INTRODUÇÃO Flashcards

1
Q

O que é a Classificação ASA?

A

É uma escala usada para avaliar o estado físico do paciente antes de um procedimento cirúrgico, estimando o risco anestésico baseado nas condições clínicas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
2
Q

Quais são as categorias da Classificação ASA?

A

ASA I: Paciente saudável, sem doença sistêmica.

ASA II: Doença sistêmica leve ou controlada.

ASA III: Doença sistêmica grave, limitante, mas não incapacitante.

ASA IV: Doença sistêmica grave, com risco constante à vida.

ASA V: Paciente moribundo, com expectativa de morte sem a cirurgia.

ASA VI: Paciente com morte cerebral, sendo mantido para doação de órgãos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
3
Q

O que caracteriza um paciente ASA I?

A

Paciente saudável, sem doenças sistêmicas, com função física normal e sem risco adicional no procedimento cirúrgico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
4
Q

Quando o paciente é classificado como ASA II?

A

: Quando o paciente tem uma doença sistêmica leve, como hipertensão controlada ou diabetes sem complicações.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
5
Q

: Qual a diferença entre ASA III e ASA IV?

A

ASA III: Doença sistêmica grave que limita atividades normais, mas não é incapacitante (ex: insuficiência cardíaca moderada).

ASA IV: Doença sistêmica grave com ameaça constante à vida (ex: insuficiência cardíaca descompensada).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
6
Q

O que significa um paciente classificado como ASA V?

A

Paciente moribundo, que provavelmente não sobreviverá sem a cirurgia (ex: aneurisma aórtico rompido).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
7
Q

Como a classificação ASA ajuda no planejamento anestésico?

A

A classificação ASA permite estimar o risco operatório e escolher a técnica anestésica mais adequada, além de auxiliar na comunicação entre a equipe cirúrgica e anestesiológica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
8
Q

O que a classe ASA VI representa?

A

Pacientes com morte cerebral, mantidos vivos apenas para fins de doação de órgãos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
9
Q

Quais fatores podem influenciar a classificação ASA de um paciente?

A

Idade avançada, tabagismo, obesidade, doenças cardíacas, respiratórias, renais, entre outras condições clínicas, podem aumentar a classificação ASA.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
10
Q

O que é o Índice de Risco Cardíaco Revisado (IRCR) de Lee?

A

É uma ferramenta usada para avaliar o risco de complicações cardíacas em pacientes que serão submetidos a cirurgias não cardíacas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
11
Q

Quais são os seis fatores de risco incluídos no IRCR de Lee?

A

Doença coronariana.
Insuficiência cardíaca.
Doença cerebrovascular (AVC ou AIT).
Insuficiência renal (creatinina ≥ 2 mg/dL).
Diabetes mellitus insulino-dependente.
Cirurgia de alto risco (cirurgia vascular, intraperitoneal ou intratorácica).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
12
Q

Como o IRCR de Lee é calculado?

A

O índice atribui 1 ponto para cada fator de risco presente. A soma dos pontos determina a categoria de risco para complicações cardíacas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
13
Q

Como os escores do IRCR de Lee são interpretados?

A

0 pontos: Baixo risco (~0,4% de complicação cardíaca).

1 ponto: Risco moderado (~1%).

2 pontos: Risco intermediário (~2,4%).

≥ 3 pontos: Alto risco (~5,4%).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
14
Q

Quais complicações cardíacas o IRCR de Lee busca prever?

A

O índice ajuda a prever eventos como infarto agudo do miocárdio, edema pulmonar, parada cardíaca, e morte relacionada ao coração no período perioperatório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
15
Q

: Em que situações o IRCR de Lee é mais utilizado?

A

É usado para pacientes que irão passar por cirurgias não cardíacas, especialmente cirurgias de médio ou alto risco, para orientar o manejo pré-operatório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
16
Q

Quais são as limitações do IRCR de Lee?

