Limitações ao poder de tributar Flashcards

1
Q

A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios divulgarão, até o último dia do mês subsequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.

A

CERTO

Art. 162, da CR/88

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2
Q

Conforme a Constituição Federal de 1988, no que se refere às limitações do poder de tributar, é VEDADO à União e aos Municípios conceder sem lei específica, federal ou municipal, qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições.

A

CERTO

Art. 150, §6º, do CR/88.

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3
Q

É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional, ainda que se alegue tratar de medida tendente a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País.

A

ERRADO

A afirmativa está errada porque, conforme previsto no art. 151, I, da CF/88, é vedado à União instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País.

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4
Q

É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros ou do Mercosul, inclusive em relação à etapa de replicação industrial de mídias magnéticas ou ópticas, de leitura digital ou a laser.

A

ERRADO

A afirmativa está errada, pois colide com a previsão do art. 150, VI, e, da CF/88, visto que, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil (não fala nada de Mercosul) contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser.

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5
Q

É vedado à União e aos Estados instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, sendo permitida a diferenciação em função da ocupação profissional, da função exercida, da denominação jurídica dos rendimentos ou negócios realizados, ou da localização da residência do contribuinte.

A

ERRADO

A afirmativa está incorreta porque, conforme previsto no art. 150, II, da CF/88, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos.

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6
Q

É vedado à União e aos Estados utilizar tributo com efeito de confisco ou com finalidade exclusivamente arrecadatória, sem estabelecer mecanismos para excluir a exigência em função da capacidade civil ou econômica do contribuinte de fato ou de direito.

A

ERRADO

A afirmativa está errada, eis que, conforme previsto no art. 150, IV, da CF/88, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com efeito de confisco.

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7
Q

A majoração de qualquer tributo por medida provisória somente produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se for convertida em lei até o último dia do exercício em que tiver sido editada.

A

ERRADO

De acordo com o § 2.º do art. 62 da Constituição Federal de 1988 (CF), essa norma somente é aplicável para os impostos, não para qualquer tributo (gênero da espécie, na qual se incluem as taxas, contribuições, empréstimos compulsórios, contribuições de melhoria e impostos, art. 145, da CF). Além disso, mesmo para os impostos, ela não é aplicável para os impostos sobre importação, sobre exportação, IPI, IOF e impostos extraordinários.

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8
Q

A concessão de crédito presumido relativo a quaisquer impostos somente pode ser feita mediante lei complementar.

A

ERRADO

Estabelece o Art. 150, §6º da CF/88 que qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições deve ser feito por meio de LEI específica, NÃO havendo menção à reserva específica de lei complementar (salvo para o ICMS).

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9
Q

A União não pode instituir tributos de nenhuma natureza sobre o patrimônio dos estados e municípios.

A

ERRADO

A Imunidade Recíproca prevista no Art. 150, VI, “a” da CF/88 veda a tributação apenas de IMPOSTOS incidentes sobre o PATRIMÔNIO, renda ou serviços entre as pessoas políticas, abrangendo a União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

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10
Q

A fixação da base de cálculo do IPVA está sujeita à anterioridade anual, mas não à anterioridade nonagesimal.

A

CERTO

De fato, a fixação da base de cálculo do IPVA configura exceção ao princípio da anterioridade nonagesimal, porém deve respeitar o princípio da anterioridade anual, isto é, a lei que o instituiu ou majorou só permitirá a cobrança no exercício financeiro seguinte ao da sua publicação. Confira o Art. 150, §1º da CF/88.

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11
Q

Cabe à lei complementar fixar a base de cálculo do imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS, de modo que o montante do imposto a integre, também na importação do exterior.

A

ERRADO

Há 2 erros na assertiva.

Primeiro, cabe à lei complementar fixar as alíquotas máximas e mínimas do ISS. O erro está em afirmar que cabe a ela fixar a base de cálculo.

Segundo: Quanto às exportações, cabe à Lei complementar excluir da incidência do ISS as exportações de serviços para o exterior.

Conforme a CF/88:

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:

I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;

II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.

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12
Q

As relações jurídico-tributárias decorrentes de medida provisória conservam-se por esta regidas no caso de não se editar decreto legislativo no prazo de sessenta dias.

A

CERTO

De acordo com o § 3º do art. 62 da CF, as MPs não convertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável uma única vez por igual período, perderão sua eficácia. Dessa forma, as relações jurídicas decorrentes delas devem ser disciplinadas pelo Congresso, por meio de decreto legislativo.

No entanto, conforme § 11 do mesmo artigo, se não for editado o referido decreto legislativo no prazo de 60 dias após a perda de eficácia da MP, esta continuará disciplinando as relações jurídicas decorrentes dela.

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes.

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13
Q

É vedado o aumento de imposto por medida provisória que não possa ser votada no mesmo exercício financeiro de sua edição.

A

ERRADO

De acordo com o § 2º do art. 62 da CF, em regra a instituição ou majoração de imposto por medida provisória só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

Em linhas gerais, isso significa que uma MP editada em 2019 que majore imposto só produzirá efeitos em 2020 se convertida em lei ainda em 2019.

