INFECÇÃO E CIRURGIA Flashcards
Grande parte das infecções hospitalares acontecem em pacientes cirúrgicos. Quais são as consequências desse cenário?
AUMENTO NO TEMPO DE INTERNAÇÃO E CUSTO
2X CHANCE DE ÓBITO
2X PERMANÊNCIA EM UTI
5X READMISSÃO HOSPITALAR
FISIOPATOGENIA DA INFECÇÃO?
- O inóculo de microrganismos numa ferida é suficiente para tornar incapaz os mecanismos de defesa local do hospedeiro;
QUANTOS MICROORGANISMOS SÃO NECESSÁRIOS PARA CAUSAR A INFECÇÃO?
- Para causar a infecção: 100000 microrganismos por grama de tecido;
QUAIS FATORES DE RISCO PODEM CONTRIBUIR PARA QUE O INDIVÍDUO TENHA UMA INFECÇÃO DO SÍTIO CIRÚRGICO?
DIABETES MELLITUS
TABAGISMO
OBESIDADE
DESNUTRIÇÃO
IDADE AVANÇADA
IMUNOSSUPRESSÃO
INFECÇÕES DE SÍTIOS DISTANTES
TEMPO INTERNAÇÃO PROLONGADO
ANTISSEPSIA E TÉCNICA CIRÚRGICA
Utilizar os princípios de assepsia ao instalar cateteres intravasculares ou para anestesia;
* Montar equipamento estéril e soluções imediatamente antes do uso;
* Manusear delicadamente, mantendo hemostasia efetiva, minimizando tecido desvitalizado e corpos estranhos (suturas, tecidos desvitalizados) e erradicando o espaço morto no sítio cirúrgico;
* Preferir fechamento por primeira intenção ou deixar cicatrizar por segunda intenção se o cirurgião considera que o sítio está altamente contaminado;
* Usar sistema de drenagem fechado se for necessário ou uso de dreno; colocar dreno distante do local de cirurgia e removê-lo tão cedo quanto possível;
FATORES DE RISCO NA CIRURGIA:
Tempo intraoperatório prolongado;
* Técnica cirúrgica:
o Manipulação intensa;
o Abertura inadvertida da víscera;
o Controle inadequado de sangramento;
o Espaço morto;
Uso de drenos!
ANTIBIOTICOPROFILAXIA
uso de antimicrobianos ao paciente antes da contaminação ou infecção terem ocorrido
ANTIBIOTICOTERAPIA
antimicrobianos ao paciente com contaminação ou infecção confirmadas
CIRURGIA LIMPA
cirurgia limpa: nenhuma evidência de infecção, não vai manipular nenhum trato → cirurgias plásticas estéticas → risco de infecção não é 0
eventualmente se faz uso da antibioticoprofilaxia
CIRURGIA POTENCIALMENTE CONTAMINADA
cirurgia potencialmente contaminada: manipula os tratos mas em condições controladas
uso de antibioticoprofilaxia
CIRURGIA CONTAMINADA
a: inflamação aguda, urina ou
bile contaminadas, secreção de TGI, quebra de técnicas;(antibioticoTERAPIA)
CIRURGIA SUJA INFECTADA
infecção estabelecida
antibioticoTERAPIA
OBJETIVO DA ANTIBIOTICOPROFILAXIA
ERRADICAR OU RETARDAR O CRESCIMENTO DE MICRORGANISMOS PARA EVITAR A INFECÇÃO CIRÚRGICA
OBS: O USO DO ANTIBIÓTICO NÃO É
UM SUBSTITUTO DA TÉCNICA CIRÚRGICA
ADEQUADA
COMO ESCOLHER O ANTIBIÓTICO?
