Hipertensão Arterial Sistêmica - Diagnóstico Flashcards

1
Q

A pressão arterial é um produto de que fatores?

A

Débito Cardíaco x Resistência Vascular Periférica.

Lembrando que Débito Cardíaco é igual a volume sistólico vezes a frequência cardíaca.

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2
Q

Quais mecanismos fisiopatológicos por trás da HAS?

A

•Autorregulação neuro-humoral (⬆️DC -> ⬆️ RVP -> ⬇️DC) Logo maior parte possui ⬆️RVP e DC normal.
•Retenção renal de sódio e água (⬆️DC)
•Sistema Renina Angiotensina Alfosterona (SRAA). Renina (aa. Aferente do rim) converte angiotensinq I que ativa ECA para angiotensina II que leva a vasoconstriçâo e retenção de água e sódio.
•Remodelamento arteriolar (cronificação), mais vasoconstrição.
•Hiperatividade simpática (⬆️DC, ⬆️H2O e sódio, vasoconstrição) pode ser desencadeada por excesso de insulina (DM).

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3
Q

Quais são os fatores de risco para a HAS?

A

•Idade
•Etnia negra (ñ usar iECA e BRA)
•Sexo (M até 60 anos, depois F)
•Genética
•Obesidade e Sobrepeso
•Sódio (>2g/Sódio/dia)
•Potássio (<90 a 120 mEq)
•Sedentarismo
•Álcool (>2 doses em H e > que 1 em M)
•Fatores Socioeconômicos

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4
Q

Quais são as recomendações para controle dos principais fatores de risco modificáveis associados ao desenvolvimento da HAS?

A

•Manter IMC < 25 kg/m²
•Restringir consumo diário a 2g de sódio ou 5 g de sal
•Realizar pelo menos 150 minutos/semana de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos /semana de alta intensidade, de preferência exercícios aeróbicos.
•Limitar consumo diário de álcool a uma dose pra mulheres e duas pra homens.

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5
Q

Como se diagnostica HAS?

A

○ PA > 140/90 mmHg em 2 visitas ≠s
○ PA > 140/90 em 1 visita se alto risco cardiovascular
○ PA > 180/110 em 1 visita

OBS1: usar MAPA/MRPA se suspeita de hipertensão mascarada ou hipertensão de avental branco.
OBS2: Tentar confirmar com medidas fora do consultório.

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6
Q

Com que frequência deve-se medir a PA?

A

Se pressão ótima (<120/80) ou normal 120-129/80-85), deve-se medir anualmente. Se pré-hipertensão (130-139/86-89), deve-se medir 1x ao ano ou menos. Hipertensos devem realizar acompanhamento no tratamento.

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7
Q

Como se escolhe o manguito para medir a PA?

A

O tamanho adequado do manguito também pode ser definido a partir da circunferência obtida no ponto médio entre o acrômio e o
olécrano, sendo recomendável a largura da bolsa inflável de 40% e o comprimento de 80% a 100% da circunferência do braço.

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8
Q

Como se deve medir a PA em suspeita de coarctação de aorta?

A

Em casos de suspeita de HAS secundária à coarctação
da aorta, a medição deverá ser realizada também nos membros
inferiores utilizando-se manguitos apropriados.

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9
Q

Como medir PA em casos suspeitos de hipotensão ortostática?

A

Em casos suspeitos de HO, é mandatória a aferição da PA com o paciente deitado, em posição supina, e, após 3 minutos, em pé. A hipotensão postural ou ortostática é
definida como uma redução da PA sistólica ≥ 20 mmHg e/ou da PA diastólica ≥ 10 mmHg.

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10
Q

Quais são as etapas para aferição da PA?

A
  1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio e o olécrano e selecionar o manguito de tamanho adequado, colocando-o cerca de 2 a 3 cm acima da fossa cubital;
  2. Estimar o nível da PA sistólica por meio do método palpatório à insuflar o manguito enquanto se palpa o pulso radial até ocorrer seu desaparecimento, o que vai corresponder aproximadamente à PA sistólica;
  3. Palpar a artéria braquial ao nível da fosse cubital e colocar sobre ela o estetoscópio, sem realizar compressão excessiva;
  4. Insuflar o manguito até ultrapassar cerca de 30 mmHg o nível estimado da PA sistólica obtido pelo método palpatório;
  5. Realizar a desinsuflação lenta do manguito (velocidade de 2 mmHg por segundo);
  6. Determinar a PA sistólica pela ausculta do primeiro som na artéria braquial (fase I de Korotkoff);
  7. Determinar a PA diastólica no momento do desaparecimento dos sons na artéria braquial (fase V de Korotkoff);
  8. Auscultar cerca de 20 a 30mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e, após, proceder à desinsuflação rápida e completa do manguito;
  9. Caso os batimentos na artéria braquial persistam até o nível zero, a PA diastólica será determinada no momento do abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e deverá ser anotado o valor de PA sistólica / PA diastólica / zero; por exemplo: PA: 140/70/0.
  10. Realizar pelo menos duas aferições em cada consulta (três na primeira consulta), com intervalo mínimo de um minuto entre elas, podendo-se considerar a média das aferições como referência;
  11. Aferir a PA em ambos os braços pelo menos na primeira consulta e utilizar como referência o valor do braço em que foi obtida a maior pressão arterial.
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11
Q

