Ginecologia Flashcards

1
Q

Qual o esquema vacinal do HPV para a população geral?

A

Duas doses da vacina quadrivalente, espaçadas em 6 meses, entre 9 e 15 anos incompletos para meninas e 11 e 15 anos incompletos para meninos

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2
Q

Qual o esquema vacinal do HPV para imunocomprometidos (HIV, transplantados de órgão sólido e medula, quimioterapia)?

A

Três doses da vacina quadrivalentes, em 0, 2 e 6 meses, dos 9 aos 26 anos

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3
Q

É necessário algum exame antes da realização da vacina do HPV para pessoas que já iniciaram vida sexual?

A

Não, a vacina pode (e deve) ser aplicada mesmo iniciada a vida sexual.
Vacinação induz resposta imunogênica e pode levar a resolução da infecção latente.

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4
Q

Qual a recomendação do Papanicolau de rastreio na população geral?

A

Início aos 25 anos, anualmente.
Com dois resultados negativos, trienal.
Encerra com 64 anos.

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5
Q

Qual a recomendação para rastreio com Papanicolau em pacientes HIV+?

A

Rastreio semestral no primeiro ano, seguido por anual independente de dois resultados seguidos negativos,
Pode ser semestral a depender da contagem de CD4+.

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6
Q

Quais os fatores de risco associados ao câncer de colo de útero?

A

Infecção persistente pelo HPV, coitarca precoce, número de parcerias, outras ISTs, uso de ACO, tabagismo, imunossupressão, exposição à radiação, fator genético.

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7
Q

Qual o quadro clínico do câncer de colo de útero?

A

Maioria assintomático.
Quando sintomático, apresenta sangramento genital (sinusorragia), corrimento alterado e dor pélvica. Quadros avançados podem cursar com dor lombar/ciática, hematúria/hematoquezia, edema de MMII, emagrecimento e fístulas vesicais/retais.

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8
Q

Como é feito o diagnóstico do CA de colo de útero?

A

Anatomopatológico de biópsia.

Colpocitológico não define diagnóstico.

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9
Q

Quais os tipos histológicos mais comuns de CA de colo de útero?

A

CEC (80%), adenocarcinomas (15%), outros (sarcomas, carcinossarcoma, leiomiossarcoma, etc)

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10
Q

Como é feito o estadiamento do CA de colo de útero?

A

Estadiamento pelo EXAME FÍSICO (exame pélvico e procura por metástases à distância), complementado por exames de imagem.

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11
Q

Qual o estadiamento do CA de colo de útero?

A

Estadio I - restrito ao colo
IA - microscópico
IA1 - menor que 3mm de profundidade
IA2 - entre 3 e 5mm de profundidade
IB - macroscópico
IB1 - entre 5mm e 2cm na maior medida
IB2 - entre 2 e 4cm na maior medida
IB3 - maior ou igual a 4cm na maior medida
Estadio II - além do colo porém sem atingir parede pélvica ou 1/3 inferior da vagina
IIA - 2/3 superiores porém sem atingir paramétrio
IIB - envolve paramétrio porém poupa parede pélvica
Estadio III - envolve o 1/3 inferior da vagina ou atinge parede pélvica
Estadio IV - estende além da pelve ou envovle reto e/ou bexiga

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12
Q

Quais os tratamentos para o CA de colo de útero?

A

Cirúrgico, quimioradioterápico e quimioterápico
Cirúrgico: estadios IA1, IA2, IB1 e IB2
Radio + braquiterapia: estadios IB3, IIA1 e IIA2
Quimio sensibilizante + RT + BT : estadios IIB a IVA
Quimioterápico exclusivo: IVB

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13
Q

Quais as opções cirúrgicas para o tratamento do CA de colo de útero?

A

Carcinoma in situ - cone clássico
IA1 - cone (se desejo reprodutivo) ou histerectomia Piver 1
IA2 - traquelectomia radical (se desejo reprodutivo) ou Piver 2 com linfadenectomia pélvica
IB1 - traquelectomia radical (se desejo reprodutivo) ou Piver 3 com linfadenectomia pélvica
IB2 - Piver 3 ou Wertheim-Meigs

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14
Q

O que é a cirurgia de Wertheim-Meigs?

A

Histerectomia radical com salpingoooforectomia bilateral com ressecção dos paramétrios, terço superior da vagina (Wertheim) e linfadenectomia pélvica (Meigs)

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15
Q

O que são as histerectomias Piver 1, 2 e 3?

A

Piver 1 - histerectomia simples, com ressecção do corpo e colo uterino
Piver 2 - histerectomia radical com ressecção também de metade dos paramétrios, do terço superior da vagina com linfadenectomia pélvica e para-aórtica
Piver 3 - cirurgia de Wertheim-Meigs

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16
Q

Como se dá a disseminação do CA de colo de útero?

