História da Arqueologia Flashcards

1
Q

Anos 20 aos 70

A
  • Pouco investimento;
  • Não havia grande formação em arqueologia.

*Período negro na arqueologia portuguesa.

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2
Q

Escala Geral

A
  • Faseamento sítio;
  • Enquadramento regional e cronológico.

*Propósitos de periodização e integração.

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3
Q

Metodologias (Intrusivas e Não Intrusivas)

A
  • Prospeção;
  • Escavação;
  • Trabalhos de gabinete (tratamento e restauro, classificação, inventário e registro gráfico e fotográfico).
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4
Q

1850

A

Surgimento da arqueologia científica e pré-história.

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5
Q

O Paradigma Medieval da História: A explicação Biblíca

A
  • Criação do mundo associada ao próximo oriente;
  • História do mundo como a sucessão de eventos únicos;
  • Há já interesse pelos monumentos megalíticos (lendas e tesouros);
  • Menor contexto histórico do que na época clássica (ex: artefacto neolítico interpretado como a relíquia de um santo).
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6
Q

O Renascimento - O mundo clássico.

A
  • Desenvolve-se o interesse pelo mundo clássico;
  • Cyriacus de Ancona (1391-1452): 1º arqueólogo, mercador italiano que viaja para o médio oriente e Grécia;
  • Papas Paulo II e Alexandre VI promovem a recolha de objetos;
  • Em 1471 o Papa Sisto IV proíbe a venda de pedras e estátuas dos seus domínios;
  • Ausência do conceito de pré-história.

*Os estudos clássicos são modelo para estudos de Egiptologia e Assiriologia, iniciando-se com a expedição científica que acompanha Napoleão na invasão do Egito (1798-9).

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7
Q

Renascimento (Portugal)

A
  • André de Resende e os estudos clássicos e epigráficos;
  • Castro da Cola/ Antiguidades de Évora/ Epigrafia - Francisco de Ollanda.

*Pode-se considerar que foram feitas aqui as primeiras investigações arqueológicas.

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8
Q

Antiquarismo

A
  • Originado pelo interesse no mundo clássico;
  • Surgem aqui os antiquários;
  • Em meados do séc. XVIII iniciam-se escavações em Herculano e Pompeia (recolha de antiguidades);
  • Antiquários desenvolvem o estudo e coleção de antiguidades clássicas;
  • Criação de associações de antiquários;
  • Associam monumentos com povos na documentação histórica (ausência do conceito de pré-história).
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9
Q

Primeiro Decreto Lei - Património Cultural (Portugal)

A
  • Alvavá;
  • Promulgado por D. João V em 1721.
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10
Q

Disciplinas importantes

A
  • Evolucionismo: consequência do desenvolvimento da metodologia científica (Descartes, Bacon, Darwin);
  • Geologia: rutura do sistema bíblico com a identificação de estratos e fósseis; antiguidade do homem (Boucher de Perthes);
  • Biologia: “A Ceia de Natal de Darwin” e o evolucionismo; Thomas Huxley (1863) - The Descent of Man: a problemática da evolução humana (Rhea Darwinii).
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11
Q

Radio-Carbono

A

Tipo de datação criada como consequência da segunda guerra mundial, nos anos 60.

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12
Q

Antiguidade Natural

A
  • Aceitação do conceito de fóssil e lei de sobreposição - Steno 1699;
  • Tempo mais longo do que a Bíblia - Buffon 1778;
  • Cadeia genética com extinção de espécies - Lamarck 1802;
  • Fóssil diretor e lei da sucessão de espécies - Cuvier 1825;
  • Existência da Idade do Gelo - Agassiz - 1840.
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13
Q

Matriz Evolucionista

A
  • Fundo teórico (noção de progresso, conceito de universalidade humana, seleção);
  • Antiguidade do Homem.
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14
Q

A Antiguidade Homem

A
  • Paleolítico - associação de artefactos junto com fosseis de animais;
  • França - aparecimento de grutas com arte rupestre;
  • Jonh Frere (1797) - descoberta de bifaces junto a ossos de animais;
  • Boucher de Perthes - antiguidades anteriores ao tempo bíblico.
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15
Q

Eduard Lartet e Mortillet

A

Subdivisão em períodos (superior, médio e inferior) e idades.

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16
Q

Evolucionismo

A

Busca do “Homem terciário” através de leituras geostratigráficas.