Quais medidas devem ser observadas no preparo para aferição da PA?

A

•Ambiente calmo e em repouso por 5 minutos;
•Confirmar que o paciente não esteja com a bexiga cheia, não tenha praticado atividade física ou ingerido bebidas alcoólicas, café ou alimentos há pelo menos 60 minutos e não tenha fumado nos últimos 30 minutos;
•O paciente não deve conversar durante o exame;
•Realizar o posicionamento adequado do paciente: ele deve estar sentado, com os pés apoiados no chão e as pernas descruzadas; o braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima.

Obs: Caso o braço do paciente esteja acima do nível do coração pode haver subestimativa da PA. Por outro lado, o braço localizado abaixo do nível do precórdio pode superestimar a pressão arterial.

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12
Q

Quais são as fases de Korotkoff?

A

• Fase 1: aparecimento dos 1ºs ruídos de forma clara e repetitiva.
• Fase 2: sons suaves e prolongados.
• Fase 3: sons intensos emitidos.
• Fase 4: sons de baixa intensidade e abafados, de difícil distinção.
• Fase 5: ocorre o desaparecimento do Sons.

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13
Q

O que fazer em pacientes cuja anatomia dificulta a audição dos sons de Korotkoff?

A

Deve-se insuflar o manguito, estando o braço do paciente acima da altura da cabeça por 30 segundos.

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14
Q

O que é pressão arterial média?

A

A pressão arterial média (PAM) corresponde à pressão média
exercida pelo sangue na parede da aorta que ocorreria caso o débito cardíaco fosse não pulsátil. Em última análise, ela corresponde à pressão de perfusão dos órgãos periféricos. Pode ser calculada pela seguinte fórmula:
PAM = (2 x PA diastólica) + PA sistólica / 3

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15
Q

O que se deve observar quanto à aferição da PA em crianças?

A

A pressão arterial em Crianças é recomendada em toda consulta após os 3 anos de idade, devendo ser realizada pelo menos annualmente e considerar os percentis de idade sexo e altura.

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16
Q

O que se de observar quanto a aferição da PA em idosos?

A

Em idosos, pode haver a ocorrência de hiato auscultatório entre as fases I e II dos sons de Korotkoff e pode haver pseudo-hipertensão devido a arterioesclerose (≠ de aterosclerose).

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17
Q

O que é a Manobra de Osler?

A

A manobra de Osler consiste em insuflar o manguito pelo menos 30 mmHg acima da pressão arterial sistólica obtida pelo método auscultatório, tentando delimitar a palpação e as artérias radial (e/ou braquial). Se for possível palpá-las, haverá rigidez aumentada do vaso, o que pode causar uma falsa estimativa da PA para valores superiores aos reais, o que torna a manobra de Osler positiva e confirma o diagnóstico de pseudo-hipertensão arterial.

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18
Q

O que se deve observar ao medir a PA em pacientes obesos?

A

Deve ser observar o tamanho do manguito em relação a circunferência do braço. Caso ele esteja menor, a pressão estará superestimada. Lembrando que braços com circonferência maior que 50 centímetros não possuem manguito disponível. Em tais casos deve-se utilizar um fator de correção.

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19
Q

O que se recomenda na medida de pressão em gestantes?

A

A PA também pode ser aferida no braço esquerdo na posição de decúbito lateral esquerdo a fim de evitar a influência do útero gravídico no retorno venoso, não devendo diferir da PA obtida na posição sentada convencional. A hipertensão do avental branco e a pseudo-hipertensão são mais comuns nessas pacientes (dessa forma, a monitorização residencial e ambulatorial pode ser util nessas pacientes).

20
Q

O que se recomenda na aferição da PA de pacientes dialíticos?

A

Em pacientes dialíticos se recomenda a medida nos períodos interdialíticos devido às alterações grandes de volemia na pré e pós diálise.

21
Q

O que significa MRPA, MAPA e AMPA?

