INTRODUÇÃO Flashcards

1
Q

O que é a Classificação ASA?

A

É uma escala usada para avaliar o estado físico do paciente antes de um procedimento cirúrgico, estimando o risco anestésico baseado nas condições clínicas.

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2
Q

Quais são as categorias da Classificação ASA?

A

ASA I: Paciente saudável, sem doença sistêmica.

ASA II: Doença sistêmica leve ou controlada.

ASA III: Doença sistêmica grave, limitante, mas não incapacitante.

ASA IV: Doença sistêmica grave, com risco constante à vida.

ASA V: Paciente moribundo, com expectativa de morte sem a cirurgia.

ASA VI: Paciente com morte cerebral, sendo mantido para doação de órgãos.

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3
Q

O que caracteriza um paciente ASA I?

A

Paciente saudável, sem doenças sistêmicas, com função física normal e sem risco adicional no procedimento cirúrgico.

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4
Q

Quando o paciente é classificado como ASA II?

A

: Quando o paciente tem uma doença sistêmica leve, como hipertensão controlada ou diabetes sem complicações.

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5
Q

: Qual a diferença entre ASA III e ASA IV?

A

ASA III: Doença sistêmica grave que limita atividades normais, mas não é incapacitante (ex: insuficiência cardíaca moderada).

ASA IV: Doença sistêmica grave com ameaça constante à vida (ex: insuficiência cardíaca descompensada).

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6
Q

O que significa um paciente classificado como ASA V?

A

Paciente moribundo, que provavelmente não sobreviverá sem a cirurgia (ex: aneurisma aórtico rompido).

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7
Q

Como a classificação ASA ajuda no planejamento anestésico?

A

A classificação ASA permite estimar o risco operatório e escolher a técnica anestésica mais adequada, além de auxiliar na comunicação entre a equipe cirúrgica e anestesiológica.

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8
Q

O que a classe ASA VI representa?

A

Pacientes com morte cerebral, mantidos vivos apenas para fins de doação de órgãos.

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9
Q

Quais fatores podem influenciar a classificação ASA de um paciente?

A

Idade avançada, tabagismo, obesidade, doenças cardíacas, respiratórias, renais, entre outras condições clínicas, podem aumentar a classificação ASA.

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10
Q

O que é o Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR) de Lee?

A

É uma ferramenta usada para avaliar o risco de complicações cardíacas em pacientes que serão submetidos a cirurgias não cardíacas.

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11
Q

Quais são os seis fatores de risco incluídos no IRCR de Lee?

A

Doença coronariana.
Insuficiência cardíaca.
Doença cerebrovascular (AVC ou AIT).
Insuficiência renal (creatinina ≥ 2 mg/dL).
Diabetes mellitus insulino-dependente.
Cirurgia de alto risco (cirurgia vascular, intraperitoneal ou intratorácica).

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12
Q

Como o IRCR de Lee é calculado?

A

O índice atribui 1 ponto para cada fator de risco presente. A soma dos pontos determina a categoria de risco para complicações cardíacas.

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13
Q

Como os escores do IRCR de Lee são interpretados?

A

0 pontos: Baixo risco (~0,4% de complicação cardíaca).

1 ponto: Risco moderado (~1%).

2 pontos: Risco intermediário (~2,4%).

≥ 3 pontos: Alto risco (~5,4%).

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14
Q

Quais complicações cardíacas o IRCR de Lee busca prever?

A

O índice ajuda a prever eventos como infarto agudo do miocárdio, edema pulmonar, parada cardíaca, e morte relacionada ao coração no período perioperatório.

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15
Q

: Em que situações o IRCR de Lee é mais utilizado?

A

É usado para pacientes que irão passar por cirurgias não cardíacas, especialmente cirurgias de médio ou alto risco, para orientar o manejo pré-operatório.

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16
Q

Quais são as limitações do IRCR de Lee?

A

O índice não inclui variáveis como fração de ejeção do ventrículo esquerdo, idade avançada, ou presença de arritmias, que também podem afetar o risco cardíaco perioperatório.

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17
Q

Como o IRCR de Lee influencia a conduta pré-operatória?

A

Dependendo da pontuação, pode ser necessário adiar a cirurgia para otimizar o tratamento clínico, solicitar exames adicionais, ou monitorar o paciente com mais cuidado no pós-operatório.

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18
Q

: O que deve ser considerado na avaliação pré-operatória de pacientes asmáticos?

