Geral Flashcards

1
Q

A filosofia medieval tem, na Escolástica, seu principal momento. Nela, continua a ocorrer a subordinação da razão à fé, sempre seguindo a doutrina cristã. Em sua formação, contudo, entraram outros elementos que não eram cristãos. Dentre as opções a seguir, assinale aquela que traz alguns desses elementos.

A) Significativa influência do pensamento de Averrois, de Avicena e de Maimonides.

B) Superioridade das verdades humanas sobre as verdades reveladas.

C) Negação total dos princípios dialéticos, que corrompem a doutrina e pervertem a essência religiosa da Igreja Católica.

D) Desvinculação dos interesses católicos, à medida que fundamenta o conhecimento racional advindo das universidades medievais.

E) Pouca importância dada ao pensamento platônico, antes tão influente na Patristica.

A

A) Significativa influência do pensamento de Averrois, de Avicena e de Maimonides.

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2
Q

Na medida em que o cristianismo se consolidava, a partir do século II, vários pensadores, convertidos à nova fé e aproveitando-se de elementos da filosofia greco-romana que eles conheciam bem, começaram a elaborar textos sobre a fé e a revelação cristãs, tentando uma síntese com elementos da filosofia grega ou utilizando-se de técnicas e conceitos da filosofia grega para melhor expor as verdades reveladas do cristianismo. Esses pensadores ficaram conhecidos como os Padres da Igreja, dos quais o mais importante a escrever na língua latina foi Santo Agostinho.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos de Filosofia: ser, saber e fazer. São Paulo: Saraiva, 1996. p. 128 (Adaptação).

Esse primeiro periodo da filosofia medieval, que durou do século II ao século X, ficou conhecido como

A) Escolástica.

B) Neoplatonismo.

C) Antiguidade tardia.

D) Patristica.

A

D) Patristica.

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3
Q

Sobre a filosofia patrística (séc. I ao séc. VII d.C.), assinale a alternativa incorreta.

A) Fé e razão são irreconciliáveis porque pertencem a dominios distintos, isto é, à fé convém cuidar apenas da salvação da alma e da vida eterna futura, à razão convém cuidar apenas das coisas do mundo.

B) Fé e razão são irreconciliáveis porque a fé é sempre superior à razão.

C) Fé e razão são conciliáveis, mas a fé deve subordinar a razão.

D) Fé e razão são conciliáveis porque Deus, criador perfeito, não introduziu nenhuma discórdia no interior do homem.

A

B) Fé e razão são irreconciliáveis porque a fé é sempre superior à razão.

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4
Q

O maniqueísmo é uma filosofia religiosa sincrética e dualistica fundada e propagada por Manes ou Maniqueu, filósofo cristão do século III, que divide o mundo simplesmente entre Bom, ou Deus, e Mau, ou o Diabo. A matéria é intrinsecamente má e o espírito, intrinsecamente bom. Com a popularização do termo, maniqueísta passou a ser um adjetivo para toda doutrina fundada nos dois princípios opostos do Bem e do Mal.

Contra o maniqueísmo, Agostinho de Hipona (Santo Agostinho) afirmava que

A) Deus é o Bem absoluto, ao qual se contrapõe o Mal absoluto.

B) as criaturas só são más numa consideração parcial, mas são boas em si mesmas.

C) toda a criação era boa e tornou-se má, pois foi dominada pelo pecado após a Queda.

D) a totalidade da criação é boa em si mesma, mas singularmente há criaturas boas e más.

A

B) as criaturas só são más numa consideração parcial, mas são boas em si mesmas.

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5
Q

Sem negar que Deus prevê todos os acontecimentos futuros, entretanto, nós queremos livremente aquilo que queremos. Porque, se o objeto da presciência divina é a nossa vontade, é essa mesma vontade assim prevista que se realizará. Haverá, pois, um ato de vontade livre, já que Deus vê esse ato livre com antecedência.

SANTO AGOSTINHO. O livre-arbitrio. São Paulo: Paulus, 1995 (Adaptadção).

Essa discussão, proposta pelo filósofo Agostinho de Hipona (354-430), indica que a liberdade humana apresenta uma

A) natureza condicionada.

B) competência absoluta.

C) aplicação subsidiária.

D) utilização facultativa.

E) autonomia irrestrita.

A

A) natureza condicionada.

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6
Q

O texto a seguir reproduz parte de um diálogo entre dois personagens de um romance.

