INFECTOLOGIA PEDIÁTRICA Flashcards

1
Q

Quais os principais agentes do resfriado comum (Rinofaringite aguda) ?

A
  • Rinovírus em 50%;
  • Coronavírus, influenza, VSR, parainfluenza.
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2
Q

Como ocorre a transmissão das IVAS ?

A

Transmissão: gotículas e contato, principalmente em escolas e domicílio

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3
Q

Quais os principais características clínicas de pacientes com resfriado e gripe ?

A

Odinofagia; Coriza; Obstrução nasal; Espirros; Tosse seca; Febre de intensidade variável. Determinados tipos de vírus podem também causar diarreia (sinais sistêmicos).

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4
Q

O resfriado comum tem pico e duração de quantos dias?

A

pico entre 2 a 3 dias, podendo durar de 10 a 14 dias

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5
Q

Quais os principais diagnósticos diferenciais do resfriado comum?

A

Possui as mesmas manifestações iniciais de várias doenças

  1. sarampo, coqueluche, meningocócica ou gonocócica;
  • A identificação de vírus é desnecessária;
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6
Q

Como tratar um resfriado comum?

A

Tratamento geral:

  • Repouso no período febril;
  • Hidratação e dieta conforme aceitação;
  • Higiene e desobstrução nasal;
  • Antitérmico e analgésico.
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7
Q

Quais as principais complicações do resfriado comum ?

A

Complicações:

  • OMA;
  • Sinusite bacteriana;
  • Exacerbação de asma;
  • Infecção de via aérea inferior.
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8
Q

Qual o principal agente etiológico da GRIPE

A

vírus influenza

  • A (sazonal e pandêmico)
    • 2 tipos (H1N1/H3N2)
  • B (contínuo).
    • 2 tipos tambem
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9
Q

Qual vacina cobre os 4 subtipos do vírus influenza ?

A

Quadrivalente

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10
Q

Quais os principais mecanismos de mutação do vírus influenza (2) e quais suas características ?

A

Mecanismos de mutação:

  1. Drift Antigênico;
    • Geram alterações antigênicas que impedem o reconhecimento do vírus pelos anticorpos do hospedeiro;
    • Faz com que seja necessário a vacina da gripe anual.
  2. Shift Antigênico:
    • Alteração abrupta e importante em um vírus influenza A;
    • Menos frequentes que os drift, resultando em novas proteínas (HA e NA).

(HA - hemaglutida - entrada do vírus na célula // NA - Neuraminidase - saída do vírus da célula)

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11
Q

Para quais grupos estão indicados testes diagnóticos de síndrome gripal?

A
  1. < 5 anos, especialmente para os < 2 anos de idade;
  2. Pacientes com doenças crônicas;
  3. População indígena;
  4. Pacientes com tuberculose;
  5. Uso de aspirina (risco aumentado de síndrome de Reye).
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12
Q

Quais grupos estão mais suscetíveis às complicações da síndrome gripal?

A

Idade: < 2 anos, > 60 anos

Doenças crônicas:
- Respiratórias (asma);
- Neurológicas;
- Cardiovasculares;
- Renais;
- Hepáticas;
- Hematológicas (ex: anemia falciforme);
- DM
- Imunodeficiências;
- Obesidade.

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13
Q

Quais as principais complicações da síndrome gripal?

A
  • Síndrome respiratória aguda grave;
  • Infecção bacteriana secundária
    • (OMA, Sinusite, pneumonia);
  • Miocardite;
  • Encefalite;
  • Polirradiculoneurite (Guillain-Barré);
  • Miosite, rabdomiólise.
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14
Q

Como definir uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):

A

Síndrome gripal + sinais de exacerbação da doença de base;

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15
Q

Quais as manifestações clínicas de uma Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):

A
  • Taquidispneia;
  • Saturação < 95%;
  • Piora de doença de base;
  • Hipotensão arterial;

OU

  • Indivíduo de qualquer idade com quadro de insuficiência respiratória aguda, durante período sazonal.
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16
Q

Qual o tratamento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG):

A
  • Suporte;
  • Hidratação;
  • Repouso e sintomáticos;
  • Analgésicos e antitérmicos (com exceção do AAS pelo risco de eventos adversos, em especial a síndrome de Reye).
  • Antivirais: Oseltamivir (VO) e Zanamivir (inalatório)  inibidores da neuraminidase;
    • Eficácia com início nas primeiras 48 horas de sintomas;
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17
Q

Na Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), quem terá benefício do uso de antivirais ?

