Gastro Flashcards
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS: DOENÇA DE CROHN E RETOCOLITE ULCERATIVA INESPECÍFICA
processo inflamatório crônico diarréia com muco ou sangue dor abdominal febre perda de peso fístulas
ETIOLOGIA DOENÇA DE CROHN
ambientais
imunológicos
genéticos
- Aumento citocinas proinflamatórias
- desequilíbrio microbiota intestinal
LOCAIS DE ACOMETIMENTO MAIS FREQUENTES DA DOENÇA DE CROHN
qualquer segmento do trato gastrointestinal da boca ao ânus
ileocecal ou ileocolônica: 50%
intestino delgado: 30%
cólon: 20 a 25%
DOENÇA DE CROHN - CLÍNICA
diarréia – raramente excede 6-8 vezes
constipação – alterna com diarréia ou se suboclusão
dor – + comum ; cólica difusa, mal definida
emagrecimento – gradativo e contínuo
febrícula (febre leve) e mal estar freqüente
intensidade – localização e comprometimento
lesões únicas ou sincrônicas
crises intermitentes ou contínua
m. extra-intestinais (25-35%): sinovite, eritema nodoso, uveite, artrite e pioderma gangrenoso
RETOCOLITE ULCERATIVA INESPECÍFICA
inflamação difusa da mucosa: cólon
- cólon e reto
- mucosa
- hiperemia
- friabilidade (frágil, esfarela romper)
- erosões ou úlceras superficiais
Classificação dos tipos de inflamação do intestino grosso
proctite : inflamação apenas do reto
proctosigmoidite : reto e sigmóide
colite esquerda
colite extensa
pancolite: todo o cólon
MANIFESTAÇÕES EXTRA-INTESTINAIS NAS DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS
desordem ocular –> irite, uveíte e episclerite
hepatobiliar –>
- litíase biliar (pedra)
- colangite esclerosante ( inflamação e fibrose de ductos biliares intra e extra- hepáticos)
- colangiocarcinoma ( forma de câncer que se forma nos ductos biliares)
renal –>
- litíase renal
- amiloidose (Amiloide é uma proteína anormal geralmente produzida na medula óssea e que pode ser depositada em qualquer tecido ou órgão.)
outras Manifestações–>
- estomatite aftosa
Diferenças Clínicas Crohn x RETOCOLITE ULCERATIVA INESPECÍFICA (RCUI)
Crohn x RCUI
diarréia ++ +++
enterorragia + +++
constipação ++
dor - cólica difusa +++ +++
emagrecimento +++ ++
febre ++ +++
mal estar freqüente +++ ++
lesões únicas ou sincrônicas +++
crises intermitentes/contínua +++ +++
m. extra-intestinais ++ ++
QUAL A INFLUÊNCIA QUE A CRISE AGUDA DA DC (Crohn) EXERCE NO ESTADO NUTRICIONAL E METABOLISMO?
desnutrição é frequente na DC (A)
23,7 a 82%
decorrência de resposta inflamatória sistêmica (A)
ingestão oral inadequada(A)
redução da absorção (B)
deficiências de vitaminas e minerais (A)
INFLUÊNCIA QUE O ESTADO NUTRICIONAL EXERCE NOS RESULTADOS DA DC
a desnutrição exerce um efeito negativo na evolução clínica, na taxa de complicação do posoperatório e na mortalidade (B)
história de perda de peso no pré-operatório e albumina baixa está associada aumento de complicações pós-operatórias (A)
mortalidade da DC está associada à desnutrição protéico-calórica ao lado do desequilíbrio hidroeletrolítico , além de fatores associados à gravidade da doença
desnutrição no preoperatório aumenta as complicações cirúrgicas, inclusive deiscência de anastomoses
desnutrição aumenta taxa de mortalidade, permanência hospitalar e custos
DII (doenças inflamatórias intestinais) – DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS
Desnutrição
•10 a 80%
Anemias
•27%: deficiência Fe -> 57%
Malabsorção de lactose
•40 a 70%
Doença óssea
•38 %
Atraso no crescimento
•85%
Def. vitamina D
•32%
perda de sangue –> deficiência de ferro
diarréia crônica –> deficiência de magnésio
perda de sítio de absorção –>vitamina B12
DOENÇAS INFLAMATÓRIAS intestinais : TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
sulfassalazina corticosteróides imunossupressores antibióticos terapia biológica uso combinado destas drogas
INTERAÇÕES DROGAS-NUTRIENTES
sulfassalazina : < absorção de folatos
antibióticos : < síntese de vit. K
colestiramina : esteatorréia, def. vit. A, D, E, K
azatioprina : náusea, vômito, anemia,alt. paladar
corticóide : < absorção de Ca , > perda nitrogenada, > perda de Mg urina
Causa da anemia DII
perda crônica de sangue
ingestão inadequada de nutrientes
falha de absorção de ferro, ácido fólico, vitamina B12 redução da eritropoiese (doença crônica : > citocinas) uso de sulfassalazina
DII:NECESSIDADES CALÓRICAS E PROTEICAS
pontos críticos: distúrbios hídricos e eletrolíticos;
variação do VET: atividade inflamatória, extensão da doença e estado nutricional
25 - 30 kcal/kg/d
1,2 -1,5 g proteínas/kg/d
QUAL A MELHOR ORIENTAÇÃO DIETÉTICA NAS DIIS???
dieta de exclusão e FODMAP são duas áreas identificadas nesta avaliação que mostram ser promissoras para benefícios terapêuticos para pacientes com DII
O que é FODMAP
Fermentable Oligo Di Monossacharides And Polyols
–> formam um grupo heterogêneo de carboidratos de cadeia curta que são mal absorvidos, e parecem ser possíveis indutores de sintomas da SII e DII
Quais são os FODMAP
Oligo – Frutans: FOS, GOS:
Trigo, centeio, cevada, cebola,
alho, lentilha, alcachofra, feijão
Di – Lactose:
Leite, iogurte, sorvete
Monossacaride – Frutose (glicose em excesso, frutose livre:
Manga, melancia, maçã, mel, Pera, xarope de milho rico em frutose
Poliois – Acúcar do álcool: sorbitol, manitol:
Maçã, pera, damasco, couve-flor cogumelo, chicletes, doces
UTILIZAÇÃO DA DIETA POBRE EM FODMAP CONDUTA
Estratégia composta por 2 fases:
- Consulta com médico e nutricionista e restrição de todos FODMAP
- Reintrodução de FODMAP (glúten, aditivos químicos, cafeína, gordura, tamanho da refeição e regularidade)
pontos chaves a serem considerados na primeira fase:
- -explicar sobre má absorção de FODMAP e fermentação
- -fornecer instruções dietéticas específicas
- -como se alimentar fora de casa
- -cumprimento rigoroso da dieta (6-8 semanas)
ABORDAGEM NUTRICIONAL NA DII
- -individualizada
- -tipo da doença
- -grau de inflamação
- -seguimento do intestino afetado
- -terapia medicamentosa
- -orientações gerais
(-) gorduras
(-) sacarose
(-) lactose
(-) fibras insolúveis
fase de remissão: dieta liberada!!!!!!