o armazenamento de lipídeos no tecido adiposo?

A

Atua nos adipócitos de modo a estimular o armazenamento de lipídeos.

18
Q

Qual a relação da insulina com a síntese proteica?

A

De forma geral, a insulina estimula a síntese proteica (anabólica) e inibe a proteólise (anticatabólica).

19
Q

O QUE ACONTECE EM UMA BAIXA DE INSULINA?

A

Quando ocorre uma baixa de insulina? Nos períodos interdigestivos e de jejum. A baixa desse hormônio é acompanhada da alta de outro hormônio – o GLUCAGON – que passa a ser protagonista no manejo do metabolismo energético. Como já supracitado, suas ações concentram-se principalmente no FÍGADO e são as seguintes:

  • O GLUCAGON estimula a glicogenólise a assim sustenta a produção de glicose hepática por cerca de 12 horas.
  • Ativa a via de GLICONEOGÊNESE, que se “inicia após” a glicogenólise ser utilizada como a principal via e torna-se a protagonista em jejuns prolongados.
  • Lipogênese é inibida e o fígado pode então usar os TG para obter energia e também sintetizar corpos cetônicos (cetogênese importante para o SNC em jejuns prolongados).
20
Q

O que acontece no diabetes tipo II?

A

Diabetes tipo II: ocorre uma resistência periférica à insulina de modo que a os níveis séricos de glicose não conseguem ser bem controlados. Essa resistência é disseminada? Não, é uma resistência tecido-específica que envolve principalmente a musculatura esquelética. Ocorre hiperglicemia pois a insulina não é capaz de inserir os GLUT4 na membrana das células ME. Ocorre resistência no TAB? Sim, só que esse processo do TAB tornar-se de fato resistente demora bastante, então dizemos que é a resistência na ME a responsável pela fisiopatologia do diabetes tipo II. É importante destacar que esse indivíduo vai ter hiperglicemia e também hiperinsulinemia, pois as células BETA continuarão a secretar tal hormônio já que o principal estimulador se faz muito presente – os altos níveis de glicose sérica.

21
Q

Glicose e lipídios:

A

o excesso de glicídios é convertido para lipídios e armazenado no TAB sobre a forma de TAG. Entretanto, os TAGs são quebrados e os ácidos graxos liberados, o caminho inverso não ocorre, isto é, ácido graxo não é convertido a glicose, ou eles são beta-oxidados ou reesterifcados para TAG novamente. Ou seja, glicose pode ser convertida e armazenada na forma de TAG, mas o inverno não é verdadeiro.

22
Q

Hormônios hiperglicemiantes:

A

Os hormônios HIPERGLICEMIANTES são 4: GLUCAGON, GH, ADRENALINA E CORTISOL. Na hora da hipoglicemia, primeiro age a adrenalina (medula da adrenal, controlada pelo SNA simpático). Logo depois entra o GLUCAGON com sua atuação hepática, ele é na verdade liberado até mais rápido que a adrenalina, só que seus efeitos não são tão agudos quanto o da catecolamina. E, a longo prazo, entram o GH e CORTISOL.

23
Q

Hipoglicemia, o que acontece em resposta:

A

Quando e glicemia está caindo, ou seja, num indivíduo hipoglicemiando, primeiro a secreção de insulina é inibida, o que é importante devido a sua ação anti-catabólica, que deve ser depletada. Depois entram em ação os hormônios hiperglicemiantes. E insulina realmente cai rapidamente após sua secreção diminuir, já que sua meia vida é relativamente curta, cerca de 4 minutos !

Uma pessoa em atividade física tem a sua secreção de insulina depletada e a secreção dos hormônios hiperglicemiantes é estimulada, o que é algo bem lógico tendo em vista os efeitos hormonais supracitados.

24
Q

Diabetes tipo 1 e exercício:

A

Diabetes tipo I e exercício: o paciente com diabetes tipo I é insulino-dependente, isto é, ele injeta insulina, é exógena. Num exercício físico, normalmente a pessoa diminui os níveis de insulina, já o diabético tipo I não faz isso, continua a colocar glicose para dentro do músculo além do devido, os processos de síntese continuam e a ação anti-catabólica também. Isso pode causar uma hipoglicemia, já que os processos de síntese continuam e o organismo não consegue recrutar as reservas de forma adequada devido a ação anti-catabólica da insulina.