História das Relações Internacionais Contemporâneas - Capítulo 4 Flashcards

1
Q
  1. A instabilidade internacional:
A

Entre guerras: “paz ilusória/frustrada”, “turbulência europeia”, “arranjo de transição”, “era da catástrofe”.
Questionamentos:
1. Como foi regulamentada a paz ao término da I GM:
2. Como iriam se comportar os atores em um novo contexto internacional:
A regulamentação da paz destruiu o sistema de equilíbrio anterior e engendrou um período de instabilidade nas relações internacionais, marcado pela reviravolta nas relações entre as potências e pelo crescimento dos egoísmos nacionais.

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Q

4.1. A regulamentação da paz e as falhas da ordem:

A

4.1.1. A Conferência de Paz: decisões inadequadas
1919: mecanismo pelo qual os 5 grandes (EUA, Itália, Japão, Grã Bretanha e França) reuniam; os vencidos da I GM e a aliada União Soviética foram excluídos da mesa de negociações; confronto de duas concepções internacionalistas: idealismo estadunidense (Wilson) e revanchismo francês.
Alemanha: armistício com base nos 14 pontos de Wilson, que incluíam
- revolução nas concepções e práticas da política internacional e diplomacia;
- nova era de entendimento e paz entre as nações;
- erradicação da diplomacia secreta e alianças entre blocos de países;
- substituição do equilíbrio de potências pelo debate público e democrático das questões internacionais;
- autodeterminação dos povos;
- eliminação da guerra por meio de sanções econômicas e políticas ao agressor por meio de uma Liga das Nações;
- princípio da segurança coletiva.
França: grande vitoriosa contra a Alemanha, primeira potência militar do mundo, sede e presidência da Conferência de Paris (Versalhes).
Os vencedores sentiam-se livres para regulamentar a paz, já que a Alemanha estava ruída, a Áustria Hungria desfeita e a Rússia encontrava-se no meio de uma guerra civil.
Países satisfeitos (França, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Romênia e Polônia) x países descontentes (Alemanha, Áustria, Hungria, Bulgária, Turquia e Itália).
Alemanha: perda de território, população, aceitação da responsabilidade de guerra por meio de desarmamento, ocupação militar e pagamento de reparações (assinatura imposta em Versalhes - revanchismo). Crítica: As Consequências Econômicas da Paz (Keynes) - castigo imposto à Alemanha como obstáculo ao desenvolvimento da economia europeia, um desastre maior que a guerra.
EUA: volta ao isolacionismo com novas eleições, evitando envolver-se nos conflitos europeus, rejeitando o tratado e sua entrada na Sociedade das Nações.
Sociedade: abandono do concerto e da balança pela vontade dos vitoriosos; deixou de fora quatro grandes potências (EUA, Japão, URSS e Alemanha); proclamou nova legitimidade (segurança coletiva), feriu o nacionalismo e o princípio da autodeterminação.

4.1.2. Nova situação econômica para algumas potências
Reconfiguração pós 1ªGM:
EUA - ouro/dólar: primeira potência industrial, comercial e financeira.
Grã Bretanha, França e Alemanha - queda nas exportações.
Os Europeus tornaram-se devedores dos EUA, invertendo-se a situação de inferioridade econômica, financeira e política. Dadas essas condições, somente o protecionismo fazia as economias nacionais crescerem.

4.1.3. Novas concepções e objetivos de política exterior
A Europa ainda permanecia no centro do mundo devido aos princípios revolucionários da Sociedade das Nações, da qual os EUA não faziam parte.
Porém, na Rússia surgia o bolchevismo, a revolução do proletariado; na Alemanha, quando implantou-se a república no lugar da monarquia, uma revolução socialista surgiu; na Itália, trinfava o fascismo. O pós guerra trazia consigo ideologias (nacionalistas, comunistas, fascistas e pacifistas) que moldavam a opinião pública a respeito da política exterior e ameaçavam a Ordem de Versalhes, dividindo opiniões em relação aos vencedores e suas atitudes.
Na segunda fase desse período, a Rússia passou a promover a coexistência pacífica; a Alemanha oscilava entre o desejo de quebrar a Ordem de Versalhes e o cumprimento de suas decisões simultaneamente; a Itália visava o Norte Europeu e a África; a Grã Bretanha era a potência satisfeita, desejava manter sua supremacia naval, comercial e financeira, para isso, regressou a sua política de balança de poder com a França. O Japão evitou envolver-se com questões europeias e expandiu sua indústria e comércio pela Ásia. Os Estados Unidos apesar de seu discurso isolacionista, convocou uma conferência para tratar da segurança mundial e pretendia controlar as relações internacionais para favorecer seu comércio e finanças.