A

O índice não inclui variáveis como fração de ejeção do ventrículo esquerdo, idade avançada, ou presença de arritmias, que também podem afetar o risco cardíaco perioperatório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
17
Q

Como o IRCR de Lee influencia a conduta pré-operatória?

A

Dependendo da pontuação, pode ser necessário adiar a cirurgia para otimizar o tratamento clínico, solicitar exames adicionais, ou monitorar o paciente com mais cuidado no pós-operatório.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

: O que deve ser considerado na avaliação pré-operatória de pacientes asmáticos?

A

Verificar se a asma está controlada, ajustar a medicação (broncodilatadores e corticosteroides), e evitar gatilhos como infecções respiratórias e exposição a alérgenos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

Quais são os principais pontos da avaliação respiratória em pacientes com doenças pulmonares?

A

: Incluem a história clínica (dispneia, tosse, sibilos), exame físico (ruídos respiratórios), função pulmonar (espirometria) e exames de imagem (radiografia de tórax).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

: Como a insuficiência renal afeta o pós-operatório?

A

: Pacientes com insuficiência renal têm maior risco de complicações, como infecções, desequilíbrios hidroeletrolíticos, e necessidade de suporte dialítico, aumentando o tempo de internação.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

O que é DPOC e quais são suas causas principais?

A

: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma condição caracterizada por limitação crônica do fluxo aéreo, causada principalmente pelo tabagismo e exposição prolongada a poluentes.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
18
Q

: O que caracteriza a asma?

A

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por obstrução variável do fluxo de ar e hiper-responsividade brônquica, com sintomas como sibilos, tosse e dificuldade para respirar.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

: Quais exames são recomendados na avaliação de pacientes com DPOC ou asma antes de cirurgias?

A

Espirometria para avaliar a função pulmonar, radiografia de tórax, e gasometria arterial, especialmente em casos graves ou cirurgias de risco elevado.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual o manejo pré-operatório de pacientes com DPOC?

A

Inclui otimização da função pulmonar com broncodilatadores, corticosteroides, fisioterapia respiratória, e, em alguns casos, antibióticos e oxigenoterapia.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

: Quais são os parâmetros avaliados no escore Child-Pugh?

A

Bilirrubina.
Albumina.
Tempo de protrombina (INR).
Ascite.
Encefalopatia hepática.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

: Quais são os sintomas mais comuns da DPOC?

A

: Dispneia progressiva, tosse crônica produtiva, e aumento da frequência de infecções respiratórias.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é o clearance de creatinina?

A

É uma medida da taxa de filtração glomerular (TFG), usada para avaliar a função renal. Reflete a capacidade dos rins de filtrar a creatinina do sangue, ajudando a identificar insuficiência renal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

: Qual o impacto de uma função renal reduzida na anestesia?

A

: Insuficiência renal pode alterar a farmacocinética de medicamentos anestésicos, exigindo ajuste nas doses para evitar toxicidade. Além disso, há maior risco de complicações hemodinâmicas e metabólicas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

: Por que o clearance de creatinina é importante na avaliação pré-operatória?

A

Porque uma função renal comprometida pode aumentar o risco de complicações durante e após a cirurgia, como retenção de fármacos anestésicos e distúrbios eletrolíticos, além de afetar a hemodinâmica.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Como o clearance de creatinina influencia a escolha dos anestésicos?

A

Pacientes com clearance reduzido podem precisar de ajuste na dose de anestésicos, especialmente aqueles que dependem de eliminação renal, como opioides e relaxantes musculares.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Quais cirurgias são mais críticas para pacientes com clearance de creatinina reduzido?

A

Cirurgias cardíacas, vasculares e abdominais são de maior risco, já que exigem maior controle hemodinâmico e podem agravar a disfunção renal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Qual é o valor normal do clearance de creatinina?

A

Em adultos saudáveis, o clearance de creatinina varia de 90 a 130 mL/min. Valores menores podem indicar disfunção renal.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Quais medidas podem ser tomadas no manejo de pacientes com insuficiência renal durante a anestesia?