A

Verificar se a asma está controlada, ajustar a medicação (broncodilatadores e corticosteroides), e evitar gatilhos como infecções respiratórias e exposição a alérgenos.

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18
Q

Quais são os principais pontos da avaliação respiratória em pacientes com doenças pulmonares?

A

: Incluem a história clínica (dispneia, tosse, sibilos), exame físico (ruídos respiratórios), função pulmonar (espirometria) e exames de imagem (radiografia de tórax).

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18
Q

: Como a insuficiência renal afeta o pós-operatório?

A

: Pacientes com insuficiência renal têm maior risco de complicações, como infecções, desequilíbrios hidroeletrolíticos, e necessidade de suporte dialítico, aumentando o tempo de internação.

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18
Q

O que é DPOC e quais são suas causas principais?

A

: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição caracterizada por limitação crônica do fluxo aéreo, causada principalmente pelo tabagismo e exposição prolongada a poluentes.

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18
Q

: O que caracteriza a asma?

A

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por obstrução variável do fluxo de ar e hiper-responsividade brônquica, com sintomas como sibilos, tosse e dificuldade para respirar.

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19
Q

: Quais exames são recomendados na avaliação de pacientes com DPOC ou asma antes de cirurgias?

A

Espirometria para avaliar a função pulmonar, radiografia de tórax, e gasometria arterial, especialmente em casos graves ou cirurgias de risco elevado.

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19
Q

Qual o manejo pré-operatório de pacientes com DPOC?

A

Inclui otimização da função pulmonar com broncodilatadores, corticosteroides, fisioterapia respiratória, e, em alguns casos, antibióticos e oxigenoterapia.