A
  1. Próprio colo
  2. Desce acometendo os 2/3 superiores da vagina
  3. Expansão lateral - paramétrio nas porções mediais
  4. Desce acometendo o 1/3 inferior da vagina
  5. Expande lateralmente até parede pélvica nos paramétrios
  6. Acomete órgãos próximo - intestino e bexiga
  7. Invasão linfonodal
  8. Metástases a distância
17
Q

Quais os sítios de metástases mais comuns em CA de colo de útero?

A

Em ordem: pulmão, ossos e fígado

18
Q

Quais os fatores de risco para CA de endométrio?

A

Obesidade, raça branca (tipo “Dona Benta”), predisposição genética, exposição ao estrógeno, nuliparidade, menopausa tardia, hiperplasia endometrial atípica (aumento de 8 a 29 vezes), uso de tamoxifeno (efeito estrogênico no endométrio)

19
Q

Quais os fatores de proteção para CA de endométrio?

A

Uso de ACO, multiparidade e tabagismo (efeito antiestrogênico)

20
Q

Qual o quadro clínico do CA de endométrio?

A

Maioria assintomático.

Quando sintomático, sangramento genital (tanto na menopausa quanto menacme), dor pélvica e aumento do volume abdominal

21
Q

Como é feito o diagnóstico de CA de endométrio?

A

Histopatológico.

USTV e histeroscopia auxiliam a direcionar a biópsia

22
Q

Existe lesão precursora para CA de endométrio?

A

Hiperplasia endometrial atípica (ou neoplasia intraepitelial endometrial)
Evolução para neoplasia em 29% dos casos em 11 anos

23
Q

Como é a classificação clássica do CA de endométrio?

A

Tipo 1: endometrioide, baixo grau, dependente de estrogênio (esteriótipo da Dona Benta), melhor prognóstico
Tipo 2: não endometrioide, alto grau, não dependente de estrogênio (contrário do esteriótipo), pior prognóstico

24
Q

Quais os tipos histológicos do CA de endométrio?

A
  1. Endometrioide (75 a 80%)
    a. Adenocarcinoma
    b. Adenocarcinoma secretor
    c. Papilar ou viloglandular
    d. Adenocarcinoma com diferenciação escamosa
  2. Papilífero seroso (< 10%) - considerado de alto grau, com tendência de disseminação peritoneal
  3. Mucinoso (1%)
  4. Células claras (4%)
  5. Espinocelular (< 1%)
  6. Misto (10%)
  7. Indiferenciado
    Obs. Sarcomas são classificados à parte
25
Q

Como é o estadiamento do CA de endométrio?

A

Estadio I - confinado ao corpo uterino
IA - invasão ausente ou menos da metade do miométrio
IB - invasão de mais da metade do miométrio
Estadio II - invasão do estroma cervical, sem extensão além do útero
Estadio III - invasão local e/ou regional
IIIA - invasão da serosa do corpo uterino e/ou anexos
IIIB - invasão de vagina ou paramétrios
IIIC - invasão de linfonodos pélvicos (IIIC1) ou paraaórticos (IIIC2)
Estadio IV - invasão da mucosa vesical e/ou intestinal e/ou à distância
IVA - invasão da mucosa vesical e/ou intestinal
IVB - metástases à distância

26
Q

Como é feito o estadiamento do CA de endométrio?

A

Estadiamento é cirúrgico

27
Q

Quais são os principais sítios de metástase de CA de endométrio?

A

Pulmão, linfonodos inguinais/claviculares, fígado, ossos, cérebro e vagina

28
Q

Como é o tratamento para o CA de endométrio?

A

Cirurgia é o tratamento primário; quimioterapia reservada para doença avançada, alto grau, recidivas e metástases; radioterapia adjuvante a partir do estadio II (IA e IB pode-se observar, exceto se G3)

29
Q

Quais as opções de tratamento cirúrgico para o CA de endométrio?

A

Estadiamento IA ou G1 : Histerectomia total (HTA) + salpingoooferectomia (SOB) | Estadiamento IB G3:
HTA + SOB + linfadenectomia | Estadiamento II:
HTA + SOB + linfadenectomia (histerectomia radical se acometimento de paramétrios) | Estadiamento III: Histerectomia radical + linfadenectomia
Se células claras ou carcinossarcomas: sempre realizar linfadenectomia
Linfadenectomia pélvica, paraaórtica (inframesentérica e infrarrenal) (melhor sobrevida se retirar 10 a 12 linfonodos)

30
Q

O que é síndrome de Lynch II?

A

Sínd. de Lynch II ou CA colorretal não polipoide hereditário é uma síndrome autossômica dominante que predispõe para CA colorretal, CA de endométrio e CA de ovário