DROGA ÚNICA
INTRAVENOSO
EFICAZ CONTRA OS AGENTES QUE CAUSAM INFECÇÃO NO SÍTIO EM QUESTÃO
BACTERICIDA
ATINGIR NÍVEIS TISSULARES ADEQUADOS
CAUSAR MÍNIMOS EFEITOS COLATERAIS
SER RELATIVAMENTE CUSTO-EFETIVO (MEIA-VIDA LONGA)
MÍNIMO “IMPACTO ECOLÓGICO” NA FLORA LOCAL (DO PACIENTE) E NA DO HOSPITAL
QUANDO INICIAR A ANTIBIOTICOPROFILAXIA?
- Não se deve começar a Antibioticoprofilaxia muito cedo e nem muito tarde, os níveis devem ser máximos quando começar a cirurgia
QUANDO TERMINAR A ANTIBIOTICOPROFILAXIA?
A Antibioticoprofilaxia deve ser feita apenas no intraoperatório;
Repetir doses durante a cirurgia:
Tempoprolongado(>4h); Sangramento importante;
o Manter por no máximo até 24h do pós- operatório
antibioticoprofilaxia - tempo prolongado
não tem impacto na prevenção de infecção cirúrgica
está relacionado ao aumento de microrganismos resistentes!
CUIDADOS COM A FERIDA OPERATÓRIA:
- Proteger com curativo estéril por 24 a 48 horas pós- operatória as incisões fechadas por primeira intenção;
- Lavar as mãos antes e depois de trocar os curativos e com qualquer contato com o sítio cirúrgico;
- Quando necessário trocar o curativo usar técnica asséptica;
- Educar o paciente e a família sobre cuidados com a incisão, sinais de infecção e necessidade de reportar estes sinais;
INFECÇÃO INCISIONAL SUPERFICIAL
ACOMETE APENAS A PELE E TECIDO SUBCUTANEO
infecção da incisão
sinais flogísticos, mas clinicamente bem o paciente
diagnóstico só de olhar
TRATAMENTO DA INFECÇÃO INCISIONAL SUPERFICIAL
ANTIBIOTICOTERAPIA
ABERTURA DA CICATRIZ
RETIRADA DO MATERIAL INFECTADO
CURATIVO CONTÍNUOS ATÉ A CICATRIZAÇÃO POR 2a INTENÇÃO
abscesso subcutâneo
Coleção purulenta no subcutâneo;
ABSCESSO - TRATAMENTO
Tratamento:
Antibioticoterapia;
Drenagem;
Curativos contínuos até a cicatrização por
2a intenção;
Para tratar precisa fazer anestesia pois a pele está integra;
Inserir agulha até o subcutâneo;
Fazer a anestesia local nas bordas do
abscesso;
inserir a agulha e drenar o conteúdo líquido
INFECÇÃO INCISIONAL PROFUNDA
ACOMETE TECIDO MOLE PROFUNDO (FÁSCIA OU MÚSCULO)
INFECÇÃO DE ÓRGÃO E CAVIDADE
ACOMETE QUALQUER PARTE DO CORPO QUE É ABERTA OU MANIPULADA DURANTE O PROCEDIMENTO CIRÚRGICO
Drenagem purulenta do dreno inserido
Abscesso ou outra evidência de infecção acometendo o órgão/cavidade
**exames de imagem!!!
Precisa fazer drenagem para resolver o problema;
DRENO LAMINAR
- Age por capilaridade;
- Saída das secreções através da superfície externa
do dreno; - É um sistema aberto;
dreno de tórax
DRENO TUBULAR - agem por gravidade
drenos de grosso calibre conectados a frascos abaixo do ponto de drenagem da cavidade – sistema fechad
DRENO PIGTAIL
drenos finos conectados abaixo do ponto de drenagem da cavidade – sistema fechado
PORTOVAC/JVAC
drenos para grandes volumes, agem por pressão negativa e são considerados um sistema fechado
CIRURGIAS QUE PRECISAM DE CEFALOSPORINA 1 GERACAO
ORTOP, TIREOIDE, TGI ALTO, HÉRNIA, CUTANEAS, VASCULAR, G.O
CEFALOSPORINA PRIMEIRA GERACAO
nao cobre microorganismos anaeróbios
CEFALOSPORINA SEGUNDA GERACAO
cobre microorganismos anaeróbicos