Hanseníase Flashcards
Quadro clínico hanseníase
Manchas hipocrômicas ou avermelhadas na pele
Perda ou diminuição da sensibilidade na mancha
Dormência ou formigamento de mãos e/ou pés
Nervos doloridos e/ou sensíveis
Edema ou nódulos no rosto ou lóbulos das orelhas
Feridas ou queimaduras indolores nas mãos/pés
Queda de pelos localizada
Agente etiológico hanseníase
Mycobacterium leprae
Transmissão hanseníase
contato prologando e frequente, de pessoa a pessoa, por gotículas de salivas. Disseminação hematogênica
Período de incubação médio hanseníase
5 anos
Forma indeterminada (paucibacilar)
Todos os pacientes passam por essa fase no início da doença.
Mancha hipocrômica,
não elevada, apresenta bordas mal delimitadas, e é seca
Perda
da sensibilidade (hipoestesia ou anestesia) térmica e/ou dolorosa, mas a tátil geralmente é preservada.
Exames laboratoriais negativos NÃO afastam diagnóstico
Forma tuberculoide (paucibacilar)
O sistema imune consegue destruir os bacilos espontaneamente.
Manifesta-se por uma placa (mancha elevada em relação à pele adjacente) totalmente anestésica ou por placa com bordas elevadas, bem delimita-
das e centro claro (forma de anel ou círculo).
Pode se apresentar como um único nervo espessado com perda total de sensibilidade no seu território
de inervação.
Forma dimorfa
Várias manchas de pele avermelhadas ou
esbranquiçadas, com bordas elevadas, mal delimitadas na periferia, ou por múltiplas
lesões bem delimitadas semelhantes à lesão tuberculóide, porém a borda externa é esmaecida (pouco definida).
Perda parcial a total da sensibilidade, com diminuição de
funções autonômicas (sudorese e vasorreflexia à histamina)
Mais de 70% dos casos
Após longo período de incubação (cerca
de 10 anos ou mais)
A baciloscopia da borda infiltrada das lesões pode ser útil
Forma virchowiana
Mais contagiosa
Pele apresenta-se avermelhada, seca, infiltrada, cujos poros apresentam-se dilatados (aspecto de “casca de laranja”), poupando geralmente couro cabeludo, axilas e o meio da coluna lombar (áreas quentes).
Na evolução da doença, é comum aparecerem pápulas e nódulos escuros, endurecidos e assintomáticos (hansenomas).
Em estágio mais avançado, pode haver madarose
Face lisa, o nariz é congesto, os pés e mãos arroxeados e edemaciados, a pele e os olhos secos.
O suor está diminuído ou ausente de forma generalizada, porém é mais intenso nas áreas ainda poupadas pela doença, como o
couro cabeludo e as axilas.
Queixas de câimbras e formigamentos nas mãos e pés, que e tretanto apresentam-se aparentemente normais.
Artragias são comuns e, frequentemente, o paciente tem o diagnóstico clínico e laboratorial
equivocado de “reumatismo” Os exames reumatológicos frequentemente resultam positivos, como FAN, FR, assim como exame para sífilis (VDRL).
Diagnóstico:
baciloscopia dos lóbulos das orelhas e cotovelos.
Diagnóstico hanseníase
Critérios clínicos-epidemiológicos – alterações cutâneas, lesões de nervos
Exame dermatoneurológico – testes de sensibilidade: térmica, dolorosa, tátil
Baciloscopia de raspado intradérmico
Biópsia da pele
Prova da histamina
Avaliação da sudorese
Sequelas hanseníase
Mãos e pés em garras
Tratamento hanseníase
PQTU ( poliquimioterapia única da hanseníase): Dose supervisionada mensal: Rifampicina 600mg Clofazimina 300mg Dapsona 100mg
Dose autoadministrada diária:
Clofazimina 100mg
Dapsona 100mg
Seguimento hanseníase
Compartilhado:
UBS
Atenção secundária – Hansenologista
Consultas mensais
Avaliar contatos
Acompanhamento por 5 anos após o tratamento
OBS: notificação compulsória
Como examinar paciente com suspeita de hanseníase?
Dor, choque e/ou espessamento de nervos periféricos;
• Diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados, prin-
cipalmente nos olhos, mãos e pés;
• Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos,
principalmente nos membros superiores e inferiores e, por vezes, pálpebras;
• Edema de mãos e pés com cianose (arroxeamento dos dedos) e ressecamento
da pele;
• Febre e artralgia, associados a caroços dolorosos, de aparecimento súbito;
• Aparecimento súbito de manchas dormentes com dor nos nervos dos coto-
velos (ulnares), joelhos (fibulares comuns) e tornozelos (tibiais posteriores);
• Entupimento, feridas e ressecamento do nariz;
• Ressecamento e sensação de areia nos olhos.
hanseníase nodular da infância - forma tuberculoide paucibacilar
Pode se manifestar até
em crianças de colo, onde a lesão de pele é um nódulo totalmente anestésico na face ou
tronco
Qual a primeira sensibilidade a sensibilidade a ser perdida na hanseníase?
Térmica