Menejo De Choque Flashcards
Síptico, Cardiogênico, hipovolêmico e obstrutivo
Qual é o manejo inicial do choque distributivo (séptico)?
Expansão volêmica: Cristaloides isotônicos (20 mL/kg em bolus IV).
Vasopressores: Iniciar norepinefrina (0,05-0,1 mcg/kg/min).
Antibióticos: Iniciar empíricos de amplo espectro assim que possível (idealmente dentro da primeira hora).
Suporte de oxigênio: Administrar para manter SpO₂ > 94%.
Corticosteroides: Considerar hidrocortisona IV se choque refratário a fluidos e vasopressores.
Qual é o manejo do choque cardiogênico?
Suporte inotrópico: Dobutamina (2-20 mcg/kg/min) para melhorar a contratilidade cardíaca.
Vasopressores: Norepinefrina se houver hipotensão grave persistente.
Monitorização invasiva: Considerar o uso de cateter de artéria pulmonar para avaliar a pressão capilar pulmonar e otimizar o tratamento.
Revascularização: Considerar angioplastia ou cirurgia de revascularização miocárdica em caso de infarto agudo do miocárdio.
Oxigenação: Suporte ventilatório se necessário (ventilação não invasiva ou intubação).
Qual é o manejo do choque hipovolêmico?
Reposição de volume: Administração rápida de cristaloides isotônicos (20 mL/kg, repetindo conforme necessário até estabilizar a PA).
Correção da causa subjacente: Tratar a perda de sangue (transfusão de concentrado de hemácias) ou de líquidos (fluidoterapia agressiva).
Monitorização hemodinâmica: Monitorar a resposta à ressuscitação com base na PA, débito urinário e sinais clínicos de perfusão.
Transfusão: Para reposição de volume em hemorragias importantes, usar concentrado de hemácias, plaquetas e plasma.
Qual é o manejo do choque obstrutivo?
Pneumotórax hipertensivo: Realizar descompressão torácica imediata com agulha ou drenagem de tórax.
Tamponamento cardíaco: Drenagem pericárdica imediata (pericardiocentese).
Embolia pulmonar maciça: Considerar trombólise com agentes trombolíticos ou embolectomia cirúrgica.
Suporte ventilatório e hemodinâmico: Oxigenação suplementar, ventilação mecânica e uso de vasopressores, como norepinefrina, se necessário.
Como é tratado o choque combinado (ex: séptico e cardiogênico)?
Expansão volêmica: Administração de cristaloides isotônicos para melhorar a pré-carga.
Vasopressores: Iniciar norepinefrina para suporte pressórico e dobutamina para melhorar a contratilidade cardíaca.
Corticosteroides: Considerar em pacientes com choque séptico refratário.
Identificar e tratar a causa subjacente: Tratar infecção, revascularização cardíaca, suporte inotrópico para disfunção miocárdica, entre outros.
Monitorização contínua: Acompanhamento com ecocardiografia e avaliação hemodinâmica invasiva, se necessário.
Quais sinais indicam o diagnóstico de choque distributivo?
Pele quente e úmida, extremidades bem perfundidas, pressão arterial baixa, aumento do débito cardíaco, e resistência vascular sistêmica diminuída. Frequentemente associado a sepse, anafilaxia, ou choque neurogênico
Como é feito o diagnóstico de choque cardiogênico?
Sinais de congestão pulmonar (estertores), edema periférico, pressão venosa jugular elevada, eletrocardiograma (ECG) com evidências de infarto, e ecocardiograma mostrando baixa contratilidade
Quais os sinais que indicam choque hipovolêmico?
Hipotensão, taquicardia, pele fria e pálida, tempo de enchimento capilar prolongado, e história de perda de volume, como hemorragia ou desidratação
Como diagnosticar o choque obstrutivo?
Distensão das veias do pescoço, hipotensão, dispneia, sinais de tamponamento cardíaco ou pneumotórax à ecografia, sinais de embolia pulmonar no exame físico e imagem
Como reconhecer o choque combinado?
Presença de sinais de múltiplos tipos de choque (ex: choque séptico com falência cardíaca). Pode apresentar sinais de hipoperfusão periférica, aumento da pressão venosa jugular, e congestão pulmonar
Como é diagnosticado o choque séptico?
Disfunção orgânica associada à sepse (sepsis-induced organ dysfunction):
Critérios de SOFA (Sequential Organ Failure Assessment), com elevação de 2 pontos ou mais em relação ao basal.
Sinais clínicos de disfunção orgânica (alteração no nível de consciência, hipotensão, oligúria, hipoxemia, etc.).
3. Hipotensão persistente:
Refratária à reposição volêmica adequada (geralmente com cristaloides).
Necessidade de vasopressores para manter uma pressão arterial média (PAM) ≥ 65 mmHg.
Lactato ≥ 2 mmol/L (indicativo de má perfusão tecidual).
Qual a importância do lactato sérico no diagnóstico de choque
Lactato elevado (>2 mmol/L) indica hipoperfusão tecidual e é um marcador de gravidade e prognóstico em estados de choque
Como o D-dímero é usado no diagnóstico de choque?
Um D-dímero elevado sugere a presença de trombose venosa, embolia pulmonar ou coagulação intravascular disseminada (CIVD), causas possíveis de choque