Hipertensão Arterial Sistêmica Flashcards

1
Q

Quais fatores de risco podem agravar a HAS? (4)

A
  1. Dislipidemia
  2. Obesidade abdominal
  3. Intolerância à glicose
  4. Diabetes melito
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2
Q

Quais eventos a HAS é principal fator? (4)

A
  1. Infarto
  2. AVE
  3. Insuficiência cardíaca
  4. Fibrilação atrial
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3
Q

Qual causa de morte é mais associada com HAS?

A

Doença arterial coronariana.

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4
Q

Qual a utilidade das definições de níveis pressóricos?

A

Epidemiologicamente, pessoas com pressão mais alta podem não apresentar problemas, e pessoas com pressão mais baixa podem apresentar.
A definição dos níveis está mais relacionada com níveis que apresentam benefício de terapia medicamentosa.

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5
Q

Qual a porcentagem da população brasileira que apresenta HAS? Qual a porcentagem de idosos?

A

População: 32,5%

Idosos: mais de 60%

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6
Q

Qual a porcentagem de contribuição da HAS em mortes evitáveis por doença cardiovascular?

A

50%.

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7
Q

Segundo a WHO, qual a principal causa de mortes evitáveis no planeta?

A

HAS.

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8
Q

Quais os fatores de risco relacionados a HAS?

A
  1. Idade (envelhecimento da população faz aumentar ainda mais a preocupação com a HAS)
  2. Sexo e etnia (é mais referida em mulheres e em pessoas negras)
  3. Ingestão excessiva de sódio
  4. Ingestão excessiva de bebidas alcóolicas
  5. Sobrepeso, e sedentarismo
  6. Escolaridade inferior e renda baixa
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9
Q

Quais os objetivos das estratégias de prevenção? (4)

A

Diagnóstico precoce, controle, tratamento contínuo e modificação do estilo de vida.

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10
Q

Quais os sintomas da HAS?

A

Normalmente é assintomática. Quando apresenta sintomas, normalmente está bastante elevada.

  1. Cefaleia
  2. Noctúria
  3. Dispneia
  4. Palpitação
  5. Tontura
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11
Q

Quais os achados no exame físico da HAS?

A

Normalmente não achamos nada. Em raros casos, podem haver modificações na ausculta cardíaca.

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12
Q

Quais drogas devem ser evitadas na HAS? (6)

A

Drogas ilícitas, álcool, AINES, vasoconstrictores nasais, alguns antidepressivos e anticoncepcionais.

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13
Q

Como é chamada a HAS de causa desconhecida? Qual sua porcentagem na incidência?

A

HAS primária.

95%.

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14
Q

A partir de qual fórmula pode ser calculada a PA?

A

PA = DC x RVP

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15
Q

Qual alteração na fórmula da PA é encontrada na maioria dos hipertensos?

A

Têm DC normal e RVP aumentada (principalmente acima dos 40 anos): RVP pode se elevar como resposta pra equilibrar o DC aumentado.

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16
Q

Qual a porcentagem de hipertensos hipersensíveis a administração de sódio?

A

50% (principalmente negros e idosos).

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17
Q

O que acontece com a administração de sódio em indivíduos normotensos? Como isso pode acontecer em indivíduos hipertensos?

A

Em indivíduos normotensos, a administração de sódio tende a causar uma maior eliminação de líquido pelos rins, a chamada natriurese pressórica. Em indivíduos hipertensos, esse evento só ocorre com maior subida de pressão.

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18
Q

Qual a influência do sódio na fórmula da PA?

A

A retenção de sódio e água aumenta a volemia, e consequentemente, o DC. Há então um aumento da RVP (vasoconstricção arteriolar), devido ao aumento do DC.

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19
Q

O que é o fluxo orgânico?

A

Fluxo semelhante constantemente que todos os órgãos tendem a manter.

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20
Q

É sempre indicado fazer dieta hipossódica em indivíduo hipertenso?

