FUNÇÕES PSÍQUICAS: CONSCIÊNCIA Flashcards

1
Q

Qual é o conceito de consciência para a NEUROPSICOLOGIA?

A

É o estado vígil (vigilância), o que, de certa forma, iguala a consciência ao grau de clareza do sensório.

Consciência, aqui, é fundamentalmente o estado de estar desperto, acordado, vígil, lúcido. Trata-se especificamente do nível de consciência.

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2
Q

Qual é o conceito de consciência para a PSICOLOGIA num geral?

A

É a soma total das experiências
conscientes de um indivíduo em determinado momento.

Nesse sentido, consciência é o que se designa campo da consciência. É a dimensão subjetiva da atividade psíquica do sujeito que se volta para a realidade.

Na relação do Eu com o meio ambiente, a consciência é a capacidade do indivíduo de entrar em contato com a realidade, perceber e conhecer os seus objetos.

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3
Q

Qual é a definição ÉTICO-FILOSÓFICA de consciência?

A

É a capacidade de tomar ciência dos deveres éticos e assumir as
responsabilidades, os direitos e os deveres concernentes a essa ética.

Assim, a consciência ético-filosófica é atributo do homem desenvolvido e responsável,
engajado na dinâmica social de determinada cultura.

Refere-se a consciência moral, ética e política.

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4
Q

Qual é a concepção de consciência na Fenomenologia, a partir de Husserl?

A

Husserl propõe inverter essa visão meramente passiva da consciência. Para ele, o fundamental da consciência é
ser profundamente ativa, visando o mundo e produzindo sentido para os objetos que se lhe apresentam. Não existiria, então, uma consciência pura, pois ela é necessariamente consciência de algo.

A intencionalidade, isto é, o visar algo, o dirigir-se aos objetos e sujeitos do mundo, de modo ativo e produtivo, é próprio da consciência na visão fenomenológica.

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5
Q

Qual é o conceito de nível de consciência?

A

É o continuum de sensibilidade e alerta do organismo perante os estímulos, tanto internos como externos.

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6
Q

Mencione alguns elementos (3) do sistema nervoso relacionados ao nível de consciência.

A

1) Sistema reticular ativador ascendente (tronco cerebral até o córtex por meio de projeções talâmicas) = Neurônios que recebem impulsos da maioria das vias ascendentes, as quais trazem estímulos intrínsecos e extrínsecos.

2) Lobo parietal direito = Relacionado ao reconhecimento do próprio corpo, dos objetos e do mundo, assim como da
apreensão daquilo que, convencionalmente, se denomina realidade.

3) Áreas pré-frontais = Organização da atividade mental
consciente.

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7
Q

Como se dão as alterações “normais” da consciência?

Dê um exemplo.

A

As alterações normais da consciência ocorrem no contexto dos chamados ritmos circadianos.

Um exemplo é o próprio sono.

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8
Q

Defina o sono e indique suas principais características.

A

É possível descrever o sono como um estado especial da
consciência, que ocorre de forma recorrente e cíclica nos organismos superiores.

É também, ao mesmo tempo, um estado comportamental e uma fase fisiológica normal e necessária do organismo.

Dividem-se as fases do sono em duas: o sono sincronizado, sem movimentos oculares rápidos (sono não REM), e o sono dessincronizado, com movimentos oculares rápidos – rapid eye movements (sono REM).

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9
Q

Argumente sobre o sono não REM.

A

O sono sincronizado não REM caracteriza-se por atividade elétrica cerebral síncrona.

Há, nesse tipo de sono,
diminuição da atividade do sistema nervoso autônomo simpático e aumento relativo do tônus do sistema nervoso autônomo parassimpático, permanecendo vários parâmetros fisiológicos estáveis em um nível de funcionamento mínimo, como as frequências cardíaca e respiratória, a pressão arterial, o débito cardíaco e os movimentos intestinais.

Durante o sono não REM, ocorrem quatro estágios - do mais superficial ao mais profundo.

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10
Q

Agora, argumente sobre o sono REM.

A

O sono REM tem duração total de 20 a 25% do tempo total de sono.

