HIPOTIREOIDISMO Flashcards

1
Q

Células tireoide

A

células foliculares, responsáveis pela produção de T4 (93%) e T3 (7%), e pelas células
parafoliculares, produtoras de calcitonina. O hormônio T3 praticamente não é
produzido pela glândula, sua concentração advém de conversões nos tecidos.

O coloide é constituído de tireoglobulina ( molécula que contém os hormônios tireoidianos)

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2
Q

T3 e T4 diferem na ação?

A

T3 e T4 são iguais qualitativamente, mas diferem na velocidade de ação: T3 é 4x mais potente que T4.

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3
Q

Eixo de regulação HT

A

O hipotálamo secreta TRH, que estimula a adeno-hipófise a liberar TSH. O TSH, por sua vez, estimula a tireoide a produzir os hormônios tireoidianos T3 e T4. Quando os níveis de T3 e T4 estão altos, eles inibem a liberação de TRH e TSH, fechando um mecanismo de feedback negativo para regular a produção hormonal.

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4
Q

importância do iodo

A

O iodo é um elemento essencial para a síntese dos hormônios tireoidianos. O transporte de iodo para as células da tireoide ocorre por meio da NIS.

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5
Q

deficiência de ferro

A

bloqueia atividade da tireoide peroxidase- reduz t3 e t4 -

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6
Q

Efeitos fisiológicos dos hormônios tireoidianos

A

Ativam a transcrição nuclear de grande número de genes - aumentam a síntese de enzimas, proteínas estruturais e proteínas transportadoras. Esse processo leva a um amento generalizado de atividade funcional de todo o organismo.

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7
Q

HT sistema cardiovascular

A

aumenta débito cardíaco, frequência cardíaca, força de
contração e fluxo sanguíneo.

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8
Q

HT sistema digestivo

A

aumenta apetite, ingestão alimentar, secreções digestivas,
motilidade do TGI.

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9
Q

HT SNC

A

: efeitos excitatórios/desenvolvimento do SNC fetal.

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10
Q

HT sistema muscular

A

aumenta o vigor

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11
Q

HT no metabolismo

A

aumenta gliconeogênese, glicogenólise, lipólise, absorção de glicose, velocidade de crescimento e síntese de proteínas.

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12
Q

formação T3 e T4

A

Células foliculares que cercam o coloide sintetizam uma glicoptn chamada tireoglobulina , que é empacotada em vesículas e secretada no centro do folículo

Células foliculares também concentram iodo , usando o NIS

O transporte de I- para o coloide é mediado pela pendrina (transportador de ânions)

Conforme o I- entra no coloide, a enzima tireoide peroxidase remove um è do iodo e adiciona o iodo à tirosina na molécula de tireoglobulina

Adção de 1 iodo cria MIT, adição de 2 cria DIT
MIT e DIT sofrem reação de acoplamento
MIT + DIT = T3
DIT + DIT = T4
Nesse ponto, os hormônios ainda estão ligados a tireoglobulina

Complexo tireoglobulina-T3/T4 é recapturado para as células foliculares
As enzimas intracelulares liberam T3 e T4 da ptn

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13
Q

causa mais comum de hipotireoidismo

A

Doença de Hashimoto

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14
Q

Hipo primário, secundário, terciário

A

1 - Se o problema estiver
na tireoide,

CENTRAL
2- causa hipofisária, def TSH
3 - causa hipotalâmica, def TRH

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15
Q

Hipo periférico

A

defeitos que reduzem a eficácia do hormônio - transporte e metabolismo alterados na membrana celular - RARO

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16
Q

Fatores de risco

A

 Sexo feminino
 Bócio
 Idade > 60 anos
 Raça (menor prevalência em negros)
 Doença autoimune tireoidiana e extratireoidiana – principalmente doenças
reumatológicas, como LES, artrite reumatoide e endocrinológicas, como DM1
 Síndromes de Turner e de Down
 Fumo (tiocianato) – não se sabe exatamente
 História de radioterapia
 Deficiência de selênio? Na alimentação, a castanha do Brasil/do Pará é alta.
Alguns estudos sugerem que a reposição de selênio retarda o aparecimento de
hipotireoidismo.
 Infecções
 Estresse
 Uso de interferon, amiodarona, lítio (inibe síntese de HT) – pacientes psiquiátricos

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17
Q

Primário - destruição ou diminuição do tecido tireoidiano funcionante - causa mais comum