A

• MONITORIZAÇÃO RESIDENCIAL DA PRESSÃO ARTERIAL.
• MONITORIZAÇÃO AMBULATORIAL DA PRESSÃO ARTERIAL.
• Automedida da pressão arterial.

22
Q

Quais as indicações para medição de PA fora do consultório (MAPA/MRPA)?

A

• Suspeita de hipertensão do avental branco (HAB)
• Suspeita de hipertensão mascarada.
• Identificação do efeito do avental branco em pacientes hipertensos;
• Presença de grande variação da PA no consultório, seja na mesma consulta ou em consultas diferentes;
• Suspeita de hipotensão postural, pós-prandial ou induzida por medicações;
• Gestantes com PA elevada no consultório e/ou suspeita de pré-eclâmpsia; e
• Confirmação do diagnóstico de hipertensão resistente.

23
Q

Quais indicações específicas para MAPA?

A
  1. Discordância significativa entre a pressão arterial aferida no consultório e em casa;
  2. Avaliação do descenso noturno da pressão arterial;
  3. Suspeita de hipertensão noturna ou ausência de descenso noturno adequado em pacientes com apneia do sono, diabetes mellitus ou doença renal crônica; e
  4. Avaliação da variabilidade da pressão arterial.
24
Q

Quando se suspeita de hipertensão de jaleco branco ou de hipertensão mascarada?

A

• Suspeita de hipertensão do avental branco (HAB) → pacientes com HAS leve no consultório, assintomáticos, sem lesão de órgãos-alvo e com baixo risco cardiovascular global;
• Suspeita de hipertensão mascarada → pacientes normotensos ou pré-hipertensos no consultório, com sinais de lesão em órgãos-alvo ou com alto risco cardiovascular global;

25
Q

Quando se considera o descanso noturno atenuado em função da PA?

A

Quando sua redução é inferior a 10% (o normal é entre 10 a 20 %) quando comparada a vigilia. Indicativo de maior risco cardiovascular.

26
Q

Quais os valores de PAS e PAD se esperam para DG de HAS em consultório, MAPA (vigília, sono e 24 horas) e MRPA?

A

Consultorio - 140/90
MAPA
Vigília - 135/85
Sono - 120/70
24 horas - 130/80

MRPA - 130/80

27
Q

Como se realiza a MRPA?

A

São 3 aferições da PA pela manhã, antes do café e da tomada das medicações, e 3 aferições noturnas antes do jantar, durante 5 dias, podendo ser estendida para 7 dias em algumas referências bibliográficas. O resultado é a média das medidas.

Obs: usar aparelho semiautomático mas tomar os cuidados gerais da medida da PA (não tomar café, 1 hora sem atividade física, etc).

28
Q

Quais as classificações da pressão arterial?

A

Ótima : <120 / <80
Normal : 120-129 / 80-84
Pré-hipertensão : 130-139 / 85-89
HAS estágio 1: 140-159 / 90-99
HAS estágio 2: 160-179 / 100-109
HAS estágio 3: ≥ 180 / ≥ 110

Macete: caminhar 10/5 até HAS, 20/10 após HAS. Na dúvida, escolher pior classificação.

29
Q

Quais os conceitos de hipertensão arterial controlada, não controlada, resistente e refratária?

A

A hipertensão arterial controlada é aquela cujos valores se quivalem ao do paciente normotenso, mas que está sob terapia medicamentosa antihipertensiva. A hipertensão arterial não controlada acontece quando a pressão arterial permanece elevada mesmo sob tratamento anti-hipertensivo regular. A hipertensão arterial resistente ocorre quando,apesar do uso de 3 ou mais medicamentos anti-hipertensivos incluindo entre eles um diurético (ou 4 antihipertensivos), a pressão arterial permanece elevada. A hipertensão refratária é definida como ausência de controle da pressão arterial mesmo com o uso de 5 mais anti-hipertensivos.

30
Q

Quando suspeitar e como se define a hipertensão de jaleco branco?

A

Se deve suspeitar de hipertensão do avental branco quando no consultório o paciente se encontra a sintomático, sem lesão de orgãos alvo e com baixo risco cardiovascular, mas apresenta leve hipertensão arterial. Se define pela diferença de 20 na pressão arterial sistólica ou de 10 na pressão arterial diastólica entre medidas feita no consultório e fora dele.

31
Q

Quando se suspeitar de hipertensão mascarada?

A

Clincamente, são pacientes que apresentam sinais de lesão em orgãos alvo e/ou alto risco cardiovascular calculado pelos escores de risco. Se suspeita de hipertensão máscarada em pacientes jovens, sexo masculino, tabagistas alcoólatras, ansiosos, com forte estresse emocional, obesos, diabéticos, renais crônicos e com história familiar de hipertensão arterial sistêmica.

