IMPOSTOS PREVISTOS NA CF Flashcards

1
Q

Quais são os impostos federais?

A

A União possui competência ordinária para instituir os sete impostos previstos no art. 153 da CF, quais sejam: o imposto sobre importação – II; o imposto sobre a exportação – IE; o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza – IR; o imposto sobre produtos industrializados – IPI; o imposto sobre operações financeiras – IOF; o imposto sobre a propriedade territorial rural – ITR; e o imposto sobre grandes fortunas – IGF.

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2
Q

O imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, previsto no art. 153, I, da CF, é tributo de função marcantemente extrafiscal?

A

Sim, uma vez que seu principal objetivo não é carrear recursos para os cofres públicos federais, mas sim servir como mecanismo de controle sobre as importações, podendo ser utilizado, por exemplo, como instrumento de proteção de determinado setor da indústria nacional que esteja sofrendo dificuldades em face da concorrência de produtos similares estrangeiros.

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3
Q

Qual é o fato gerador do II?

A

O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. Importar, portanto, e ao contrário do que muitos pensam, não é comprar mercadoria estrangeira. É fazê-la entrar no território nacional.

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4
Q

O imposto de exportação é também um tributo com finalidade marcantemente extrafiscal, que serve
como instrumento da atuação da União no controle do comércio exterior?

A

Sim.

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5
Q

Segundo o art. 23 do CTN, o imposto, de competência da União, sobre a exportação para o estrangeiro de produtos nacionais ou nacionalizados tem como fato gerador a saída destes do território nacional?

A

Sim. Aqui também vale o raciocínio de que não importa quando o negócio é fechado, pois o tributo será
calculado com base na legislação vigente na data do registro das exportações, mesmo que, na data da
efetiva saída da mercadoria do território nacional, tenha havido alguma alteração relevante em tal
legislação.

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6
Q

O “imposto de renda” não incide apenas sobre a renda, mas também sobre os proventos de qualquer natureza?

A

Sim.

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7
Q

Quais princípios constitucionais são aplicáveis ao IR?

A

O inciso I do § 2.º do mesmo do art. 153 da CF/1988 impõe que o IR obedeça aos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei.

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8
Q

Apesar de a definição legal de renda ficar ao prudente arbítrio do legislador, a jurisprudência do STF entende que não se pode subverter a ordem natural das coisas e definir na lei, como renda ou provento, algo que não represente, de fato, acréscimo patrimonial, sob pena de tributar o patrimônio e invadir competência alheia?

A

Correto. Assim, as verbas de natureza indenizatória, por servirem apenas para recompor o patrimônio jurídico dos beneficiários, não o aumentando, não estão sujeitas ao imposto.

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9
Q

O IR não está sujeito ao princípio da noventena, de forma que sua majoração pode gerar efeitos a partir do primeiro dia do exercício subsequente, independente de
qualquer prazo mínimo?

A

Correto.

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10
Q

A base de cálculo do imposto de renda é o montante, real, arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos
tributáveis?

A

Sim. Na sistemática do lucro real, o contribuinte efetivamente calcula seu lucro, abatendo do faturamento
as despesas legalmente autorizadas. No lucro presumido (opção possível para alguns contribuintes), o sujeito passivo aplica um percentual legal sobre o valor de sua receita bruta, obtendo como resultado um montante que se presume ser seu lucro. A sistemática do lucro arbitrado é aplicada quando não é possível o cálculo preciso do lucro real e o contribuinte não cumpre os requisitos para a tributação com base no lucro presumido

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11
Q

O imposto sobre produtos industrializados é necessariamente seletivo, de forma que suas alíquotas
devem ser fixadas de acordo com a essencialidade do produto, sendo menores para os gêneros
considerados essenciais e maiores para os supérfluos?

A

Sim. O objetivo final do princípio é conseguir, de maneira indireta, graduar a carga tributária do imposto
de acordo com a capacidade contributiva dos consumidores, uma vez que os produtos essenciais são
consumidos por todas as classes sociais, devendo, justamente por isso, estar sujeitos a uma suave ou
inexistente carga tributária.

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12
Q

Outro princípio a ser obrigatoriamente obedecido pelo IPI é o da não cumulatividade, permitindo-se
a compensação do que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores?

