investigação e ética Flashcards

1
Q

o que é a ética?

A

Segundo Potter Stewart, ética é saber a diferença entre o que tu tens direito de fazer e o que é certo fazer

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2
Q

pelo que se entende “crianças e jovens”?

A

todas as pessoas menores de 18 anos que beneficiem da intervenção psicológica

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3
Q

pelo que se entende “progenitor/a ou responsável legal”?

A

todos os pais e mães, biológicos ou não e as pessoas ou entidades que detenham responsabilidade parental em relação a qualquer criança ou jovem

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4
Q

o que são os princípios gerais

A

definem os valores e os fundamentos éticos que devem nortear a atuação dos psicólogos em todas as áreas de trabalho (ou seja, é igual para todos)
são abrangentes e orientadores, servem como base para o desenvolvimento dos Princípios Especificos

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5
Q

o que são as normas específicas?

A

detalham as normas e deveres éticos que se aplicam a diferentes situações e contextos da prática profissional.
concretos e diretos, fornecem orientações específicas para o dia a dia do psicólogo

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6
Q

Quais sãos os 5 princípios gerais?

A

A- Respeito pela dignidade e direitos da pessoa
B- Competência
C- Responsabilidade
D- Integridade
E- Beneficência e não maleficência

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7
Q

Quais as 8 normas específicas?

A

1- consentimento informado
2- privacidade e confidencialidade
3- relações profissionais
4- avaliação psicológica
5- prática e intervenções psicológicas
6- ensino e desenvolvimento profissional em psicologia
7- investigação
8- declarações publicas e contributo para as políticas públicas

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8
Q

a dignidade humana enquanto valor específico da pessoa, deve ser respeitada sob pena de lhe ser negada a sua própria condição.
Aceitar todas as decisões da pessoa a partir de consciência alargada e refletida.

A

Princípio A- Respeito pela dignidade e direitos da pessoa

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9
Q

os psicólogos têm como obrigação exercer a sua atividade de acordo com os pressupostos técnicos e científicos da profissão, a partir de uma formação adequada e constante atualização profissional

A

Princípio B- Competência

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10
Q

os psicólogos devem reconhecer as consequências que o seu trabalho pode ter junto das pessoas, da profissão e da sociedade em geral

A

Princípio C- Responsabilidade

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11
Q

os psicólogos devem ser fieis aos princípios de atuação da profissao, pelo que devem prevenir e evitar conflitos de interesses e quando estes surgem, devem contribuir para a sua resolução, atuando sempre de acordo com as suas obrigações profissionais

A

Princípio D- Integridade

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12
Q

os psicólogos devem ajudar o seu cliente a promover e proteger os seus legítimos interesses. não devem intervir de modo a prejudicá-lo ou causar-lhe qualquer tipo de dano, quer por ações, quer por omissão

A

princípio E- beneficência e não malificiencia

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13
Q

pelo que se entende consentimento informado?

A

A escolha de participação voluntária de uma pessoa num ato psicológico após ser-lhe dada informação sobre a natureza e curso previsível desse mesmo ato, a privacidade da informação, bem como os limites éticos e legais da mesma.
O consentimento significa que é reconhecida à pessoa a capacidade de consentir que ela recebeu toda a informação e expressou o seu acordo livremente.

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14
Q

Como se aplica o consentimento informado?

A

Os psicólogos fornecem informação aos seus clientes e asseguram a sua compreensão. A informação diz respeito às suas ações profissionais, procedimentos e consequências prováveis, realização de registos, confidencialidade da informação recolhida e limites éticos e legais da mesma.
A obtenção deve consistir numa dinâmica comunicacional entre psicólogo e cliente, de forma a promover compreensão e confiança.

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15
Q

em que situações os psicólogos podem recorrer ao consentimento presumido?

A

em situações consideradas urgentes. por exemplo, risco sério de suicídio ou homicídio, perda grave do controlo de impulsos.
ou em necessidade de uma intervenção imediata , em que a obtenção do consentimento informado não seja possível logo e não exista a convicção de que o cliente ou os seus representantes se oporiam à intervenção.

Nestas situações os psicólogos intervêm logo, assumindo o consentimento, mas devem solicitar o consentimento informado assim que possível.