  • Quer dizer que a Idade Média durou dez horas? - perguntou Sofia.
  • Se cada hora valer cem anos, então sua conta está certa. Podemos imaginar que Jesus nasceu à meia-noite, que Paulo saiu em peregrinação missionária pouco antes da meia-noite e meia e morreu quinze minutos depois, em Roma. Até as três da manhã a fé cristã foi mais ou menos proibida. […] Até as dez horas as escolas dos mosteiros detiveram o monopólio da educação. Entre dez e onze horas são fundadas as primeiras universidades.

GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia: romance da História da Filosofia. São Paulo: Cia das Letras, 1997 (Adaptação).

O ano de 476 d.C., época da queda do Império Romano do Ocidente, tem sido usado como marco para o início da Idade Média. De acordo com a escala de tempo apresentada no texto, que considera como ponto de partida o início da Era Cristã, pode-se afirmar que

A) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas.

B) a Idade Moderna teve início um pouco antes das dez horas.

C) o cristianismo começou a ser propagado na Europa no início da Idade Média.

D) as peregrinações do apóstolo Paulo ocorreram após os primeiros 150 anos da Era Cristä.

E) os mosteiros perderam o monopólio da educação no final da Idade Média.

A

A) as Grandes Navegações tiveram início por volta das quinze horas.

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7
Q

Nunca nos tornaremos matemáticos, por exemplo, embora nossa memória possua todas as demonstrações feitas por outros, se nosso espírito não for capaz de resolver toda espécie de problemas; não nos tornaríamos filósofos por ter lido todos os raciocínios de Platão e Aristóteles, sem poder formular um juízo sólido sobre o que nos é proposto. Assim, de fato, pareceríamos ter aprendido, não ciências, mas histórias.

DESCARTES, R. Regras para a orientação do espírito. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

Em sua busca pelo saber verdadeiro, o autor considera o conhecimento, de modo crítico, como resultado da

A) investigação de natureza empírica.

B) retomada da tradição intelectual.

C) imposição de valores ortodoxos.

D) autonomia do sujeito pensante.

E) liberdade do agente moral.

A

D) autonomia do sujeito pensante

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8
Q

É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida.

SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade.

Apesar de questionar os conceitos da tradição, a dúvida radical da filosofia cartesiana tem caráter positivo por contribuir para o(a)

A) dissolução do saber científico.

B) recuperação dos antigos juízos.

C) exaltação do pensamento clássico.

D) surgimento do conhecimento inabalável.

E) fortalecimento dos preconceitos religiosos.

A

D) surgimento do conhecimento inabalável.

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9
Q

Uma pessoa vê-se forçada pela necessidade a pedir dinheiro emprestado. Sabe muito bem que não poderá pagar, mas vê também que não lhe emprestarão nada se não prometer firmemente pagar em prazo determinado. Sente a tentação de fazer a promessa; mas tem ainda consciência bastante para perguntar a si mesma: não é proibido e contrário ao dever livrar-se de apuros desta maneira? Admitindo que se decida a fazê-lo, a sua máxima de ação seria: quando julgo estar em apuros de dinheiro, vou pedi-lo emprestado e prometo pagá-lo, embora saiba que tal nunca sucederá.

KANT, I. Fundamentação da metafisica dos costumes.

De acordo com a moral kantiana, a “falsa promessa de pagamento” representada no texto

A) assegura que a ação seja aceita por todos a partir da livre discussão participativa.

B) garante que os efeitos das ações não destruam a possibilidade da vida futura na terra.

C) opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.

D) materializa-se no entendimento de que os fins da ação humana podem justificar os meios.

E) permite que a ação individual produza a mais ampla felicidade para as pessoas envolvidas.

A

C) opõe-se ao princípio de que toda ação do homem possa valer como norma universal.

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10
Q

A moralidade, Bentham exortava, não é uma questão de agradar a Deus, muito menos de fidelidade a regras abstratas. A moralidade é a tentativa de criar a maior quantidade de felicidade possível neste mundo. Ao decidir o que fazer, deveríamos, portanto, perguntar qual curso de conduta promoveria a maior quantidade de felicidade para todos aqueles que serão afetados.

RACHELS. J. Os elementos da filosofia moral. Barueri: Manole, 2006.

Os parâmetros da ação indicados no texto estão em conformidade com uma

A) fundamentação científica de viés positivista.

B) convenção social de orientação normativa.

C) transgressão comportamental religiosa.

D) racionalidade de caráter pragmático.

E) inclinação de natureza passional.

A

D) racionalidade de caráter pragmático.

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11
Q

A pura lealdade na amizade, embora até o presente não tenha existido nenhum amigo leal, é imposta a todo homem, essencialmente, pelo fato de tal dever estar implicado como dever em geral, anteriormente a toda experiência, na ideia de uma razão que determina a vontade segundo princípios a priori.