A

Sim; A não cumulatividade é técnica que tem por objetivo limitar a incidência tributária nas cadeias de
produção e circulação mais extensas, fazendo com que, a cada etapa da cadeia, o imposto somente incida
sobre o valor adicionado nessa etapa. Assim, ao final da cadeia, o tributo cobrado jamais será maior que
o valor da maior alíquota, multiplicado pelo valor final da mercadoria.

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13
Q

Quais mercadorias são imunes ao IPI?

A

Seguindo a máxima, o legislador constituinte resolveu imunizar as exportações de produtos industrializados à incidência do IPI. Por força de outros dispositivos constitucionais, são também imunes ao IPI os livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão (CF, art. 150, VI, d); o ouro, quando definido em lei
como ativo financeiro ou instrumento cambial (CF, art. 153, § 5.º); energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais no País (CF, art. 155, § 3.º).

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14
Q

O IOF tem finalidade parafiscal?

A

Não. O IOF possui clara finalidade extrafiscal, pois possibilita à União intervir no funcionamento do
mercado financeiro, “aquecendo-o” ou “esfriando-o”, de acordo com a necessidade.

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15
Q

O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, se sujeita exclusivamente à incidência do IOF, devido na operação de origem?

A

Sim; a incidência do IOF-ouro só é possível na operação de origem, ou seja, na primeira operação, que é o desembaraço aduaneiro, quando oriundo do exterior, ou a aquisição por instituição autorizada, não sendo legítima a tributação das operações subsequentes.

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16
Q

É possível alterar a alíquota do IOF mediante Decreto?

A

Sim. Admite exceção ao princípio da legalidade: alteração da alíquota pelo Executivo (Decreto).

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17
Q

O IOF se sujeita à anterioridade e noventena?

A

Não.

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18
Q

O ITR é imposto com finalidade marcantemente extrafiscal?

A

Sim, suas alíquotas serão fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas. Como a base de cálculo é o valor da terra nua, grandeza que não varia com o aumento do grau de
utilização da terra, a consequência é que quem mais produz paga menos, o que é um estímulo ao
cumprimento da função social da propriedade.

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19
Q

Em razão de sua função extrafiscal, o ITR não se sujeita à noventena e anterioridade?

A

Errado, apesar da forte nuance extrafiscal, o ITR está sujeito às amarras da legalidade, da noventena, da anterioridade e de todas as demais limitações constitucionais previstas ao poder de tributar, o que demonstra que a extrafiscalidade não traz necessariamente como consectário uma maior liberdade estatal na administração do imposto.

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20
Q

O ITR é progressivo?

A

Sim, cuja diretriz é aumentar o tributo proporcionalmente à área do imóvel tributado e de maneira inversamente proporcional ao grau de utilização, de forma que a maior
alíquota prevista (20%) é aplicável aos latifúndios improdutivos (área acima de cinco mil hectares e grau de utilização de até 30%) e a menor alíquota (0,03%) é aplicável às pequenas propriedades altamente produtivas (área menor que cinquenta hectares e grau de utilização maior que 80%).

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21
Q

O legislador constituinte originário, em homenagem ao princípio da função social da propriedade,
optou por imunizar ao ITR as pequenas glebas rurais, definidas em lei, quando as explore o proprietário
que não possua outro imóvel?

A

Sim.

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22
Q

É possível que o ITR seja fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal?

A

Correto. Caso faça a opção, o Município será o titular de toda a arrecadação do ITR incidente sobre os
imóveis situados em seu território; caso contrário, a União repassará à municipalidade metade do valor
que arrecadar com a cobrança do tributo sobre os imóveis na mesma situação.

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23
Q

Quais são os impostos estaduais?

A

Os Estados têm competência para instituir os três impostos previstos no art. 155 da CF, quais sejam
imposto sobre transmissão causa mortis e doação – ITCMD; o imposto sobre operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e
de comunicação – ICMS; e o imposto sobre a propriedade de veículos automotores – IPVA.

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24
Q

Qual é a importância do Senado Federal acerca das competências normativas relativas aos impostos estaduais?

A

O Senado Federal possui importantes competências normativas relativas aos impostos estaduais. Compete ao Senado:

01) estabelecer as alíquotas máximas do ITCMD;
02) estabelecer as alíquotas do ICMS aplicáveis às operações e prestações interestaduais (iniciativa do Presidente ou de 1/3 dos senadores);
03) estabelecer as alíquotas do ICMS aplicáveis nas exportações (competência hoje ultrapassada em razão da imunidade das exportações);
04) facultativamente estabelecer as alíquotas mínimas e máximas nas operações e prestações internas (ICMS);
05) estabelecer as alíquotas mínimas do IPVA.