A

Manter a hidratação adequada, monitorar eletrólitos e evitar fármacos nefrotóxicos. Diuréticos e suporte dialítico podem ser necessários em casos mais graves.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é o escore Child-Pugh?

A

É um sistema de classificação utilizado para avaliar a gravidade da cirrose hepática e prever o prognóstico, além de estimar o risco cirúrgico.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

O que é o escore MELD?

A

O MELD (Model for End-Stage Liver Disease) é usado para avaliar a gravidade da doença hepática crônica, principalmente para prever a mortalidade a curto prazo e priorizar pacientes para transplante hepático.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Como é feita a pontuação no escore Child-Pugh?

A

Cada parâmetro recebe uma pontuação de 1 a 3, dependendo da gravidade. A soma final classifica o paciente em três categorias:

Classe A (5-6 pontos): Cirrose compensada, menor risco.

Classe B (7-9 pontos): Cirrose descompensada, risco intermediário.

Classe C (10-15 pontos): Cirrose avançada, alto risco de complicações.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Quais parâmetros são usados no escore MELD?

A

Bilirrubina sérica.
Creatinina sérica.
INR (Relação Internacional Normalizada).
Sódio (na fórmula MELD-Na).

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Em que situações a gasometria arterial é recomendada antes da cirurgia?

A

Em pacientes com doenças pulmonares graves (DPOC, insuficiência respiratória), distúrbios metabólicos graves, ou cirurgias torácicas e abdominais de grande porte.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

Em pacientes jovens e saudáveis, quais exames são comumente indicados antes de cirurgias eletivas?

A

Geralmente, nenhum exame adicional é necessário, a não ser que a história clínica sugira alguma condição específica. Exames podem ser solicitados conforme o tipo de cirurgia

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
19
Q

: Como o escore MELD influencia o planejamento anestésico?

A

Pacientes com MELD elevado têm maior risco de insuficiência hepática e renal, alterações na coagulação e complicações pós-operatórias, exigindo maior monitoramento e ajustes anestésicos.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Qual o tempo recomendado de jejum para líquidos claros antes da cirurgia?

A

2 horas. Líquidos claros incluem água, chá, café preto sem leite, sucos sem polpa e bebidas isotônicas.

How well did you know this?
1
Not at all
2
3
4
5
Perfectly
20
Q

Quais são as principais preocupações anestésicas em pacientes com cirrose?

A

Risco aumentado de sangramento, dificuldade no metabolismo de fármacos, ascite, encefalopatia hepática e instabilidade hemodinâmica.

20
Q

O que pode acontecer se o paciente não seguir as regras de jejum pré-operatório?

A

Aumenta-se o risco de aspiração de conteúdo gástrico durante a anestesia, o que pode resultar em pneumonite aspirativa, uma complicação grave.

20
Q

Por que o jejum de 6-8 horas é necessário para sólidos?

A

Alimentos sólidos demoram mais para esvaziar o estômago, aumentando o risco de aspiração se consumidos antes desse intervalo de tempo.

20
Q

Quais são alguns fatores de risco considerados no escore de Caprini?

A

Idade avançada.
Obesidade (IMC > 30).
História de TVP ou embolia pulmonar.
Imobilização prolongada.
Cirurgia de grande porte.
Câncer.
Uso de contraceptivos orais ou terapia de reposição hormonal.
Doenças cardíacas ou respiratórias.

20
Q

O que é a trombose venosa profunda (TVP)?

A

A TVP ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma veia profunda, geralmente nas pernas, podendo levar a complicações graves como embolia pulmonar.

20
Q

Qual a importância do escore Child-Pugh na anestesia?

A

: Ele ajuda a prever o risco de complicações perioperatórias, como hemorragia e insuficiência hepática, e auxilia na decisão sobre a viabilidade de um procedimento cirúrgico.

20
Q

Como o escore MELD é interpretado?

A

MELD baixo (≤ 9): Baixo risco de mortalidade a curto prazo.

MELD moderado (10-19): Risco intermediário.