KANT, 1. Fundamentação da metafisica dos costumes. São Paulo: Barcarolla, 2009.

A passagem citada expõe um pensamento caracterizado pela

A) eficácia prática da razão empírica.

B) transvaloração dos valores judaico-cristãos.

C) recusa em fundamentar a moral pela experiência.

D) comparação da ética a uma ciência de rigor matemático.

E) importância dos valores democráticos nas relações de amizade.

A

C) recusa em fundamentar a moral pela experiência.

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12
Q

Minha fórmula para o que há de grande no individuo é amor fati: nada desejar além daquilo que é, nem diante de si, nem atrás de si, nem nos séculos dos séculos. Não se contentar em suportar o inelutável, e ainda menos dissimulá-lo, mas amá-lo.

NIETZSCHE apud FERRY, L. Aprender a viver: Filosofia para os novos tempos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2010 (Adaptação).

Essa fórmula indicada por Nietzsche consiste em uma crítica à tradição cristã que

A) combate as práticas sociais de cunho afetivo.

B) impede o avanço científico no contexto moderno.

C) associa os cultos pagãos à sacralização da natureza.

D) condena os modelos filosóficos da Antiguidade Clássica.

E) consagra a realização humana ao campo transcendental

A

E) consagra a realização humana ao campo transcendental

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13
Q

Essa atmosfera de loucura e irrealidade, criada pela aparente ausência de propósitos, é a verdadeira cortina de ferro que esconde dos olhos do mundo todas as formas de campos de concentração. Vistos de fora, os campos e o que neles acontece só podem ser descritos.com imagens extraterrenas, como se a vida fosse neles separada das finalidades deste mundo. Mais que o arame farpado, é a irrealidade dos detentos que ele confina que provoca uma crueldade tão incrível que termina levando à aceitação do extermínio como solução perfeitamente normal.

ARENDT, H. Origens do totalitarismo. São Paulo: Cia. das Letras, 1989 (Adaptação).

A partir da análise da autora, no encontro das temporalidades históricas, evidencia-se uma crítica à naturalização do(a)

A) ideário nacional, que legitima as desigualdades sociais.

B) alienação ideológica, que justifica as ações individuais.

C) cosmologia religiosa, que sustenta as tradições hierárquicas.

D) segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.

E) enquadramento cultural, que favorece os comportamentos punitivos.

A

D) segregação humana, que fundamenta os projetos biopolíticos.

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14
Q

O edificio é circular. Os apartamentos dos prisioneiros ocupam a circunferência. Você pode chamá-los, se quiser, de celas. O apartamento do inspetor ocupa o centro; você pode chamá-lo, se quiser, de alojamento do inspetor. A moral reformada; a saúde preservada; a indústria revigorada; a instrução difundida; os encargos púbicos aliviados; a economia assentada, como deve ser, sobre uma rocha; o nó górdio da Lei sobre os Pobres não cortado, mas desfeito tudo por uma simples ideia de arquitetura!

BENTHAM, J. O panóptico. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.

Essa é a proposta de um sistema conhecido como panóptico, um modelo que mostra o poder da disciplina nas sociedades contemporâneas, exercido preferencialmente por mecanismos

A) religiosos, que se constituem como um olho divino controlador que tudo vê.

B) ideológicos, que estabelecem limites pela alienação, impedindo a visão da dominação sofrida.

C) repressivos, que perpetuam as relações de dominação entre os homens por meio da tortura física.

D) sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle.

E) consensuais, que pactuam acordos com base na compreensão dos beneficios gerais de se ter as próprias ações controladas.

A

D) sutis, que adestram os corpos no espaço-tempo por meio do olhar como instrumento de controle.

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15
Q

Quanto seja louvável a um príncipe manter a fé, aparentar virtudes e viver com
integridade, não com astúcia, todos o compreendem; contudo, observa-se, pela
experiência, em nossos tempos, que houve príncipes que fizeram grandes coisas, mas
em pouca conta tiveram a palavra dada, e souberam, pela astúcia, transtornar a cabeça
dos homens, superando, enfim, os que foram leais (…). Um príncipe prudente não pode
nem deve guardar a palavra dada quando isso se lhe torne prejudicial e quando as causas que o determinaram cessem de existir.

(Nicolau Maquiavel, O Príncipe. São Paulo: Nova Cultural, 1997, p. 73-85.)

