Mercantilismo Flashcards
Quais são os pilares do pensamento mercantilista para comércio internacional?
O acúmulo de metais preciosos, incentivo à manufatura, intervenção do Estado na economia, balança comercial favorável (a balança comercial precisava ser superavitária para
evitar saída “afluxo” de metais preciosos) , protecionismo e não mutualmente benéfico (jogo de soma zero).
Comente por que os pressupostos teóricos de Hume foram
arrasadores para a concepção de política comercial do mercantilismo.
Fluxo-preço-espécie de D. Hume:
Se houver aumento da soma de dinheiro em posse de comerciantes, sua
demanda por mercadorias também aumentará; isso levará a um aumento
(gradual) dos preços. Esse aumento será espalhado para outras
mercadorias, levando a um aumento geral do nível de preços, o equivale,
queda no valor do dinheiro. [Hume tomou por ponto de partida o aumento
geral de preços na Europa na fase primitiva do mercantilismo, séculos XVI
e XVII, episódio que ficou conhecido por revolução de preços. O que
aconteceu neste episódio foi aumento na quantidade de metais preciosos
na Europa e uma queda de seu valor em função da descoberta de novas
minas e de avanços técnicos na sua extração. Ao mesmo tempo, a
economia monetária e a quantidade de mercadorias cresciam, o que exigia
ainda mais moeda – maior demanda.)
Assim, em Hume: quando a quantidade de moeda em um país dobra, não
ocorre aumento generalizado de preços, se parte disso for retirada de
circulação (crédito, por exemplo). Enquanto a demanda de mercadorias é
que induzirá que parte desse aumento de moeda entre em circulação, o que
depende, por sua vez, da quantidade de mercadorias e de seus preços que
dependem, por sua vez, do valor das mercadorias e dos metais preciosos
(moeda).
Não é necessário o equilíbrio comercial (BC>0) para que as economias
ganhem com o comércio, porque haverá um ajustamento automático do
balanço de pagamentos pela moeda em circulação/preço/mercadorias.
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2. 1. A critica de Hume sobre é sobre o aumento de preços com o acumulo de metais (e a necessidade de manter estes metais), portanto, argumentando sobre competitividade (mecanismo de fluxo de preço‑espécie).
2.Comparação de Vantagem: David Hume, em seu ensaio “Economia Política”, introduziu o conceito de vantagem comparativa. Ele argumentou que, mesmo que um país fosse menos eficiente na produção de todos os bens em relação a outro país, ainda poderia se beneficiar do comércio internacional se se concentrasse na produção daquilo em que era menos ineficiente. Isso desafiou a ideia mercantilista de que um país deveria se esforçar para ser autossuficiente em todos os aspectos, independentemente da eficiência relativa.
3.Crítica às Restrições Comerciais: Tanto Smith quanto Hume criticaram as restrições comerciais, como tarifas e quotas, defendidas pelo mercantilismo. Eles argumentaram que essas restrições prejudicavam a eficiência econômica, aumentavam os preços para os consumidores e limitavam as oportunidades de especialização e crescimento.
4.Foco no Crescimento Econômico: Smith e Hume enfatizaram o crescimento econômico como um objetivo fundamental e sustentável para uma nação. O mercantilismo estava mais preocupado em acumular ouro e prata, enquanto Smith e Hume viram a produção e o comércio como os principais impulsionadores do crescimento econômico.
Comente por que os pressupostos teóricos de Adam Smith foram arrasadores para a concepção de política comercial do mercantilismo.
Smith: um país manterá comércio com outro, caso existam ganhos claros
originados desse comércio. A riqueza está naquilo que é possível comprar
com o dinheiro e não no acúmulo de metais preciosos, como preconizavam
os mercantilistas. O comércio é um jogo de soma positiva, em que ambos
os países podem ganhar, se:
As características do processo produtivo de cada país – em termos de valor
trabalho – assim permitirem.
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Despreocupação com o saldo comercial: Os mercantilistas enfatizavam a importância de acumular ouro e prata, promovendo a exportação e limitando a importação. Adam Smith argumentou que o valor de uma nação não deveria ser medido pela quantidade de ouro e prata que ela detinha, mas sim pela produção e riqueza que criava. Ele enfatizou que o comércio deveria ser baseado na busca de vantagens mútuas, independentemente do saldo comercial, desafiando assim a visão mercantilista de buscar um superávit comercial.