MELD elevado (≥ 20): Alto risco, com pior prognóstico e maior risco perioperatório.

20
Q

: Quais ajustes podem ser necessários na anestesia de pacientes com doença hepática?

A

Redução de doses de fármacos hepatotóxicos, cuidado com coagulopatias, monitoramento rigoroso da função renal e eletrolítica, e suporte ventilatório devido à presença de ascite.

20
Q

Quais exames laboratoriais são frequentemente solicitados na avaliação pré-operatória?

A

Hemograma, coagulograma, eletrólitos, glicemia, função renal, função hepática e, em alguns casos, gasometria arterial.

20
Q

Em quais situações a glicemia deve ser avaliada antes da cirurgia?

A

: Sempre que o paciente for diabético, tiver suspeita de hiperglicemia/hipoglicemia, ou em cirurgias de grande porte e alto risco.

20
Q

Quando é necessário solicitar eletrólitos séricos (sódio, potássio, cloro)?

A

Em pacientes com doenças renais, uso de diuréticos, desidratação, distúrbios eletrolíticos prévios, ou cirurgias prolongadas e de grande porte.

20
Q

Quais fatores influenciam a solicitação de exames complementares antes de cirurgias de pequeno porte?

A

Em cirurgias de pequeno porte e em pacientes saudáveis, exames complementares geralmente não são necessários, a menos que haja histórico médico que justifique.

20
Q

Quando deve ser solicitado o perfil hepático (bilirrubinas, enzimas hepáticas, albumina) antes da cirurgia?

A

Pacientes com doenças hepáticas conhecidas, uso de medicamentos hepatotóxicos, ou histórico de abuso de álcool.

20
Q

: Para que tipo de paciente é indicada a função renal (ureia, creatinina) na avaliação pré-operatória?

A

Pacientes idosos, com doenças renais crônicas, hipertensão, diabetes, uso de nefrotóxicos, ou quando o procedimento cirúrgico envolve contraste ou risco de choque.

20
Q

: Quando o hemograma completo deve ser solicitado antes da cirurgia?

A

Em pacientes com doenças crônicas (anemia, doenças hematológicas), cirurgias de médio a grande porte ou risco de perda sanguínea significativa.

20
Q

O que é o escore de Caprini?

A

É uma ferramenta utilizada para avaliar o risco de TVP e embolia pulmonar em pacientes cirúrgicos, atribuindo uma pontuação baseada em fatores de risco individuais.

20
Q

Em quais tipos de cirurgia a avaliação pré-operatória deve incluir exames mais extensos?

A

: Cirurgias de grande porte (como cardíacas, vasculares, abdominais), ou em pacientes com comorbidades importantes (doenças cardíacas, pulmonares, hepáticas, ou renais).

20
Q

Para que tipo de paciente é indicado o coagulograma pré-operatório?

A

Pacientes com histórico de sangramento, uso de anticoagulantes, doenças hepáticas, ou que serão submetidos a cirurgias de alto risco de sangramento.

20
Q

Qual é o tempo recomendado de jejum para sólidos antes da cirurgia?

A

6 a 8 horas, dependendo do tipo de alimento consumido. Refeições leves (torradas, frutas) requerem 6 horas; refeições mais pesadas (com gordura ou carne) necessitam de até 8 horas de jejum.

20
Q

Qual é o objetivo do jejum pré-operatório?

A

Reduzir o risco de aspiração pulmonar de conteúdo gástrico durante a anestesia, prevenindo complicações como pneumonia aspirativa.

20
Q

Quais são exemplos de líquidos claros permitidos até 2 horas antes da cirurgia?

A

Água, chá sem leite, café sem leite, sucos de frutas sem polpa (como suco de maçã) e bebidas isotônicas.

20
Q

Quais anticoagulantes são comumente usados para a profilaxia de TVP?

A

Heparina não fracionada (HNF) ou heparina de baixo peso molecular (HBPM), como enoxaparina, são frequentemente usados para pacientes com risco moderado a alto de TVP.

