Imunofenotipagem / Imunohistoquímica Flashcards

1
Q

Quais marcadores imunofenotípicos avaliados na pesquisa de clone HPN?

A

A analise imunofenotípica pode ser realizada com os marcadores glicoforina A, CD45, CD64 e CD15, para identificar as populações celulares avaliadas, e com marcadores ligados ao GPI: aerolisina fluorescente (FLAER), CD157, CD59, CD14, CD16 e CD24. Os marcadores CD157 e FLAER permitem a avaliação simultânea de monócitos e neutrófilos. O diagnóstico de HPN requer a perda de duas estruturas ligadas a GPI nas linhagens de neutrófilos e monócitos.

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2
Q

Qual o padrão na IHQ do Linfoma de Hodgkin Nodular com Predomínio Linfocitário (LHNPL)?

A
  • Células LP (Predominância Linfocítica) ou L&H (Linfocítica e Histiocítica): possuem abundante citoplasma e, diferentemente das células de Hodgkin, apresentam núcleos vesiculosos de aspecto multilobado/convoluto (“popcorn cell”) com múltiplos pequenos nucléolos menores ao invés de um macronucléolo único
  • As células L&H estão dispostas em meio de formações linfoides macrofoliculares (nodulares), constituídas pela trama expandida de células foliculares dendríticas e população residual de pequenos linfócitos maduros B e T
  • As células L&H do LHPLN são tipicamente positivas, de maneira intensa e uniforme, para CD45 e marcadores de linhagem B incluindo CD20, CD79a, PAX5, OCT2 e BOB-1. CD30 e MUM1 são tipicamente negativos. Outro achado
    constante, nessa neoplasia, é a expressão difusa para proteína BCL6
  • As células LP exibem um fenótipo de célula B do centro germinativo: CD20, PAX5, OCT2 e BCL6 são positivos, CD10 é negativo. CD30 é variavelmente positivo e, se positivo, geralmente é fraco. A maioria dos casos é negativa para CD15
  • Achado imuno-histoquímico adicional e de importância para o diagnóstico de LHPLN inclui a identificação da expansão da trama de células dendríticas foliculares (CD21+; CD23+/CD35+) nos macrofolículos. Ainda, no
    LHPLN as células neoplásicas são circundadas por rosetas de pequenos linfócitos T foliculares “helper” expressando CD4, CD57 e PD1
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3
Q

Diagnóstico diferencial do linfoma primário de mediastino (LPM)?

A

O perfil imunohistoquímico típico do LPM inclui a expressão de marcadores de células B (CD19, CD20, CD22, CD79a), CD23, CD45, e fatores de transcrição associados ao programa de células B (PAX5, OCT2, BOB1, PU.1). Outros marcadores específicos incluem PDL1, PDL2, MAL, TRAF1, e NF-κB nuclear. CD30 é positivo, mas fraco e heterogêneo, enquanto CD15 é negativo.

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4
Q

Como diferencial LH clássico e linfoma primário de mediastino (LPM)?

A
  • LPM expressa CD45 e mantém o programa de células B (com expressão de OCT2, BOB1 e PAX5 fortes), ao contrário do linfoma de Hodgkin clássico, que frequentemente perde esses marcadores
  • MAL é positivo no LPM, enquanto é raro no linfoma de Hodgkin clássico (apenas em 10-20% dos casos)
  • CD30 é positivo em ambos, mas no LPM a expressão é mais fraca e heterogênea. CD15 é negativo no LPM, mas frequentemente positivo no linfoma de Hodgkin clássico
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5
Q

Qual o perfil imunohistoquímico do Linfoma Gray Zone (GZL)?

A

Caracterizado pela expressão de pelo menos um marcador de célula B (CD20, CD79a ou PAX5), expressão variável de BOB1 e OCT2, CD30 positivo (geralmente fraco e heterogêneo) e possível presença de CD15. Também pode haver positividade para CD23, MAL, PDL1 e PDL2. A morfologia e o perfil imunohistoquímico podem ser variáveis, o que gera uma apresentação intermediária entre PMBCL e CHL.

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6
Q

Quais os marcadores de linfomas de células T/NK

A
  • sCD3-, εCD3+, CD56+.
  • Positivo para moléculas citotóxicas: Perforina, Granzima B, TIA1
  • EBER+ (indicando infecção por EBV)
  • Em uma minoria dos casos, o linfoma pode ser de origem T verdadeira, apresentando rearranjo clonal do gene do TCR e expressão de CD3 de superfície
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7
Q

Quais os achados imunofenotípicos da LGL-T e da chronic lymphoproliferative disorder of natural killer cells (CLPD-NK)?

A
  • LGL-T: CD3+, CD4-, CD5dim, CD7-, CD8+, CD16+, CD27-, CD28-, CD45R0-, CD45RA+, CD57+
  • CLPD-NK: CD2+, CD3ε+ (citoplasmático), CD16+ e CD56+
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8
Q

LGL-T x CLPD-NK

A

T-LGL:
- Contagem elevada de LGL (> 0,5 × 10⁹/L).
- Imunofenótipo CD3+, CD8+, CD16+, CD57+, TCR-α/β+.
- Evidência de clonalidade (rearranjo clonal do TCR).
- Esplenomegalia, citopenias, infecções recorrentes e associação frequente com artrite reumatoide

CLPD-NK:
- Contagem de LGL que pode ser < 0,5 × 10⁹/L.
- Imunofenótipo CD3neg, CD16+, CD56+.
- Evidência de clonalidade (restrição de KIR, se disponível).
- Menos comum apresentar citopenias graves e artrite reumatoide é rara.