25
Q

O ITCMD tem natureza extrafiscal?

A

Não. O tributo possui natureza eminentemente arrecadatória (fiscal).

26
Q

O ITCMD incide sobre as transmissões originárias?

A

Não (ex. usucapião, acessão, etc).

27
Q

O ITCMD incide sobre todos os tipos de transmissões, sejam elas a título gratuito ou a título oneroso?

A

Não. Com a Constituição Federal de 1988, previu-se a instituição de dois impostos de transmissão, um
estadual (ITCMD) e outro municipal (ITBI), sujeitando à incidência do primeiro as transmissões a título gratuito (causa mortis e doação) e do segundo as transmissões a título oneroso.

28
Q

Como se distribui a competência do ITCMD entre os Estados?

A

01) Quando a transmissão é de bens imóveis e respectivos direitos, o ITCMD compete ao Estado da
situação do bem ou ao Distrito Federal;

02) Quando a transmissão é de bens móveis, títulos e créditos, é necessário fazer uma distinção. Se
a transmissão é decorrente de sucessão causa mortis, o ITCMD compete ao Estado (ou Distrito
Federal) em que se processar o inventário ou arrolamento. Já se a transmissão decorrer de doação,
competente será o Estado (ou Distrito Federal) em que tiver domicílio o doador;

03) o imposto terá competência para sua instituição regulada por lei complementar se o doador tiver domicílio ou residência no exterior ou se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior. Como a lei complementar reclamada pelo dispositivo ainda não foi editada, os Estados têm se utilizado da autorização do art. 24, § 3.º, da CF/1988 e exercido a competência legislativa plena, disciplinando a situação por lei própria.

29
Q

O fato gerador do ITCMD é a transmissão, por causa mortis ou por doação, de quaisquer bens ou direitos?

A

Sim.

30
Q

O ICMS tem finalidade indiscutivelmente fiscal, apesar de a Constituição Federal permitir que seja seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços?

A

Correto.

31
Q

O art. 155, § 2.º, III, da CF permitiu a seletividade do ICMS?

A

Sim. Trata-se de uma faculdade, ao contrário do IPI, no qual a seletividade é obrigatória. Caso o legislador estadual opte por adotar a seletividade, as alíquotas deverão ser fixadas de acordo com a essencialidade do produto, sendo menores para os gêneros considerados essenciais e maiores para os supérfluos.

32
Q

O ICMS se sujeita ao princípio da não cumulatividade?

A

Correto, o ICMS será não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. A cada aquisição tributada de mercadoria, o adquirente registra como crédito o valor incidente na operação. Tal valor é um “direito” do contribuinte (“ICMS a recuperar”), que pode ser abatido do montante incidente nas operações subsequentes. A cada alienação tributada de produto, o alienante registra como débito o valor incidente na operação. Tal valor é uma obrigação do contribuinte, consistente no dever de recolher o valor devido aos cofres públicos estaduais (ou distritais) ou compensá-lo com os créditos obtidos nas operações anteriores (trata-se do “ICMS a recolher”). Periodicamente, faz-se uma comparação entre os débitos e créditos.

33
Q

Na operação realizada entre contribuintes situados em Estados diferentes (operações interestaduais), a quem deveria caber o produto da arrecadação do ICMS: ao Estado que produziu a mercadoria (alienante) ou àquele em que vai ocorrer o consumo (adquirente)?

A

Nas discussões ocorridas na Assembleia Nacional Constituinte, venceram os Estados produtores
(mais desenvolvidos), mas em contrapartida foram criadas regras que garantem que nas operações
interestaduais realizadas entre contribuintes boa parte da arrecadação da cadeia produtiva ficará com o
Estado em que irá ocorrer o consumo:

01) salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, g, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais (estas fixadas pelo Senado);
02) em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;
03) na hipótese da alínea a do inciso anterior, caberá ao Estado da localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual.

34
Q

O ICMS incide também sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim
como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço?

A

Correto.

35
Q

As exportações e os serviços prestados a destinatários no exterior são imunes ao ICMS?

A

Correto. Assim, entende-se que houve derrogação tácita da competência que possuía o Senado para fixar as alíquotas do ICMS nas exportações e a possibilidade de Lei Complementar Nacional excluir da incidência do ICMS nas exportações outros produtos além dos industrializados.