32
Q

Em que grupo e porquê costuma ocorrer a hipertensão sistólica isolada?

A

Em idosos, devido ao enrijecimento da aorta e dos vasos centrais (arterioesclerose).

33
Q

Quais são os objetivos da avaliação clínica em pacientes hipertensos?

A
  1. Confirmar DG.
  2. Identificar morbidades e risco CV associado.
  3. Pesquisar lesões em órgãos-alvo.
  4. Estratificar risco CV.
  5. Pesquisar sinais de HAS secundária.
34
Q

O que realizar na anamnese da HAS?

A

Tempo de DG, evolução, tratamento, história familiar, comodidades, fatores de risco pra doença cardiovascular (DM, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, história familiar de doença CV), uso de medicamentos, substâncias e indícios de causa secundária.

35
Q

O que realizar no exame fisico do paciente com HAS?

A
  1. Aferição da PA em ambos os membros superiores, utilizando a técnica correta.
  2. Medida dos dados antropométricos: peso e altura (para cálculo do IMC), circunferência abdominal (para pesquisa de obesidade abdominal) e frequência cardíaca.
  3. Pesquisa de sinais de lesão em órgãos-alvo:
    • Coração: desvio de ictus cardíaco, presença de bulhas acessórias, sopros, arritmias e sinais de congestão pulmonar;
    • Artérias: assimetria ou ausência de pulsos; sopros arteriais, alterações cutâneas sugestivas de hipoperfusão periférica (frialdade, cianose, rarefação de pelos, úlceras); e índice tornozelo-braquial ≤ 0,9;
    • Olhos: sinais de retinopatia hipertensiva vistos à fundoscopia; e
    • Cérebro: presença de deficit motor focal ou outros sinais de evento cerebrovascular prévio.
  4. Pesquisa de sinais de HAS secundária:
    • Características cushingoides → fáscies em “lua cheia”, obesidade centrípeta e estrias violáceas;
    • Palpação abdominal com rins de tamanho aumentado → sugestiva de doença renal policística;
    • Sopros abdominais ou torácicos → sugestivos de hipertensão renovascular (estenose de artéria renal) e coarctação da aorta;
    • Redução dos pulsos femorais da PA nos membros inferiores → sugestivos de coarctação da aorta ou doença obstrutiva da aorta abdominal e/ou dos seus ramos principais; e
    • Diferença de PA entre os membros superiores → sugestivo de coarctação da aorta ou estenose de artéria subclávia.
36
Q

O que é o índice tornozelo-braquial (ITB) e o que ele diagnostica?

A

O ITB corresponde à relação entre a PA sistólica medida no tornozelo e a PA sistólica medida no braço em ambos os lados. Ele é calculado por meio da relação entre a maior PA sistólica da artéria tibial posterior ou dorsal do pé com a maior PA sistólica da artéria braquial. É considerado normal um valor acima de 0,9. Quando esse índice é ≤ 0,9, define-se a presença de doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), que pode ser classificada de acordo com a gravidade da seguinte forma:
> DAOP leve: ITB entre 0,71 e 0,9
> DAOP moderada: ITB entre 0,41 e 0,70
> DAOP grave: ITB ≤ 0,4

37
Q

Quais são as classificações da retinopatia hipertensiva segundo a fundoscopia?

A

Grau I – estreitamento arteriolar e alteração do reflexo arteriolar leves
Grau II – estreitamento arteriolar e alteração do reflexo arteriolar mais acentuados e cruzamento arteriolovenular
Grau III – alterações do grau II associadas a hemorragias retinianas e exsudatos
Grau IV – alterações do grau III associadas a papiledema

A presença de retinopatia hipertensiva graus I e II é considerada um sinal de lesão de órgão-alvo, enquanto a presença de graus III e IV é considerada sinal de doença cardiovascular estabelecida associada à HAS.

Esquema de retinopatia no notes (flashcards>cario>HAS).

38
Q

Quais são os exames de rotina do hipertenso?

A

Um Único Grande Homen Pode Facilmente Conseguir Lembrar ou Esquecer.

Urina
Úrico (ácido)
Glicemia
Hemoglobina glicada
Potássio
Filtração glomerular
Creatinina
Lipídios
Eletrocardiograma

OBS: Se pedirá o sódio apenas se forem usados diuréticos.

39
Q

Qual a fórmula de Cockroft-Gault para cálculo da TFG-e?