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Q

4.2. Europa: a zona de alta pressão

A

4.2.1. Difícil aplicação das decisões de paz
Guerras Mundiais: guerras europeias que acabaram por envolver outras regiões e interesses de outros povos.
O aparecimento dos fascismos foi um fato europeu que levou ao colapso dos valores e instituições liberais.
Relações intereuropeias em três fases:
1920-24: reconhecimento da ineficácia de Versalhes;
1925-29: entendimento franco-alemão sob o princípio da segurança coletiva;
1929: crise que causou o declínio da Sociedade das Nações.

4.2.2. A Sociedade das Nações: uma esperança fugaz
Discordâncias quanto ao desarmamento, paz e segurança coletiva.
Êxito na administração de pequenos territórios europeus do pós guerra e distribuição de “países incapazes de se governar” entre as potências.
Investimento americano na Alemanha - recuperação político-econômica.

4.2.3. Crise econômica: efeitos internacionais
Três países importantes seriam responsáveis pelo agravamento dos efeitos internacionais da crise em razão de modificações internas:
- a ascensão do fascismo na Alemanha, com a escolha de Hitler para chanceler;
- a opção de Mussolini por uma política externa de força;
- o abandono do pacifismo pelo Japão, controlado por militares nacionalistas.
A crise veio dos fatores de agravamento anteriormente referidos e afetou as relações internacionais pela indiferença e hostilidade diante da cooperação e pela prática generalizada de adotar soluções nacionais para problemas internacionais.
Consequências:
- abandono do plano de federação europeia levado à discussão na Sociedade das Nações;
- suspensão do pagamento das reparações pela Alemanha, culminando na suspensão britânica e francesa do pagamento de dívidas aos EUA;
- fracasso das conferências econômicas e políticas, com a retirada da Alemanha de Hitler - ponto de partida do desarmamento geral - da Sociedade das Nações;
Nesse ponto, quatro grandes potências estavam fora da Sociedade das Nações: EUA, URSS (distanciada do cerco capitalista), Alemanha e Japão (mercados regionais; imperialismo tardio).

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4
Q

4.3. As novas grandes potências: União Soviética, Japão e Estados Unidos no sistema internacional

A

Preocupações e interesses internacionais divergentes:
URSS - NEP: concessões não comunistas aos camponeses. Tratado comercial com Londres, restabelecimento das relações diplomáticas com a Alemanha, Tratados de não-agressão com a China e México. Política exterior de retraimento ativo, mantendo a segurança externa e tranquilidade interna.
Japão - investida sobre a Manchúria chinesa, retirada da Sociedade das Nações em 33 juntamente com a Alemanha.
EUA - protecionismo, contenção do expansionismo japonês (impedir renovação do pacto anglo-japonês, exigir respeito com a China e as Ilhas do Pacífico - Manchúria - e limitar sua força naval) e abertura de mercados. Sua política externa focava em:

  1. 3.1. Desativar a herança de guerra
    1921: paz americana em separado com a Alemanha.

4.3.2. Controlar a segurança mundial
Conferência de Washington: reuniu oito países para tratar de desarmamento e dos problemas do Extremo Oriente e do Pacífico. Limitou-se ao controle da marinha de guerra, tinha como objetivo conter o expansionismo japonês na China.

4.3.3. Fazer da América uma fortaleza econômica
Assegurar a supremacia do país sobre o resto do mundo. Estratégia tradicional: fechar seu mercado e abrir o de outros países. Investir no exterior e livrar-se da concorrência.

4.3.4. Consolidar a base continental
Big Stick na América Latina: desenvolviam-se sob os ideais wilsonianos.

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5
Q

4.4. Às margens do sistema internacional: regiões tranquilas, regiões dominadas

A

América Latina - relações políticas, comerciais e econômicas com os EUA.
Grã Bretanha - Commonwealth: independência dos domínios.
África - subjugada pelas potências coloniais.
Europa - disputa pelo Mediterrâneo e Oriente Médio.
Japão - domínio do Extremo Oriente.

4.4.1. América Latina: zona de paz
1ª GM e Grande Depressão: prejuízo no comércio exterior - redução no fornecimento de manufaturados. exportação primária e de alimentos.
Impacto no sistema produtivo: industrialização substitutiva de importações, surgimento de novas elites urbanas - em detrimento das oligarquias agroexportadoras -, fortalecimento do Estado e seu papel econômico. Políticas autocentradas: crescimento regional.

4.4.2. África e Ásia: colônia, independência ou revolução?
Domínios britânicos emergindo para a política internacional - assinatura do Tratado de Paz, ingresso na Liga das Nações: autonomia?

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6
Q

4.5. Convergindo para o conflito mundial (1933-1939)

A

4.5.1. Ditaduras e democracias toleram-se
Hitler: nacionalismo, rejeição da igualdade dos povos e de tratados, rearmamento, anexação de territórios com povos alemães, aquisição de espaço vital, etc.
34: domínio de ditaduras na Europa. Democracias presas à segurança coletiva.

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