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19
: Quais são os parâmetros avaliados no escore Child-Pugh?
Bilirrubina. Albumina. Tempo de protrombina (INR). Ascite. Encefalopatia hepática.
19
: Quais são os sintomas mais comuns da DPOC?
: Dispneia progressiva, tosse crônica produtiva, e aumento da frequência de infecções respiratórias.
19
O que é o clearance de creatinina?
É uma medida da taxa de filtração glomerular (TFG), usada para avaliar a função renal. Reflete a capacidade dos rins de filtrar a creatinina do sangue, ajudando a identificar insuficiência renal.
19
: Qual o impacto de uma função renal reduzida na anestesia?
: Insuficiência renal pode alterar a farmacocinética de medicamentos anestésicos, exigindo ajuste nas doses para evitar toxicidade. Além disso, há maior risco de complicações hemodinâmicas e metabólicas.
19
: Por que o clearance de creatinina é importante na avaliação pré-operatória?
Porque uma função renal comprometida pode aumentar o risco de complicações durante e após a cirurgia, como retenção de fármacos anestésicos e distúrbios eletrolíticos, além de afetar a hemodinâmica.
19
Como o clearance de creatinina influencia a escolha dos anestésicos?
Pacientes com clearance reduzido podem precisar de ajuste na dose de anestésicos, especialmente aqueles que dependem de eliminação renal, como opioides e relaxantes musculares.
19
Quais cirurgias são mais críticas para pacientes com clearance de creatinina reduzido?
Cirurgias cardíacas, vasculares e abdominais são de maior risco, já que exigem maior controle hemodinâmico e podem agravar a disfunção renal.
19
Qual é o valor normal do clearance de creatinina?
Em adultos saudáveis, o clearance de creatinina varia de 90 a 130 mL/min. Valores menores podem indicar disfunção renal.
19
Quais medidas podem ser tomadas no manejo de pacientes com insuficiência renal durante a anestesia?
Manter a hidratação adequada, monitorar eletrólitos e evitar fármacos nefrotóxicos. Diuréticos e suporte dialítico podem ser necessários em casos mais graves.
19
O que é o escore Child-Pugh?
É um sistema de classificação utilizado para avaliar a gravidade da cirrose hepática e prever o prognóstico, além de estimar o risco cirúrgico.
19
O que é o escore MELD?
O MELD (Model for End-Stage Liver Disease) é usado para avaliar a gravidade da doença hepática crônica, principalmente para prever a mortalidade a curto prazo e priorizar pacientes para transplante hepático.
19
Como é feita a pontuação no escore Child-Pugh?
Cada parâmetro recebe uma pontuação de 1 a 3, dependendo da gravidade. A soma final classifica o paciente em três categorias: Classe A (5-6 pontos): Cirrose compensada, menor risco. Classe B (7-9 pontos): Cirrose descompensada, risco intermediário. Classe C (10-15 pontos): Cirrose avançada, alto risco de complicações.
19
Quais parâmetros são usados no escore MELD?
Bilirrubina sérica. Creatinina sérica. INR (Relação Internacional Normalizada). Sódio (na fórmula MELD-Na).
19
Em que situações a gasometria arterial é recomendada antes da cirurgia?
Em pacientes com doenças pulmonares graves (DPOC, insuficiência respiratória), distúrbios metabólicos graves, ou cirurgias torácicas e abdominais de grande porte.
19
Em pacientes jovens e saudáveis, quais exames são comumente indicados antes de cirurgias eletivas?
Geralmente, nenhum exame adicional é necessário, a não ser que a história clínica sugira alguma condição específica. Exames podem ser solicitados conforme o tipo de cirurgia
19
: Como o escore MELD influencia o planejamento anestésico?
Pacientes com MELD elevado têm maior risco de insuficiência hepática e renal, alterações na coagulação e complicações pós-operatórias, exigindo maior monitoramento e ajustes anestésicos.
20
Qual o tempo recomendado de jejum para líquidos claros antes da cirurgia?
2 horas. Líquidos claros incluem água, chá, café preto sem leite, sucos sem polpa e bebidas isotônicas.
20
Quais são as principais preocupações anestésicas em pacientes com cirrose?
Risco aumentado de sangramento, dificuldade no metabolismo de fármacos, ascite, encefalopatia hepática e instabilidade hemodinâmica.
20
O que pode acontecer se o paciente não seguir as regras de jejum pré-operatório?
Aumenta-se o risco de aspiração de conteúdo gástrico durante a anestesia, o que pode resultar em pneumonite aspirativa, uma complicação grave.
20
Por que o jejum de 6-8 horas é necessário para sólidos?
Alimentos sólidos demoram mais para esvaziar o estômago, aumentando o risco de aspiração se consumidos antes desse intervalo de tempo.
20
Quais são alguns fatores de risco considerados no escore de Caprini?
Idade avançada. Obesidade (IMC > 30). História de TVP ou embolia pulmonar. Imobilização prolongada. Cirurgia de grande porte. Câncer. Uso de contraceptivos orais ou terapia de reposição hormonal. Doenças cardíacas ou respiratórias.
20
O que é a trombose venosa profunda (TVP)?