20
Q

: Pacientes pediátricos seguem as mesmas regras de jejum?

A

Sim, mas com variações: 2 horas para líquidos claros, 4 horas para leite materno, e 6 horas para leite artificial ou alimentação sólida.

20
Q

Quando pode ser necessário modificar o tempo de jejum pré-operatório?

A

: Em situações como emergências cirúrgicas ou em pacientes com condições que retardam o esvaziamento gástrico (diabetes, refluxo gastroesofágico grave).

20
Q

Quais tipos de alimentos devem ser evitados nas horas que antecedem o jejum?

A

Alimentos gordurosos, carnes e refeições pesadas, pois retardam o esvaziamento gástrico e podem necessitar de mais de 8 horas de jejum.

20
Q

Quais pacientes têm maior risco de embolia pulmonar no período perioperatório?

A

Pacientes com fatores de risco como história de TVP, câncer, cirurgia de grande porte (especialmente ortopédica e abdominal), imobilização prolongada e idade avançada.

20
Q

: Como os escores do Caprini são interpretados para estratificação de risco de TVP?

A

Baixo risco (0-1 ponto): Sem profilaxia ou apenas deambulação precoce.

Risco moderado (2 pontos): Profilaxia mecânica ou anticoagulantes em alguns casos.

Alto risco (3-4 pontos): Profilaxia com anticoagulantes ou dispositivos de compressão pneumática.

Risco muito alto (≥ 5 pontos): Profilaxia combinada com anticoagulantes e dispositivos de compressão.

20
Q

: O que deve ser considerado no manejo de medicamentos anticoagulantes antes de cirurgias?

A

: Anticoagulantes (como varfarina, heparina, NOACs) geralmente devem ser suspensos dias antes da cirurgia para evitar risco de sangramento, e a estratégia de suspensão depende do risco trombótico do paciente e do tipo de cirurgia.

20
Q

Quais são as principais complicações da TVP e por que é importante preveni-la?

A

A complicação mais grave é a embolia pulmonar (EP), onde o coágulo se desloca para os pulmões, podendo causar insuficiência respiratória e até morte. A profilaxia adequada reduz esse risco.

20
Q

Como o risco de trombose influencia a estratégia anestésica?

A

Pacientes com alto risco de trombose podem exigir profilaxia farmacológica pré e pós-operatória, além de monitoramento cuidadoso de sangramentos e ajuste da estratégia de anestesia regional, se aplicável.

20
Q

: O que é a profilaxia para trombose e como ela é aplicada?

A

Profilaxia refere-se a medidas preventivas para evitar a formação de coágulos. Pode incluir o uso de anticoagulantes (heparina, enoxaparina) ou dispositivos de compressão pneumática para melhorar o fluxo sanguíneo

21
Q

: Quando a profilaxia mecânica é indicada para TVP?

A

: Dispositivos de compressão pneumática intermitente são indicados quando há contraindicação ao uso de anticoagulantes (ex: risco de sangramento) ou como complemento para pacientes de alto risco.

21
Q

: Quando deve ser suspenso o uso de varfarina antes de uma cirurgia?

A

Geralmente, 5 dias antes da cirurgia, com monitoração do INR para garantir que o paciente esteja em nível seguro para o procedimento.

21
Q

: Como manejar os antiplaquetários (aspirina, clopidogrel) antes de uma cirurgia?

A

Em cirurgias de alto risco de sangramento, a aspirina pode ser suspensa 5 a 7 dias antes, exceto em pacientes com alto risco cardiovascular, onde pode ser mantida em algumas situações.

21
Q

O que fazer com os antidiabéticos orais no dia da cirurgia?

A

Antidiabéticos orais como metformina devem ser suspensos no dia da cirurgia para evitar hipoglicemia ou acidose láctica, e o controle glicêmico é feito com insulina ajustada conforme necessário.

21
Q

: Como manejar a insulina em pacientes diabéticos durante o período perioperatório?