A
  1. Pct que possui fator de risco para complicações de SRAG;
    - < 5 anos (principalmente <2 anos);
    - Doença pulmonar crônica (DPOC);
    - População indígena aldeada;
    - Pacientes com tuberculose;
    - Uso de aspirina (AAS).
  2. Quem está grave ou tem chance de ficar grave;
    - Oseltamivir pode ser benéfico para pacientes hospitalizados, mesmo se iniciado quatro a cinco dias após início dos sintomas;
  3. Dose é diferente entre > 1 ano e < 1 ano.
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18
Q

Quem deve ser internado na Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ?

A

Se pct com:
- Desconforto respiratório;
- Desidratação ou incapacidade de hidratação oral;
- Descompensação de doença de base;
- Complicações graves.

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19
Q

O que é a síndrome de reye?

A

É uma inflamação e inchaço do cérebro associada a uma degeneração e perda da função hepática.

A causa da síndrome de Reye é desconhecida, mas ela pode ser desencadeada por uma infecção viral e pelo uso de aspirina.

20
Q

A CRUPE viral é uma síndrome viral que engloba quais agentes principais?

A

Parainfluenza (1, 2 e 3);
Influenza;
VSR;
Adenovírus;
SARS-CoV-2 (Omicron);

  • Exceção: Mycoplasma pneumoniae em > 5 anos.
21
Q

Como se define a síndrome do CRUPE e quais suas características clínicas ?

A

Obstrução de via aérea superior (diferente do broncoespasmo - VA Inf.)

Rouquidão;
Tosse ladrante;
Estridor inspiratório; Desconforto respiratório

22
Q

A CRUPE obrigatóriamente obstrui via aérea superior, mas pode atingir tambem a inferior?

A

Sim, Pode ser laringite (majoritariamente), laringotraqueite, laringotraqueobronquite (rouquidão, tosse ladrante + SIBILOS)

23
Q

Sobre a CRUPE, qual faixa etária e por que é mais frequente nas crianças?

A

1 a 6 anos de idade, pico em 18 meses;

Qualquer mínima alteração no calibre da via aérea dos bebês representa um grande bloqueio da passagem de ar
- 1 mm de edema subglótico causa 50% de redução no calibre da traqueia

24
Q

Qual o quadro clínico inicial da CRUPE e quais suas complicações?

A

Febre, tosse, coriza e rinorreia; evoluindo para obstrução de VAS entre 12 e 48h:

25
Q

Qual o tratamento da CRUPE (3 - gravidade) ?

A
  1. Crupe leve:
    - Dexametasona (0,15 – 0,3 mg/kg);
    - Alta hospitalar
  2. Crupe moderado:
    - Nebulização com epinefrina: 0,5 mL/kg (máx mL);
    - Dexametasona 0,3-0,6 mg/kg;
    • Opções: budesonida inalatório 2 mg ou prednisolona 1 mg/kg.
    • Observação por 3-4 horas e alta para casa ou admissão hospitalar
      (rebote).
  3. Crupe severo:
    - Nebulização com epinefrina;
    - Dexametasona 0,6 mg/kg;
    - Admissão na unidade de terapia intensiva
    • Risco de IRpA
26
Q

Qual a definição de Otite Média Aguda e qual sua população prevalente?

A

A OMA é uma inflamação da mucosa da membrana timpânica em associação com uma efusão em orelha média;

  • Maior incidência em lactentes e pré-escolares
27
Q

Quais os principais agentes etiológicos da OMA ?

A

Agentes etiológicos:
Vírus:
- VSR;
- Rhinovirus;
- Adenovírus;
- Influenza.

Bacterianos:
- Streptococcus pneumoniae;
- Haemophilus influenzae não tipável;
- Moraxella catarrhalis.

28
Q

Quais os principais fatores de risco para desenvolver OMA ?

A
  1. IVAS de Repetição;
  2. Idade;
  3. Creche;
  4. Falta de aleitamento materno;
  5. Uso de chupetas entre 6 e 12 meses de idade;
  6. Exposição a tabaco e poluição.
29
Q

Qual o quado clínico da OMA?

A

Febre; Otalgia (interpretação difícil); Diminuição auditiva; Irritabilidade; Anorexia; Cefaleia; Vômitos; Otorreia – requer atenção.

30
Q

Quais as características para o diagnóstico da OMA?

A

Dx é Clínico!

  • Efusão + sinais de inflamação em orelha média;
  • Abaulamento da membrana timpânica;
  • Perfuração da membrana timpânica com otorreia purulenta.
  • Início súbito de otalgia e febre.
  • Abaulamento da membrana é o sinal de maior sensibilidade (importância de fazer a otoscopia);
  • Membrana menos brilhante, opaca é pouco sensível.
31
Q

Como diferenciar e qual o tratamento da OMA ?
(leve x severa)

A

leve - só obsrvar
- quadros unilaterais sem sintomas severos

severa
- Toxemia;
- Otalgia > 48h;
- Temperatura > 39 ºC;
- Incerteza sobre reavaliação

  • Amoxicilina é o tratamento inicial!
32
Q

Quando dobrar a dose e prolongar o tratamento de uma OMA ?