A

Não.
Se o indivíduo estiver tomando medicação, e sua hipertensão estiver controlada, não se deve prescrever uma dieta hipossódica muito extrema, pois esta pode causar a liberação de renina..

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21
Q

Como está a quantidade de renina em pacientes hipertensos?

A

A maioria dos hipertensos possui renina normal (60%) ou baixa (30%). Apenas 10% possuem renina alta.
Renina “normal” já indica alta produção, pois deveria estar baixa devido a pressão.

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22
Q

Qual a consequência da alta PA nos vasos? Quais os tipos? É um processo que pode regressar?

A

Induz a proliferação de células endoteliais, de modo a “remodelar” os vasos, aumentando sua luz.
Pode ser eutrófica, em arteríolas, e hipertrófica, em vasos maiores, como na aorta.
É irregressível, por isso que a HAS não tem cura, pois uma vez dilatados, os vasos não voltam ao normal.

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23
Q

Qual a consequência da alta PA no coração? Quais as complicações? (3)

A

Sofre remodelação (mecanismo de defesa), do tipo hipertrófica, causando a hipertrofia ventricular esquerda.
Complicações: desregulação do sistema de condução cardíaco (causando arritmias e fibrilações), rompimento ou calcificação das valvas, insuficiência cardíaca.

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24
Q

Como pode ser diagnosticada a hipertrofia ventricular esquerda?

A

Ecocardiografia e eletrocardiograma, que revela esforço exacerbado para contração cardíaca.

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25
Q

Qual a porcentagem de predisposição genética para HAS primária? Quais fatores influenciam nela? (3)

A

30-60%.
Baixo peso ao nascer e prematuridade (podem possuir falhas no desenvolvimento renal - baixo número de néfrons ou hipertrofia glomerular), presença de alguns genes faz com que haja reabsorção de sal com maior facilidade.

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26
Q

Quais os objetivos da avaliação clínica e laboratorial da HAS? (6)

A
  1. Confirmação do diagnóstico de HAS por medição da PA
  2. Identificação dos FRCV
  3. Pesquisa de lesões de órgãos alvo, sejam elas subclínicas ou clinicamente manifesas
  4. Pesquisa da presença de outras doenças associadas
  5. Estratificação do risco CV global
  6. Avaliação de indícios para suspeita de HAS secundária
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27
Q

Quais etapas devem ser seguidas durante o diagnóstico de HAS? (4)

A
  1. Medição da PA (no consultório e/ou fora dele)
  2. História médica (pessoal e familiar)
  3. Exame físico
  4. Investigação clínica e laboratorial
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28
Q

Qual a frequência para aferição de PA recomendada?

A

A cada dois anos para os adultos com PA ≤ 120/80 mmHg, e anualmente para aqueles com PA > 120/80 mmHg e < 140/90 mmHg.

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29
Q

Onde deve ser feita a aferição da PA? Quais as recomendações durante a aferição? (2)

A

No braço, com manguito adequado. Em suspeita de coartação da aorta, pode ser realizada nos membros inferiores.
Deixar paciente em repouso de 3-5 min em ambiente calmo e não conversar durante aferição.

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30
Q

Quais cuidados se deve ter ao aferir a PA em idosos, diabéticos, disautonômicos e utilizadores de anti-hipertensivos?

A

Deve ser feita após 3 minutos de pé para evitar hipotensão ortostática.

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31
Q

Quais cuidados se deve ter em relação ao que o paciente NÃO pode ter feito antes de aferir a PA?

A
  1. Não estar com a bexiga cheia
  2. Não praticar exercícios físicos há pelo menos 60 minutos
  3. Não ingerir bebidas alcoólicas, café ou alimentos
  4. Não fumou nos 30 minutos anteriores
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32
Q

Como deve ser o posicionamento do paciente durante a aferição da PA?

