Hanseníase Flashcards
Período de incubação da hanseníase
3 a 5 anos
Vigilância epidemiológica da Hanseníase
Notificação compulsória e investigação obrigatória
Alta infectividade e baixa patogenicidade
Alta morbidade e baixa mortalidade/letalidade
Principal reservatório: Humano
Agente etiológico da hanseníase
Mycobacterium leprae
-BAAR
-Intracelular obrigatório
-Parasita tanto macrófagos cutâneos quanto células de Schwann
-Não é cultivado in vitro
Imunologia da hanseníase
-M. leprae é intracelular obrigatório, logo é necessária a imunidade celular TH1 é necessária para combatê-lo
-Pacientes com uma boa imunidade celular (Th1) desenvolvem a doença de forma localizada, caracterizada pela formação de granulomas (predomínio da manifestação tuberculoide - baixa carga bacilar nos tecidos)
-Pacientes com predomínio de imunidade humoral (Th2) desenvolvem a doença de forma disseminada, caracterizada pela formação de anticorpos antiPGL-1 (predomínio da manifestação virchowiana - elevada carga bacilar nos tecidos)
-PGL-1: Antígeno do M Leprae que o permite adentrar as células de Schwann
Transmissão da hanseníase
Vias aéreas superiores
OBS: Somente pacientes multibacilares transmitem a doença
Apresentação clínica
Lesão de pele + alteração de sensibilidade
Ordem da perda de sensibilidade das lesões cutâneas
- Térmica
- Dolorosa
- Tátil
Principais formas clínicas da hanseníase
Hanseníase indeterminada
Hanseníase tuberculoide
Hanseníase dimorfa
Hanseníase virchowiana
Apresentação da hanseníase indeterminada
Forma inicial da doença
Pode evoluir para cura espontânea ou outras formas clínicas da doença
Se apresenta com mácula hipocrômica mal delimitada com alteração de sensibilidade
Não há acometimento de tecido neural
Pode haver na região da lesão: hipohidrose e/ou redução da pilificação
Apresentação da hanseníase tuberculoide
Polo de imunidade celular Th1
Poucas lesões cutâneas, doença localizada
Lesão cutânea com placas eritematosas com bordas elevadas e bem delimitadas com clareamento central
Comprometimento neural precoce, grave e assimétrico
-Pode haver a formação de abcessos neurais
-Achados sugestivos de lesão neural:
-Mão simiesca (por lesão do nervo mediano)
-Punho caído (por lesão do nervo radial)
-Mão em garra (por lesão de nervo ulnar)
BACILOSCOPIA NEGATIVA
Apresentação da hanseníase virchowiana
Polo de imunidade humoral Th2
Múltiplas lesões nodulares e pele infiltrada
-Acometimento do pavilhão auricular
Podem apresentar face leonina e madarose
Comprometimento neural tardio e simétrico
BACILOSCOPIA POSITIVA
OBS: Pode provocar falsos positivos em exames com anticorpos, como o FAN ou o VDRL
Apresentação da hanseníase dimorfa
Forma instável
Principais causadores de reação hansênica
Podem ser DT, DD ou DV
Lesão em queijo suíço/faveolar - Placas eritematosas pouco delimitadas com região interna hipocrômica bem delimitada
BACILOSCOPIA:
DT - Negativa DD - Positiva DV - Positiva
Diferença na Classificação da Hanseníase Hidley-Jopling e Madrid
Madri classifica em indeterminado, tuberculoide, dimorfa e virchowiana. Enquanto a Hidley Jopling traz subpolos de apresentação dimorfa e não inclui a indeterminada.
Classificação da hanseníase de acordo com a OMS/MS (operacional)
Até 5 lesões: Paucibacilares
>5 lesões: Multibacilares
OBS.: Presença de 2 ou mais nervos acometidos ou baciloscopia positiva –> MULTIBACILAR, independentemente do número de lesões cutâneas
Reações hansênicas
Exacerbação imune aguda
Podem acontecer antes, durante ou após o tratamento da hanseníase
Principal causa de sequela neurológica!
Podem ser divididas em tipo 1 e tipo 2