Vantagens do comércio livre: Smith defendeu a ideia de que o comércio internacional e o livre mercado beneficiavam todas as nações envolvidas. Ele argumentou que o comércio permitia que as nações se especializassem na produção daquilo que eram mais eficientes em produzir, o que aumentaria a produção e a riqueza em todo o mundo. Isso ia contra a ideia mercantilista de que um país deveria buscar o autossuficiência e proteger suas indústrias nacionais através de tarifas e barreiras comerciais.
Mão invisível e autorregulação: Smith introduziu o conceito da “mão invisível”, argumentando que a busca individual do lucro levaria a resultados benéficos para a sociedade como um todo. Isso sugeria que a intervenção governamental excessiva nos assuntos econômicos era desnecessária e, muitas vezes, prejudicial. Os mercantilistas, por outro lado, advogavam o controle e a intervenção estatais na economia para promover o bem-estar nacional.
Desmantelamento de restrições comerciais: Smith recomendou o desmantelamento de restrições comerciais, como tarifas e restrições à exportação, em favor do livre comércio. Ele argumentou que isso permitiria que os países se beneficiassem das vantagens comparativas e aumentassem a produção e a prosperidade. Essa visão contrapunha-se à noção mercantilista de protecionismo e autossuficiência.
Os pressupostos de Adam Smith refletiam uma abordagem mais liberal e laissez-faire em relação à economia, que contrastava fortemente com a abordagem intervencionista do mercantilismo. Essa abordagem liberal ganhou influência significativa e moldou o pensamento econômico e as políticas comerciais nas décadas e séculos seguintes, contribuindo para a ascensão do liberalismo econômico e do livre comércio como princípios fundamentais da economia moderna.
Como é funcionamento do sistema mercantilista
Os salários e preços das mercadorias de um país x cairiam em proporção
igual, de modo que ficariam mais baratas do que as mercadorias
estrangeiras nos mercados internacionais. Assim, suas exportações (do
país X) aumentarão. Essas exportações serão pagas em dinheiro, o que
levará ao aumento da quantidade de dinheiro do país X e os preços deste
país, vão, por conseguinte, aumentar. Esse processo prosseguirá até que
o nível de dinheiro no país X se igualar ao de seus vizinhos (parceiros
comerciais).
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Exportação e Acúmulo de Metais Preciosos: Os mercantilistas acreditavam que a riqueza de uma nação era medida pela quantidade de ouro e prata que possuía. Portanto, incentivavam a exportação de bens para outros países e a acumulação de ouro e prata em troca.
Restrições à Importação: Para garantir um superávit comercial (exportações maiores que importações) e a entrada de metais preciosos, os governos frequentemente impunham restrições à importação, como tarifas e quotas, tornando os produtos estrangeiros mais caros.
Monopólios Comerciais: Os governos frequentemente concediam monopólios comerciais a empresas ou guildas, controlando assim o comércio com o exterior. Isso permitia ao Estado exercer maior controle sobre as atividades comerciais e a entrada de riqueza.
Colonialismo e Exploração: Muitas potências europeias buscaram expandir seus impérios coloniais como parte do sistema mercantilista. As colônias eram vistas como fontes de matérias-primas e mercados para produtos manufaturados, o que contribuía para o enriquecimento da metrópole.
Protecionismo e Intervenção Estatal: Os mercantilistas apoiavam a intervenção ativa do Estado na economia. Isso incluía o estabelecimento de regulamentações comerciais, subsídios à indústria e à agricultura, promoção de indústrias consideradas estratégicas e o controle de preços e salários.
Balança Comercial Favorável: A ênfase estava na obtenção de uma balança comercial favorável, ou seja, exportações superiores às importações. O superávit comercial era visto como um sinal de prosperidade e força econômica.
Teoria do Metalismo: Os mercantilistas acreditavam na teoria do metalismo, que defendia que a quantidade de riqueza em uma nação era diretamente proporcional à quantidade de ouro e prata em suas reservas.
Mercantilismo como Instrumento de Poder Político: O mercantilismo era frequentemente usado como um instrumento de poder político e nacionalismo. As nações frequentemente competiam entre si para acumular riqueza e poder, o que às vezes levava a conflitos e guerras.
No entanto, o mercantilismo foi posteriormente criticado por economistas clássicos, como Adam Smith, que argumentavam que o verdadeiro foco deveria estar na produção e na criação de valor, em oposição à acumulação de ouro e prata. O pensamento econômico evoluiu para o liberalismo econômico e o livre comércio, que se afastaram das práticas mercantilistas.