36
Q

As operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica são imunes ao ICMS?

A

Correto.

37
Q

O ICMS não incide sobre os livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão?

A

Correto.

38
Q

Não incide ICMS sobre o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial?

A

Correto.

39
Q

Em regra, o ICMS se sujeita ao princípio da legalidade e da anterioridade?

A

Sim, salvo no caso de restabelecimento das alíquotas no caso da incidência monofásica sobre combustíveis definidos em lei complementar. Nesse caso, a alíquota é fixada por convênio.

40
Q

Diante da falta de normas gerais editadas pela União (o IPVA foi criado depois do CTN), no que concerne ao IPVA, o STF entende que os Estados podem exercer a competência legislativa plena?

A

Sim.

41
Q

O IPVA terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal?

A

Sim.

42
Q

O IPVA poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização do veículo?

A

Sim.

43
Q

As alterações da base de cálculo do IPVA se sujeitam ao princípio da noventena?

A

Não.

44
Q

Quais são os impostos municipais?

A

Os Municípios têm competência para instituir os três impostos previstos no art. 156 da CF, quais
sejam o imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana – IPTU; o imposto sobre a transmissão
inter vivos de bens imóveis – ITBI; e o imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS.

45
Q

O IPTU incide sobre os imóveis localizados em áreas

urbanas e o ITR sobre aqueles situados em área rural?

A

Sim.

46
Q

O IPTU possui característica predominantemente fiscal, sendo importante fonte de arrecadação municipal, sem prejuízo da sua excepcional utilização extrafiscal?

A

Correto.

47
Q

O IPTU pode ser progressivo em razão do valor do imóvel e também em razão da necessidade de cumprir a função social da propriedade urbana?

A

Sim.

48
Q

É possível a diferenciação das alíquotas do IPTU de acordo com o uso e a localização do imóvel?

A

Sim.

49
Q

O IPTU se sujeita ao princípio da noventena?

A

Em regra, sim, exceto em relação às alterações da base de cálculo do tributo.

50
Q

Quando a transmissão de bens será objeto de ITCMD (estadual) e quando será objeto de ITBI (municipal)?

A

Se a transmissão é causa mortis, incide o ITCMD; se é inter vivos, deve-se verificar se ocorreu por ato oneroso ou a título gratuito (doação). No primeiro caso, incide o ITBI; no segundo o ITCMD. Em ambas as hipóteses a tributação tem finalidade fiscal.

51
Q

Compete aos Municípios instituir imposto sobre a
transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão
física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua
aquisição?

A

Sim.

52
Q

O ITBI incide somente sobre a transmissão gratuita de direitos reais, inclusive os de garantia (penhor, hipoteca e anticrese)?

A

Errado, o ITBI incide sobre a transmissão onerosa de direitos reais, exceto os de garantia. Ademais, A incidência também vai ocorrer na cessão de direitos de aquisição dos imóveis.

53
Q

Como se dá a distribuição da competência para cobrar o ITBI entre os municípios?

A

Como o ITBI incide apenas sobre a transferência de bens imóveis e direitos a eles relativos, a regra relativa ao Município competente para a cobrança é única e bastante simples: compete ao Município da situação do bem.

54
Q

A transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital e a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica,
- salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou
direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil - são imunes ao ITBI?

A

Sim, são imunes. Trata-se de uma imunidade tributária objetiva, que visa a estimular a capitalização e o crescimento das empresas e a evitar que o ITBI se transformasse num estímulo contrário à formalização dos respectivos negócios.

55
Q

As operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária são imunes ao ITBI?

A

Sim, apesar de a CF utilizar o termo “isenção”.

56
Q

Ressalvados os serviços constitucionalmente colocados sobre o campo de incidência do ICMS (comunicação e transporte interestadual e intermunicipal), qualquer serviço pode ser objeto de ISS, desde que definido em lei complementar?

A

Correto.

57
Q

Quando ao ISS, cabe à lei complementar fixar as suas alíquotas máximas e mínimas e regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados?

A

Correto, sendo tal previsão destinada a coibir a guerra fiscal.

58
Q

Cabe à lei complementar excluir da incidência do ISS

exportações de serviços para o exterior?

A

Sim. Tal autorização é uma exceção ao princípio que impede a União Federal de conceder isenção de tributo que não seja de sua competência (isenção heterônoma).