A

Tireoidite de Hashimoto: é a causa mais comum de hipotireoidismo e
doença autoimune da tireoide (crônica); causa mais comum de hip e bócio
atóxico nas crianças e adolescentes

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18
Q

sexo maior prevalência hashimoto

A

feminino

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19
Q

Fisiopat Hashimoto

A

fatores genéticos (HLA-DR3, DR4, DR5) e adquiridos (falta
de iodo). A destruição do tecido tireoidiano pode ser mediada por células (infiltrado linfocitário), ou por anticorpos (anti-TPO (IMPORTANTE!), anti-TG e anti-receptores de TSH)

Outras causas: pós radioterapia e radioiodoterapia (segunda mais comum
em nosso meio), tireoidectomia, doenças infiltrativas, agenesia congênita,
fase da doença de Graves após tratamento com drogas, tireoidite de Riedel
(30% a 40% tecido fibroso, tecido tireoidiana que não funciona).

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20
Q

Primária - defeitos na biossíntese hormonal

A

: deficiência acentuada de iodo; uso de fármacos
(antitireoidianos de síntese, lítio, amiodarona, valproato de sódio, iodo de
contrastes radiológicos)

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21
Q

hipo primária - causas geralmente transitórias

A

tireoidite subaguda (de Quervain), tireoidite
linfocítica subaguda, tireoidite pós-parto, pós-iodoterapia, hipotireoidismo
congênito transitório.

22
Q

hipo central - secundária

A

a) Tumores: adenoma hipofisário, craniofaringioma, metástases
b) Traumas: cirurgia, radioterapia, traumatismo craniano
c) Doenças infiltrativas: sarcoidose, hiticitose
d) Infecções: TB, sífilis, toxoplasmose
e) Necrose pós-parto: síndrome de Sheehan
f) Lesões congênitas: hipoplasia hipofisária
g) Mutações de receptores do TSH: PROP e HESX1 – altera também prolactina e
GH

23
Q

hipo terciário

A

a) Disfunção hipotalâmica: tumores, irradiação, inflamação (sarcoidose, vasculite)
b) Deficiência congênita de TRH

24
Q

clínica geral hipo

A

 Astenia
 Sonolência
 Déficit de memória
 Disfunção cognitiva
 Ganho de peso
 Constipação
 Intolerância ao frio
 Dispneia aos esforços
 Pele fria, seca e amarela
 Bradicardia
 Lentificação dos reflexos
 Movimentos e fala lentos
 Edema
 Hipertensão convergente
 Ascite
 Madarose
 Alopecia

25
Q

sinais cardiovasc

A

cardiomegalia,
derrame pericárdico, HAS, bulhas hipofonéticas, diminuição do DC, alterações eletrocardiográficas

26
Q

sinais resp

A

capacidade respiratória diminuída, hipoventilação alveolar,
macroglossia (só em bebês), derrame pleural, apneia do sono

27
Q

sinais digestivos

A

diminuição da peristalse, acloridria, constipação, ascite,
disarbosorção (deficiência de vitamina B12), aumento dos níveis de transaminases

28
Q

alterações neuromusculares

A

cãibras musculares, parestesias, fraqueza muscular,
síndrome do túnel do carpo, miopatia por aumento da CPK

29
Q

SNC: alterações
 Metabolismo lipídico: aumento de LDL, aumento de triglicerídeos
 Endocrinológicas: aumento de PRL, diminuição de IGF1, hipogonadismo,
infertilidade

A

fadiga crônica, letargia, depressão

30
Q

Alterações Metabolismo lipídico:

A

aumento de LDL, aumento de triglicerídeos

31
Q

Alterações Endocrinológicas:

A

aumento de PRL, diminuição de IGF1, hipogonadismo,
infertilidade

32
Q

Exames complementares

A

 Na, K, ureia, creatinina, CPK
 TGO, TGP, GAMA-GT, fosfatase alcalina
 Hemograma completo
 TSH, T4 livre, eletrocardiograma
 Anti-tireoglobulina
 Anti-TPO
 USG tireoide
 RM de sela turca

33
Q

Tratamento normal

A

 Administração de levotiroxina (T4) em jejum.
o Dose: 1,6-1,8 mcg/kg/dia – tomada única em jejum e mínimo de 30min
para comer depois de tomar. O cálculo da dose só é necessário

34
Q

Quando o cálculo da dose é necessário

A

em tireoidectomias totais.