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16
Q

tratando-se de uma situação urgente, qual a exceção do pedido de consentimento informado, posteriormente?

A

se se tratar de uma criança ou jovem, e a solicitação do consentimento informado ponha em causa, de forma inequívoca ou com grande probabilidade, o seu melhor interesse. O psicólogo, nesse caso deve informar, com urgência as entidades de proteção de crianças e jovens, judiciais e/ou administrativas.

17
Q

em que momentos ocorre o processo de obtenção de consentimento informado?

A

No início da relação profissional e as informações são retomadas de forma contínua sempre que se justificar, procurando otimizar o trabalho efetuado junto do cliente.
quando não é possível ser logo no início, o processo de obtenção do consentimento informado prolonga-se para além do primeiro momento em que se estabelece a relação profissional

18
Q

participação voluntária

A

a participação do cliente em atividades de avaliação e intervenção psicológica, consultoria e investigação é voluntária, com exceção das situações em que a sua autodeterminação possa ser limitada em razão da idade, competências cognitivas, estado de saúde mental ou imposições legais. porém, o respeito devido ao cliente será sempre o mesmo.

19
Q

processo de obtenção de consentimento informado com crianças e jovens

A

o consentimento é solicitado aos progenitores ou aos seus representantes legais.
De qualquer forma, as crianças, de acordo com o seu nível de maturidade, devem ser envolvidas no processo de consentimento.
A obtenção de consentimento informado por parte do menor deve ocorrer a partir dos 16 anos, para intervenções de área clínica.

20
Q

quem deve assinar o consentimento informado de uma criança com pais divorciados?

A

se nenhum deles estiver judicialmente limitado ou inibido quanto ao exercício das responsabilidades parentais, o consentimento deve ser solicitado a ambos.
Caso não seja possível, por impossibilidade ou falta de resposta de um deles, o psicólogo deve registar no processo do cliente, quais as iniciativas tomadas na tentativa de contacto, procedendo à intervenção, desde que avalie a mesma como adequada face à não participação de um dos progenitores.

21
Q

caso um dos progenitores/responsáveis legais não concordar com a intervenção, qual o processo de obtenção de consentimento informado?

A

cabe ao psicólogo ponderar as condições que tem para iniciar ou prosseguir com a mesma, devendo promover alternativas que mereçam a concordância de ambos os progenitores e que não comprometam o melhor interesse da criança ou jovem.

Há intervenções onde o consentimento de ambos os progenitores é obrigatório e nesses casos, o dissenso terá de ser resolvido com recurso a mecanismos judiciais.

22
Q

como é o processo de obtenção de consentimento informado caso a criança ou jovem discorde com o progenitor?

A

quando a criança se opõe, deve ser considerada a urgência e importância da intervenção.
o psicólogo, junto com os progenitores, deve respeitar a opinião da criança, procurando pela clarificação dos fundamentos, objetivos e princípios da intervenção, que a mesma seja aceite e investida.

Caso a criança queira e os progenitores não, deve ser promovido um consenso entre eles, caso não aconteça, se a recusa constituir risco para a criança, as entidades de proteção de crianças poderão intervir e levar a cabo a intervenção

23
Q

como é feito o registo de consentimento?

A

é obtido de forma oral ou escrita e posteriormente, documentado no processo do cliente.
Em situações específicas, como registo fotográfico, áudio ou vídeo e participação em protocolos de investigação, o consentimento deve ser escrito, explicitando o consentimento e a posterior utilização a dar aos dados obtidos.
o pedido de eliminação dos registos exige, igualmente, um consentimento informado escrito.

24
Q

qual a preocupação central na investigação?

A

o bem-estar dos participantes. deve-se articular com o princípio geral da responsabilidade social, associando à produção e comunicação de conhecimento científico válido e suscetível de melhorar o bem-estar das pessoas.

25
Q

quais os aspetos necessários para a investigação com menores?

A

-consentimento dos representantes legais e do menor
-explicação e linguagem adequada
-documentação e consentimento informado, com descrição da natureza e objetivos da investigação
-participação voluntária
-confidencialidade e limites
-a investigação deve ser alvo de avaliação por uma comissão de ética
-respeito pelos interesses superiores da criança ou adolescente