A

A dose de insulina de longa ação (basal) pode ser reduzida no dia da cirurgia para evitar hipoglicemia. Insulina de ação rápida é administrada conforme controle da glicemia durante o procedimento.

22
Q

: Qual a conduta com betabloqueadores no perioperatório?

A

Betabloqueadores (ex: metoprolol) devem ser mantidos, pois a suspensão abrupta pode causar taquicardia de rebote e aumentar o risco de eventos cardíacos perioperatórios.

22
Q

: O que deve ser feito com os inibidores da ECA (IECA) antes da cirurgia?

A

: Há controvérsia, mas muitos recomendam suspender os IECA (ex: enalapril) no dia da cirurgia, devido ao risco de hipotensão intraoperatória. A decisão depende do risco cardiovascular do paciente.

23
Q

Como manejar anti-hipertensivos de outras classes no perioperatório?

A

A maioria dos anti-hipertensivos, como bloqueadores dos canais de cálcio e diuréticos, deve ser mantida, exceto diuréticos de alça, que podem ser suspensos no dia da cirurgia para evitar hipovolemia.

24
Q

Qual o manejo de estatinas no perioperatório?

A

: Estatinas devem ser mantidas, pois estão associadas à redução de complicações cardiovasculares perioperatórias, especialmente em pacientes de alto risco.

25
Q

Quais medicamentos precisam de ajuste especial no perioperatório?

A

: Medicamentos como digoxina (risco de toxicidade), lítio (toxicidade), e imunossupressores devem ser ajustados ou monitorados cuidadosamente devido ao risco de interações ou efeitos adversos.

26
Q

Como manejar corticosteroides em pacientes que usam doses crônicas?

A

: Pacientes em uso crônico de corticosteroides podem precisar de dose de estresse perioperatória para evitar crise adrenal, com aumento temporário da dose antes e após a cirurgia.

27
Q

O que é a avaliação da via aérea no contexto da anestesia?

A

A avaliação da via aérea é feita para prever possíveis dificuldades na ventilação com máscara ou intubação traqueal, garantindo que a equipe anestésica esteja preparada para enfrentar complicações durante o manejo das vias aéreas.

28
Q

O que é a Escala de Mallampati?

A

A Escala de Mallampati é uma ferramenta que classifica a visibilidade das estruturas orais (palato mole, úvula, pilares tonsilares) com o paciente em posição sentada e boca aberta, utilizada para prever a dificuldade de intubação.

29
Q

Quais são as classes da Escala de Mallampati e seus significados?

A

Classe I: Palato mole, úvula inteira e pilares tonsilares visíveis – baixa chance de dificuldade.

Classe II: Palato mole e parte da úvula visíveis – risco moderado de dificuldade.

Classe III: Apenas palato mole visível, sem pilares tonsilares ou úvula completa – risco aumentado de dificuldade.

Classe IV: Apenas o palato duro visível – risco alto de dificuldade de intubação.

30
Q

O que é a distância tiromentoniana e qual sua importância na avaliação de via aérea?

A

A distância tiromentoniana é a distância entre o mento (queixo) e a cartilagem tireoide com o pescoço estendido. Se for menor que 6,5 cm, indica risco aumentado de dificuldade na intubação, pois sugere uma via aérea anteriorizada.

31
Q

: O que é o teste de distância esternomentoniana e como se utiliza na predição de via aérea difícil?

A

É a medida da distância entre o queixo e o manúbrio esternal com o pescoço em extensão máxima. Distância inferior a 12,5 cm pode indicar dificuldade para intubação.

32
Q

O que é o sinal de protrusão mandibular e como ele ajuda na avaliação da via aérea?

A

O sinal de protrusão mandibular avalia a capacidade do paciente de avançar a mandíbula. Pacientes incapazes de protrair a mandíbula (Classe C) têm maior chance de dificuldades na intubação.

33
Q

Quais são outros fatores que aumentam a dificuldade de intubação além da Escala de Mallampati?