A partir desse excerto da obra, publicada em 1513, é correto afirmar que:

a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas
da política moderna explicitadas por Maquiavel

b) A prudência, para ser vista como uma virtude, não depende dos resultados, mas
de estar de acordo com os princípios da fé.

c) Os princípios e não os resultados é que definem o julgamento que as pessoas
fazem do governante, por isso é louvável a integridade do príncipe.

d) A questão da manutenção do poder é o principal desafio ao príncipe e, por isso,
ele não precisa cumprir a palavra dada, desde que autorizado pela Igreja.

A

a) O jogo das aparências e a lógica da força são algumas das principais artimanhas
da política moderna explicitadas por Maquiavel

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16
Q

“(…) E as principais bases que os Estados têm, sejam novos, velhos ou mistos, são boas leis e boas armas. (…) não podem existir boas leis onde não há armas boas, e onde há boas armas convém que existam boas leis (…).(…) As forças com que um príncipe mantém o seu Estado são próprias ou mercenárias, auxiliares ou mistas. As mercenárias e auxiliares são inúteis e perigosas (…) não são unidas aos príncipes, são ambiciosas e indisciplinadas (…).”

MAQUIAVEL, Nicolau. O Principe. São Paulo: Abril Cultural, 1979. P. 49. (Os Pensadores).
O Príncipe, obra escrita de 1513 a 1516, foi publicada postumamente, em 1532

A partir das informações apresentadas acima, é correto considerar que:

a) Ao príncipe caberia conservar seu Estado mediante o recurso da guerra travada
por soldados mercenários, pois as armas seriam “as principais bases que os
Estados têm”.

b) A obra referida é uma análise política sobre como deve agir um soberano perante
um governo já estabelecido ou a conquistar. Daí a alusão às “boas leis” e às “boas
armas”.

c) Para Maquiavel, nas repúblicas democráticas, os conflitos deveriam ser
controlados e regulados pelo príncipe e suas forças mais leais: as mercenárias e
as auxiliares.

d) O pensamento de Maquiavel respaldou-se na ruína imposta à Itália por outras
nações no século XV. Devido a isso, defendia a organização de Estados
dissociados da guerra.

A

b) A obra referida é uma análise política sobre como deve agir um soberano perante
um governo já estabelecido ou a conquistar. Daí a alusão às “boas leis” e às “boas
armas”.

17
Q

Sempre que a relevância do discurso entra em jogo, a questão torna-se política por definição, pois é o discurso que faz do homem um ser político. E tudo que os homens fazem, sabem ou experimentam só tem sentido na medida em que pode ser discutido. Haverá, talvez, verdades que ficam além da linguagem e que podem ser de grande relevância para o homem no singular, isto é, para o homem que, seja o que for, não é um ser político. Mas homens no plural, isto é, os homens que vivem e se movem e agem neste mundo, só podem experimentar o significado das coisas por poderem falar e ser inteligíveis entre si e consigo mesmos.

ARENDT, H. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

No trecho, a filósofa Hannah Arendt mostra a importância da linguagem no processo de

A) entendimento da cultura.

B) aumento da criatividade.

C) percepção da individualidade.

D) melhoria da técnica.

E) construção da sociabilidade.

A

E) construção da sociabilidade.

18
Q

TEXTO I
Uma filosofia da percepção que queira reaprender a ver o mundo restituirá à pintura e às artes em geral seu lugar verdadeiro.

MERLEAU-PONTY, M. Conversas: 1948. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

TEXTO II
Os grandes autores de cinema nos pareceram confrontáveis não apenas com pintores, arquitetos, músicos, mas também com pensadores. Eles pensam com imagens, em vez de conceitos.

DELEUZE, G. Cinema 1: a imagem-movimento. São Paulo: Brasiliense, 1983 (adaptado).

De que modo os textos sustentam a existência de um saber ancorado na sensibilidade?

A) Admitindo o belo como fenômeno transcendental.

B) Reafirmando a vivência estética como juízo de gosto.

C) Considerando o olhar como experiência de conhecimento.

D) Apontando as formas de expressão como auxiliares da razão.

E) Estabelecendo a inteligência como implicação das representações.

A

C) Considerando o olhar como experiência de conhecimento.

19
Q

Entretanto, nosso amigo Basso tem o ânimo alegre. Isso resulta da filosofia: estar alegre diante da morte, forte e contente qualquer que seja o estado do corpo, sem desfalecer, ainda que desfaleça.

SÊNECA, L. Cartas morais. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1990.

O excerto refere-se a uma carta de Sêneca na qual se apresenta como um bem fundamental da filosofia promover a

A) valorização de disputas dialógicas.

B) rejeição das convenções sociais.

C) inspiração de natureza religiosa.

D) exaltação do sofrimento.

E) moderação das paixões.

A

E) moderação das paixões.
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