É um estágio peculiar, cujo padrão do EEG é semelhante ao do Estágio 1 do não REM. O sono REM não é, entretanto, um sono leve, tampouco profundo, mas um tipo de sono qualitativamente diferente.

Caracteriza-se por instabilidade no sistema nervoso autônomo simpático, com variações das frequências cardíaca e respiratória, da pressão arterial, do débito cardíaco e do fluxo sanguíneo cerebral.

No sono REM, há um padrão de movimentos oculares rápidos e
conjugados (movimentos oculares sacádicos), bem como um relaxamento muscular profundo e generalizado (atonia muscular), interrompido
esporadicamente por contrações de pequenos grupos musculares, como os dos
olhos.

É durante o sono REM que ocorre a maior parte dos sonhos, e, em 60 a 90% das vezes, se o indivíduo for despertado durante a fase REM, relatará que estava sonhando.

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11
Q

Descreva a relação entre sono não REM e REM em uma noite de sono.

A

Em uma noite normal de sono, as fases não REM e REM se repetem de forma cíclica a cada 70 a 110 minutos, com 4 a 6 ciclos completos por noite.

O sono se inicia com o tipo não REM, havendo a sucessão dos Estágios de 1 a 4.

O primeiro período REM, que geralmente é bem curto, ocorre cerca de 70 a 120 minutos após o indivíduo adormecer.

Ao longo da noite, os períodos REM vão se tornando mais frequentes e prolongados, desaparecendo os Estágios 3 e 4.

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12
Q

Como se dão as alterações patológicas QUANTITATIVAS da consciência?

A

Em diversos quadros neurológicos e psicopatológicos, o nível de consciência diminui de forma progressiva, desde o estado normal, vígil, desperto, até o estado de coma profundo, no qual não há qualquer resquício de atividade
consciente.

Em suma, é o rebaixamento do nível de consciência.

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13
Q

Indique e descreva o 1º grau de rebaixamento da consciência.

A

OBNUBILAÇÃO

É a turvação da consciência ou sonolência patológica leve.

Rebaixamento da consciência em grau leve a moderado.

À inspeção inicial, o paciente pode já estar claramente sonolento ou parecer desperto, o que pode dificultar o diagnóstico desse estado.

Há sempre diminuição do grau de clareza do sensório, com lentidão da compreensão e dificuldade de concentração.

O indivíduo tem dificuldade para integrar as informações sensoriais oriundas do ambiente.

A pessoa se encontra um tanto
perplexa, com a compreensão dificultada, podendo o pensamento que expressa revelar confusão mental.

No geral, o indivíduo diminui a atenção para as solicitações externas, dirigindo-se para a sonolência.

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14
Q

Indique e descreva o 2º grau de rebaixamento da consciência.

A

TORPOR

É um grau mais acentuado de rebaixamento da consciência.

O paciente está evidentemente sonolento. Responde ao ser
chamado apenas de forma enérgica e, depois, volta ao estado de sonolência evidente.

A resposta aos estímulos externos, quando solicitado
energicamente, é mais curta do que nos estados de obnubilação.

O paciente pode ainda apresentar traços de crítica e pudor, tentando cobrir as partes íntimas de seu corpo com o cobertor.

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15
Q

Indique e descreva o 3º grau de rebaixamento da consciência.

A

SOPOR

É um estado de marcante e profunda turvação da consciência, de sonolência intensa, da qual o indivíduo pode ser despertado apenas por um tempo muito curto, por estímulos muito enérgicos, do nível de uma dor intensa.

Nesse momento, o paciente pode revelar fácies de dor e ter alguma gesticulação de defesa.

Retorna, então, muito rapidamente, em segundos, à quase ausência de atividade consciente.

A psicomotricidade encontra-se mais inibida do que nos estados de obnubilação e de torpor.

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16
Q

Indique e descreva o 4º e último grau de rebaixamento da consciência.

A

COMA

É a perda completa da consciência, o grau mais profundo de rebaixamento de seu nível.

No estado de coma, não é possível qualquer atividade voluntária consciente.

17
Q

Argumente sobre perdas abruptas de consciência.

A

Vários fatores e condições médicas e/ou psicopatológicas podem produzir a perda abrupta da consciência.

Tal perda pode ser causada por fatores emocionais,
neurofuncionais ou orgânicos de diversas naturezas.

