Imunidade Celular Flashcards
Vias de apresentação de antígenos em complexo com moléculas do MHC de classe II
A primeira via de apresentação de antígenos por CAA é de antígenos extracelulares: o antígeno foi endocitado e englobado em fagolisossomos, liga-se ao MHC-II, que vem do complexo de Golgi, e então é exportado para a superfície da célula.
Vias de apresentação de antígenos em complexo com moléculas MHC-I
A segunda via é de antígenos intracitoplasmáticos ou proteínas de células tumorais: os antígenos são transformados em peptídeos no proteassoma, que vão para o retículo endoplasmático rugoso, onde se ligarão aos MHC-I, o complexo então será transportado à superfície da células por meio de vesículas advindas do complexo de Golgi
Eventos chave para ativação de linfócitos T CD4+ e CD8+ por CAA para expansão clonal (células efetoras e células de memória) –> 3 sinais
1 sinal: ligação RCT com o complexo Ag-MHC (classe I para linfócitos TCD8 e II para os TCD4)
2 sinal: Co-estimulação: ligação das moléculas B7 e CD28
3 sinal: citocinas determinantes das funções efetoras
Importância da IL-2 e principais células produtoras desta citocina
IL-2 é importante para a expansão clonal de linfócitos T
Principais células produtoras são os TCD4+
Papel das CAAs na ativação simultânea de T CD4+ e CD8+ contra vírus e células tumorais
A CAA podem fagocitar o antígeno, apresentando-o em MHC-II, o que ativa os linfócitos TCD4+. Além disso, podem apresentar o mesmo tipo de antígeno intracitoplasmático por meio do MHC-I, ou ainda apresentar antígenos fagocitados em MHC-I (via cruzada), o que ativa os linfócitos TCD8+.
Essa ativação simultânea de linfócitos TCD4+ e TCD8+ é importante pois estes últimos não produzem uma quantidade muito grande de IL-2, que promove a expansão clonal; desta forma, os linfócitos Ta1 produzem IL-2 e outras citocinas capazes de estimular os TCD8+ na sua expansão clonal, havendo formação de mais células de memória TCD8+. Portanto, esse evento é de suma importância na destruição de células infectadas/tumorais.
Importância de Ta1 na memória gerada por T CD8+ ativadas
Os linfócitos Ta1 produzem IL-2 e outras citocinas que estimulam tanto a expansão clonal de células TCD8+ (formação de mais células de memória) quanto outras ações efetoras dos Tc, como produção de citotoxinas e citocinas. Desta forma, auxiliam na imunidade adaptativa celular, isto é, a destruição de células infectadas ou tumorais.
Importância das células dendríticas (DC) na ativação de T CD8+ contra antígenos de células tumorais via MHC-I
As CD podem, por via cruzada, apresentar proteínas de células tumorais fagocitadas aos TCD8+, por meio dos MHC-I, e apresentar às células TCD4 por meio de MHC-II.
Isto é importante pois as células TCD8+ não produzem IL-2 em grande quantidade, e a ativação simultânea de células TCD4+ e TCD8+ promove uma maior liberação de IL-2 e consequente aumento de células de memória CD8.
Tal simultaneidade não ocorreria se fosse somente a ativação de TCD8 por células tumorais, visto que somente as CAA expressam MHC-II, capaz de ativar as TCD4.
Funções da imunidade celular inata no combate a células tumorais e infectadas por vírus: linfócitos NK (natural killer)
As principais funções efetoras das células NK são:
- promover apoptose de células infectadas/tumorais que não expressam MCH-I e têm proteínas de stress, por meio da produção de perforinas e granzimas;
- liberação de citocinas que induzem a maturação e migração de CAA para a apresentação de antígenos aos linfócitos T, na estimulação dos Tc e Ta1, que participam da imunidade celular (TNF e INF gama)
Mecanismos de reconhecimento de células tumorais/infectadas que expressam pouco MHC-I pelas células NK
As células NK possuem 2 receptores, um inibitório, que reconhece o MHC-I sem antígeno das células nucleadas , e outro receptor ativador que se liga a proteínas de stress na superfície das células.
Quando a célula expressa o MHC-I, a célula NK não age sobre ela, pois o receptor inibitório se liga à esta molécula. Porém, se uma célula tumoral/infectada não expressa o MHC-I e possui proteínas de stress na sua superfície, o receptor ativador ativa a célula NK, que produz perforinas e granzimas, promovendo a apoptose da outra célula.
Por que as células NK são consideradas parte da resposta imune inata?
Pois estas células não geram memória e não precisam reconhecer antígenos específicos para sua ativação (possuem receptor inibitório e ativador), diferentemente dos linfócitos T e B, que são capazes de sofrer expansão clonal e possuem receptores altamente específicos em sua membrana (RCT e RCB).