Fundamento Do DIP e Das normas Internacionais Flashcards

0
Q

Quais são os argumentos contra a existência do DIP?

A
  1. Ausência de sanção
  2. Resoluções da ONU são declarações de princípios/soft law
  3. Linguagem vaga e imprecisa
  4. Descentralização do DIP - não há um centro produtor/aplicador das normas e dos princípios internacionais
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1
Q

Objetivo do estudo do Fundamento de Validade do DIP e das Normas Internacionais:

A

Saber qual o fundamento do DIP - de onde vem sua legitimidade e obrigatoriedade.

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2
Q

Quais são os argumentos a favor da existência do DIP?

A
  1. Adensamento da institucionalização das relações de Estados e indivíduos
  2. Há sanções
    Ex.: TPI, OMC
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3
Q

Quais são as características do DIP?

A
  1. Possibilidade de sanções
  2. Descentralização da produção e da aplicação de normas
  3. Direito de Coordenação
  4. Relativização do conceito de soberania
  5. Obrigatoriedade e a existência de mecanismos de jurisdição internacional
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4
Q

Quais são as teorias que tratam sobre o Fundamento de Validade do DIP?

A
  1. Corrente Voluntarista:
    A Paz de Vestfália de 1648 que deu fim à Guerra dos 30 anos marcou o início do Direito Internacional Público e trouxe os conceitos de soberania estatal, igualdade entre os Estados e Estado-Nação para este nove período de relações estatais. Surge a ideia de aliança pelo consentimento, o qual foca no consentimento dos Estados para adquirir qualquer obrigação internacional.
    BASE DO DIP: Consentimento dos Estados - pode ser expresso ou tácito
    Critica: O DIP, nesta concepção, depende somente da vontade dos Estados; preocupam-se mais com a forma do que com o conteúdo das normas.
  2. Corrente Objetivista
    BASE DO DIP: Decorre da existência de valores e princípios que estão acima das vontades dos Estados.
    Crítica: Ignora a importância da soberania e do consentimento

CACD: Adotar a ideia de temperamento das correntes - consentimento + princípios que não podem ser violados

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5
Q

O que diz a Teoria Voluntarista e quais são as suas principais vertentes?

A

De base notadamente positivista, a doutrina voluntarista entende que a obrigatoriedade do Direito Internacional decorre sempre do consentimento, da vontade comum dos Estados.

  1. Teoria da Autolimitação
    Autor: Jellinek
    O Estado reconhece a existência de uma ordem internacional, no entanto não se submete a outra coisa senão sua própria vontade.
  2. Teoria da Vontade Coletiva
    Autor: Triepel
    A conjunção de vontades unânimes de um grupo de Estados soberanos, formando uma vontade coletiva dá legitimidade ao DIP
  3. Teoria do Consentimento das Nações
    Autor: Hall e Oppenheim
    A vontade da maioria dos Estados, exercida de maneira livre e sem vícios, mas sem a necessidade de uma unanimidade legítima o DIP.
  4. Teoria da delegação do Direito Interno
    Autor: Wenzel
    É o próprio ordenamento jurídico interno que da legitimidade ao Direito Internacional
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6
Q

O que diz a Teoria Objetivista e quais são suas principais vertentes?

A

A teoria objetivista diz que a obrigatoriedade das normas internacionais advém da existência de valores e princípios superiores e mais importantes que a vontade e que os interesses dos Estados.

  1. Teoria jusnaturalista
    É o direito natural que fundamenta o DIP. As normas internacionais são obrigatórias porque têm fundamento na própria natureza humana.
  2. Teoria Sociológica
    O DIP provém diretamente dos fatos sociais e se fundamenta no princípio da solidariedade internacional.
  3. Teoria da Norma-Base de Kelsen
    A norma jurídica internacional está baseada na norma hipotética fundamental
  4. Teoria dos direitos Fundamentais dos estados
    O Estado, por definição, é ente titular de deprimidos fundamentais que, por sua vez, são oponíveis em relação a terceiros.
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7
Q

O que são normas de Jus Cogens?

A

As normas de Jus Cogens são normas imperativas que protegem valores vitais para a sociedade internacional ( valores compartilhados pelos Estados).

A restrição imposta pelas normas de jus cogens impede que os Estados tentem modificá-las individualmente (muma norma jus Cogens só pode ser modificada por outra norma jus Cogens).

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8
Q

Quais são as origens do jus cogens?

A

As regras de jus cogens têm origem convencional ou consuetudinaria.
Convencional:
1. Regras que proíbem o uso ou ameaça de uso de força nas RI contrariamente ao estabelecido na Carta da ONU.
2. Pirataria
3. Genocídio
4. Direito Humanitário
5. Crimes contra a humanidade

Consuetudinária:
1. Normas que exigem assistência às pessoas, aos navios e aviões que se encontram em situação de perigo

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9
Q

Qual a diferença entre jus cogens e direito natural?

A

A diferença entre Jus Cogens e direito natural é que o direito natural defende a existência de normas perenes e imutáveis advindas da natureza humana. Já o jus cogens varia de acordo com a sociedade e com o seu tempo, ajustando-se aos valores predominantes em cada época.

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10
Q

Explique a relação entre a Convenção de Viena de 1969 e o conceito de jus cogens.

A

A Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados [1969 entrou em vigor em 1980] regula as normas imperativas, também chamadas de normas jus cogens.

Apesar de regular, não definiu quais eram as regras Jus Cogens.

O art. 53 torna nulo qualquer Tratado que no momento de sua assinatura entre em conflito com uma norma de jus cogens já existente.

O art. 64 trata da situação de tratados conflitivos com uma regra de jus cogens inexistente no período em que foi assinado. Neste caso a nulidade não é retroativa.

A aceitação expressa ou tácita é requisito imprescindível para que o jus conténs venha a existir.

O conceito de jus cogens pressupõe o consenso em torno dos valores essenciais para a convivência internacional.

Problemas da Convenção de Viena para Direito dos Tratados:

  1. Não definiu o que são normas de direito internacionais gerais
  2. Não definiu se há um número mínimo de Estados consentindo para uma norma ser jus cogens
  3. Não definiu o que fazer se um número pequeno de Estados se recusar a consentir.
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11
Q

Quais são os argumentos contra o jus cogens?

A
  1. A ordem pública internacional não é viável sem a presença de órgãos centrais que criem e que apliquem normas jurídicas.
  2. A indefinição do conceito de jus cogens põe em risco a segurança e a estabilidade das relações jurídicas internacionais.
  3. A previsão do jus Cogens pela CVDT compromete a função do direito internacional de regular a coexistência entrar Estados soberanos.
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