Podem também ser
rapidamente reversíveis ou irreversíveis, indicando quadros orgânicos mais graves.

As perdas abruptas e transitórias (duram geralmente segundos a minutos) da consciência recebem várias denominações médicas e populares: lipotimia, síncope, desmaios e perdas da consciência de outra natureza.

18
Q

Do que se trata o delirium?

A

Se refere a síndromes com rebaixamento prolongado do nível de consciência.

Ou seja, é o termo atual mais adequado para designar a maior parte das síndromes confusionais agudas (o termo “paciente confuso”, muito usado em serviços de emergência e enfermarias médicas, refere-se a tais síndromes confusionais).

19
Q

Descreva o delirium.

A

O delirium diz respeito, portanto, aos vários quadros com rebaixamento leve a moderado do nível de consciência, acompanhados de desorientação temporoespacial, dificuldade de concentração, perplexidade, ansiedade em
graus variáveis, agitação ou lentificação psicomotora, discurso ilógico e confuso e ilusões e/ou alucinações, quase sempre visuais.

Trata-se de um
quadro que oscila muito ao longo do dia.

20
Q

Qual é a diferença entre DELIRIUM e DELÍRIO?

A

Não se deve confundir delirium (quadro sindrômico causado por alteração do nível de consciência, em pacientes com distúrbios cerebrais agudos) com o termo “delírio” (ideia delirante; alteração do juízo de realidade encontrada
principalmente em psicóticos esquizofrênicos ou em outras psicoses).

21
Q

Como se dão as alterações patológicas QUALITATIVAS da consciência?

A

A observação psicopatológica registra uma série de estados alterados da consciência, nos quais se tem mudança parcial ou focal do campo da consciência.

Uma parte do campo da consciência está preservada, normal, e outra, alterada.

De modo geral, há quase sempre, nessas alterações qualitativas, algum grau de rebaixamento (mesmo que mínimo) do nível de consciência.

22
Q

Em alterações qualitativas, do que se tratam os estados crepusculares?

A

É um estado patológico transitório no qual uma obnubilação leve da consciência (mais ou menos perceptível) é acompanhada de relativa
conservação da atividade motora coordenada.

Atos automáticos e amnésia lacunar.

O estado “crepuscular” caracteriza-se por surgir e desaparecer de forma abrupta e ter duração variável.

23
Q

Em alterações qualitativas, do que se trata o estado segundo?

A

É um estado patológico transitório semelhante ao estado crepuscular, caracterizado por uma atividade psicomotora coordenada, a qual, entretanto, permanece estranha à personalidade do sujeito acometido e não se integra a ela.

24
Q

Como podemos diferenciar estados crepusculares de estados segundos?

A

Em geral, atribui-se, ao estado segundo, uma natureza mais psicogenética, sendo produzido por fatores emocionais (choques emocionais intensos).

Já ao estado crepuscular, são conferidas causas mais frequentemente orgânicas
(confusão pós-ictal, intoxicações, traumatismo craniano, etc.).

25
Q

Em alterações qualitativas, do que se trata a dissociação da consciência?

A

É a fragmentação ou a divisão do campo da consciência, ocorrendo perda da unidade psíquica comum do ser humano.

O termo “dissociação” pode cobrir não apenas a consciência como também a memória, a percepção, a identidade e o controle motor.

26
Q

Em alterações qualitativas, do que se trata o transe?

A

É um estado de alteração qualitativa da consciência que se assemelha a sonhar acordado, diferindo disso, porém, pela presença em geral de atividade motora automática e estereotipada acompanhada de suspensão parcial dos movimentos voluntários.

27
Q

Em alterações qualitativas, do que se trata o estado hipnótico?

A

É um estado de consciência reduzida e estreitada e de atenção concentrada, que pode ser induzido por outra pessoa (hipnotizador).

Trata-se de um estado de consciência semelhante ao transe, no qual a sugestionabilidade do indivíduo está aumentada, e sua atenção, concentrada no hipnotizador.

Nesse estado, podem ser lembradas cenas e fatos esquecidos e podem ser induzidos fenômenos como anestesia, paralisias, rigidez
muscular, alterações vasomotoras.