A

O paciente deve estar sentado, com pernas descruzadas, pés apoiados no chão, dorso recostado na cadeira e relaxado. O braço deve estar na altura do coração, apoiado, com a palma da mão voltada para cima e as roupas não devem garrotear o membro.

33
Q

Como pode ser obtida a PA fora do consultório? (2) Por que ela é recomendada? (4)

A

MRPA (Medição Residencial da Pressão Arterial) ou da MAPA (Medição Ambulatorial da Pressão Arterial) de 24 horas.
Aumenta o número de medidas obtidas, reflete a PA durante atividades cotidianas do examinado, reduz efeito do avental branco e ajuda a engajar o paciente com o diagnóstico.

34
Q

Qual o valor de referência para definição de HAS no consultório?

A

PAS ≥ 140 mmHg e/ou PAD ≥ 90 mmHg

35
Q

Qual o valor de referência para definição de HAS com MAPA em vigília, durante o sono e em 24h?

A

Vigília: PAS ≥ 135 mmHg e/ou PAD ≥ 85 mmHg
Sono: PAS ≥ 120 mmHg e/ou PAD ≥ 70 mmHg
24h: PAS ≥ 130 mmHg e/ou PAD ≥ 80 mmHg

36
Q

Qual o valor de referência para definição de HAS com MRPA?

A

PAS ≥ 135 mmHg e/ou PAD ≥ 85 mmHg

37
Q

Qual a frequência da avaliação de PA em crianças? Quais os valores de referência para definição de HAS?

A

Deve-se avaliar anualmente, após os 3 anos de idade.

Os valores devem ser consultados de acordo com a idade.

38
Q

O que é a pseudo-hipertensão? Como detectá-la?

A

Acontece em idosos devido ao processo aterosclerótico.
É detectada pela manobra de Osler: a artéria radial permanece ainda palpável após a insuflação do manguito pelo menos 30 mmHg acima do desaparecimento do pulso radial.

39
Q

Como deve ser o posicionamento de uma gestante para realizar aferição da PA?

A

Mesma metodologia pra adultos, porém, em posição de decúbito lateral esquerdo.

40
Q

Como funcionam as aferições da MRPA?

A

É realizada por 3 medições de manhã, antes do desjejum e tomada da medicação, e 3 a noite, antes do jantar, por 5 dias.

41
Q

Como funcionam as aferições da MAPA?

A

É o registro indireto intermitente durante pelo menos 24 horas, enquanto o paciente realiza suas atividades habituais, em vigília e sono, observando as alterações circadianas.

42
Q

Quais os valores de referência para classificação de HAS no consultório?

A

Normal: PAS ≤ 120 mmHg e PAD ≤ 80 mmHg
Pré-Hipertensão: PAS: 121-139 mmHg e PAD: 81-89 mmHg
Hipertensão Estágio I: PAS: 140-159 mmHg e PAD: 90-99 mmHg
Hipertensão Estágio II: PAS: 160-179 mmHg e PAD: 100-109 mmHg
Hipertensão Estágio III: PAS ≥ 180 mmHg e PAD ≥ 110 mmHg

43
Q

O que é a chamada HAS não controlada?

A

Quando mesmo com o tratamento, a pessoa continua com a PA elevada.

44
Q

Defina efeito do avental branco (EAB). Defina hipertensão do avental branco (HAB). Qual a diferença entre os dois?

A

EAB: Consiste nas diferenças significativas nos índices de PA dentro e fora do consultório, elevando em até 20 mmHg.
HAB: É a situação clínica caracterizada por valores anormais da PA no consultório, porém com valores considerados normais pela MAPA ou MRPA.
A diferença é que o EAB não muda o diagnóstico. Se o indivíduo é normotenso, permanecerá normotenso, e se é hipertenso, continuará sendo hipertenso pode, contudo, alterar o estágio e/ou dar a falsa impressão de necessidade de adequações no esquema terapêutico.

45
Q

O que é a Hipertensão Mascarada (HM)? É comum em quais pacientes?