A TVP ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma veia profunda, geralmente nas pernas, podendo levar a complicações graves como embolia pulmonar.
20
Qual a importância do escore Child-Pugh na anestesia?
: Ele ajuda a prever o risco de complicações perioperatórias, como hemorragia e insuficiência hepática, e auxilia na decisão sobre a viabilidade de um procedimento cirúrgico.
20
Como o escore MELD é interpretado?
MELD baixo (≤ 9): Baixo risco de mortalidade a curto prazo. MELD moderado (10-19): Risco intermediário. MELD elevado (≥ 20): Alto risco, com pior prognóstico e maior risco perioperatório.
20
: Quais ajustes podem ser necessários na anestesia de pacientes com doença hepática?
Redução de doses de fármacos hepatotóxicos, cuidado com coagulopatias, monitoramento rigoroso da função renal e eletrolítica, e suporte ventilatório devido à presença de ascite.
20
Quais exames laboratoriais são frequentemente solicitados na avaliação pré-operatória?
Hemograma, coagulograma, eletrólitos, glicemia, função renal, função hepática e, em alguns casos, gasometria arterial.
20
Em quais situações a glicemia deve ser avaliada antes da cirurgia?
: Sempre que o paciente for diabético, tiver suspeita de hiperglicemia/hipoglicemia, ou em cirurgias de grande porte e alto risco.
20
Quando é necessário solicitar eletrólitos séricos (sódio, potássio, cloro)?
Em pacientes com doenças renais, uso de diuréticos, desidratação, distúrbios eletrolíticos prévios, ou cirurgias prolongadas e de grande porte.
20
Quais fatores influenciam a solicitação de exames complementares antes de cirurgias de pequeno porte?
Em cirurgias de pequeno porte e em pacientes saudáveis, exames complementares geralmente não são necessários, a menos que haja histórico médico que justifique.
20
Quando deve ser solicitado o perfil hepático (bilirrubinas, enzimas hepáticas, albumina) antes da cirurgia?
Pacientes com doenças hepáticas conhecidas, uso de medicamentos hepatotóxicos, ou histórico de abuso de álcool.
20
: Para que tipo de paciente é indicada a função renal (ureia, creatinina) na avaliação pré-operatória?
Pacientes idosos, com doenças renais crônicas, hipertensão, diabetes, uso de nefrotóxicos, ou quando o procedimento cirúrgico envolve contraste ou risco de choque.
20
: Quando o hemograma completo deve ser solicitado antes da cirurgia?
Em pacientes com doenças crônicas (anemia, doenças hematológicas), cirurgias de médio a grande porte ou risco de perda sanguínea significativa.
20
O que é o escore de Caprini?
É uma ferramenta utilizada para avaliar o risco de TVP e embolia pulmonar em pacientes cirúrgicos, atribuindo uma pontuação baseada em fatores de risco individuais.
20
Em quais tipos de cirurgia a avaliação pré-operatória deve incluir exames mais extensos?
: Cirurgias de grande porte (como cardíacas, vasculares, abdominais), ou em pacientes com comorbidades importantes (doenças cardíacas, pulmonares, hepáticas, ou renais).
20
Para que tipo de paciente é indicado o coagulograma pré-operatório?
Pacientes com histórico de sangramento, uso de anticoagulantes, doenças hepáticas, ou que serão submetidos a cirurgias de alto risco de sangramento.
20
Qual é o tempo recomendado de jejum para sólidos antes da cirurgia?
6 a 8 horas, dependendo do tipo de alimento consumido. Refeições leves (torradas, frutas) requerem 6 horas; refeições mais pesadas (com gordura ou carne) necessitam de até 8 horas de jejum.
20
Qual é o objetivo do jejum pré-operatório?
Reduzir o risco de aspiração pulmonar de conteúdo gástrico durante a anestesia, prevenindo complicações como pneumonia aspirativa.
20
Quais são exemplos de líquidos claros permitidos até 2 horas antes da cirurgia?
Água, chá sem leite, café sem leite, sucos de frutas sem polpa (como suco de maçã) e bebidas isotônicas.
20
Quais anticoagulantes são comumente usados para a profilaxia de TVP?
Heparina não fracionada (HNF) ou heparina de baixo peso molecular (HBPM), como enoxaparina, são frequentemente usados para pacientes com risco moderado a alto de TVP.
20
: Pacientes pediátricos seguem as mesmas regras de jejum?
Sim, mas com variações: 2 horas para líquidos claros, 4 horas para leite materno, e 6 horas para leite artificial ou alimentação sólida.
20
Quando pode ser necessário modificar o tempo de jejum pré-operatório?
: Em situações como emergências cirúrgicas ou em pacientes com condições que retardam o esvaziamento gástrico (diabetes, refluxo gastroesofágico grave).
20
Quais tipos de alimentos devem ser evitados nas horas que antecedem o jejum?
Alimentos gordurosos, carnes e refeições pesadas, pois retardam o esvaziamento gástrico e podem necessitar de mais de 8 horas de jejum.
20
Quais pacientes têm maior risco de embolia pulmonar no período perioperatório?
Pacientes com fatores de risco como história de TVP, câncer, cirurgia de grande porte (especialmente ortopédica e abdominal), imobilização prolongada e idade avançada.
20
: Como os escores do Caprini são interpretados para estratificação de risco de TVP?