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17
Q

Conceitos (cronológicos)

A
  • Pré-História: aparecimento do conceito de Pré-História (1851, The Archaeology and Prehistoric Annals of Scotland; 1865 - Prehistoric Times);
  • As três idades: idade da Pedra, do Bronze e do Ferro (criação de métodos de datação relativa - individualidade de Arqueologia face à Geologia e Biologia);
  • Neolítico: subdivisão da idade da pedra, em pedra lascada e pedra polida (J. Lubbock); neolítico como estádio superior ao Paleolítico.
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18
Q

O Século Dourado da Arqueologia Portuguesa

A
  • Coletores: contratados, sem formação, executavam relatórios, por vezes muito completos;
  • Trepanação: aperece em Portugal pela primeira vez no neolítico;
  • Comissão dos serviços geológicos: aplicação de métodos científicos de pesquisa, leituras estatrigráficas (1857);
  • Associação de Archeólogos Portugueses: arqueologia clássica e monumental: obra arquitetónica. Possidónio da Silva (1863);
  • Estudos regionais: Martins Sarmento (Briteiros),
    Estácio da Veiga (Algarve), Abade Baçal
    (Bragança), Tavares Proença Junior (Castelo
    Branco).
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19
Q

Congresso Nacional de Arqueologia e Antropologia Pré-históricas de 1880

A
  • Principais arqueológos pré-historiadores;
  • Bastante importante;
  • Muita pesquisa para mostrar aos historiadores Europeus;
  • Primeiras obras de síntese: Philippe Simões (1878); Émile Cartaillac (1880).
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20
Q

Museu do Homem Português

A
  • Tornou-se no museu nacional de Arqueologia (1893);
  • O primeiro diretor foi José Leite de Vasconcelos.

*Até o 25 de Abril vai dominar o museu nacional de arqueologia, e até depois havia uma lei que em qualquer achado português o museu detinha prioridade (foi depois alterados).

21
Q

Séc. XIX/XX - Um Mundo em Mudança

A
  • Leitura nacionalista e imperialista;
  • Primeiras décadas - escalar do imperialismo e o olhar à história de uma perspetiva colonialista, associado aos períodos totalitários.

*Em outros países (nem tanto Portugal) a arqueologia foi utilizada para fundamentar ideologias totalitarias - aqui surge a ideia da raça.

22
Q

Séc. XX (1º Metade) - Histórico-Culturalismo

A
  • Conceito da cultura arqueológica - muito associado à raça/etnia. Feito a partir de um grupo de peças parecidas. Vestígios e conjuntos que se encontravam juntos;
  • Desenvolvimento da metodologia científica;
  • Desenvolvimento profissional da arqueologia.

*Influência da arqueologia do mundo anglo-saxão.

23
Q

Conceito de Cultura em Arqueologia

A
  • Visão de migrações e invasões: a genética verificiou que algumas hipóteses teriam realmente algum pingo de verdade;
  • Vere Gordon Childe: primeiro pré-historiador que entende o neolítico como elemento chave. Separa-se das ideias de raça, era Marxista, experenciou as duas guerras.
24
Q

Revoluções

A
  • Do caçador-recoletor para produtores (neolítico);
  • De sociedades simples para as complexas (escrita, económia, etc);
  • Revolução industrial.

Cultura transcende os artefactos - teoria das revoluções;
Cultura como o reflexo da etnicidade.

Limites geográficos da cultura arqueológica com base empírica, tipológica.

25
Q

Metodologia Científica

A
  • Escavação (Gen Pitt Rivers - 1827-1900; Sir Mortimer Wheeler - 1890-1976; Alfred Kidder);
  • Cronologia absoluta (Franck Libby - 1908-1980).

*Evolução tipológica das armas de fogo;
*Organização de artefactos pré-históricos por sítio-contexto;
*Registo de campo minucioso: plantas, cortes;
*Importância estratigrafia.

26
Q

Sir Mortimer Wheeler (1890-1976)

A
  • Desenvolvimento dos métodos de Pitt Rivers;
  • Fundador do Instituto de Arqueologia da Universidade de Londres;
  • Técnicas de escavação: quadrícula, localização tridimensional dos artefactos, banquettes.
27
Q

Alfred Kidder

A
  • Vai entender o processo de pesquisa em arqueologia, sistematiza a investigação do trabalho arqueologico.

1 – Prospecção
2 – Critérios para seriação cronológica
3 – Estudos comparativos dos artefactos
4 – Escavação de sitios arqueológicos
correlacionáveis
5 – Nova prospecção e reoganização

28
Q

Franck Libby (1908-1980)

A
  • Vai descobrir e desenvolver o método de radio-carbono;
  • Nobel da Química - Radiocarbono;
  • Importância do radiocarbono: evolução, comparação de cronologias, aferição de sequências, cronologias mais finas.
29
Q

Em Portugal (Séc. XX)

A
  • Arqueologia centralista e do regime mas com pouco interesse do Estado Novo (Manuel Heleno, Afonso do Paço, Mendes Correia).
  • Registo arqueológico insuficiente;
  • Escassas publicações;
  • Escassos meios.