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9
Q

Critérios diagnósticos da LGL-T?

A

Presença de todos os três critérios essenciais ou de dois critérios essenciais mais um dos dois critérios desejáveis

Essencial: (1) aumento nas células T citotóxicas circulantes (geralmente > 2000, mas pode ser menor); (2) uma população de células T com um fenótipo aberrante, geralmente positivo para CD8 e com regulação negativa de CD5 e/ou CD7 e/ou expressão anormal de CD16 ou receptores de células NK; (3) evidência de monoclonalidade de células T.

Desejável: (1) demonstração de infiltrados de linfócitos citotóxicos intrasinusoidais na medula óssea por imunohistoquímica; (2) demonstração de mutação STAT3 ou STAT5B.

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10
Q

Quais os critérios diagnósticos de LGL-NK

A

Essencial: (1) Aumento nas células NK circulantes, normalmente > 2000, persistindo por 6meses; (2) evidência de envolvimento do sangue periférico ou da medula óssea por uma população uniforme de células sCD3−, CD16+ NK; (3) demonstração de um padrão restrito de expressão de KIR por citometria de fluxo (isto é aceito como um marcador substituto de expansão clonal)

Observação: Se os critérios essenciais 2 e 3 estiverem presentes, um diagnóstico de NK-LGLL pode ser feito na ausência de persistência documentada de uma contagem absoluta de células NK no sangue periférico de > 2000

Desejável: medula óssea envolvida por células NK intrasinusoidais; demonstração de mutações STAT3 e/ou TET2 com linhagem de células NK (confirmada por citometria de fluxo)

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11
Q

Quais achados IHQ da mastocitose sistêmica?

A

Praticamente todos os mastócitos reativos e neoplásicos expressam triptase e KIT (CD117). A expressão aberrante de CD25, CD2 e/ou CD30 em mastócitos neoplásicos ressalta a natureza neoplásica dos mastócitos. Embora o CD25 possa ser detectado em quase todos os casos de SM, a expressão de CD2 e CD30 é menos consistente

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12
Q

Quais os critérios diagnósticos da mastocitose sistêmica?

A

O diagnóstico de mastocitose sistêmica pode ser feito se o critério principal e pelo menos um critério menor forem cumpridos, ou se pelo menos três critérios menores forem cumpridos.

Critério Principal:
- Infiltrados densos multifocais de mastócitos (≥ 15 mastócitos em agregados) detectados em seções de medula óssea e/ou outros órgãos extracutâneos

Critérios Menores:
- Morfologia atípica dos mastócitos, incluindo forma fusiforme ou morfologia imatura, presente em > 25% de todos os mastócitos em esfregaços de medula óssea ou em outros órgãos extracutâneos
- Mastócitos expressam de forma aberrante um ou mais dos seguintes antígenos: CD2, CD25, CD30
- Mutação KIT p.D816V ou outras mutações ativadoras de KIT detectadas no sangue periférico, medula óssea ou outros órgãos extracutâneos
- Concentração sérica basal de triptase > 20 ng/mL na ausência de uma neoplasia mieloide associada

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13
Q

O quê é define mastocitose sistêmica agressiva, smoldering e indolente?

A
  • Agressiva: achados C
  • Smoldering: 2 ou mais achados B
  • Indolente: demais casos

Achados B (carga de doença):
- Alta carga de mastócitos: Infiltração na medula óssea ≥ 30% e/ou triptase sérica ≥ 200 ng/mL e/ou frequência do alelo variante KIT p.D816V (VAF) ≥ 10% em mastócitos da medula óssea ou leucócitos no sangue periférico.
- Sinais de mieloproliferação e/ou mielodisplasia que não cumprem os critérios para AHN (Neoplasia Hematológica Associada). A presença de neoplaisa
mieloide exclui achados B e mastocitose sistêmica latente, por definição
- Hepatomegalia à palpação ou por imagem (ultrassom, TC ou RM) sem ascite ou outros sinais de dano ao órgão e/ou esplenomegalia à palpação ou por imagem sem hiperesplenismo e/ou linfadenopatia à palpação ou por imagem (> 20 mm).

Achados C (redução citoredutora necessária):
- Citopenia(s) (um ou mais encontrados): Contagem absoluta de neutrófilos < 1000. Hemoglobina < 10 g/dL.
Contagem de plaquetas < 100.000
- Hepatopatia: Ascite e enzimas hepáticas elevadas ± hepatomegalia ou fígado cirrótico ± hipertensão portal.
- Baço: Esplenomegalia palpável com hiperesplenismo ± perda de peso ± hipoalbuminemia
- Trato gastrointestinal: Má absorção com hipoalbuminemia ± perda de peso
- Ossos: lesões osteolíticas de grandes dimensões (≥ 20 mm) ± fratura patológica ± dor óssea

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14
Q

MF/SS

A

Células malignas: Predominantemente CD4+, com alta relação CD4/CD8.
Marcadores perdidos: Perda aberrante de CD2, CD3, CD5, CD7 (pan-T) e CD26 (SS).
Exames úteis:
Imunohistoquímica: Detecta células clonais em biópsias.
Citometria de fluxo: Identifica células clonais no sangue periférico.
Células de Sézary (SS):
Geralmente CD3+, CD4+, CD8-.
Perda de CD7/CD26: Sensível e específica para SS.
Similaridade: Perda de marcadores em SS é semelhante às células neoplásicas da MF.

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