Baixo risco (0-1 ponto): Sem profilaxia ou apenas deambulação precoce. Risco moderado (2 pontos): Profilaxia mecânica ou anticoagulantes em alguns casos. Alto risco (3-4 pontos): Profilaxia com anticoagulantes ou dispositivos de compressão pneumática. Risco muito alto (≥ 5 pontos): Profilaxia combinada com anticoagulantes e dispositivos de compressão.
20
: O que deve ser considerado no manejo de medicamentos anticoagulantes antes de cirurgias?
: Anticoagulantes (como varfarina, heparina, NOACs) geralmente devem ser suspensos dias antes da cirurgia para evitar risco de sangramento, e a estratégia de suspensão depende do risco trombótico do paciente e do tipo de cirurgia.
20
Quais são as principais complicações da TVP e por que é importante preveni-la?
A complicação mais grave é a embolia pulmonar (EP), onde o coágulo se desloca para os pulmões, podendo causar insuficiência respiratória e até morte. A profilaxia adequada reduz esse risco.
20
Como o risco de trombose influencia a estratégia anestésica?
Pacientes com alto risco de trombose podem exigir profilaxia farmacológica pré e pós-operatória, além de monitoramento cuidadoso de sangramentos e ajuste da estratégia de anestesia regional, se aplicável.
20
: O que é a profilaxia para trombose e como ela é aplicada?
Profilaxia refere-se a medidas preventivas para evitar a formação de coágulos. Pode incluir o uso de anticoagulantes (heparina, enoxaparina) ou dispositivos de compressão pneumática para melhorar o fluxo sanguíneo
21
: Quando a profilaxia mecânica é indicada para TVP?
: Dispositivos de compressão pneumática intermitente são indicados quando há contraindicação ao uso de anticoagulantes (ex: risco de sangramento) ou como complemento para pacientes de alto risco.
21
: Quando deve ser suspenso o uso de varfarina antes de uma cirurgia?
Geralmente, 5 dias antes da cirurgia, com monitoração do INR para garantir que o paciente esteja em nível seguro para o procedimento.
21
: Como manejar os antiplaquetários (aspirina, clopidogrel) antes de uma cirurgia?
Em cirurgias de alto risco de sangramento, a aspirina pode ser suspensa 5 a 7 dias antes, exceto em pacientes com alto risco cardiovascular, onde pode ser mantida em algumas situações.
21
O que fazer com os antidiabéticos orais no dia da cirurgia?
Antidiabéticos orais como metformina devem ser suspensos no dia da cirurgia para evitar hipoglicemia ou acidose láctica, e o controle glicêmico é feito com insulina ajustada conforme necessário.
21
: Como manejar a insulina em pacientes diabéticos durante o período perioperatório?
A dose de insulina de longa ação (basal) pode ser reduzida no dia da cirurgia para evitar hipoglicemia. Insulina de ação rápida é administrada conforme controle da glicemia durante o procedimento.
22
: Qual a conduta com betabloqueadores no perioperatório?
Betabloqueadores (ex: metoprolol) devem ser mantidos, pois a suspensão abrupta pode causar taquicardia de rebote e aumentar o risco de eventos cardíacos perioperatórios.
22
: O que deve ser feito com os inibidores da ECA (IECA) antes da cirurgia?
: Há controvérsia, mas muitos recomendam suspender os IECA (ex: enalapril) no dia da cirurgia, devido ao risco de hipotensão intraoperatória. A decisão depende do risco cardiovascular do paciente.
23
Como manejar anti-hipertensivos de outras classes no perioperatório?
A maioria dos anti-hipertensivos, como bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos, deve ser mantida, exceto diuréticos de alça, que podem ser suspensos no dia da cirurgia para evitar hipovolemia.
24
Qual o manejo de estatinas no perioperatório?
: Estatinas devem ser mantidas, pois estão associadas à redução de complicações cardiovasculares perioperatórias, especialmente em pacientes de alto risco.
25
Quais medicamentos precisam de ajuste especial no perioperatório?
: Medicamentos como digoxina (risco de toxicidade), lítio (toxicidade), e imunossupressores devem ser ajustados ou monitorados cuidadosamente devido ao risco de interações ou efeitos adversos.
26
Como manejar corticosteroides em pacientes que usam doses crônicas?
: Pacientes em uso crônico de corticosteroides podem precisar de dose de estresse perioperatória para evitar crise adrenal, com aumento temporário da dose antes e após a cirurgia.
27
O que é a avaliação da via aérea no contexto da anestesia?
A avaliação da via aérea é feita para prever possíveis dificuldades na ventilação com máscara ou intubação traqueal, garantindo que a equipe anestésica esteja preparada para enfrentar complicações durante o manejo das vias aéreas.
28
O que é a Escala de Mallampati?
A Escala de Mallampati é uma ferramenta que classifica a visibilidade das estruturas orais (palato mole, úvula, pilares tonsilares) com o paciente em posição sentada e boca aberta, utilizada para prever a dificuldade de intubação.
29
Quais são as classes da Escala de Mallampati e seus significados?