*Muitas vezes não havia relatórios, em relação a isto o séc. XIX foi superior.

30
Q

Vera Leisner

A
  • Continuação dos trabalhos dos Serviços Geológicos com a contribuição de “refugiados” estrangeiros da 2ª Grande Guerra (Henri Breuil, Georges Zbyszewski);
  • Delegação do Instituto Arqueológico Alemão (Georg e Vera Leisner; H. Schubart e Sangmeister - 1964-1973).
31
Q

Neo-Evolucionismo

A
  • Com o pós segunda guerra e a prosperidade económica e confiança no progresso reaparecem teorias evolucionistas;
  • Conceito de progresso humano: determinismo ecológico, demográfico e tecnológico.
32
Q

Criticas a Arqueologia Histórico-Culturalista

A
  • Criticas à tipologias como fim em si mesmo;
  • Leitura anti-historicista: perspectiva universal da evolução humana;
  • Crença na “cientificidade” da Arqueologia e da possibilidade de obtenção de leis universais.
33
Q

Nova Arqueologia (2ª Metade do Século XX)

A
  • 1959 –Science – J. Caldwell Mundo anglo saxónico:
    *L. Binford – USA;
    *David Clarke – UK.
  • Cultura entendida com conjunto de sistema integrados – critica da visão tipológica e artefactualista;
  • Estudo da dinâmica dos processos culturais.

*Neo-arqueologia (New Archaeology) ou arqueologia processual.

34
Q

Novas Ciências Sociais

A
  • Nova Arqueologia;
  • Nova História;
  • Nova Geografia;
  • etc.
35
Q

Interdisciplinaridade (Maior)

A
  • Informática, estatistíca;
  • Arqueologia espacial;
  • Ecologia;
  • Antropologia - Etnoarqueologia.
36
Q

Registo do Campo

A
  • Importância dos estudos tafonómicos;
  • Leitura antropológica dos vestígios de campo;
  • Importância destas leituras para a pré-história.
37
Q

Críticas a New Archeology

A
  • Questiona-se o real determinismo ecológico e económico;
  • Questiona-se o valor da etnoarqueologia: como equiparar grupos antropológicos a realidades histórico-culturais.
38
Q

Estruturalismo

A
  • Importância da realidade social e simbólica (neolítico com processo de evolução social das comunidades mesoliticas);
  • A análise estrutural da história (importância da interação, abandono do positivismo; conceito da “longue durée” da escoa dos Annales).
39
Q

Arqueologia dos contextos sociais (contextual)

A
  • Leitura contextual dos artefactos;
  • Importância da reconstrução dos sistemas ideológicos e sociais;
  • Importância de analisar todas as facetas de uma cultura arqueológica;
  • Cultura material para além de reflexo de adaptações ecológicas, económicas e participa também nas relações sociais.
40
Q

Arqueologia Pós-Processual

A
  • Arqueologia crítica, arqueologia como única ciência social que não tem acesso direto ao seu objeto de estudo;
  • Realidade arqueológica como um segmento do real;
  • Comportamento humano não é uniforme: recusa de leis gerais de comportamentos; relatividade do conhecimento.
41
Q

Arqueologia de contrato (1ºs UK e USA)

A
  • Tem como objetivo viabilizar uma obra;
  • Começa em 1972 em Portugal no Gabinete da Área de Sines;
  • Com a profissionalização aumentou o leque demográfico de quem desempenhava a profissão.
42
Q

99% da arqueologia

A

Arqueologia preventiva.

43
Q

Arqueologia de Contrato

A

1980 - UK: Institute of Field Archeologists;
1976 - USA: Society of Professional Archeologist;
1992 - Portugal: Pro APA.

44
Q

Método Barker-harris

A
  • Mais do que estratos geográficos estamos a reconstruir as camadas estratigráficas;
  • Open Area.

Unidade estratigráfica: entidade básica de registo de informação em intervenções.
Importância de uniformização dos descritores estratigráficos.
(Irrepetibilidade; Universalidade; Unificação)

*Desvalorização do registo individual de peças vs registo estratigráfico.

45
Q

Victor S. Gonçalves

A
  • Nova Geografia+Nova História;
  • Escola francesa;
  • Registo campo rigor (tridimensionalidade);
  • Leitura critica + positivismo.
46
Q

Carlos Tavares Silva / J. Soares

A
  • Marxismo;
  • Estruturalismo;
  • Registo campo rigor;
47
Q

Vitor e Susana Oliveira Jorge

A

Nova Arqueologia Arqueologia pós-moderna.

48
Q

Jorge Alarcão

A
  • Corrente anglo-saxónica arqueologia clássica – historico-culturalismo:
    *Arqueologia pós-moderna.