A

Pescoço curto e espesso, limitação na abertura da boca (menor que 3 cm), história de apneia do sono, trauma prévio no pescoço ou face, e obesidade são fatores que aumentam a chance de dificuldade de intubação.

34
Q

O que é o teste de mobilidade cervical e por que é importante?

A

O teste de mobilidade cervical avalia a capacidade do paciente de estender o pescoço. Limitação da extensão pode dificultar o alinhamento da via aérea, tornando a intubação mais desafiadora.

35
Q

Como a circunferência do pescoço está relacionada ao risco de via aérea difícil?

A

Pacientes com pescoço com circunferência maior que 43 cm (especialmente em obesos) têm maior risco de dificuldade de ventilação e intubação.

36
Q

Quais exames ou tecnologias podem auxiliar na avaliação da via aérea difícil?

A

Ultrassonografia de via aérea pode ser usada para avaliar estruturas como a posição da traqueia e o grau de dificuldade na visualização das vias aéreas, ajudando a antecipar dificuldades de intubação.

37
Q

Qual é o objetivo do controle glicêmico no pré-operatório de pacientes diabéticos?

A

Manter os níveis de glicose em uma faixa segura para reduzir o risco de complicações como hipoglicemia, hiperglicemia e infecções pós-operatórias, além de prevenir crises hiperglicêmicas ou cetose.

38
Q

Quais são os alvos de glicemia recomendados no perioperatório para pacientes diabéticos?

A

Glicemia de 80-180 mg/dL é o alvo recomendado para evitar tanto hipoglicemia quanto hiperglicemia no período perioperatório.

39
Q

Como ajustar a insulina no dia da cirurgia?

A

Insulina basal de longa duração: Administrar 50-75% da dose usual.

Insulina de ação curta ou rápida: Suspender no dia da cirurgia e ajustar conforme a glicemia intraoperatória.

Bomba de insulina: Continuar com a taxa basal.

40
Q

Qual é a conduta em relação aos antidiabéticos orais no dia da cirurgia?

A

Suspender os antidiabéticos orais, especialmente a metformina, para evitar hipoglicemia e complicações como acidose láctica (particularmente em procedimentos de grande porte ou em pacientes com insuficiência renal).

41
Q

Como manejar a insulina durante cirurgias longas ou de grande porte?

A

Monitorar a glicemia a cada 1-2 horas e ajustar a insulina intravenosa ou subcutânea conforme necessário. Em cirurgias longas, o controle rigoroso com infusão contínua de insulina pode ser indicado.

42
Q

Quais são os riscos do hipotireoidismo não controlado em um paciente submetido à anestesia?

A

Hipotireoidismo grave pode aumentar o risco de hipotensão, bradicardia, hipotermia, além de deprimir a função respiratória e causar coma mixedematoso, uma emergência potencialmente fatal.

43
Q

Como avaliar o estado da tireoide em pacientes com hipotireoidismo prévio antes da cirurgia?

A

Confirmar se o paciente está com os hormônios tireoidianos controlados, verificando o TSH e ajustando a reposição de levotiroxina para garantir níveis adequados no pré-operatório.

44
Q

Qual é a conduta em pacientes com hipotireoidismo não controlado no pré-operatório?

A

Cirurgias eletivas devem ser adiadas até que o hipotireoidismo esteja controlado, exceto em emergências. Repor levotiroxina e monitorar sinais de melhora clínica.

45
Q

Quais são os riscos do hipertireoidismo não controlado em pacientes submetidos à anestesia?

A

Hipertireoidismo pode aumentar o risco de crise tireotóxica, caracterizada por febre, taquicardia, arritmias, insuficiência cardíaca e choque, sendo uma emergência médica grave.

46
Q

Como manejar o hipertireoidismo no pré-operatório?

A

Cirurgias eletivas devem ser adiadas até que o hipertireoidismo esteja controlado com medicamentos antitireoidianos (propiltiouracil, metimazol) ou beta-bloqueadores para controle dos sintomas adrenérgicos.