A

TFG-e = _(140-idade)peso_
72
creatinina

40
Q

Quais exames complementares não são rotina mas são uteis na avaliação de complicações da HAS? E suas indicações.

A

Radiografia de tórax
- Avaliação da aorta na indisponibilidade do ecocardiograma;
- Suspeita clínica de comprometimento cardíaco e/ou pulmonar.
Ecocardiograma transtorácico
- Sinais sugestivos de HVE no ECG;
- Sinais e sintomas de insuficiência cardíaca.
Albuminúria
- HAS associada a diabetes ou síndrome metabólica;
- HAS associada a dois ou mais fatores de risco cardiovascular
US Doppler de carotídas
- Sopro carotídeo;
- Sinais clínicos de doença cerebrovascular;
- Presença de doença aterosclerótica em outros territórios.
US de rins e vias urinárias
- Massa abdominal;
- Redução da TFG-e.
Eco Doppler de arterias renais
- sopro abdominal
Teste ergométrico
-Suspeita de DAC estável.
RNM de encéfalo
-HAS associada a distúrbios cognitivos e/ou demência

41
Q

Quais são os fatores de risco cardiovascular na avaliação do risco adicional do hipertenso?

A
  1. Sexo Masculino
  2. Idade
    • Homens ≥ 55 anos ou mulheres ≥ 65 anos
  3. Dislipidemia
    • Colesterol total > 190mg/dL
    • LDL-c > 115mg/dL
    • HDL-c < 40mg/dL em homens ou < 46mg/dL em mulheres
    • Triglicerídeos > 150mg/dL
  4. Resistência à insulina
    • Glicemia de jejum entre 100 e 125mg/dL
    • Teste oral de tolerância à glicose: 140-199mg/dL em 2 horas
    • Hemoglobina glicada: 5,7% – 6,4%
  5. Obesidade
    • IMC ≥ 30Kg/m²
    • Circunferência abdominal ≥ 102cm em homens ou ≥ 88cm em mulheres
  6. Tabagismo
  7. História Familiar positiva de doença cardiovascular precoce em parentes de 1ª grau
    Homens abaixo dos 55 anos ou mulheres abaixo dos 65 anos
42
Q

Quais são as lesões de órgão-alvo na avaliação de risco adicional do hipertenso?

A
  1. Hipertrofia ventricular esquerda
  2. Espessura médio-intimal da carótida > 0,9 mm e/ou placa carotídea
  3. Velocidade da onda de pulso carótido-femoral > 10 m/s
  4. Índice tornozelo-braquial < 0,9
  5. Doença renal crônica estágio 3 (TFG-e entre 30 e 60)
  6. Microalbuminúria (30 a 300 de RAC ou albumina/24h)
  7. Retinopatia leve (graus 1 e 2)
43
Q

Quais são os fatores que indicam HVE no ECG ou no ECO?

A

• ECG: Índice de Sokolow-Lyon → onda S de V1 + onda R de V5 ou V6 ≥ 35mm
• ECG: onda R de aVL ≥ 11mm
• ECG: índice de Cornell: (onda R de aVL + S de V3) ≥ 28 mm em homens e 20 mm em mulheres
• ECO: IMVE > 115g/m² em homens ou > 95g/m² em mulheres

Na nota de Avaliação do risco CV para hipertensos há um print desses fatores no ECG!

44
Q

Quais doenças cardiovasculares ou renais estabelecidas são associadas à HAS, na estipulação do risco CV para hipertensos?

A

Doença cerebrovascular
• AVC isquêmico ou ataque isquêmico transitório
• Hemorragia cerebral
Doença arterial coronariana
• Angina estável ou instável
• Infarto agudo do miocárdio
• Revascularização miocárdica: percutânea (angioplastia) ou cirúrgica
Insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ou preservada
Doença arterial periférica dos membros inferiores sintomática
Doença renal crônica estágio 4 ou 5
• TFG-e < 30ml/min/1,73m²
• Albuminúria > 300mg/24h ou relação albumina/creatinina urinária > 300mg/g em amostra isolada
Retinopatia avançada (graus 3 e 4)
• Hemorragias retinianas, exsudatos, papiledema

45
Q

Como estratificar o risco CV para hipertensos segundo a VIII Diretriz Brasileira de Hipertensão?

A
  1. Avaliar os níveis de PA?
  2. Avaliar se existe LOA, DCV, DCR ou DM. (Lesão de órgão-alvo, doença cardiovascular, doença crônica renal, diabetes mellitus)
  3. Avaliar fatores de risco adicionais.

(A tabela em si está numa nota de apoio no Samsumg Notes [flashcards>cardio ext>HAS>av. De risco CV em hipertensos]).