Perceba que, em regra, não há vedação para o aumento de imposto por MP. O que existe é uma condição a ser observada para a produção de efeitos no exercício financeiro seguinte.

Ademias, é importante lembrar que o disposto no § 2º possui as seguintes exceções: imposto sobre a importação (II), imposto sobre a exportação (IE), imposto sobre produtos industrializados (IPI), imposto sobre operações de crédito (IOF) e impostos extraordinários de guerra.

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14
Q

A exigibilidade de tributo instituído por medida provisória depende do cumprimento do princípio da legalidade estrita.

A

ERRADO

Conforme caput do art. 62 da CF e seu § 2º, a medida provisória não é lei, mas tem força de lei e pode ser utilizada para instituir imposto.

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15
Q

A fixação do valor da taxa por ato normativo infralegal, se em proporção razoável com os custos da atuação estatal, é permitida, devendo sua correção monetária ser atualizada em percentual não superior aos índices legalmente previstos.

A

CERTO

Não viola a legalidade tributária a lei que, prescrevendo o teto, possibilita o ato normativo infralegal fixar o valor de taxa em proporção razoável com os custos da atuação estatal, valor esse que não pode ser atualizado por ato do próprio conselho de fiscalização em percentual superior aos índices de correção monetária legalmente previstos. (STF. Plenário. RE 838284/SC, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 19/10/2016 - Repercussão Geral - Informativo 844).

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16
Q

A majoração de tributo somente pode ser estabelecida mediante lei, embora existam exceções taxativamente previstas no texto constitucional positivo, que permitam, por exemplo, a majoração por meio de decreto.

A

CERTO

Ver flashcard de exceções ao p. da legalidade.

17
Q

O princípio da anterioridade é exceção à regra que permite a cobrança de tributos imediatamente após sua instituição ou majoração.

A

ERRADO

Na verdade o princípio da anterioridade é a regra que veda a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

III - cobrar tributos:

(…)

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

18
Q

De acordo com o princípio da legalidade tributária, em sua vertente reserva legal, o imposto sobre grandes fortunas (IGF), os empréstimos compulsórios e os impostos e contribuições residuais devem ser instituídos por lei complementar.

A

CERTO

A competência tributária em regra é exercida LEI ORDINÁRIA. Entretanto, há exceções exclusivamente no caso da UNIÃO, que excepcionalmente exercerá sua competência por meio de LEI COMPLEMENTAR federal nos seguintes casos:

Empréstimos Compulsórios (Art. 148, CF/88);

Imposto sobre Grandes Fortunas (Art. 153, VII, CF/88);

Impostos residuais (Art. 154, I, CF/88);

Outras Contribuições Sociais (residuais) (Art. 195, §4º, CF/88).

19
Q

Em atenção ao princípio da progressividade tributária, é constitucional lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) com base no valor venal do imóvel.

A

ERRADO

O entendimento clássico do STF sobre o tema era de que impostos REAIS (aqueles cujo objeto de tributação é uma coisa ou bem) somente poderiam adotar a progressividade desde que houvesse uma previsão expressa na Constituição Federal (como ocorre para o IPTU e para o ITR), NÃO podendo fundamentá-la de forma genérica no princípio da capacidade contributiva.

Entretanto, no julgamento do RE 562.045/RS em 06/02/2013 o STF entendeu constitucional a adoção de alíquotas progressivas para o ITCMD (que é um imposto real), fundamentando no próprio princípio da capacidade contributiva, não havendo necessidade de existir uma autorização expressa na CF/88 (como possuem o IPTU e o ITR). Desse modo, conclui-se que a Suprema Corte mudou o seu posicionamento nesse caso específico.

Por outro lado, no tocante ao ITBI (outro imposto real), o critério quantitativo ainda NÃO PODE adotar a progressividade das alíquotas em relação ao valor venal do imóvel. Isto porque ainda está em vigor a Súmula nº 656 do STF, a qual dispõe:

Súmula nº 656 STF: É inconstitucional a lei que estabelece alíquotas progressivas para o imposto de transmissão inter vivos de bens imóveis - ITBI com base no valor venal do imóvel.

Em verdade, revelam-se tratamentos distintos em situações semelhantes, de modo que o aluno deve ficar atento ao solicitado no enunciado para melhor se posicionar (se está sendo cobrado a literalidade ou contextualizando o novo entendimento da Suprema Corte). Na presente alternativa, como não foi contextualizada a situação narrada, deve prevalecer o texto da súmula.

20
Q

É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos estados, do Distrito Federal e dos municípios.

A

ERRADO

Não é vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, desde que sejam respeitado os níveis fixados no âmbito federal (art. 151, II, da CR/88).

Trata-se de vedação especificamente direcionada à União, orientada à preservação do pacto federativo, denominada Princípio da Uniformidade da Tributação da Renda. De acordo com o professor Ricardo Alexandre, o que se busca

[…] é que a União tribute os rendimentos gerados pelos títulos estaduais e municipais de maneira mais gravosa que aqueles gerados pelo títulos que ela própria emite. Se assim não fosse, a União poderia concorrer deslealmente no mercado de títulos, pois haveria a tendência de o investidor preferir adquirir títulos federais em face da tributação privilegiada (2014, p. 134).

21
Q
A