A

É caracterizada por valores normais da PA no consultório, porém com PA elevada pela MAPA ou medidas residenciais.
Pode ocorrer em pacientes com nefropatia diabética, onde ocorre a elevação de PA durante o sono.

46
Q

O que é a hipertensão sistólica isolada (HSI)?

A

PAS aumentada com PAD normal.

47
Q

O que deve ser avaliado na história clínica do paciente? (8)

A

Tempo de diagnóstico, evolução, tratamento prévio, história familiar, comorbidades, aspectos socioeconômicos, estilo de vida, uso prévio e atual de medicamentos e substâncias que possam alterar a PA ou interferir no tratamento.

48
Q

Quais os fatores de risco clássicos para HAS? (5) E os possíveis novos fatores? (4)

A

Clássicos: idade, tabagismo, dislipidemia, DM, histórico familiar
Novos: glicemia de jejum e hemoglobina glicada elevadas, síndrome metabólica, histórico de eclâmpsia, pressão de pulso elevada.

49
Q

Quais os exames de rotina em um paciente hipertenso? (10)

A
  1. Análise de urina
  2. Potássio plasmático
  3. Glicemia de jejum
  4. Ritmo de filtração glomerular estimado
  5. Creatinina plasmática
  6. Colesterol total
  7. HDL
  8. Triglicerídeos
  9. Ácido úrico
  10. ECG
50
Q

Por que o ECO não é exame de rotina em paciente hipertenso?

A

ECG já demonstra insuficiência na contração ventricular, não há necessidade de ECO.

51
Q

Quais os sinais de lesão em órgão alvo no cérebro, retina, artérias e coração?

A

Cérebro: déficits motores ou sensoriais
Retina: lesões à fundoscopia
Artérias: ausência de pulsos, assimetrias ou reduções, lesões cutâneas, sopros
Coração: desvio de ictus, presença de B3 ou B4, sopros, arritmias, edema periférico, crepitações pulmonares

52
Q

Quais os sinais que sugerem causas secundárias para HAS? (5)

A
  1. Características cushingoides
  2. Palpação abdominal com rins aumentados (rim policístico)
  3. Sopros abdominais ou torácicos (renovascular, coarctação de aorta, doença de aorta ou ramos)
  4. Pulsos femorais diminuídos (coarctação de aorta, doença de aorta ou ramos)
  5. Diferença de PA nos braços (coarctação de aorta e estenose de subclávia)
53
Q

Se a PAS estiver em um estágio e a PAD em outro, o que fazer?

A

Considera a mais alta.

54
Q

Quais os fatores de risco adicionais são levados em consideração dentro da tabela de estratificação de risco cardiovascular na HAS? (10)

A
  1. DAC
  2. ICC
  3. DRC (fazendo diálise)
  4. Proteinúria significativa (> 300 mg/24 horas)
  5. Doença cerebrovascular
  6. Doença de aorta abdominal ou seus ramos
  7. Doença arterial periférica
  8. Doença arterial carotídea
  9. Nefropatia diabética
  10. Retinopatia avançada
55
Q

Diga, em caso de paciente com PA normal ou pré-hipertenso, qual será seu risco dentro da tabela de estratificação de risco cardiovascular na HAS, quando considerado os fatores de risco adicionais, nas situações:

1) Sem fator de risco;
2) 1-2 riscos adicionais;
3) ≥ 3 fatores de risco
4) Presença de LOA, DCV, DRC ou DM.

A

1) Sem risco adicional;
2) Risco baixo;
3) Risco moderado;
4) Risco alto.

56
Q

Diga, em caso de paciente com HAS Estágio I, qual será seu risco dentro da tabela de estratificação de risco cardiovascular na HAS, quando considerado os fatores de risco adicionais, nas situações:

1) Sem fator de risco;
2) 1-2 riscos adicionais;
3) ≥ 3 fatores de risco
4) Presença de LOA, DCV, DRC ou DM.