35
Q

Tratamento Acima de 50 anos + cardiopatias

A

iniciar o tratamento com doses mais baixas por causa da aceleração do metabolismo

36
Q

Tratamento grávidas

A

primeiro trimestre TSH 0,1-2,5;
segundo trimestre TSH 0,2-3; terceiro trimestre TSG 0,3-30.

ajuste da dose em até 50%, dose inicial no pós-parto imediato,
avaliação mais frequente.

37
Q

Controle do hipotireoidismo primário

A

dosagens hormonais a cada 6 a 8 semanas da reposição plena (TSH, T4 livre).

38
Q

Controle do hipotireoidismo central

A

acompanhamento com níveis séricos de T4 livre (TSH não tem valor!)

39
Q

Principal complicação

A

coma mixedematoso
mortalidade de 60%
Cursa com hipoventilação pulmonar, distúrbio hidroeletrolítico importante

40
Q

Causas que podem desencadear complicação (coma)

A

o infecções, exposição ao frio/hipotermia, uso de substâncias (lítio, sedativos, diuréticos), AVE, IAM.

41
Q

Tratamentro coma

A

realizado com T4 ou T3 venoso, correção de hipoglicemia, hipotermia e/ou hiponatremia, suporte ventilatório, tratar a infecção concomitante, utilizar hidrocotisona pela possibilidade de insuficiência adrenal relativa.

Não se deve usar fluidos hipotônicos pelo perigo de intoxicação aquosa (redução do clearance de água livre).

Não se deve usar aquecimento externo, pelo perigo de vasodilatação periférica e colapso vascular.

42
Q

Hipotireoidismo subclínico

A

É uma condição detectada laboratorialmente, com TSH elevado com níveis normais de hormônio tireoidiano. Está associada a efeitos deletérios no sistema cardiovascular, no sistema esquelético e na qualidade de vida.

43
Q

Indicações de tratamento para hipo subclínico

A

TSH > ou igual a 10 e/ou anti-TPO somado à

Gestação
Sintomas ou sinais clínicos
Bócio grande (porque o TSH pode estimular o aumento da glândula)
Transtornos psiquiátricos (teste terapêutico é útil)

44
Q

Hipo congênito

A

85% dos casos é por
disgenesia tireodiana. Tem prevalência no sexo feminino e é diagnosticado via triagem neonatal (teste do pezinho).

Lembrar que HT são essenciais para o desenvolvimento do SNC no feto e no RN

45
Q

clínica hipo congênito

A

 Assintomático
 Macroglossia
 Hipotonia
 Dificuldade para mamar
 Icterícia prolongada
 Choro rouco

46
Q

tratamento hipo congênito

A

Levotiroxina de 10 a 15 mcg/kg/dia

47
Q

monitorização hipo congênito

A

dosar T4 livre e TSH em 2 e 4 semanas após o início da terapia;

entre 0 e 6 meses de idade, dosar a cada 1 a 2 meses.

Iniciar dosagens adicionais de T4 livre e TSH 4 semanas após cada mudança de dose;

se a regularidade do tratamento for questionada ou se valores hormonais forem anormais.

48
Q

necessidade de aumentar dose de tiroxina

A

1- redução da absorção de LT4 - doenças intestinais, dericvações gástricas, intolerância lactose, gatrite, H.pylori

2- aumento do metabolismo hepático da LT4 - fármacos como rifampicina, fenobarbital, estrogênio, carbamazepina, fenitoína, sertralina

3- diminuição da conversão de T4 em T3 - fármacos como amiodarona, dexametasona, propranolol

4- diminuição da secreção de T4 e T3 - fármacos como amiodarona, lítio, sulfonamidas

5- bloqueio da síntese de desiodases - deficiência de selênio, cirrose

6 - aumento TBG - fármacos como estrogênio, tamoxifeno, heroína

7- desiodação de T3 + aumento da TBG - gravidez

8- mecanismos desconhecidos/complexos (fármacos)
Metforminas, glitazonas, sulfoniuréias
Amitriptilina, sertralina
Derivados cumarínicos
Citocinas, como alfa-interferon
Inibidores da tirosinoquinase
outros: diazepam, tiazídicos, GH recombinante humano, simpaticomiméticos

49
Q
A
50
Q

Necessidade diminuir dose

A

Envelhecimento
Terapia androgenica na mulher