Classe I: Palato mole, úvula inteira e pilares tonsilares visíveis – baixa chance de dificuldade. Classe II: Palato mole e parte da úvula visíveis – risco moderado de dificuldade. Classe III: Apenas palato mole visível, sem pilares tonsilares ou úvula completa – risco aumentado de dificuldade. Classe IV: Apenas o palato duro visível – risco alto de dificuldade de intubação.
30
O que é a distância tiromentoniana e qual sua importância na avaliação de via aérea?
A distância tiromentoniana é a distância entre o mento (queixo) e a cartilagem tireoide com o pescoço estendido. Se for menor que 6,5 cm, indica risco aumentado de dificuldade na intubação, pois sugere uma via aérea anteriorizada.
31
: O que é o teste de distância esternomentoniana e como se utiliza na predição de via aérea difícil?
É a medida da distância entre o queixo e o manúbrio esternal com o pescoço em extensão máxima. Distância inferior a 12,5 cm pode indicar dificuldade para intubação.
32
O que é o sinal de protrusão mandibular e como ele ajuda na avaliação da via aérea?
O sinal de protrusão mandibular avalia a capacidade do paciente de avançar a mandíbula. Pacientes incapazes de protrair a mandíbula (Classe C) têm maior chance de dificuldades na intubação.
33
Quais são outros fatores que aumentam a dificuldade de intubação além da Escala de Mallampati?
Pescoço curto e espesso, limitação na abertura da boca (menor que 3 cm), história de apneia do sono, trauma prévio no pescoço ou face, e obesidade são fatores que aumentam a chance de dificuldade de intubação.
34
O que é o teste de mobilidade cervical e por que é importante?
O teste de mobilidade cervical avalia a capacidade do paciente de estender o pescoço. Limitação da extensão pode dificultar o alinhamento da via aérea, tornando a intubação mais desafiadora.
35
Como a circunferência do pescoço está relacionada ao risco de via aérea difícil?
Pacientes com pescoço com circunferência maior que 43 cm (especialmente em obesos) têm maior risco de dificuldade de ventilação e intubação.
36
Quais exames ou tecnologias podem auxiliar na avaliação da via aérea difícil?
Ultrassonografia de via aérea pode ser usada para avaliar estruturas como a posição da traqueia e o grau de dificuldade na visualização das vias aéreas, ajudando a antecipar dificuldades de intubação.
37
Qual é o objetivo do controle glicêmico no pré-operatório de pacientes diabéticos?
Manter os níveis de glicose em uma faixa segura para reduzir o risco de complicações como hipoglicemia, hiperglicemia e infecções pós-operatórias, além de prevenir crises hiperglicêmicas ou cetose.
38
Quais são os alvos de glicemia recomendados no perioperatório para pacientes diabéticos?
Glicemia de 80-180 mg/dL é o alvo recomendado para evitar tanto hipoglicemia quanto hiperglicemia no período perioperatório.
39
Como ajustar a insulina no dia da cirurgia?
Insulina basal de longa duração: Administrar 50-75% da dose usual. Insulina de ação curta ou rápida: Suspender no dia da cirurgia e ajustar conforme a glicemia intraoperatória. Bomba de insulina: Continuar com a taxa basal.
40
Qual é a conduta em relação aos antidiabéticos orais no dia da cirurgia?
Suspender os antidiabéticos orais, especialmente a metformina, para evitar hipoglicemia e complicações como acidose láctica (particularmente em procedimentos de grande porte ou em pacientes com insuficiência renal).
41
Como manejar a insulina durante cirurgias longas ou de grande porte?
Monitorar a glicemia a cada 1-2 horas e ajustar a insulina intravenosa ou subcutânea conforme necessário. Em cirurgias longas, o controle rigoroso com infusão contínua de insulina pode ser indicado.
42
Quais são os riscos do hipotireoidismo não controlado em um paciente submetido à anestesia?
Hipotireoidismo grave pode aumentar o risco de hipotensão, bradicardia, hipotermia, além de deprimir a função respiratória e causar coma mixedematoso, uma emergência potencialmente fatal.
43
Como avaliar o estado da tireoide em pacientes com hipotireoidismo prévio antes da cirurgia?
Confirmar se o paciente está com os hormônios tireoidianos controlados, verificando o TSH e ajustando a reposição de levotiroxina para garantir níveis adequados no pré-operatório.
44
Qual é a conduta em pacientes com hipotireoidismo não controlado no pré-operatório?
Cirurgias eletivas devem ser adiadas até que o hipotireoidismo esteja controlado, exceto em emergências. Repor levotiroxina e monitorar sinais de melhora clínica.
45
Quais são os riscos do hipertireoidismo não controlado em pacientes submetidos à anestesia?
Hipertireoidismo pode aumentar o risco de crise tireotóxica, caracterizada por febre, taquicardia, arritmias, insuficiência cardíaca e choque, sendo uma emergência médica grave.
46
Como manejar o hipertireoidismo no pré-operatório?
Cirurgias eletivas devem ser adiadas até que o hipertireoidismo esteja controlado com medicamentos antitireoidianos (propiltiouracil, metimazol) ou beta-bloqueadores para controle dos sintomas adrenérgicos.