A

1) Risco baixo
2) Risco moderado;
3) Risco alto;
4) Risco alto.

57
Q

Diga, em caso de paciente com HAS Estágio II, qual será seu risco dentro da tabela de estratificação de risco cardiovascular na HAS, quando considerado os fatores de risco adicionais, nas situações:

1) Sem fator de risco;
2) 1-2 riscos adicionais;
3) ≥ 3 fatores de risco
4) Presença de LOA, DCV, DRC ou DM.

A

1) Risco moderado;
2) Risco alto;
3) Risco alto;
4) Risco alto.

58
Q

Diga, em caso de paciente com HAS Estágio III, qual será seu risco dentro da tabela de estratificação de risco cardiovascular na HAS, quando considerado os fatores de risco adicionais, nas situações:

1) Sem fator de risco;
2) 1-2 riscos adicionais;
3) ≥ 3 fatores de risco
4) Presença de LOA, DCV, DRC ou DM.

A

1) Risco alto;
2) Risco alto;
3) Risco alto;
4) Risco alto.

59
Q

Qual a relação entre pressão de pulso e LOA?

A

Se o indivíduo apresenta pressão de pulso ≥ 60 mmHg (Ex: pressão de 180/80), grandes chances de lesões de órgãos-alvo.

60
Q

Como se encontra a pressão de pulso em idosos? Quais as consequências disso na PAS e PAD? Por que isso ocorre?

A

Em idosos, a pressão de pulso tende a estar muito mais elevada, de modo que a PAS tende a aumentar, e a PAD, a diminuir.
Ocorre porque com o espessamento dos vasos, há rigidez aórtica.

61
Q

Qual tipo de HAS é comum em jovens?

A

Hipertensão sistólica isolada.

62
Q

Cite 3 fatores de risco para LOA mesmo em pacientes assintomáticos.

A

Espessamento da carótida, filtração glomerular < 60 mL/min, microalbuminúria.

63
Q

Qual a utilidade da microalbuminúria?

A

Utilizada pra diagnosticar lesão renal.

64
Q

O que fazer quando o paciente não apresenta sinais? (2)

A

Observar exames de rotina e os critérios de Framingham.

65
Q

O que avaliam os critérios de Framingham? Qual valor é considerado de alto risco em homens e em mulheres?

A

Expressam a possibilidade de risco do indivíduo ter algum evento nos próximos 10 anos: doença arterial coronariana (infarto e isquemia silenciosa), doenças dos grandes vasos (dissecção aórtica), doença cerebrovascular (AVE), doença renal crônica.
Alto risco em homens é acima de 20%, em mulheres, acima de 10%.

66
Q

Quando há indicação de ultrassonografia abdominal? (4)

A

Em pacientes fumantes, com hipertensão severa, com mais de 65 anos ou com aorta abdominal palpável à exame físico.

67
Q

O que se deve excluir antes de investigar HAS secundária? (7)

A
  1. Medida inadequada da PA
  2. Hipertensão do avental branco
  3. Tratamento inadequado
  4. Não-adesão ao tratamento
  5. Progressão das lesões nos órgãos-alvos
  6. Presença de comorbidades
  7. Interação com medicamentos
68
Q

Em quais situações deve-se pesquisar por HAS secundária? (4)

A
  1. 20 anos < Idade < 50 anos
  2. PA > 180/110mmHg
  3. Lesão de órgão-alvo (desde a primeira consulta vale a pena investigar se o paciente tem lesão de órgão alvo, avaliando: fundoscopia grau II ou superior, creatinina > 2,5mg/dL, cardiomegalia ou HVE
  4. Má resposta a terapia geral efetiva
69
Q

Qual a principal causa de HAS secundária? Como deve ser confirmada?

A

Doenças renais crônicas. A confirmação vai se dar por creatinina abaixo de 60mL/min e ureia sérica. Pode ser feita biópsia renal.