A
  • Se uso de antibiótico, no último mês;
  • Frequência à creche;
  • < 2 anos
33
Q

Na OMA, sob suspeita de H. influenzae, qual associação realizar?

A

Clavulin (amoxicilina + clavulanato)

34
Q

Quais as complicações de OMA e qual o tatamento ?

A
  • Mastoidite;
  • OMA supurativa
  • OMA recorrente (+ que 3 em 6 meses ou + que 4 em 1 ano);
  • Meningite.
  • Cef de 3ª
35
Q

Quais os 2 principais fatores predisponentes para o desenvolvimento de sinusite ?

A

IVAS e rinite alérgica;

36
Q

Sobre a sinusite, quais os principais agentes etiológicos ?

A
  • Streptococcus pneumoniae
  • Haemophilus influenzae (não tipável)
  • Moraxella catarrhalis
  • Staphylococcus aureus.
37
Q

Qual o quaro clínico de uma sinusite ?

A

Tosse, obstrução nasal e coriza, febre, halitose, cefaleia, dor facial

  • Sintomas mais intensos que na IVAS.
38
Q

Como se da o diagnóstico de sinusite ?

A

Sinais de inflamação nos seios da face (tosse, sintomas nasais) + 1 dos
critérios abaixo:

  1. Rinorreia purulenta por mais de 3 dias;
  2. Dor à palpação dos seios da face;
  3. Piora dos sintomas respiratórios;
  4. Febre ≥ 39ºC, ou retorno da febre após quadro viral;
  5. Evolução com > 10 dias de um quadro viral sem melhora.

sinusite de repetição - alerta para imunodeficiência

39
Q

Quando realizar radiografia ou TC para investigar sinusite ?

A

RX - nunca
TC de seios da face - suspeita de complicações (abcesso)

40
Q

Qual o tratamento para sinusite ?

A
  • Lavagem
  • Sintomáticos, analgésico e antitérmicos
  • Antibióticos: semelhante à OMA:
    • Amoxicilina;
    • Amoxicilina + clavulanato;
    • Cefalosporina de 2ª
      Casos graves:
    • Cefalosporinas de 3ª EV/IM.

Não usar descongestionantes nasais! Intoxicação por nafazolina!

41
Q

Quais as principais complicações da sinusite ?

A
  • Envolvimento da órbita (celulite orbitária);
  • Trombose de seio cavernoso;
  • Meningite;
  • Abscessos: subperiosteal, epidural, subdural, cerebral.
42
Q

Quais os principais agentes infecciosos causadores das amigdalítes ?

A

Vírus são os agentes mais comuns:
- EBV, CMV, Adenovírus, Herpes, Influenza, enterovírus;
Como o quadro parte de uma nasofaringite:
- Rinovírus, Coronavírus, VSR, Parainfluenza, SARS CoV-2.

Nos casos bacterianos (mais raro em crianças):
- S. pyogenes, Streptococcus do grupo A;
- Raramente tem-se M. pneumoniae, Streptococcus de outros grupos,
Corynebacterium diphteriae

43
Q

Quais os métodos diagnósticos ?

A

Padrão Ouro: Cultura deorofaringe, sensibilidade de 90-95%
Desvantagem: resultado em 24h a 48h

  • Teste rápido de antígenos do Strepto do grupo A; Sensibilidade 65-90%;
  • Falsos negativos podem acontecer, aí sim realizar a cultura
44
Q

Qual o quadro clínico das amigdalítes ?

A

Crianças maiores de 5 anos, raro em < 2 anos;
- Febre, odinofagia, cefaleia, vômitos e dor abdominal;

  • Adenopatia cervical anterior dolorosa;
  • Petéquias em palato;
45
Q

Qual a finalidade do tratamento de um quadro de amigdalite (2) ?

A

Doença autolimitada, porém tratamos para diminuir o tempo de doença e suas morbidades;

  • Previnir complicações supurativas;
    • Abscessos;
    • Mastoidites;
    • Linfadenites supurativas;
    • OMA;
    • Sinusite
  • Previnir complicações não-supurativas;
    • febre reumática
46
Q

Quais ATB de escolha para o tratamento

A

1° escolha
- Penicilina
- Amoxicilina 1x/dia
- por 10 dias, para garantir a erradicação do Strepto.
- Penicilina G benzatina, dose única.

2° linha
- Cefalosporinas, clindamicina e macrolídeos (para alérgicos a beta-lactâmicos);