70
Q

O que é hipertensão renovascular? Como pode ocorrer? (4) Qual outra alteração renal pode levar a HA?

A

É a estenose de uma das artérias renais (EAR), pode ser bilateral, e pode evoluir pra HA, mas nem sempre evolui.
A estenose pode ocorrer devido a lesão aterosclerótica, embolia gordurosa, tumores intrínsecos e extrínsecos, displasia fibromuscular.
Tumores secretores de renina em células justaglomerulares também podem causar HA.

71
Q

Qual a história clínica de uma hipertensão renovascular? (4)

A
  1. É mais comum em mulheres jovens
  2. Início abrupto, hipertensão grave ou resistente, sintomas da doença aterosclerótica em outros lugares: estenose de artérias em membros inferiores
  3. Sem história familiar, fumantes
  4. Algumas vezes a administração do IECA causa um agravamento do quadro, pois por vezes o indivíduo tem obstrução das duas artérias renais (podem apresentar um edema pulmonar)
72
Q

Qual o diferencial da hipertensão renovascular por doença arterial bilateral?

A

Os rins se tornam isquêmicos, com liberação significativa de renina, angiotensina II perenemente elevada, vasoconstricção, hipervolemia e participação de outros fatores fisiopatológicos como catecolaminas, vasopressina e ativação tecidual local (rins, coração, vasos) do sistema RAA.

73
Q

Na hipertensão renovascular, em que tipo de lesão o IECA pode ajudar? Quais exames pode diferenciar os tipos de lesão?

A

Se resultar de lesão arterial unilateral, IECA podem corrigir a HA e as alterações hemodinâmicas renal e sistêmica.
Se resultar de lesão arterial bilateral, os IECA se tornam ineficazes, contraindicados e o quadro pode caminhar para HA resistente e insuficiência renal irreversível.
Uma arteriografia renal ou angiografia por subtração digital são os exames de escolha para definir o tipo de lesão.

74
Q

O que pode causar o aldosteronismo primário? (2) Em qual estágio de HAS é comum? Há cura? Como é feito o diagnóstico?

A

Tumores e hiperplasia adrenal.
Comum em HAS Estágio III.
Pode ser curada, se houver a interrupção da liberação de aldosterona em excesso.
Diagnóstico: dosagem de aldosterona + tomografia ou ressonância das suprarrenais.

75
Q

Quais as consequências do aldosteronismo primário? (3)

A

Retenção de sódio, hipocalemia, diminuição da atividade da renina plasmática (aldosterona em excesso inibe a renina).

76
Q

Por que há HAS em pacientes com Síndrome de Cushing? (2) Como é feito o diagnóstico? No que consiste o tratamento?

A

Com o cortisol aumentado, pode haver aumento de mineralocorticoides e aumento da síntese do substrato de renina.
Diagnóstico: tomografia das adrenais.
Tratamento: Dexametasona.

77
Q

O que é um feocromocitoma? Quais os sintomas? (9)

A

Tumor que secreta catecolaminas.
Sintomas: cefaleia, palpitação, ruídos reduzidos, náuseas, vômitos, sudorese, taquicardia, angina, hipertensão persistente ou paroxística;

78
Q

Por que há HAS em pacientes com apneia do sono?

A

Há obstrução das vias aéreas, interrompendo a passagem do ar. O indivíduo começa a ficar cianótico. Isso estimula os barorreceptores do seio carotídeo, elevando a PA.

79
Q

Cite 5 outras possíveis causas para HAS secundária.

A
  1. Coarctação da aorta (principal cardiopatia congênita que leva a hipertensão)
  2. Doenças da tireoide: hiper e o hipotireoidismo pode causar HAS
  3. Hiperparatireoidismo
  4. Acromegalia
  5. Drogas: corticoides, imunossupressores, hormônios, anticongestionantes nasais, antidepressivos, hormônio de crescimento, drogas ilícitas e lícitas (álcool e tabagismo)